domingo, 9 de outubro de 2022

BIOGRAFIA DOS Kaiser Chiefs


 

Kaiser Chiefs

Kaiser Chiefs é uma banda britânica de indie rock e new wave formada em 2003, em Leeds.

História

Antes de 2003, os membros da banda eram integrantes da banda de rock de garagem Parva, formada em 1997. Após o término de sua gravadora, a banda voltou às origens e adotou um som indie, ajudando-os a atingir popularidade no Reino Unido e posteriormente internacionalmente. Os membros da banda são torcedores do Leeds United, e resolveram mudar nome da banda inspirando-se no primeiro clube do então capitão do Leeds Lucas Radebe (Kaizer Chiefs Football Club).

O single de estreia, "Oh My God", foi lançado pela Drowned In Sound Records em maio de 2004 e esgotou as vendas em três dias, levando a banda à 66ª posição nas paradas de singles do Reino Unido. Apesar disso, foi o lançamento do segundo single "I Predict a Riot" que levou o grupo às mídias nacional e internacional, atingindo a 22ª posição da mesma parada em novembro.

Em 18 de fevereiro de 2005, a banda fez a apresentação de abertura do NME Awards. Uma nova e mais profissional gravação de "Oh My God" foi lançada em fevereiro, que atingiu a sexta posição. Seu álbum de estréia Employment foi lançado em 7 de março de 2005.

O DVD de Employment foi lançado em novembro de 2005, baseado em um documentário sobre a banda narrado por Bill Nighy. Também inclui os vídeos promocionais do álbum "Employment" e apresentações ao vivo.

No dia 26 de fevereiro de 2007 foi lançado o novo álbum do Kaiser Chiefs, intitulado Yours Truly, Angry Mob. Ele traz 13 novas faixas, algumas das quais já haviam sido tocadas ao vivo em shows da banda. O primeiro single é "Ruby", cujo vídeo promocional foi filmado pouco antes do Natal de 2006 e já pode ser visto na internet e televisão.

O terceiro álbum, intitulado Off with Their Heads foi lançado dia 20 de outubro de 2008. O single "Never Miss A Beat" foi lançado dia 06 do mesmo mês. Em novembro vieram ao Brasil, se apresentaram em São Paulo no Planeta Terra Festival como uma das atrações principais. Um fato curioso, o tecladista Nick "Peanut" Baines teve de ser operado às pressas assim que desembarcou em São Paulo, devido a uma crise de apendicite e tocou junto com a banda acompanhado de perto por um médico e um enfermeiro.

Em 2009, a banda abriu alguns shows do Green Day nos Estados Unidos e do U2, na Europa.

No dia 2 de junho de 2011, a banda lançou o seu quarto álbum de uma maneira inovadora. The Future Is Medieval, traz uma proposta onde o fã pode montar o álbum a sua escolha. Foram divulgadas parcialmente vinte músicas, onde o ouvinte pode escolher dez, colocar na ordem que preferir e montar a capa com elementos representativos de cada faixa escolhida. O CD pronto seria então colocado a venda, junto de várias outras versões de outros fãs. A cada venda, o "produtor" do álbum ganha um euro. O primeiro single do álbum, chamado "Little Shocks", foi lançado no final de maio de 2011. Em seguida vieram "Man On Mars" e "Kinda Girl You Are". Em 16 de Março de 2012, a banda lança Start The Revolution Without Me, uma versão de The Future Is Medieval para a América do Norte, que vinha junto com o single "On The Run". Em 4 de Junho do mesmo ano, eles lançaram a coletânea Souvenir: The Singles 2004–2012, o primeiro álbum dos melhores êxitos. Nele continha o single inédito "Listen to Your Head".

Ricky Wilson, vocalista da banda, se apresentando em 2013.

No dia 4 de dezembro de 2012, o baterista do grupo, Nick Hodgson, revelou via Twitter que deixou a banda para seguir outros projetos particulares.[1]

No dia 7 de Fevereiro de 2013, é anunciado que Vijay Mistry, da banda Club Smith, vai se juntar aos Kaiser Chiefs como novo baterista na turnê europeia e projetos futuros da banda. No dia 26 de Novembro de 2013, foi anunciado o título do quinto álbum da banda: Education, Education, Education & War, com todas as músicas tocadas durante a turnê de 2013, além de novas composições.[2] O disco foi lançado oficialmente no fim de março de 2014.[3]

Em 7 de outubro de 2016, a banda lançou seu sexto álbum de estúdio, Stay Together.[4]

Integrantes

Ex-membros

Discografia

Álbuns de estúdio

AnoDetalhesPosiçãoCertificações
(vendas)
Vendas
UK
[5]
AUS
[6]
AUT
[7]
BEL (Fla)
[8]
ALE
[9]
IRL
[10]
HOL
[11]
NZ
[12]
SUI
[13]
EUA
[14]
2005Employment
  • Lançamento: 7 de Março de 2005
  • Gravadora: B-Unique
  • Formato: CD, download digital, LP
260195521286
2007Yours Truly, Angry Mob
  • Lançamento: 26 de Fevereiro de 2007
  • Gravadora: B-Unique
  • Formato: CD, CD/DVD, download digital, LP
1952621391145
2008Off With Their Heads
  • Lançamento: 20 de Outubro de 2008
  • Gravadora: B-Unique
  • Formato: CD, download digital
2122511291616341955
2011The Future Is Medieval
  • Lançamento: 03 de Junho de 2011
  • Gravadora: Polydor, Universal Music Group
  • Formato: CD, download digital
1025344083
2014Education, Education, Education & War
  • Lançamento: 31 de Março de 2014
  • Gravadora: Fiction, Caroline, Universal Music
  • Formato: CD, download digital
16533393776
2016Stay Together
  • Lançamento: 7 de Outubro de 2016
  • Gravadora: Caroline
  • Formato: CD, download digital
48988
2019Duck
  • Lançamento: 26 de Julho de 2019
  • Gravadora: Polydor
  • Formato: CD, download digital
39040
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Singles

AnoCançãoMelhor posiçãoÁlbum
UK
[5]
AUS
[6]
AUT
[7]
BEL (Fla)
[8]
ALE
[22]
IRL
[10]
HOL
[11]
NZ
[12]
SUI
[13]
EUA
Alt

[23]
2004"Oh My God"66Employment
"I Predict a Riot"22
2005"Oh My God" (re-lançamento)62782
"Everyday I Love You Less and Less"1052
"I Predict a Riot" / "Sink That Ship"96779257434
"Modern Way"114789
"You Can Have It All"
2007"Ruby"11451157291314Yours Truly, Angry Mob
"Everything Is Average Nowadays"19679991
"The Angry Mob"22
"Love's Not a Competition (But I'm Winning)"11260
2008"Never Miss a Beat"5476542764974Off with Their Heads
"Good Days Bad Days"11171
2011"Little Shocks"179
[24]
63The Future Is Medieval
"Man on Mars"96
"Kinda Girl You Are"
2012"On the Run"[25]Start the Revolution Without Me
"Listen to Your Head"89Souvenir: The Singles 2004-2012
2014"Coming Home"316089Education, Education, Education & War
"Meanwhile Up in Heaven"
"Ruffians on Parade"67
"My Life"
2015"Falling Awake"Sem álbum
2016"Parachute"Stay Together
"Hole in My Soul"

Lançamentos especiais e internacionais

  • The Cribs/Kaiser Chiefs disco "7 (2005)
  • "You Can Have It All" (edição limitada de Christmas 7", disponível apenas do site oficial do Kaiser Chiefs e limitado a 2000 vendas) (2005)
  • Lap of Honour (EP apenas no Japão) (2006)

Remixes

  • Kaiser Chiefs e Boys Noize - "Everyday I Love You Less And Less" (Vinyl White label 2005)

Compilações

  • Music from the OC: Mix 5 (2005 · Warner Bros./Wea)
  • Help! A Day In The Life - "I Heard It Through The Grapevine" (2005 · Independente)
  • Souvenir: The Singles 2004-2012 (2012, Universal Records)

Premiações

2005
  • 2005 3voor12 (NL): Melhor Single - Oh My God [26]
2006
  • Brit Awards 2006: Melhor performance Britânica de Rock
  • Brit Awards 2006: Melhor performance Britânica ao vivo
  • Brit Awards 2006: Grupo Britânico [27]
  • NME Awards 2006: Melhor Álbum
  • NME Awards 2006: Melhor Vestuário (para Ricky Wilson




”Home Again”: A boa estreia de Michael Kiwanuka.

 Eu sou um pouco suspeito para falar do grande Michael Kiwanuka. Esse é um daqueles artistas que eu sempre espero algo sobrenatural em termos de novos lançamentos e vocês sabem que contando com esse artigo, já passamos por toda a carreira discográfica aqui no Entre Acordes! A recomendação de hoje é seu disco de estreia, o ”Home Again”!

Lançado em 2012, ”Home Again” foi o pontapé inicial na carreira de Michael que desde o primeiro disco já nos mostrou a que veio, com muita sensibilidade, maturidade, grandes influências e boas composições.

De cara o disco recebeu ótimos feedbacks merecidamente, ele traz um som moderno, com uma ótima produção e um som mais cadenciado, construindo um clima muito interessante. Ao longo do disco, você se vê entretido pela magnífica voz e cuidado de Michael. Eu gosto muito de músicas como ”Tell Me A Tale” e a faixa título ”Home Again”, que mostram esse grande talento!

Com o passar dos anos, Kiwanuka foi evoluindo muito musicalmente, ele implementou novos elementos ao seu som e aplicou algo mais ideológico e conceitual que funcionou bastante com esse Soul moderno de fácil acesso. Mas é muito legal voltar para 2012 e ver o qualidade inquestionável de seu primeiro disco! Fica a recomendação!

Fausto – A Preto e Branco (1989)


A Preto e Branco é uma terna e quente homenagem de Fausto a África, que foi a sua primeira casa.

África nunca esteve ausente da obra de Fausto Bordalo Dias. Nem poderia, uma vez que África, especificamente Angola, foi a sua casa durante as duas primeiras décadas da sua vida. Nasceu no navio “Pátria”, em pleno Oceano Atlântico, durante a travessia dos seus pais entre Lisboa e Angola, e aí cresceu até aos 18 anos, quando veio para a “metrópole” estudar.

Daí que Fausto sempre tenha transportado consigo uma certa “africanidade” rítmica, na música e também nas palavras, que só Zeca Afonso (que viveu em Angola e mais tarde em Moçambique), de forma explícita, explorou nos seus discos.

No final da década de 80, Fausto atira-se de cabeça a essa herança africana, com o disco A Preto e Branco. Agarrou num conjunto de jovens músicos portugueses e africanos, muniu-se de poemas da África lusófona que conhecia da juventude e deu-nos 11 músicas cheias de calor, saudade e amor pela terra africana.

Tirando os primeiros tempos mais duros de cantor de intervenção, Fausto nunca foi simplista, e este disco não foge à regra: até por as palavras não serem as suas, não há lições de bons e maus a tirar aqui. Os temas prendem-se com o dia a dia de um povo: que era oprimido, sim, mas que também ria, também namorava, também gostava da festa e da fruta madura, e muitas vezes tudo isso se misturava numa mesma noite.

Temos canções de puro retrato carinhoso, como o arranque com “Era no tempo dos tamarindos”, com poema de Ernesto Lara Filho. Temos o calor tropicalista maravilhoso de “Picada de Marimbondo”, em que ainda assim há uma bicada colonial sobre esta espécie de vespa, com o poeta a acusar que “maribondo foi branco quem inventou”.

As palavras de José Craveirinha conduzem a doce balada “Apenas”, onde uma declaração de amor reclama para si o poder acima de tudo, do medo, mesmo nas “manhãs em que nos vêm buscar” e perante “a mulher de olhos espantados de medo”.

Segue-se a festa, mais propriamente a farra, com o “Poema da Farra”, de Mário António, um delicioso caldeirão de sopros e ritmos que retrata uma noite de festança em que o pobre narrador mais não pode fazer que invejar a beleza da namorada do seu afortunado primo.

Os anseios comuns voltam com “Namoro”, provavelmente o tema mais conhecido do disco. Já antes celebrizado por Sérgio Godinho logo em 1976, no seu disco De Pequenino se torce o destino. Essa história comovente e deliciosa da corte de um jovem a uma rapariga, que o vai rejeitando até ao “sim final”, tem autoria de Viriato da Cruz e música de Fausto. Comparando as duas versões, a de Fausto é mais quente, mais africana, mais suave, como uma brisa calorosa que nos acompanha do princípio ao fim.

“Praia da Samba”, único instrumental, é curiosamente o único tema cuja autoria musical não é de Fausto mas sim de Mário Rui Silva, músico e investigador angolano, que toca no disco. Este tema serve de intervalo, mesmo a meio do álbum, e dá entrada à deliciosa “Castigo pró comboio malandro”, de António Jacinto. O comboio é o comboio dos brancos, do negócio, onde tanto vão os bois como os trabalhadores “muita gente como eu/ cheio de poeira/ gente triste como os bois/ gente que vai no contrato”. O comboio é a exploração e o “progresso”, mas cospe fogo que queima o capim e o milho. Pior ainda: quando o comboio descarrila, quem é que trata do assunto? Os pretos, naturalmente. “Mas espera só/ quando esse comboio malandro descarrilar/ E os brancos chamar os pretos para empurrar/ Eu vou/ Mas não empurro/ Nem com chicote/ Finjo só que faço força!”. O castigo ao comboio malandro é simples e ternurento: “Comboio malandro/ você vai ver só o castigo/ vai dormir mesmo no meio do caminho”.

Os “Flagelados do vento leste”, do cabo-verdiano Ovídio Martins, vai buscar a história de luta e de pobreza dos camponeses de Cabo Verde, tema do livro de Manuel Lopes, com o mesmo nome.

A “Carta dum contratado” é uma missiva pungente de um homem que está longe, a trabalhar, e que quer mandar essa carta à mulher amada. Num extraordinário poema de António Jacinto, o autor fala de tudo o que gostaria de dizer, mas não consegue ultrapassar um problema: nem ele, nem a mulher, sabem ler ou escrever.

A caminho do final do disco, temos “Xicuembo”, de Rui Nogar, uma verdadeira história de “dor de corno”: o homem fica doido de amor por Ana Maria, sem conseguir dormir nem comer, mas Ana Maria “é mulher de todo gente/ menos meu minhamor”.

O fecho é com “Quando eu morrer”, de Alexandre Dáskalos, português e angolano do Huambo. É um final apropriado, sobre a morte não como um fim mas como uma libertação. Face ao imobilismo da morte, o poeta escolhe o mar, a rosa dos ventos, a permanente viagem sobre as ondas.

Se nos prendemos até aqui sobretudo com o conteúdo lírico, a vertente musical de A Preto e Branco não é, de todo, menos importante. Fausto funde de forma maravilhosa os estilos e os ritmos africanos com a sua guitarra acústica e uma linguagem próxima do jazz, com destaque ao baixo eléctrico e a discretos sintetizadores.

A Preto e Branco é, acima de tudo, uma carta de amor a Angola, a África, o continente que viveu 500 anos sob o jugo europeu mas que, depois da libertação, não encontrou a felicidade. Fausto chegou a dizer, numa entrevista, que “a Angola colonial era mais feliz do que esta”, porque a libertação não foi plena nem real, apenas a substituição de um domínio por outro, mais difuso mas até mais pernicioso, com novas elites locais a perpetuarem a desigualdade sem preocupação com o povo.

A situação de Angola, aliás, causou sempre muita tristeza ao músico, por constatar o falhanço da esperança e das promessas do tempo da independência. Talvez por isso, por reacção, este disco soe mais como uma homenagem pessoal e saudosista de uma infância feliz, do que um testemunho formal de luta contra a opressão (que também tem, diga-se).

O resultado final é, sobretudo, muito, muito feliz. Um disco onde o preto e o branco se encontram, partilham palavras, notas e memórias. Onde um passado comum, inapelavelmente comum, celebra esse património, onde há lugar para críticas, traumas e ajustes de contas, sim, mas onde também há coisas tão simples e universais como o amor, a festa, o sol, a amizade e a aventura que é sempre crescer.


Destaque

McDonald and Giles - Same

  Este álbum seria adequadamente considerado um álbum progressivo, mas é diferente. Definitivamente tem algumas das características dos álbu...