sexta-feira, 4 de novembro de 2022

Resenha: Steve Hackett – The Night Siren (2017)

Artist: Steve Hackett
Disco: The Night Siren
Data de lançamento: 24 de Março de 2017
Selo: InsideOut
Tempo total: 57:40
Disponível em: CD, LP & Digital

Resenha:

Mesmo que o rock progressivo seja um estilo de subvertentes bem ecléticas, indo desde artistas mais barrocos até os eletrônicos, ainda assim é incomum encontrar em discos prog instrumentos como charango, quena, duduk, cajon, tar, ou didgeridoo. Mas tanto no som quanto na temática lírica, o disco ‘The Night Siren’ (novo trabalho do guitarrista britânico Steve Hackett) se propõe a ser um espaço de integração e diálogo entre diferentes povos ao redor do mundo.

Desde que iniciou sua carreira solo, com o clássico ‘Voyage Of The Acolyte’, em 1975, Hackett nunca passa mais que dois a quatro anos sem lançar discos com material inédito. Mesmo agora, em seus 67 anos de idade, a fonte parece longe de secar. ‘The Night Siren’ é seu 21º disco de estúdio com músicas originais (se contarmos discos como os da série Genesis Revisited, de regravações, ou ‘Tribute’, podemos situar seu novo trabalho na posição 25). Não é exagero dizer que a longeva carreira do ex-integrante da formação clássica do Genesis é uma das mais profícuas da história do rock.

Geralmente, sua trajetória não é marcada por guinadas muito radicais, principalmente após os anos 2000. Algo que pode ser problematizado logo na primeira frase da nota oficial da gravadora InsideOut sobre ‘The Night Siren’, escrita por Malcolm Dome. O jornalista inglês afirma que “existem vários artistas experientes e célebres que permanecem fechados em seus estilos, e se recusam a sair de sua zona de conforto. Isso nunca pode ser dito de Steve Hackett”. A meu ver, essa afirmação não é assim tão procedente. Por exemplo, é possível detectar um fio condutor estético nos trabalhos mais recentes do guitarrista, seus três discos lançados depois de 2010. TNS poderia perfeitamente ser uma continuidade de ‘Wolflight’ (2015) (que também contava com diversos instrumentos étnicos), ou de ‘Beyond The Shrouded Horizon’ (2011).

Se voltarmos um pouco mais ainda no passado, foi nos anos 90 (a partir do disco ‘Darktown’, de 1999), que Hackett passou a lapidar sua sonoridade atual. Aspectos presentes desde seus primeiros discos – como a presença do violão de nylon alternando com as guitarras – são constantes. Mas outros elementos foram incorporados, o mais marcante deles provavelmente envolve o som da guitarra, que passou a ser mais brilhante e as vezes até mais pesado. Foi justamente em Darktown que Hackett passou a usar instrumentos como o sistema de sustain das guitarras Fernandes, adotados também por nomes como Paul Gilbert ou The Edge. Outros aspectos dignos de nota envolvem uma presença mais frequente das vocalizações graves e afinadas do próprio Steve, ou as baterias de maior destaque na mixagem (as vezes, o som das caixas lembra a sonoridade das baterias dos anos 80), e até uma pegada progressiva contemporânea, relativamente distante do verniz bucólico pós-Genesis de seus primeiros discos nos anos 70.

Assim, ‘The Night Siren’ permanece fiel à sonoridade que Hackett tem burilado e aperfeiçoado em sua carreira. A afirmação divulgada nos veículos de imprensa de que o guitarrista se enveredou por um disco marcado pela world music também não me parece tão verossímil quanto parece – ainda que, sim, o disco tenha vários momentos que possam soar bem distantes de clichês sonoros progressivos. De todo modo, essa afirmação não implica em demérito. Como em seus discos anteriores, trata-se de uma produção sonora de altíssimo nível, impecavelmente executada, e trazendo temas inspirados e ricos, algo que parece incomum em um artista de trajetória tão longa e que tem uma produção tão constante de material inédito.

No dia 10 de março, Steve lançou o primeiro clipe oficial do disco, “Behind The Smoke”, que é a faixa de abertura de ‘The Night Siren’. Musicalmente, este tema de sete minutos funciona como um resumo de todo o disco, com seus climas cinematográficos, instrumentos exóticos, solos de guitarra, enfim, uma síntese inspirada das dez faixas seguintes. Apesar da produção, o clipe tem alguns recursos de montagem computadorizados meio datados (lembra muito a abordagem visual usada no clipe de Wolflight, faixa-título e música de trabalho de seu disco anterior). Ele chama a atenção, contudo, pela temática, em que habitantes de países árabes como Síria ou Líbano lutam pelo direito básico às suas terras e suas vidas. Os personagens e os cenários oscilam entre representações mais tradicionais e modernas, evidenciando que o conflito naquela região é antigo mas ainda permanece vigente. A letra discute o problema dos refugiados de guerras e o terrorismo fundamentalista, abordando questões essenciais em tempos de Brexit, xenofobia e atentados em grandes centros europeus.

Na maior parte do disco, os temas tipicamente “hackettianos” são temperados por diversos e localizados momentos de sonoridade mais étnica. Por exemplo, “Martian Sea” tem curtos trechos pontuados por melodias regionais, mas a identidade geral da canção é puro AOR, talvez a mais comercial do disco, que chama a atenção pelo forte refrão. É um tema que atualiza um dos vários estilos que Hackett sempre explorou (como em “Hope I Don’t Wake” de seu disco de 1981 ‘Cured’, para ficar apenas em um de vários exemplos possíveis). Mesmo caso de “Anything But Love”, que começa com violão flamenco e cajon, e depois transmuta-se para um tema bastante radiofônico tanto na composição quanto na produção (e com um curto, porém belo solo de gaita feito pelo próprio Steve).

A terceira faixa, “Fifty Miles From The North Pole”, já se mostra bem mais plural em seus sete minutos, variando entre climas bastante distintos entre si. Assim como a seguinte, “El Niño”, uma instrumental curta, porém muito diversificada, com alguns fraseados de guitarra que lembram muito a faixa título de ‘Please Don’t Touch’ (1978). Seus climas de teclado e percussão bastante intensos fazem parecer que trata-se da trilha sonora de um filme sobre o fenômeno atmosférico que batiza a música. Esta foi recentemente divulgada no canal da Inside Out no You Tube, através de um vídeo que mostra Hackett e sua banda executando-a ao vivo (sem playback, porém em estúdio).

O romantismo de “Other Side Of The Wall” é a primeira faixa mais “genesiana” do disco, e poderia ter sido executada por sua antiga banda em discos como ‘Wind & Wuthering’ (1976). A letra veio de uma viagem que o guitarrista e sua esposa fizeram no sul de Londres, após observarem um muro de tijolos no meio de um jardim em Wimbledon e imaginarem uma história a la “Romeu e Julieta”, sobre dois amantes que não podiam ficar juntos.

A sétima faixa, “Inca Terra”, soa bem latino-americana até a metade de seus quase seis minutos, desembocando depois em uma pegada instrumental que lembra muito trechos de “Dancing With The Moonlight Knight”, faixa de abertura do clássico ‘Selling England By The Pound’ (1973). “In Another Life”, que conta com vocais de Hackett e de Amanda Lehmann, abre com uma tonalidade folk com reminiscências de artistas como CSNY (o que também não é novidade para ele, vide a bela parceria com Richie Havens em “How Can I”, ainda em 1978). Na segunda metade do tema, a banda quebra o clima acústico, e o guitarrista mostra sua sempre oportuna verve de solista irrepreensível.

“In The Skeleton Gallery” foi a primeira música de ‘The Night Siren’ a ter seu áudio divulgado oficialmente. Trata-se de uma canção repleta de diversos momentos climáticos, as vezes quebrados por outros mais intensos, e, além das excelentes guitarras, quem brilha nessa faixa é o saxofonista e flautista Rob Townsend, antigo integrante da banda de apoio de Hackett. Essa faixa emenda com West to East, cuja letra trata da paz entre os povos de todo o planeta, e cujo refrão cativante lembra muito a épica balada “Afterglow”, da última fase do Genesis com Steve (1977). Os solos de guitarra se alternam com violinos de fraseados árabes, tentando musicalmente fazer a costura que a letra suscita.

O disco se encerra com a introspectiva “The Gift”, uma faixa curta que, dada a sua beleza, poderia ter se prolongado mais. Trata-se de uma melodia com camas de teclados que lembram o Camel de Stationary Traveller, e destacada pelo solo de guitarra de timbre cristalino e minucioso, em que Steve Hackett revela sua maestria como intérprete das seis cordas.

Como é de praxe nos lançamentos mais recentes do músico inglês, temos aqui um disco inspirado e de alto nível. Para os apreciadores da boa música, é um privilégio acompanhar um veterano ainda tão motivado como Steve Hackett, sempre disposto a aprimorar e compartilhar suas produções artísticas em discos e turnês. O fato de ‘The Night Siren’ estar aquém da expectativa gerada pela assessoria do guitarrista (que tentou destacar bastante os elementos de world music) não desmerece o fato de que se trata de um trabalho impecável – que, no fim das contas, é o que realmente importa.

—————————————-
FICHA TÉCNICA:
Artista: Steve Hackett
Ano: 2017
Álbum: The Night Siren
Gênero: Rock Progressivo, World Music
País: Inglaterra
MÚSICAS:
1. Behind The Smoke (6:57)
2. Martian Sea (4:40)
3. Fifty Miles From The North Pole (7:08)
4. El Niño (3:51)
5. Other Side Of The Wall (4:00)
6. Anything But Love (5:56)
7. Inca Terra (5:53)
8. In Another Life (6:07)
9. In The Skeleton Gallery (5:09)
10. West To East (5:14)
11. The Gift (2:45)


Resenha: Exquirla – Para Quienes Aún Viven (2017)

 

Artist: Exquirla
Disco: Para Quienes Aún Viven
Data de lançamento: 17 de Fevereiro de 2017
Selo: Superball Music
Tempo total: 55:22
Disponível em: CD, LP & Digital

Resenha:

O pós-rock é um gênero muito complicado. A começar pela sua definição. Nascido no fim dos anos 80 e consolidado no começo dos 90 por grupos como Talk Talk, o gênero é constantemente criticado por sua previsibilidade.

E SE?

Muitos conjuntos já tentaram explorar o pós-rock usando ideias mirabolantes. Algumas poucas até foram bem aceitas. Apesar de eu achar insuportável, não posso negar a popularidade do Swans.

O Exquirla surgiu justamente como mais uma dessas ideias mirabolantes, em que certamente os mais céticos rechaçariam na hora, os mais ponderados tentariam convencê-los de que não é bem assim, e só os mais lunáticos levariam o projeto adiante.
Ainda bem que existem os lunáticos.

“O Exquirla conseguiu, a partir da fusão de dois gêneros já bem saturados, o flamenco e o pós-rock, criar algo totalmente novo. Foi uma mistura perigosa e não estou certo se funcionou, só estou certo que provocou. E isso já é algo bem relevante.”

A FUSÃO DE SEVILHA

Nas terras espanholas e no underground de Sevilha, o conjunto Toundra conseguiu atingir uma relevância memorável. Ainda mais porque estamos falando de um grupo que faz uma música exclusivamente instrumental e fica longe dos eixos mais populares da música.
Foram quatro álbuns de estúdio e boas recepções.

Só que os espanhóis quiseram algo a mais, e foram atrás de um vocalista. O escolhido foi Niño de Elche, conhecido localmente por trabalhos como poeta e músico de flamenco.

O resultado é um instrumental tipicamente voltado ao pós-rock, com todos os seus vícios e virtudes, somado a um vocal único, não necessariamente agradável, mas que contrasta muito bem com os timbres e texturas.

Imagem do clipe Un hombre, uma síntese do Exquirla.

 

UMA IMAGEM

Muitas vezes uma imagem vale mais do que mil palavras. E também vale mais do que mil canções.
Talvez a melhor definição de toda essa loucura que é o Exquirla, esteja no clipe de Un Hombre” (assista no final da resenha).

À medida que a canção vai avançando, um quadro vai sendo pintado na parede.
No cenário, há uma mistura de sentimentos. Desde imagens belas, atravessadas por grandes abstrações, até cenas difusas e perturbadoras. O escorrimento da tinta gera um desconforto, e a imprecisão causa uma curiosidade em tentar adivinhar o próximo passo.

A descrição dessa imagem é a exata definição da sonoridade dos caras.
São momentos calmos e belos, quase bucólicos, como a introdução de “Destruidnos Juntos”, contra-atacados por momentos obscuros e agitados.
E, assim como na imagem, você vê a beleza, mas também vê agonia e desconforto.

O CONTEXTO

Os temas abordados pelo conjunto fazem jus à densidade de “Para Quienes Aún Viven”. Há uma referência clara à obra do poeta Enrique Falcón, famoso por seu realismo crítico e literatura ativista: “Bem aventuradas essas mãos/ Essas clavículas em passo incerto pelos degraus/ Doloridas do meu corpo branco”.

Há um estado de inconformismo, de indiretas bem diretas para (principalmente) o continente europeu e a sua total apatia quanto questões políticas e sociais.
Por exemplo, é impossível ouvir “Europa Muda” e não se lembrar da crise migratória. Uma Europa que grita, mas apenas para si mesma: “Cemitério branco aonde suas canções podem acabar se afogando em um sonho”.

DIFICULDADES

A maior dificuldade foi superada… Era conseguir criar um disco de pós-rock sem soar como tudo que já foi feito antes. O Exquirla conseguiu essa façanha com louvor.

A adição do flamenco como elemento vocal trouxe novos ares, mas também novas dificuldades.
O vocal de Niño de Elche é usado muitas vezes como um instrumento auxiliar, e isso compromete a melodia por ficar meio exagerado. O som muitas vezes fica desconfortável, e essa não é minha praia.

O novo quinteto, apesar de já experientes na música, esbarra na inexperiência e imaturidade ao desbravar um estilo completamente distinto.
É um efeito colateral aceitável e comum aos pioneiros, só que não pode ser relevado. É o preço de ser pós-previsível.

Quem sabe um próximo trabalho não nos traga um som mais lapidado e bem acabado? Aguardemos com ansiedade, porque o potencial disso aqui é inegável.

“ Porque eu sei que você não sabe; a costa entre o inferno nos estados de sítio. 

FICHA TÉCNICA:
Artista: Exquirla
Ano: 2017
Álbum: For Those
Still Alive Gênero: Post-Rock
País: Espanha
Integrantes: Alberto Tocados (baixo), Alex Perez (bateria), David Lopez (guitarra), Esteban Giron (guitarra), Niño de Elche (vocal).

MÚSICA:
1. Canción de E
2. Destruidnos juntos
3. Hijos de la rabia
4. Interrogatorio
5. El grito del padre
6. Contigo
7. Un hombre
8. Europa muda

quinta-feira, 3 de novembro de 2022

FUTURE ISLANDS LANÇAM VERSÃO DO CLÁSSICO DE NATAL DOS WHAM!



BIOGRAFIA DOS Per7ume


 

Per7ume

Per7ume (lê-se "Perfume") é uma banda portuguesa de pop-rock formada no dia 7 de Julho de 2007 na cidade do Porto.

História

A formação é referida pela banda como tendo sido o dia 07/07/07, (7 de julho de 2007), na cidade do Porto. No line up estão músicos de projectos sobejamente conhecidas do cenário musical actual como bLUNDER e Ornatos Violeta.[1]

Em Fevereiro de 2008 assinaram contrato com a editora Chiado Records e lançam o primeiro single em Abril de 2008, um dueto com Rui Veloso intitulado "Intervalo" que alcançou de imediato o primeiro lugar do top absoluto de Airplay em Portugal, sagrando-se o tema Nacional do ano (o mais rodado) - fonte Nielsen Radio Control.

O seu primeiro álbum, Per7ume, é lançado pela Chiado / Vidisco e entrou no Verão de 2008, para o Top Oficial da AFP,[2] a tabela semanal dos 30 álbuns mais vendidos em Portugal, tendo aí ficado por um total de doze semanas, alcançando a 8ª posição como lugar cimeiro. O disco fazia-se acompanhar de uma amostra de perfume na lombada, o P7, criado pelos elementos da banda nos laboratórios da Kenzo em Itália.

Também convidado a participar nas gravações foi o pianista Dan McAlister na balada "(estrela da) Má Sorte", tema que fez parte da banda sonora da novela "Podia Acabar o Mundo" da SIC.

O single "Intervalo" é Nº1 do top de downloads no iTunes, do top das plataformas de toques e ringtones e do top de downloads do portal vodafone live. O tema entra para o Top 100 Europeu (o mais alto Nacional de todos os tempos) e passa a ter reconhecimento Internacional.

O álbum de estréia - homónimo - é galardoado com o disco de Ouro, por vendas superiores a 10.000 unidades físicas.

Ainda em 2008 participam no multi-platinado álbum Tributo a Carlos Paião, com uma versão do tema "Versos de Amor".

Em 2009 entra José Luis Rodrigues para o lugar de Elísio Donas, no piano e teclas.

A banda inicia então a tournée "Aroma", que percorre o país, as ilhas e as comunidades Portuguesas no estrangeiro(França, Suíça, Inglaterra, Luxemburgo), em palcos como as Queimas das fitas, Estádios de Futebol, o Coliseu do Porto, Festivais de Verão e para o Presidente da República - o prof. Cavaco Silva, a seu convite, para a festa de Natal de 2008 no Palácio de Belém.

Dos dois espectáculos mais emblemáticos do final de 2008, no Porto - Cine Batalha e Lisboa - Aula Magna, resultou o DVD ao vivo que acompanhou a reedição do álbum de estréia em Março de 2009. A banda registou no início do mesmo ano duas novas canções para incluir na reedição como Bónus - "Ao Ouvido", que seria o single de promoção e "Amor em Gramas". Fizeram incluir também a versão acústica de "Intervalo", em dueto com Rui Veloso, que fazia já parte de várias compilações Nacionais. A promoção deste lançamento esteve a cargo da RFM.

Em 2009, são nomeados na categoria de "Melhor Revelação do Ano" a XIV Gala dos Globos de Ouro marcada para 17 de Maio, fazendo parte dos quatro intérpretes ou grupos com discos lançados e que se revelaram em 2008.

durante o 2º semestre de 2009 e finda a Tour "Aroma", entraram em estúdio com o propósito de registar o novo álbum de originais a lançar em 2010, também com o selo da Chiado / Vidisco e com produção e arranjos de Vitor Silva.

O segundo álbum da banda "Mudo", foi lançado a 24 de Abril de 2010. O lançamento é acompanhado de uma campanha de promoção imponente, onde se destaca o genérico da Novela da TVI "Mar de Paixão", seriado que fez incluir ainda mais 3 temas de "Mudo" para a banda sonora. O álbum fez extrair dois double A-side singles de sucesso - "(eu)MUDO" / "Quanto mais tenho, mais tenho a perder" e "ÉS TU (elixir dos sonhos)" / "O meu melhor, o teu pior". Seguiu-se uma edição especial em formato digipack - exclusiva da Fnac, com um DVD contendo o espectáculo da banda na queima das fitas do Porto, realizado em 2009 e que partilhou o palco com Rui Veloso.

Ainda em 2010 os PER7UME são nomeados para os prémios MTV EMA (Best Portuguese Act) e registam um DVD a meio da Tournée, gravado em formato acústico aquando da festa de 3º aniversário da banda, o suporte DVD viria a acompanhar a reedição de "Mudo" em 2011, que teve como posição mais alta do TOP AFP de vendas físicas o 9º lugar da tabela dos 30+. Este lançamento foi o mote para o "concerto mais pequeno do Mundo" da Rádio Comercial, que foi a rádio oficial da reedição do referido disco.

2011 seria o 2º ano da tour "Mudo" e do lançamento do 3º single deste disco, desta feita foi extraído o tema "se me falas assim", que mais tarde viria a ser sincronizado com a novela da TVI "Louco Amor", onde a banda participou em alguns dos episódios. No final deste ano a banda gravaria um single para celebrar a quadra Natalícia, para o qual convidaram para um dueto a pessoa de Mafalda Arnauth. "Presente no Natal" seria incluído numa caixa especial - "Vault" que incluía, para além do single físico já referido, as edições especiais de "Mudo" e a reedição de "PER7UME" - CD+DVD e também um perfume genérico, personalizado pelo próprio grupo - "3D". Esta era uma edição limitada de 1000 caixas metálicas numeradas e assinadas.

Entra André Areias para o lugar de José Luis Rodrigues, no piano e teclas.

Em 2012 PER7UME deram por terminada a Tour "Mudo 2.0" com um espectáculo que iria gerar um DVD em jeito de ´Best of´. O evento em questão aconteceu a 02 de Novembro e esgotou a sala do cine-teatro Rivolo no Porto, reunindo todos os fãs e, sobretudo, em cima do palco, os convidados de sempre. Não faltaram as presenças de Patricia Candoso, Dan McAllister, Elísio Donas, Luís Portugal, Mafalda Arnauth e, claro, Rui Veloso.

Também em 2012 iniciaram a mega-produção da trilogia 3D, inicialmente destinado a ser o 3º disco da banda com inerência da concepção gráfica em 3 dimensões na tecnologia de estereoscopia anaglífica; desde os vídeos, ao artwork, às fotos e até ao website oficial. A ideia evoluiu para a criação de 3 álbuns a lançar nos anos subsequentes, com referência a cada um dos eixos das 3 dimensões. "X" sairia em 2014, "Y" em 2017 e prevê-se que "Z" seja lançado em 2020, todos eles produzidos pela própria banda nos seus estúdios no Porto.

"Eixo X" teve um single de grande sucesso, de seu nome "Porto (à moda do)", com elevada rotação da Antena 1, Rádio Comercial e RFM, onde chegou ao top de airplay (3º lugar).

Entra Mafalda Brogueira para o lugar de André Areias no piano e teclas e Jorge Sousa para o lugar de Bruno Oliveira na bateria.

É de referir que em 2015 o colectivo reeditou o "Eixo X" num formato de livro / CD de luxo, comemorativo dos 7 anos de actividade, onde constavam fotos nunca editadas da banda, bem como o single de sucesso (Bonus) - " A canção sem título".

A Tour "X" desenvolveu-se entre 2014 e 2017 sendo que, em 2015 entra Rui Fernandes para o lugar de Mafalda Brogueira no piano e teclas e passa a introduzir o Sax no colectivo.

Em 2017, finalmente, a banda vê ser comercializado o seu perfume "Y" nas variantes masculino e feminino, em parceria com o Bazar da Publicidade e a S Parfum.

Como avanço do disco "Eixo Y", os PER7UME libertaram dois singles com videoclip; "Mau Remédio" - realizado em VR360º e "E Sai (abre a porta)", rodado no circuito do Headshot Paintball.

Ao lançamento de "Eixo Y", de volta à editora Vidisco, o grupo vê serem tornados públicos mais dois singles / videos em simultâneo: - "Espécie (ou definição) de Amor" feat. Paulo Sousa e "Retro TV", o hino aos 60 anos de televisão em Portugal, com o apoio da RTP.

"Eixo Y" foi apresentado ao vivo primeiramente na afamada sala "Aalt Stadhaus no Luxemburgo a 10 de Maio de 2017 e depois na sala de Passos Manuel (ao Coliseu do Porto) a 07/07/17, quando a banda comemorou os 10 anos de existência. Em 2018 José Meireles (guitarra) membro fundador abandona o projecto.

Os PER7UME continuaram a a promover o disco e a desenvolver a tour "Y", até ao lançamento de "3D * Eixo Z", que será lançado no início de 2020 e já começou a ser gravado, sabendo-se que o alinhamento poderá ser;

- Porno-"Eurótico" (com bolinha vermelha)

- Estrela (de)cadente

- Razões que a razão desconhece

- Falsa modéstia

- Urgências

- Massaja-me o ego

- E se for verdade? (Teoria da conspiração)

- VII Acto

- VIII Acto

- IV Acto


Ainda em 2019 a banda lançou-se na estrada com a tour "PERFUME ACÚSTICO", que correu todo o país, ilhas e comunidades Portuguesas, que arrancou no Porto a 08 de Abril no célebre Teatro Sá da Bandeira.

Foi neste ano que a banda foi galardoada com o disco de Ouro para a compilação "Oceano Pacífico" da RFM

Membros

Discografía

Álbuns de estúdio

  • Per7ume (2008) (Vidisco)[3]
  • Per7ume "especial reedição" CD+DVD (2009) (Vidisco)[4]
  • MUDO (2010) (Vidisco)[4]
  • MUDO (ed. especial) CD+DVD (2011) (Vidisco)[4]
  • MUDO (reedição) CD+DVD (2011) (Vidisco)[4]
  • VAULT de Natal (Box set) 3CD+DVD+Perfume (2012) (Vidisco)[4]
  • 5 anos de PER7UME + convidados (Ao vivo no Rivoli) DVD+CD (2013) (Vidisco)[4]
  • 3D * Eixo X (2014) (Farol)
  • VII (reedição 3D * Eixo Y + Bonus) - Ed. CD/Livro (2015) (Vidisco)
  • 3D * Eixo Y (2017) (Vidisco)

Singles

Participações



Liam Gallagher traz sua turnê ao Qualistage em novembro

 

O inglês Liam Gallagher, que comandou o Oasis nos anos 90 junto com seu irmão Noel, desde 2009 quando a banda acabou empreende uma bem-sucedida carreira solo. Seu último disco, C’MON YOU KNOW, é o terceiro desde o fim do Oasis e a turnê de divulgação chega ao Brasil nesse mês de novembro, nos dias 15, em São Paulo, no Espaço Unimed, e 16, no Rio de Janeiro, no Qualistage.

No show, além de novas canções, o público pode contar, é claro, com os principais hits do Oasis, que o artista sabe que não pode deixar de fora do setlist.

O Oasis foi a maior banda de rock dos anos 90, marcados pela forte influência dos Beatles e pelas brigas entre os irmãos Gallagher e a rivalidade com o Blur de Damon Albarn. As duas bandas impulsionaram o chamado Britpop que juntamente com o Grunge foi o movimento rock mais emblemático daquela década.

Essa é a terceira vez que Liam sobe ao palco da casa na Barra da Tijuca localizada no shopping Via Parque. A primeira foi em 1998, no auge do Oasis, e a segunda em 2009 na derradeira turnê da banda.

A turnê de C’MON YOU KNOW se iniciou em Manchester, cidade natal do músico, no dia 1° de junho, e teve, logo de cara, duas datas especiais: os dias 03 e 04 em Knebworth Park, onde Oasis fez seus dois shows históricos em 1996.

Rio de Janeiro

DATA: 16 de novembro de 2022
LOCAL: Qualistage (Avenida Ayrton Senna, 3000 – Barra da Tijuca)
HORÁRIO: 21:30h
ABERTURA DOS PORTÕES: 19:30h
 CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA: 18 anos desacompanhados. Menores de 18 anos entram somente acompanhados dos pais ou responsáveis legais.

Unholy Harakiri lança “Ketsuro”

 

Ketsuro nasceu junto com a própria Unholy Harakiri, em meio a pandemia e um dos momentos mais difíceis da política brasileira. A banda traz aqui um pouco de todas as referências que temos vivido, não só em questão musical mas também no conteúdo de cada faixa, que abordam temas relacionados à cultura japonesa, brasileira e conflitos pessoais e sociais.














“Ketsuro” é o caminho sangrento que temos percorrido até aqui e temos certeza que muitos de vocês também vão se identificar. Têm sido tempos difíceis mas venceremos juntos.


Formada em 2020, Unholy Harakiri conta com a mistura entre membros de duas bandas do metal underground, Yukio Hara, Guitarrista e Raphael Gonçalves, Baixista (Ex-Colwire) e Maikon Campioni, Vocal (Athimia). A proposta da banda é reinventar o cenário do metal brasileiro misturando muito peso, afinações baixas e uma pitada de cultura asiática, temas futuristas e cyberpunk.

Em Dezembro de 2020 é lançado o primeiro single “Rakuin” pelo selo Coffin Joe Records, que conta com a faixa de abertura “Estigma (Rakuin)” e “Caminho Sangrento” acompanhando um Anime Music Vídeo com cenas do anime Berserk (Kentaro Miura) de 1997, ilustrando o tema da música.

Em 2022 foram lançadas os singles K I N T S U G I e Penumbra. Com essa estreia a banda garantiu bons números em suas mídias e perfis de streaming, e se lança agora seu full album em todas as plataformas de streaming, afim de iniciar o planejamento da tour de lançamento.

Musical The Wall chega ao Brasil em novembro

 

Pela primeira vez no Brasil, chega The Wall, a montagem teatral da obra do Pink Floyd, sucesso por mais de 30 anos na Inglaterra. O espetáculo segue o projeto original, como foi concebido, trazendo ao palco atores, músicos, cantores, acompanhados por uma super produção, envolvendo lasers, iluminação primorosa e tecnologias de última geração na sonorização.

O musical chegará ao Brasil em Novembro de 2022 em diversas cidades brasileiras, como parte do Top Cat Concert Series 2022, série de shows internacionais promovida por Top Cat Produções Artísticas. Será o 5º e último espetáculo da Série Cinema no Palco Ao Vivo de 2022, produzido por Top Cat e Vesbim Media Corp.

Dirigido por Alan Veste, coproduzido por Rachel Barrett, prima de Syd  Barrett, o fundador e cantor do Pink Floyd antes da gravação do The Wall. O espetáculo, assim como o disco e o longa para o cinema dirigido por Alan Parker, narra a vida de Pink, que por inúmeras declarações de Roger Waters (líder do Pink Floyd e criador do The Wall) foi intencionalmente inspirado em Syd Barrett.

Filme, originalmente dirigido por Alan Parker e Gerald Scarfe em 1982, ganha versão musical e teatral ao vivo montada com talento e sensibilidade por Alan Vest e Rachel Barrett  – Daily Express 2012 – S. Masters

A apresentação ao vivo, segue o roteiro do filme, com “comentários incidentais” de Alan e Rachel, que fazem sua própria leitura do personagem da estrela do rock, Pink, que tem sua alma torturada, por  causa de sua infância, pois sempre tentou fazer conexões emocionais significativas com outras criaturas vivas. O acúmulo de traumas – não ter um modelo masculino, pois seu pai, tendo sido morto na guerra, sua mãe superprotetora, sufocando-o, e um sistema escolar opressivo, excessos do mundo do rock e casamento falido) – faz com que Pink Floyd fique paranoico e louco, construindo um muro entre o mundo em sua mente e o mundo real.

Programação:

04 de Novembro de 2022      Sexta Feira      Juiz de Fora     Cine-Theatro Central

05 de Novembro de 2022      Sabado            Belo Horizonte            Minas Centro

06 de Novembro de 2022      Domingo         Rio de Janeiro Vivo Rio

10 de Novembro de 2022      Quinta  Feira   Joinvile            Teatro da Liga

11 de Novembro de 2022      Sexta Feira      Blumenau       Teatro Carlos Gomes

12 de Novembro de 2022      Sabado            Porto Alegre  Teatro do SESI

13 de Novembro de 2022      Domingo         Porto Alegre   Teatro do SESI

16 de Novembro de 2022      Quarta Feira   São Paulo        Espaço Unimed

17 de Novembro de 2022      Quinta Feira   Curitiba           Teatro Guaira

Kaio Filipe Blues Band lança Pra Fazer O Que For

Kaio Filipi Blues Band

Um blues rock autêntico, ácido e politizado. Nada descreveria melhor a faixa Pra Fazer O Que For, novo single do grupo Kaio Filipe Blues Band. A canção versa sobre a atual conjuntura política e social do Brasil enquanto frisa a importância da união da classe trabalhadora. 

 








Em termos musicais, o single é um prato cheio para quem gosta de Stevie Ray Vaughan, John Frusciante e Jimi Hendrix. Ou seja, “Pra Fazer O Que For” tem muitos riffs groovados, fuzz e visceralidade. O lançamento integra o catálogo do selo In The Box Records. 

O vocalista e guitarrista Kaio Filipe, destaca que a canção dá luz para uma questão importante dentro da sociedade brasileira.

“Todos os dias sangramos com perdas e dificuldades, mas não querem que a gente perceba. Digo, essa música descreve como o imediatismo ofusca a importância da união dos trabalhadores. Precisamos lutar e fazer a nossa própria revolução. Essa é a única forma de mudar a nossa realidade!”

A banda tem a cara e a voz de Kaio Filipe. No entanto, também conta com os músicos Bruno Rodrigues (Baixo), Diogo Silva (Bateria) e Daniel Iunes (teclado) em sua formação.

Anteriormente, o grupo lançou o single Filhos Bastardos (2020), além de um álbum ao vivo autointitulado.

Destaque

TRIUMPH - ALLIED FORCES (1981)

  Allied Forces é o quinto álbum de estúdios da banda canadense Triumph. O seu lançamento oficial ocorreu em setembro de 1981 através do sel...