sábado, 31 de dezembro de 2022

CRONICA - PETER BARDENS | The Answer (1970)

Peter Bardens é conhecido por ter sido o tecladista do Camel. Mas muito antes de conhecer o guitarrista Andrew Latimer, o baixista Doug Ferguson e o baterista Andy Ward para formar uma das referências do rock progressivo, Peter Bardens já tem um currículo impressionante que remonta à época em que explodiu a invasão pop britânica e o boom do blues britânico. Nascido em junho de 1945 nos bairros de Westminster, em Londres, Peter Bardens estudou belas artes na Byam Shaw School of Art. Ele aprendeu piano antes de passar para o órgão Hammond depois de ouvir Jimmy Smith. Em 1965 ele fundou The Cheynes com Mick Fleetwood na bateria. Em seguida, tornou-se membro do cantor Van Morrison's Them onde participou do primeiro álbum, The Angry Young Themem 1965 com o hit “Gloria”. Ele forma Shotgun Express, uma combinação de soul com Rod Stewart, Peter Green e Mick Fleetwood.

Em 1968, ele formou The Village com futuros músicos de Elvis Costello e The Attractions, o baixista Bruce Thomas e o baterista Bill Porter. Em 1969, o grupo publicou um single "Man In The Moon / Long Time Coming" antes de se separar em 1970. No mesmo ano, Peter Bardens seguiu carreira solo com a publicação de The Answer no selo Transatlantic Records.

Hoje em dia esta ilustração, onde observamos Peter Bardens sentado confortavelmente em uma poltrona em um jardim do Éden cercado por garotas bonitas, poderia ser qualificada como sexista. Também poderia ser uma reminiscência da capa de Electric Ladylandde Hendrix e suas groupies. O que pode dar uma indicação sobre a orientação musical deste disco. Pois as partes da guitarra abusando alegremente do wah-wah, percorrem esses 33 rpm sob a influência do Cherokee. Eles são assinados pelo alemão Andy Gee, mas especialmente por Peter Green (sem créditos) então fora do Fleetwood Mac. Mas estes não são os únicos convidados. Pois além de embarcar Bruce Thomas, a tecladista chama a cantora Linda Lewis que tem alguns singles em seu currículo, o cantor Steve Ellis (Love Affair), o baterista Reg Isidore, o percussionista/cantor Alan Marshall (One) e congas jogador Rocky Dzidzornu (Rolling Stone, Nick Drake, Ginger Baker…). No final, este coletivo lançará um rock psicodélico de 33 rpm de inspiração blues com aromas prog e cerca de 50 minutos com seis títulos no relógio. Começa com a faixa-título, uma balada desesperada e blueseira. Uma faixa que sugere o futuro trabalho de Peter Bardens com Camel através deste melodioso piano sinfônico e órgão sinfônico, pontilhado com soli de seis cordas de acid rock elétrico, bem como estranhas harmonizações de duas vozes, uma (Peter Bardens) sóbria e a outra (Steve Ellis) emotivo e nervoso. Ficamos na balada com os 7 mn de "Don't Goof With A Spook" mas num registo stoner blues pela guitarra sob o acid e o órgão cavernoso mas também exótico pelas percussões. Com um órgão à la Gregg Rolie e congas para não mencionar a guitarra, "I Can't Remember" de 10 minutos de duração lembra bastante Santana. Uma faixa que sugere o futuro trabalho de Peter Bardens com Camel através deste melodioso piano sinfônico e órgão sinfônico, pontilhado com soli de seis cordas de acid rock elétrico, bem como estranhas harmonizações de duas vozes, uma (Peter Bardens) sóbria e a outra (Steve Ellis) emotivo e nervoso. Ficamos na balada com os 7 mn de "Don't Goof With A Spook" mas num registo stoner blues pela guitarra sob o acid e o órgão cavernoso mas também exótico pelas percussões. Com um órgão à la Gregg Rolie e congas para não mencionar a guitarra, "I Can't Remember" de 10 minutos de duração lembra bastante Santana. Uma faixa que sugere o futuro trabalho de Peter Bardens com Camel através deste melodioso piano sinfônico e órgão sinfônico, pontilhado com soli de seis cordas de acid rock elétrico, bem como estranhas harmonizações de duas vozes, uma (Peter Bardens) sóbria e a outra (Steve Ellis) emotivo e nervoso. Ficamos na balada com os 7 mn de "Don't Goof With A Spook" mas num registo stoner blues pela guitarra sob o acid e o órgão cavernoso mas também exótico pelas percussões. Com um órgão à la Gregg Rolie e congas para não mencionar a guitarra, "I Can't Remember" de 10 minutos de duração lembra bastante Santana. um (Peter Bardens) sóbrio e o outro (Steve Ellis) comovente e nervoso. Ficamos na balada com os 7 mn de "Don't Goof With A Spook" mas num registo stoner blues pela guitarra sob o acid e o órgão cavernoso mas também exótico pelas percussões. Com um órgão à la Gregg Rolie e congas para não mencionar a guitarra, "I Can't Remember" de 10 minutos de duração lembra bastante Santana. um (Peter Bardens) sóbrio e o outro (Steve Ellis) comovente e nervoso. Ficamos na balada com os 7 mn de "Don't Goof With A Spook" mas num registo stoner blues pela guitarra sob o acid e o órgão cavernoso mas também exótico pelas percussões. Com um órgão à la Gregg Rolie e congas para não mencionar a guitarra, "I Can't Remember" de 10 minutos de duração lembra bastante Santana.

O lado B começa com "I Don't Want To Go Home", uma balada que cheira a ilhas com uma flauta jazzy e coro feminino dando lugar a "Let's Get It On" onde Peter Bardens tenta o ritmo 'n' blues com um piano boogie. O vinil termina com "Homage To The God Of Light" por 13 minutos de improvisações galopantes, épicas e tribais entre guitarra e órgão. Em suma, um disco que não ficará nos anais mas que é bom de ouvir.

Títulos:
1. The Answer
2. Don’t Goof With A Spook
3. I Can’t Remember
4. I Don’t Want To Go Home
5. Let’s Get It On
6. Homage To The God Of Light

Músicos:
Peter Bardens: Órgão, Vocal
Bruce Thomas: Baixo
Rocky: Percussão
Reg Isadore: Bateria
Andy Gee: Guitarra
Peter Green: Guitarra
Linda Lewis: Vocal
Steve Ellis: Vocal
David Wooley: Backing Vocals
Alan Marshall: Backing Vocals, Percussão

Produção: Peter Bardens

“Metallica” (Elektra, 1991), Metallica

 




Em 1990, o Metallica tinha nove anos de carreira, quatro álbuns de estúdio na discografia e era um dos nomes mais importantes do thrash metal, ao lado de Megadeth, Slayer e Anthrax. Seu quarto álbum ...And Justice For All (1988), foi muito bem comercialmente, assim como a turnê promocional daquele álbum.

No entanto, a quarteto americano queria mais. Sentia a necessidade de ir além do nicho alternativo ao qual pertencia. Além disso, a banda se mostrava entediada com as músicas longas e arranjos complexos dos discos anteriores, muito complicadas para serem executados nos shows ao vivo. O Metallica queria ampliar os seus horizontes, ampliar a sua base de fãs.

Em meados de 1990, o guitarrista e vocalista James Hetfield, e o baterista Lars Urich, começaram a compor novas músicas para o quinto álbum de estúdio, e contaram com a contribuição do guitarrista solo Kirk Hammett e do baixista Jason Newsted. Os membros do Metallica entendiam que o novo álbum deveria ser o melhor da carreira deles até quele momento, capaz de atrair o público de outras esferas do rock pesado o público de bandas Guns N’ Roses, Mötley Crue e Bon Jovi.

Após ouvirem o álbum Dr. Feelgood, do Mötley Crue, e Sonic Temple, do The Cult, os integrantes do Metallica convidaram o produtor Bob Rock para cuidar da mixagem do novo álbum da banda. Eles ficaram impressionados com a qualidade do som daqueles discos, e decidiram contratá-lo. Bob Rock aceitou o convite, mas ao ouvir os álbuns de estúdio do Metallica e assistir os shows ao vivo da banda, o experiente produtor percebeu que muito do potencial sonoro do quarteto americano em cima do palco não foi capturado pelos discos estúdios do grupo.

O Metallica estava disposto a buscar coisas, ir além das músicas longas e de
arranjos complexos, como as presentes no álbum ...And Justice For All, de 1988.

Foi então que Rock convenceu a banda a contratá-lo para produzir o disco, fazer um trabalho por completo. A banda topou a proposta do produtor, afinal, ela tinha um objetivo ambicioso a atingir, e ter um grande produtor que já havia trabalhado com estrelas do mainstream do rock pesado era essencial. O mais irônico nessa história é que o Metallica teria um álbum produzido por um profissional que já havia trabalhado em discos do Bon Jovi, banda que até pouco antes, os membros do Metallica execravam. Bob Rock trabalhou como engenheiro de som em dois álbuns do Bon Jovi, Slippery When Wet (1987) e New Jersey (1988).

A convivência do Metallica com Bob Rock não foi as mil maravilhas. A maneira disciplinada e exigente de Bob Rock trabalhar criou momentos tensos entre a banda e o produtor. O grupo chegou a jurar que nunca mais trabalharia com Bob Rock. Com Bob, James Hetfield trabalhou as harmonizações vocais, enquanto que Lars Urich praticamente teve que “reaprender” a tocar bateria. Por outro lado, Bob Rock deu mais atenção ao baixo de Jason Newsted, que no álbum anterior foi ignorado. No novo álbum, o volume do baixo ficou mais alto, mais destacado. As gravações do novo álbum ocorreram nos estúdios One On One, em Los Angeles, nos Estados Unidos. Foi um período relativamente longo, entre outubro de 1990 e junho de 1991, a um custo total de 1 milhão de dólares. James Hetfiled e Lars Urich, acumularam funções assuminto o posto de co-produtores.

Intitulado apenas como Metallica, mas popularizado como “black album”, o quinto álbum da banda americana representou a grande busca por transformação que seus membros almejavam. Metallica, o álbum, não só significou uma virada na orientação musical do quarteto, mas também na carreira da banda. A sonoridade do álbum ganhou em qualidade, em polidez e em peso. Por outro lado, para tornar o trabalho do Metallica mais “palatável” para o grande público que a banda pretendia atingir, o quarteto desacelerou o ritmo e tornou os vocais um pouco mais melódicos, alterações que foram bastante percebidas e, principalmente, criticadas pelos fãs mais “ortodoxos”. Um outro aspecto importante de Metallica é fato do álbum tocar em assuntos pessoais, mais especificamente nos de James Hetfield. O álbum traz canções sobre a morte da mãe de Hetfield e sobre a falta que o músico sentia da namorada durante as turnês.

Outro elemento que chamou a atenção em Metallica foi a capa. Ao invés de apelar para imagens de monstros, paisagens sombrias e aterrorizantes tão comuns em capas de discos de bandas de heavy metal, os membros do Metallica optaram por algo mais minimalista: uma capa toda preta, com a aparição bem sutil da logo do grupo no canto superior esquerdo e de uma cobra no canto inferior direito. Os dois elementos figurativos pouco visíveis num fundo todo preto, acabou motivando o álbum a ser chamado popularmente de “black album”.

Metallica, o álbum, abre em grande estilo com “Enter Sandman” e o seu riff de guitarra arrasador executado por Kirk Hammett. A faixa pesada, agressiva, mas cuidadosamente lapidada para ser radiofônica e com capacidade para cativar multidões em grandes estádios e arenas. A letra foi inspirada numa lenda do folclore europeu que dá nome à música, uma criatura que costuma visitar as crianças à noite para derramar grãos de areia nos olhos delas para que elas tenham bons sonhos. Mas na música do Metallica, o personagem ganha ares sombrios, soturnos. O videoclipe da “Enter Sandman” reproduz essa sensação sombria, e se tornou um grande sucesso assim como a própria música.

Lars Urich, o produtor Bob Rock e James Hetfield,
na época das gravações do álbum Metallica.

Embora tão pesada quanto “Enter Sandmn”, a faixa seguinte, “Sad But True”, segue numa linha rítmica mais desacelerada, arrastada. A letra versa sobre conflitos internos do indivíduo, onde em algumas situações, o lado mais obscuro desse indivíduo tenta assumir o controle de sua personalidade. Seria como se a voz interior desse indivíduo fosse quem de fato ele é, e que a imagem externa dele fosse apenas uma “máscara” que oculta a sua real personalidade.

“Holier Than Thou” é pesada e bastante veloz, e faz lembrar o Metallica dos discos anteriores. É uma música que fica na fronteira entre o hard rock e o heavy metal. Merecem destaque a bateria de Lars Urich e o baixo de Jason Newsted. A letra trata sobre aquele tipo de pessoa que julga os outros, que se acha acima do bem e do mal.

Na sequência, a balada “The Unforgiven”, uma das principais faixas do álbum e um dos maiores sucessos da carreira do Metallica. A música começa com uma introdução inspirada em trilhas sonoras de filmes de faroeste compostos por Ennio Morricone nos anos 1960. “The Unforgiven” é linda, melódica e agradável, é uma das grandes baladas do heavy metal. Embora seja uma balada, não se trata de uma canção de amor. Os versos se referem alguém que travava uma batalha contra aqueles que tentam subjuga-lo, diminuí-lo. É uma luta que esse indivíduo leva para toda a sua vida, muitas vezes vendo os seus desejos e sonhos sendo sacrificados por aqueles que se julgam superiores a ele.

“Wherever I May Roam” é sobre a vida de uma banda de rock na estrada, em turnês mundo a fora. A música começa com um inusitado som de cítara indiana que cria um clima musical oriental, mas que logo cede lugar ao ritmo do heavy metal, num andamento lento. Aqui, foram trabalhadas as harmonizações vocais de James Hetfield, enquanto que Hammett caprichou em solos de guitarras cheios de efeitos de pedais wah-wah.

O ritmo de marcha anuncia a faixa “Don’t Tread On Me”, uma música cujo título é na verdade o lema da bandeira de Gadsden, usada nas batalhas da Revolução Americana, entre 1775 e 1783. Na citada bandeira aparece uma cobra e a frase “Dont tread on me” (“Não pise em mim”). A curiosidade é que essa mesma cobra aparece na capa do álbum. O verso “give me liberty or give me death!” (“Dê-me liberdade ou dê-me a morte!”) presente em “Don’t Tred On Me” é atribuída a Patrick Henry (1736-1799), um político e advogado americano defensor da independência dos Estados Unidos e do republicanismo. Em seguida, “Through The Never” é uma música pesada, mas que em alguns momentos alterna o ritmo do seu andamento, ora veloz, ora lento.

Metallica em 1991, da esquerda para a direita: Kirk Hammett,
Lars Ulrich, James Herfield e Jason Newsted.

“Nothing Else Matters” é outra balada presente no álbum, e desta vez trata-se de uma canção de amor. Hetfield escreveu a letra da canção quando estava em turnê com o Metallica, e nela, o vocalista expressa a saudade que sentia da sua namorada. A princípio, Hetfield não queria que a banda gravasse, achou que seus companheiros não iriam gostar da canção. Porém, a reação deles foi inversa: não só gostaram como convenceram Hetfield para que a banda gravasse. Na gravação, “Nothing Else Matters” recebeu todo um cuidado especial, como um arranjo de orquestração feito pelo maestro e arranjador Michael Kamen (1948-2003) que deu um toque refinado à canção.

Depois da sensível “Nothing Else Matters”, o Metallica volta à carga pesada com “Of Wolf And Man” e o seu ritmo cavalgado e pesado, com direito a solos alucinantes de guitarra de Hammett. Escrita por James Hetfield, “The God That Failed” toca num assunto delicado para o vocalista do Metallica que é a morte de sua mãe, Cynthia Bassett. Ela sofria de câncer, mas por convicções religiosas, recusou-se a passar por tratamento e acabou falecendo em 1979, quando James Hetfield era um adolescente de 16 anos. A letra é dura e direta, é uma espécie de desabafo de Hetfield, um misto de raiva e ressentimento dele com religião.

“My Friend Of  Misery” teve uma interessante colaboração do baixista Jason Newsted, que faz um interessante dedilhado de baixo na introdução. A música originalmente seria instrumental, mas logo ganhou letra que versa sobre vitimismo, sobre pessoas que se julgam vítima de tudo e de todos, como se o mundo estivesse contra elas. O álbum encerra com “The Struggle Within”, música que tem ritmo marcial na sua introdução, mas que depois segue em louca disparada.

O lançamento do álbum Metallica ocorreu em 12 de agosto de 1991. A espera pelo novo álbum da banda foi tão aguardada que algumas lojas de discos nos Estados Unidos abriram após a meia-noite do dia do lançamento para atender os primeiros compradores. Longas filas de fãs se formaram em frente a essas lojas ansiosos para comprar o disco novo do Metallica.

Chamado popularmente de “black álbum”, Metallica teve uma recepção positiva por grande parte da imprensa musical. E o mais surpreende é que essas críticas positivas vieram de publicações de fora do universo do heavy metal como a Rolling StoneVillage Voice e New York Times. À medida que o álbum foi fazendo sucesso, a banda Metallica estampava capas de publicações como Melody MakerNMEQ e Time Out, o que mostrava que a popularidade da banda havia ultrapassado as fronteiras do thrash metal e havia alcançado o tão sonhado mainstream.

Impulsionado pelo sucesso das faixas “Enter Sandman”, “The “Unforgiven”, “Nothing Else Matters” e “Sad But True”, o desempenho comercial de Metallica foi fantástico. Logo que foi lançado, o álbum foi direto para 1º lugar nos Estados Unidos e Reino Unido. O álbum foi também 1º lugar no Canadá, Austrália, Nova Zelânda e Noruega. Para se ter uma ideia da turnê do álbum, no verão de 1993, o disco já havia vendido 7 milhões de cópias nos Estados Unidos e mais 5 milhões no resto do mundo. Ao longo tempo, Metallica chegou à marca de 16 milhões de cópias vendidas nos Estados, e mundialmente, vendeu mais de 40 milhões de cópias vendidas, tornando Metallica o álbum de heavy metal mais vendido em todos os tempos.

Metallica no Festival Mosters of Rock, em Moscou, Rússia, em setembro de 1991,
tocando para um público estimado em 1,6 milhão de pessoas. 

Para consolidar o sucesso de público e de crítica com o seu quinto álbum, o Metallica recebeu em 1992, o prêmio Grammy de “Melhor Performance de Heavy Metal”. No mesmo ano, o videoclipe de “Enter Sandman” o troféu do MTV Video Music Awards na categoria “Melhor Vídeo de Rock”.

Ainda em 1992, em maio, numa entrevista coletiva para a imprensa, o baterista do Metallica, Lars Ulrich, e o guitarrista do Guns N’ Roses, Slash, anunciaram uma turnê que as duas bandas fariam juntas. A notícia gerou grande alvoroço no público do rock pesado já que enquanto Metallica desfruta o gosto da fama com o “black album”, e o Guns N’ Roses estava no auge do sucesso com os recém lançados álbuns duplos Use Your Illusion I e Use Your Illusion II. Passando por cidades dos Estados Unidos e Canadá, a bem sucedida turnê conjunta começou em julho e terminou em outubro de 1992. Na turnê, ocorreram os costumeiros ataques de megalomania de Axel Rose e um acidente com James Hetfield, que sofreu queimaduras de segundo e terceiro graus durante a abertura de “Fade To Black”, após uma falha de efeito de pirotecnia no palco. Enquanto se recuperava do acidente, Hetfield foi substituído no resto da turnê pelo roadie do Metallica e guitarrista da banda Metal Church, John Marshall.

Além dessa turnê conjunta com o Guns N’ Roses, o Metallica seguiu também em turnê solo e em escala mundial para promover o “black album”, que passou por América do Norte, América do Sul, países da Ásia e Oceania. A turnê mundial se encerrou em julho de 1993.

O sucesso de público e de crítica alcançado pelo seu “black album”, catapultou o Metallica para o mainstream da música mundial. Se por um lado o sucesso estrondoso do álbum gerou críticas duras dos fãs mais radicais da banda que a acusaram de “vendida”, por outro serviu de porta de entrada para que novos fãs conhecessem o Metallica e a sua obra. E não apenas isso, ajudou ao próprio heavy metal a ter mais visibilidade e ampliar o seu público.

 

Faixas

 

1.     "Enter Sandman"  (Hetfield – Ulrich - Hammett)        

2.     "Sad but True"  (Hetfield – Ulrich)       

3.     "Holier Than Thou"  (Hetfield – Ulrich)

4.     "The Unforgiven"  (Hetfield – Ulrich - Hammett)       

5.     "Wherever I May Roam"  (Hetfield – Ulrich)   

6.     "Don't Tread on Me"  (Hetfield – Ulrich)         

7.     "Through the Never"  (Hetfield – Ulrich - Hammett)  

8.     "Nothing Else Matters"  (Hetfield – Ulrich)

9.     "Of Wolf and Man"  (Hetfield – Ulrich - Hammett)    

10.   "The God That Failed"  (Hetfield – Ulrich)       

11.   "My Friend of Misery"  (Newsted – Hetfield – Ulrich)

12.   "The Struggle Within"  (Hetfield – Ulrich)       

 

 

Metallica: James Hetfield (vocal, guitarra rítmica, violão, sitar, solo de guitarra em "Nothing Else Matters" e co-produção), Kirk Hammett (guitarra solo), Jason Newsted (baixo) e Lars Ulrich (bateria, percussão e co-produção).

 

Produção: Bob Rock

  

Ouça na íntegra o álbum Metallica

"Enter Sandman"
(videoclipe oficial)

"Sad But True" 
(videoclipe oficial)

"The Unforgiven" 
(videoclipe oficial)

"Wherever I May Roam" 
(videoclipe oficial)

"Nothing Else Matters"
(videoclipe oficial)


“Use Your Illusion I” (Geffen, 1991), Guns N’ Roses

 



Na virada dos anos 1980 para os anos 1990, a maior banda de rock do mundo era sem sombra de dúvidas o Guns N’ Roses. O prestígio da banda estava em alta ainda graças ao sucesso arrebatador do seu álbum de estreia, Appetite For Destruction, de 1987, que havia emplacado quase todas as faixas e vendido milhões de cópias em todo o planeta. Para atender o “apetite” voraz dos fãs por novidades do quinteto americano, a gravadora lançou em 1988 o álbum GN’R Lies, que nada mais era do que a junção do EP gravado ao vivo Live?! *@Like A Suicide, lançado em 1986, com mais quatro músicas inéditas, dentre elas a balada acústica “Patience”, faixa que se tornou um grande sucesso radiofônico.

Assim como a fama do Guns N’ Roses subia como um foguete rumo aos céus, os escândalos e confusões em que a banda se metia aumentavam na mesma proporção e velocidade. Não foram poucas as vezes em que os membros da banda estavam envolvidos em bebedeiras, abuso no consumo de drogas e prisões. Isso sem falar dos ataques de estrelismo do vocalista Axl Rose. O estilo de vida desregrado, movido a sexo, drogas, álcool e rock’n’roll, levou o Guns N’ Roses a receber o título de “a banda mais perigosa do mundo”.

Com uma grande quantidade de novas canções compostas, mais outras músicas antigas que não haviam sido gravadas, o Guns N’ Roses entrou em estúdio em janeiro de 1990 para gravar o próximo álbum. O processo de gravação e de mixagem foi longo e se estendeu até agosto de 1991, ou seja, mais de um ano e meio. Alguns problemas durante as gravações acabaram prolongando as gravações e retardando o lançamento do novo álbum. Um deles foi o vício do baterista Steve Adler em heroína. A dependência química do músico estava tão agravada que ele faltava às gravações, e quando comparecia, o músico tinha dificuldade de tocar o seu próprio instrumento. O baterista acabou sendo expulso da banda e substituído pelo ex-baterista do The Cult, Matt Sorum. Meses antes, o grupo havia efetivado o tecladista Dizzy Reed, que trabalhava com a banda havia algum tempo, mas como músico contratado.

Guns n' Roses, em setembro de 1991. Em pé: Matt Sorum e Izzy Stradlin;
sentados: Duff McKagan. Slash, Axl Rose e Dizzy Reed.


Outro fator que contribuiu para bagunçar o cronograma da produção do novo álbum foi que após vinte músicas mixadas com o produtor Bob Clearmountain, a banda se mostrou insatisfeita com o resultado, e decidiu mixar tudo novamente. Para essa tarefa, convocaram o engenheiro de som Bill Price, profissional que já havia trabalhado com os Sex Pistols.

Terminado todo o processo de gravação, o Guns N’ Roses tinha um farto material gravado nas mãos (cerca de 30 músicas) e uma ideia megalômana na cabeça: lançar tudo em dois álbuns duplos e numa mesma data. E foi justamente o que aconteceu.

Em 17 de novembro de 1991, o Guns N’ Roses lançou de uma só vez, dois álbuns duplos, Use Your Illusion I e Use Your Illusion II, um dos lançamentos mais ousados da história do rock. O duplo lançamento agradou em cheio os fãs, ávidos por novidades da banda, mas que gerou críticas de uma parcela da imprensa que achou um exagero. Alguns jornalistas acreditavam que a banda poderia ter selecionado as melhores canções e lançado um álbum simples, ou pelo menos, lançado os álbuns duplos num intervalo de um ano, entre o primeiro e o segundo.

Use Your Illusion I e Use Your Illusion II representaram uma evolução musical do Guns N’ Roses, do ponto de vista artístico, e ambicioso do ponto de vista comercial. A banda americana ampliou o seu arco de possibilidades musicais ao trazer para o seu hard rock, referências de outros estilos como o blues, o country, música erudita e até música flamenca.

A arte que ilustra a capa dos dois álbuns duplos é a mesma e foi criada pelo artista gráfico americano Mark Kostabi. É baseada num detalhe de uma pintura famosa, o afresco “Escola de Atenas”, de Raphael Sanzio (1483-1520), pintada pelo artista italiano entre 1509 e 1510, e se encontra no Palácio Apostólico, no Vaticano, na Itália. Embora a arte da capa seja a mesma, a diferença está nas cores: Use Your Illusion I é amarela, e Use Your Illusion II é azul.

No repertório dos dois álbuns duplos, a banda gravou canções até então novas e canções compostas no início da carreira, mas que jamais haviam sido gravadas como “Back Off Bitch”, Bad Obsession”, “Don’t Cry”, “November Rain” e “The Garden”, além do cover de um antigo sucesso de Paul McCartney, “Live and Let Die”, que o Guns N’ Roses costumava tocar nos seus primeiros shows. O álbum Use Your Illusion I conta com participações especiais como a de Alice Cooper e do então vocalista do Blind Melon, Shannon Hoon (1967-1995), que era também um velho amigo de Axl Rose, e de Michael Monroe, vocal da banda finlandesa Hanoi Rocks. Uma novidade que chama a atenção no duplo lançamento é que além de Axl, outros membros do Guns N’ Roses também cantaram em algumas faixas.

Use Your Illusion I contou com participações especiais de Alice Cooper,
Shannon Hoon e Michael Monroe.

Use Your Illusion I começa em grande estilo com “Right Next Door Hell”, um hard rock escrito por Axl Rose inspirado numa desavença que ele teve com uma vizinha que ele tinha, em Los Angeles. Segundo essa vizinha, Axl teria atirado nela uma garrafa de vinho. A depender do “estado alcoólico” de Axl, é bem possível que isso tivesse ocorrido. Na sequência, “Dust N’ Bones”, uma música em que o Guns N’ Roses aproxima-se do blues rock graças ao piano em estilo honk-tonk (tão comuns nos saloons do velho oeste americano), e que traz o guitarrista rítmico Izzy Stradlin nos vocais principais.  

A releitura do Guns N’ Roses para “Live and Let Die” não traz grandes alterações em relação ao arranjo da versão original de Paul McCartney & Wings. O quinteto apenas acrescentou mais peso e distorção nas guitarras, dando mais agressividade à musica, que na sua versão original, de 1973, foi tema principal do filme de James Bond de mesmo título da canção. Em 1993, o Guns N’ Roses foi contemplado com um prêmio Grammy de “Melhor Performance de Hard Rock” pela sua reinterpretação para “Live and Let Die”.

Curiosamente, “Don’t Cry” aparece em duas versões, uma para cada álbum duplo. Em Use Your Illusion I, “Don’t Cry” é uma balada hard rock com letra original, enquanto a versão com letra alternativa está presente no Use Your Illusion II. Na versão para Use Your Illusion I, o vocalista do Blind Melon, Shannon Hoon, participa através dos vocais de apoio.

“Perfect Crime” é um hard rock veloz e curto, que remete ao Guns N’ Roses dos tempos de Appetite For Destruction. Após o peso acelerado de “Perfect Crime”, vem na sequência a leveza da balada blues acústico “You Ain’t The First”, cheio de dedilhados ao violão. Em entrevista ao site português de música, Blitz, em abril de 2021, o ex-baterista do Guns N’ Roses, Matt Sorum, afirmou que os membros da banda gravaram “You Ain’t The First” totalmente bêbados. Composta por Izzy Stradlin, a canção traz o próprio Stradlin no vocal principal, enquanto que seus colegas de banda, mais Shannon Hoon, fazem os vocais de apoio.

Em “Bad Obsession”, cuja letra trata sobre o vício em drogas, o Guns N’ Roses transita por uma sonoridade que faz lembrar os Rolling Stones fase Exile On Main St.. Michael Monroe, vocal do Hanoi Rocks, faz uma participação tocando gaita e saxofone. “Back Off Bitch” é outra música antiga, do início da carreira do Gun N’ Roses, e que pela primeira vez foi gravada. Seus versos reportam à experiência conjugal de Axl Rose com uma namorada no início dos anos 1980, antes fama, e que foi marcada por muitas brigas e desentendimentos. Axl teria sido expulso de casa pela garota. Na letra, Axl descarrega todo o seu desabafo cheio de raiva, a tal ponta de chamar a garota de “vadia”. “Double Talkin’ Jive” é mais outra canção composta por Izzy Stradlin, e que traz o mesmo cantando e fazendo um interessante solo de violão em estilo de música flamenca.

A longa balada “November Rain” é talvez a grande canção da vida de Axl Rose. Escrita por ele no início da carreira, Axl parece ter guardado uma joia bruta por tanto tempo para ser lapidada e trazida a pública no momento certo, e esse momento foi quando a banda vivenciava o auge da fama. Guardada as devidas proporções, “November Rain” é uma canção que pertence à tradição das baladas épicas do rock como “Stairway To Heaven”, do Led Zeppelin, “Bohemian Rhapsody”, do Queen, “Funeral For A Friend / Love Lies Bleeding”, de Elton John, e “Free Bird”, do Lynyrd Skyrnyrd.  Nesta canção, Axl teve um papel de destaque não só por ser o autor, mas também por tocar piano e fazer uso dos sintetizadores para simular uma orquestra de cordas, que deu um toque refinado à canção e fez um interessante contraste com o peso do hard rock da banda. Boa parte do sucesso da canção se deve ao videoclipe muitíssimo bem produzido que custou nada menos que US$ 1,5 milhão, e que teve grande veiculação na MTV americana, ajudando assim a impulsionar “November Rain” nas paradas de sucesso.

Slash em cena do videoclipe de "November Rain".

Também antiga, dos primórdios da carreira do Guns N’ Roses, “The Garden” teria apenas Axl Roses cantando. Porém, durante as gravações, os membros da banda perceberam que Axl Rose estava cantando num tom de voz que se assemelhava à de Alice Cooper. Logo, decidiram convidar o próprio Cooper para fazer uma participação especial cantando com Axl Rose. Shannon Hoon também participa, mas apenas nos vocais de apoio. A letra soturna, fala de medo, pesadelo e solidão.

“Garden Of Eden” é talvez a faixa mais veloz do álbum. É um hard rock rápido e frenético, em que Axl Rose canta aos berros e apressadamente. A música traz alguns versos que traçam críticas às religiões e lideranças políticas: “Most organized religions make a mockery of humanity / Our governments are dangerous and out of control / The garden of Eden is just another graveyard / Said if they had someone to buy it said I'm sure they'd sell my soul”. (“A maioria das religiões organizadas fazem de trouxa a humanidade / Nossos governantes são perigosos e fora de controle / O Jardim do Éden é apenas outro cemitério / Digo que se eles tivessem alguém para comprar, com certeza venderiam minha alma”).

Em “Don’t Damn Me”, os primeiros versos são bem emblemáticos: “Don't damn me / When I speak a piece of my mind / 'Cause silence isn't Golden” (“Não me condene / Quando eu falo o que penso / Porque o silencio não é de ouro”), enquanto que em “Blue Apples”, o Guns N’ Roses mais uma vez se aventura na seara do blues rock. “Dead Horse” começa com uma seção acústica à base de violão, cedendo depois espaço para sons pesados de guitarra após um ruído de nozes quebrando. A faixa termina da mesma forma acústica como começou.

O álbum chega ao fim com “Coma”, uma música que fica na fronteira entre o hard rock e o heavy metal. É a faixa mais longa do álbum, pouco mais de dez minutos de duração. A faixa começa com um som de batimento cardíaco que ditará o ritmo da música. Durante o transcorrer da música, ouve-se ruído de aparelho hospitalar, som de desfibrilador e diálogos de médicos num ambiente hospitalar. Na letra, o eu lírico é um paciente que diz preferir ficar em coma do que voltar de novo para este mundo e ter que encarar a dura realidade da vida. Axl escreveu a canção baseado numa experiência que passou em meados dos anos 1980, quando sofreu uma overdose após tomar um frasco de comprimidos, e teve que ser internado com urgência em um hospital.

Use Your Illusion I estreou em 2º lugar na parada Billboard 200, nos Estados Unidos. No dia do seu lançamento, o Use Your Illusion I vendeu nada menos que 960 mil cópias nos Estados Unidos, o que quase fez o Guns N’ Roses ser contemplado com um disco de platina já no primeiro dia de vendas do álbum. Em dois meses, Use Your Illusion I já havia chegado à marca de 2 milhões de cópias vendidas nos Estados Unidos. No geral, Use Your Illusion I vendeu mais 18 milhões de cópias mundialmente.

Use Your Illusion I gerou três singles: “Don’t Cry”, “Live and Let Die” e “November Rain”. Dos três singles, o de “November Rain” foi o mais vendido, mais de 1 milhão de cópias vendidas em todo o mundo. Alcançou o 3º lugar na parada Billboard Hot 100, nos Estados Unidos, 2º lugar em Portugal, 4º lugar no Reino Unido e 5º lugar na Austrália. 

Faixas

Disco 1

Lado 1

  1. "Right Next Door To Hell"  (Axl Rose, Izzy Stradlin, Timo Kaltio)    
  2. "Dust N' Bones"  (Slash, Stradlin, Duff McKagan)
  3. "Live and Let Die" (Paul McCartney, Linda McCartney)
  4. "Don't Cry" (Versão original) (Rose, Stradlin)
  5. "Perfect Crime"  (Rose, Slash, Stradlin)

 

Lado 2 

  1. "You Ain't the First"  (Stradlin)       
  2. "Bad Obsession" (Stradlin, West Arkeen)        
  3. "Back Off Bitch" (Rose, Paul Tobias)   
  4. "Double Talkin' Jive"  (Stradlin)

 

Disco 2 

Lado 3           

  1. "November Rain"  (Rose)
  2. "The Garden" (com Alice Cooper) (Rose, Arkeen, Del James)        
  3. "Garden of Eden"  (Rose, Slash)  
  4. "Don't Damn Me"  (Rose, Slash, Dave Lank)

 

Lado 4           

  1. "Bad Apples"  (Rose, Slash, Stradlin, McKagan)
  2. "Dead Horse"  (Rose)
  3. "Coma"  (Rose, Slash)

 

Guns N’ Roses: Axl Rose (vocais e piano), Slash (guitarra solo), Izzy Stradlin (guitarra rítimica, vocal principal e vocais de apoio), Duff McKagan (baixo e vocais de apoio), Matt Sorum (bateria) e Dizzy Reed (teclados e vocais de apoio).



l
"Live and Let Die"
(videoclipe)

"Don’t Cry"
(videoclipe)

"November Rain"
(videoclipe)

"The Garden"
(videoclipe)

"Garden of Eden"
(videoclipe)

"Bad Apples"
(videoclipe)

"Dead Horse"
(videoclipe)

RARIDADES


Genfuoco - Dentro L'Invisible (1979)

Banda da Toscana, formada em meados dos anos 70 em Siena, lançaram uma fita auto-produzida de nove faixas, Antichi confini, em 1976, e fazendo parte do movimento cristão internacional Gen foram convidados a tocar em vários festivais europeus do Genfest.

Seu primeiro e único álbum em 1979 foi pelo selo religioso Città Nuova, que também produziu bandas com nomes semelhantes como Gen Verde e Gen Rosso.
Dentro l'invisibile teve uma distribuição limitada principalmente em livrarias, e é raro encontrar agora, embora não seja um álbum particularmente interessante para fãs de prog.
Ambientes acústicos e suaves prevalecem com bom uso de flauta, sax, teclados, como na abertura de Ouverture, mas as faixas têm interlúdios instrumentais limitados e são construídas principalmente nas partes vocais.
O álbum marcou o fim da banda, que se separou por volta de 1980.

O grupo se reuniu recentemente em 2000 com todos os membros originais, tocando em Florença, e conseguiu lançar um CD ao vivo gravado em 1976-78.
Um CD bem gravado com oito faixas (embora nenhuma das faixas do álbum esteja incluída aqui), este é um bom documento da atividade ao vivo da banda, com duas faixas ao longo de 10 minutos.
A capa não menciona nenhum detalhe da gravação, mas as faixas incluídas certamente vêm de shows diferentes com formações diferentes, e os músicos envolvidos incluem os seis integrantes que estavam no LP junto com o percussionista Marco Scala e o baterista Marco Masotti. Avalie seu link

de música


King Crimson – In the Court of the Crimson King: King Crimson at 50 (Music from the Film Soundtrack and Beyond) (2022)


…incluindo apresentações ao vivo e em estúdio da turnê do 50º aniversário. A música da trilha sonora original (e mais) está distribuída em 4 CDs e apresenta muitas faixas inéditas e novas no CD.
O filme de Toby Amies sobre uma das bandas de rock mais duradouras, mas ao mesmo tempo indescritível, fornece uma visão única sobre o processo de trabalho de uma complexa banda em turnê, intercalada com contribuições de membros anteriores da banda para fornecer um pano de fundo contextual para o passado da banda, como o a formação mais recente (2014-2021) faz uma turnê pelo mundo pouco antes e durante seu 50º aniversário.
Como produtor e empresário da banda King Crimson, David Singleton observou sobre o filme: “Toda a vida está aqui, não apenas música e certamente não apenas rock.

MUSICA&SOM

Ele foi corretamente descrito como indo além de King Crimson em um 'estudo universal e inspirador do que é trabalhar ou sonhar em trabalhar como artista'”.

Enquanto o diretor Toby Amies escreve sobre a experiência: “In the Court of the Crimson King não é um filme que quer dizer ao público o que pensar, mas apresenta vários pontos de vista diferentes sobre o processo criativo e o que significa estar em esta banda mais incomum; deixando o público com uma noção de como tudo é complicado, mas também de quão incrivelmente gratificante a experiência King Crimson é tanto para os músicos quanto para os fãs.”

Robert Fripp anunciou que o King Crimson havia “passado do som para o silêncio” nas redes sociais após sua data final no Japão em dezembro de 2021, tornando este lançamento ainda mais comovente como um registro único da formação mais duradoura da banda com vislumbres tentadores de a história da banda.

King Crimson foi descrito como popular, mas nunca populista. Assim como King Crimson tem sido, por mais de meio século, uma banda de rock atípica, este filme é um documentário musical atípico e revigorante.

CD1
1. Introductory Bellscape – Live 06-07/11/18 *
2. 21st Century Schizoid Man (edit) – mixed by Steven Wilson 2019
3. Moonchild (including cadenzas) – Live in Philadelphia, 23/09/19 **
4. Cat Food – from Cat Food EP Alt. mix by David Singleton
5. Lizard: i Prince Rupert Awakes Recorded at Wessex Studios, 1970, Keith Tippett piano
ii Bolero iii Dawn Song iv Last Skirmish v Prince Rupertʼs Lament – Live in Rome 23/07/18 * [exc I, prev. rel]
6. The Letters – Live in the studio, Tring, 2018 *
7. Sailorʼs Tale – Live in the studio, Tring, 2018 *
8. Easy Money – Live in Oakland 05/09/19 **
9. Larksʼ Tongues in Aspic Part Two (Fripp) – Alt. mix by Steven Wilson 2012

CD2
1. Fracture – Live in the studio, Tring, 2018 *
2. Fallen Angel – 2009 remaster by Robert Fripp & Simon Heyworth
3. Discipline – Live in the studio, Tring, 2018 *
4. Cadence and Cascade – Live in the studio, Tring, 2018 *
5. The ConstruKction Of Light – Live In Nijmegen, 22/06/19 **
6. Peace – Live in Vienna 01/12/16
7. Matte Kudasai (alt. intro) Recorded at Island Studios, 1981
8. The Mincer – Live in Zurich, 1973, completed at Air Studios, 1974
9. A Scarcity of Miracles – Live in Japan 2015
10. Radical Action Suite – Live in the studio, Tring, 2018 *
Radical Action I / Meltdown / Radical Action II / Level Five
11. Peace a Theme – mixed by Steven Wilson 2022 *

CD3
1. Drumzilla – Live in Los Angeles 06/08/21 *
2. Waiting Man – Live in Frejus 27/08/82
3. Seizure – Live in San Francisco, 01/11/98
4. The Talking Drum – Alt. mix by Steven Wilson 2012
5. Indiscipline – Live in Del Ray Beach 23/07/21 **
6. Exposure – Mixed by Steven Wilson 2021
7. VROOOM – Live in Toronto 20/11/15
8. Coda: Marine 475 -Live in London 01/07/96
9. Darts – 2022 remaster by Marian Hafenstein at Possible Studios, Berlin **
10. Requiem (Extended version) – mixed by Steven Wilson 2013

CD4
1. Walk On: Rio – Live in Rio de Janeiro 06/10/19 *
2. Larksʼ Tongues in Aspic Part One – Live in Stuttgart 16/06/19 ***
3. Breathless – Live in Poland 2018
4. One More Red Nightmare – Live in Sandy 03/08/21 ***
5. Epitaph – Live in Rio de Janeiro 06/10/20 *
6. Frame By Frame – Live in Nashville 27/09/19 ***
7. Pictures of a City – Live in Osaka 02/12/21 ***
8. Red – Live in St. Augustine 24/07/21 ***
9. The Court Of The Crimson King – Live in Rio de Janeiro 06/10/21 *
10. Starless – Live in Tokyo 08/12/21 *


Destaque

LARS FREDERIKSEN AND THE BASTARDS

    Lars Frederiksen and the Bastards  é uma banda de punk rock formada em 2000. Foi criado como um projeto de Lars em paralelo ao  Rancid ....