sexta-feira, 31 de março de 2023

Resenha Stones Of A Feather Álbum de 3rd Ear Experience 2016

 

Resenha

Stones Of A Feather

Álbum de 3rd Ear Experience

2016

CD/LP

Como qualquer outro disco da banda, se trata de um trabalho direcionado para dois tipos de pessoas, aquelas que gostam de ouvir um space rock psicodélico cheio de charme, improvisações, mutabilidade e muitas variações, e aquelas que estejam interessadas em se familiarizar com a escola da música espacial e psicodélica contemporânea, caso contrário, se o ouvinte não estiver aberto a esse tipo de som, isso aqui pode simplesmente soar como músicas que não vem de nenhum lugar e vão para lugar nenhum, portanto, nem precisa começar a ouvir.  

“Flight Of The Annunaki”, textura musicais oníricas em atom alucinante vão surgindo, tudo muito atmosférico e que vai crescendo gradativamente, incluindo até mesmo algumas vocalizações, enfim, a peça vai se configurando como um space rock clássico. Bons fones de ouvidos são essenciais para garantir o melhor proveito dessa experiência - não só dessa, mais em todas as faixas do álbum. Por volta dos quatro minutos e meio o clima começa a ficar um pouco jazzístico - sem perder a atmosfera do space rock. Somente perto dos 7 minutos que a peça enfim explode uma sonoridade mais pesada e que vai permanecer na música até o final.  

“Old Woman's Dance”, tem um começo que faz com que o ouvinte imagine o início de carreira do Pink Floyd misturada com a introdução de “No Quarter” do Led Zeppelin, aumentando a sua intensidade conforme vai se desenvolvendo, porém, retornando para uma sonoridade mais serena, criando um ótimo contraste. Essa música pode ser definida como uma espécie de rock psicodélico muito bem estruturado em cima de uma música espacial e progressiva. O trabalho de órgão – e teclas como um todo - é maravilhoso. “Return Of The Peacock”, é uma música mais amena do que as duas anteriores. Se desenvolve dentro de um campo mais suave e harmonioso, se trata de uma jam aberta e em evolução constante, com isso, tem algumas passagens um pouco mais agudas em seus momentos de pico. Tudo é tocado com grande sensibilidade e elegância. Se você - assim como eu - é uma pessoa que tem o hábito de meditar, essa é uma ótima trilha sonora para isso – nunca vi a banda confirmar em algum lugar, mas creio que seja a continuação de, “Peacock Black”, que é uma música e nome do primeiro disco do grupo.  

“Chungo” começa muito estranha por meio de algumas vozes, mas que logo dão lugar para uma batida bastante rock and roll. As teclas novamente são excelentes, enquanto as guitarras lisérgicas ajudam a manter o clima psicodélico. Por volta dos três minutos a peça cai para uma sonoridade mais atmosférica, porém, mais a frente regressa para uma linha forte e intensa, dessa vez com alguns acenos ao King Crimson em sua fase mais moderna e depois para o tema inicial e pesado. “The Balladeer's Tale”, uma sonoridade atmosférica surge de forma tímida antes da banda entrar por completo entregando quase um heavy metal, dando uma sensação até mesmo de Black Sabbath. Então que ela suaviza antes dos primeiros vocais – que soam em um estilo balada -, mas não demora para ficar pesada novamente. Quando a música silencia pela segunda vez, permanece assim por um bom tempo, porém, vai crescendo aos poucos, com a sua instrumentação ficando cada vez mais ácida, e só depois dos 10 minutos, a banda regressa por completo, com destaque para o solo de guitarra que é visceral. Então que, de novo amena, a música entrega mais alguns vocais antes de se intensificar novamente dentro do tema heavy central da peça.   

Quando falamos de uma banda como a 3rd Ear Experience, não estamos falando de uma banda que está necessariamente entregando algo que podemos considerar uma renovação, ou que estejam caminhando por novos caminhos dentro das possibilidades do space rock psicodélico, mas existe algo que é inegável, a forma espontânea de suas improvisações, tudo é realmente cativante. Por último, vale mencionar que o disco resenhado aqui foi a sua versão simples, o formato em LP de, Stones of a Feather,  contém ainda uma versão ao vivo de, “Spece Tripping” e uma música extra, “Everlasting Sea”.  

Resenha Disraeli Gears Álbum de Cream 1967

 

Resenha

Disraeli Gears

Álbum de Cream

1967

CD/LP

Depois do sucesso que foi o seu álbum de estreia "Fresh Cream" (1966), Cream queria continuar a ganhar mais publico e talvez, parar com as jams em seus shows por causa de que eles tinham poucas musicas para se apresentar. Obviamente, eles não parram com jams, só reduziram o tempo delas. Mas começaria as brigas internas do primeiro power trio ida história da musica moderna, isso ocorreria principalmente com Ginger Baker (baterista) e Jack Bruce (baixista). (Sim, eu acho que o Cream é o primeiro power trio da história. Isso é uma outra história.  Podem me julgar). Será que "Disraeli Gears foi um passo maior que a perna? Eles acertaram a mão? Comercial? Nada comercial? Fracasso retumbante que resultaria no fim do power trio britânico? Sucesso e nome marcado na história? Ou mediano? Venha ler e descobrir nessa minha perspectiva.

O disco abre com "Strange Brew". Posso dizer que essa é uma musica curta, tendo menos que três minutos. Começa com um grande riff de guitarra feito pelo mestre da guitarra Eric Clapton, o guitarrista. A musica conta também conta com uma guitarra base provavelmente feita pelo próprio Clapton. O baixo também é bem destacado, dando aquele charme que o Cream fez em suas musicas. Bateria um pouco mais contida, mas que se ousa em viradas simples e charmosa. Uma faixa excelente. Temos em seguida a maior musica em termos comerciais do Cream e um dos maiores clássicos do rock n' roll. Estou falando de "Sunshine Of Your Love". A titulo de curiosidade, o riff clássico e f*da dessa faixa não foi criado pelo Clapton, mas sim pelo Jack Bruce em seu baixo em uma das jams de ensaio realizadas pelo trio antes de entrar no estúdio para gravar esse mesmo álbum. Diz Bruce que ele fez na improvisação e Clapton pediu a ele que tocasse novamente para colocar nessa faixa. Clapton confirmou o que Bruce disse. Mas voltando a faixa, o baixo acompanha a guitarra bem rasgada (assim como o solo), tendo também o seu destaque, dando o grave a que a musica necessita. A bateria vai na base na improvisação com doses cavalares de um jazz mais agressivo, que combina bastante a essa faixa. Outra curiosidade, essa faixa é a mais longa do disco, contendo um pouco mais de quatro minutos. Isso mostra que seria um disco mais acessível e comercial, assim como todos da banda. Um hino do rock, simplesmente. "World Of Pain" é uma faixa que começa de uma maneira mais leve, tendo até um teclado. Parecendo uma excelente mistura de soul, blues e rock. Baixo mais contido. Uma guitarra mais distorcida, outrossim o seu solo. Bateria é o verdadeiro destaque da faixa. Precisa, técnica e com viradas simples mas que é tão satisfatórias. "Dance The Night Away" começa com uma bela sincronia entre os instrumentos. O baixo é o destaque dessa faixa com a bela linha instrumental, mas os outros instrumentos não ficaram parados não. Guitarra excelente com uma ótima presença com a distorção. Bateria mais puxada para o que seria o hard rock. "Blue Condition" é cantado por Ginger Baker e que surpreendentemente (por minha parte) a sua bateria seria o destaque, sendo puxada para o blues, abusando e muito dos pratos. Baixo mais contido, mas com mais destaque que a guitarra. Uma faixa maneirinha. "Tales Of Brave Ulysses" tem uma introdução bem no estilo do progressivo. Bateria mais solta e precisa. Guitarra bem rasgada e distorcida. Faixa surpreendente. "SWLABR" é uma faixa elétrica. Bateria mais pulsante. Baixo e guitarra bem eletrizantes, principalmente a guitarra. "We're Going Wrong" é uma faixa bem mais calma. Bateria quase nem aparece, guitarra substituída por um baita violão. Sem o que dizer dessa faixa. É um bom arroz com feijão. "Outside Woman Blues" tem uma guitarra mais solta e eletrizante, equivalente a seu solo. Baixo mais destacado. Bateria novamente pulsante. "Take It Back" não é mesma feita do Pink Floyd. Pelo contrário, é bem diferente. Começa com um grande riff de guitarra do mestre Eric Clapton. Bateria bem charmosa. Baixo bem groovado. Tem até gaita nessa faixa, deixando o clima de folk/country na faixa. Por fim temos "Mother's Lament". A faixa é onde os membros do trio cantam com um belo piano. Bem divertidinha. "Disraeli Gears" é bem comercial que incrivelmente que seja um dos maiores álbuns de todos os tempos. A forma de como ele foi feito, mesmo com brigas e indiretas dos membros, eles conseguiram fazer um trabalho sólido e coeso. Um grande trabalho.



THUNDERSPELL: Banda lança novo álbum: Thunderwarriors

 

THUNDERSPELL: Banda lança novo álbum: Thunderwarriors

A banda paraense THUNDERSPELL lançou no dia 17/03/2023, THUNDERWARRIORS, seu segundo álbum de estúdio que contém com 9 músicas inéditas. O novo disco do THUNDERSPELL foi mixado em Los Angeles (EUA) pelo renomado produtor brasileiro Adair Daufembach, referência no que diz respeito à produção e engenharia de áudio. O novo álbum conta com a participação internacional do Gerrit P. Mutz, vocalista da banda alemã Sacred Steel em uma das faixas.

A arte da capa foi desenvolvida pelo Aurélio Lara, designer gráfico freelancer, publicitário de Cuiabá - MT – Brasil, diretor de arte com experiência como artista gráfico, trabalhou em algumas agências de publicidade na cidade onde vive e já desenvolveu diversos trabalhos para artistas nacionais e internacionais. O álbum já se encontra disponível nas principais plataformas digitais de streaming. A banda divulgou nas suas redes sociais que em breve será anunciada a data de pré-venda do álbum físico com uma faixa bônus exclusiva. THUNDERSPELL - Hugowar: Guitar - Leo Rodrigues: Vocals - Bruno Gibson: Bass - Nathan Carvalho: Drums - Bruno Tavares: Guitar


ALA DOS NAMORADOS - EU SÓ SEI CANTAR ASSIM (𝗟𝗘𝗧𝗥𝗔 da música)

NOBLE - I GIVE UP (𝗟𝗘𝗧𝗥𝗔 da música)

D'ZRT feat. Simão Correia - Herói Por Um Dia (𝗟𝗘𝗧𝗥𝗔 da música)

Extravaganza: disco “O Prazer É Seu” é relançado pela primeira vez em CD

 

Extravaganza: disco “O Prazer É Seu” é relançado pela primeira vez em CD

A loja/gravadora Classic Metal Records relançou, pela primeira vez em CD, “O Prazer É Seu” (1993), disco do grupo paulista EXTRAVAGANZA.
O grupo tinha como formação China Lee (vocais, SALÁRIO MÍNIMO), Ricardo "Micka" Michaelis (guitarra, SANTUÁRIO), Thiago Chasseraux (baixo), Toni Lapettina (teclado) e Danilo Namorato (bateria).

“O Prazer É Seu” (1993) é o único lançamento do grupo, já que pouco depois de lançado China Lee retornou ao SALÁRIO MÍNIMO. O disco é um importante registro do heavy/hard rock nacional e abriu caminho para muitas bandas no estilo por aqui.

Além da versão simples em CD slipcase, também foi colocado à venda um box especial limitado a apenas 50 unidades, contendo: 01 caixa personalizada comemorativa aos 30 anos de lançamento do disco, 01 vinil preto original de 1993, 01 camiseta, 01 patch bordado, 01 CD em digipack ou slipcase e 01 pôster promocional original da época.

As dez músicas do disco foram remasterizadas por Fábio Golfetti (VIOLETA DE OUTONO) e a arte gráfica adaptada para o CD por Júlio César Ché Valente.

Faixas:
01 Anjo Vermelho
02 Estória De Quem Perdeu A História
03 Selva Sem Leão
04 O Gás Dos 15
05 Um Corpo Só
06 Sexo E Extravagâncias
07 Você Não Vai A Festa?
08 O Prazer É Seu
09 Amoral
10 Mais Um

Beyond The Black: lançado o vídeo para Free Me, faixa do disco homônimo

Beyond The Black: lançado o vídeo para Free Me, faixa do disco homônimo

O BEYOND THE BLACK, grupo alemão de symphonic metal, lançou o video clip para a faixa "Free Me", música que faz parte do último disco do grupo, "Beyond The Black" (2023), lançado em janeiro e quarto single lançado para divulgação.

A produção do vídeo é de Mirko Witzki que focou todo o enredo em imagens da vocalista Jennifer Haben (ex-SAPHIR) no gelo, floresta e praia.

A versão brasileira ,lançada pela Shinigami Records em parceria com a Nuclear Blast, traz ainda três faixas bônus.

Quinze anos depois de gravado ao vivo

 

 

Quinze anos depois. O engraçado dessa banda é que dez anos já se passaram pffff MUITO! e se você ouvir os discos deles verá que são quase como... de 40 anos atrás. Que é mais ou menos o tempo que passou desde que este (magnífico) álbum foi gravado.

Esse é e tem sido o meu favorito da banda por quase sempre, em algum momento foi a apresentação no Woodstock mas esse superou de longe. Há passagens que só podem ser feitas se uma banda estiver em turnê há muito tempo, como as ao vivo de Led Zep ou Deep Purple onde você pode perceber o fiato dos músicos e como eles se conhecem quase de cor. Este é um ótimo álbum e eu o coloco no mesmo nível de um "Song Remain the Same" ou um "Made in Japan". Corajoso? Deixe-me sua opinião depois de ouvi-lo.

Um fato notável sobre este álbum é que ele aparece em muitos blogs como um Bootleg, e é que a banda, ou melhor, o próprio Alvin Lee, queria que os fãs da banda pudessem ouvir as apresentações ao vivo da banda em qualidade decente. e nenhuma daquelas cassetes sujas gravadas em toca-fitas na mão com um som horrível. Na verdade, existem gravações piratas de precisamente um dos recitais de onde esses registros foram retirados, Amsterdã, Roterdã, Frankfurt e Paris. A contracapa do álbum diz "Em resposta às gravações ao vivo de qualidade inferior vendidas ilegalmente; este é o Ten Years After Bootleg oficial." "
é uma gravação verdadeirasem overdubs (gravações adicionais) e aditivos". 
E por último e também notavelmente, o álbum é gravado no mesmo estúdio móvel dos Rolling Stones. Sim, o mesmo que Smoke on the Water, No woman no Cry e álbuns como Alchemy de os Dire Straits, o III e IV do Led Zepellin e Exile on Main St. dos Rolling Stones entre muitos outros.

Apesar de ter várias músicas que poderiam ser todas consideradas "favoritas", para mim sempre foi o tema "Slow Blues in C" aquele que ganhar os prêmios, deixo-os para sua diversão.














Ten Years After (1973)

Disco ao vivo gravado 1
lado A
One of These Days (A. Lee) – 5:36
You Give Me Loving (A. Lee) – 5:25
Good Morning Little Schoolgirl (Williamson) – 7:15

Side B
Hobbit (R. Lee) – 7:15
Help Me (Williamson/Dixon/Bass) – 10:44

Disco 2
Lado A
Classical Thing (A. Lee) – 0:55
Scat Thing (A. Lee) – 0:54
I Can't Keep From Cryin' às vezes (A. Kooper) – 1:57

B-side
Silly Thing (A. Lee) – 0:26
Slow Blues in 'C' (A. Lee) – 7:24
I'm Going Home" (A. Lee) – 9:30
Choo Choo Mama" (A. Lee) – 2:56

Músicos
Alvin Lee – Guitarra e voz 
Leo Lyons – Baixo  
Chick Churchill – Órgão e piano 
Ric Lee – Bateria Segundo a Wikipedia, Recorded Live é o terceiro álbum ao vivo dos músicos britânicos de blues rock Ten Years After, que foi lançado como um LP duplo em 1973. Este álbum, sem overdubs ou aditivos, foi gravado durante quatro noites em Amsterdã, Roterdã, Frankfurt e Paris com o caminhão de gravação móvel dos Rolling Stones e depois mixado de dezesseis faixas para estéreo no Olympic Studios em Londres. O álbum foi relançado em CD em 2014, com sete faixas inéditas.

MUSICA&SOM




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