sexta-feira, 31 de março de 2023

Resenha Disraeli Gears Álbum de Cream 1967

 

Resenha

Disraeli Gears

Álbum de Cream

1967

CD/LP

Depois do sucesso que foi o seu álbum de estreia "Fresh Cream" (1966), Cream queria continuar a ganhar mais publico e talvez, parar com as jams em seus shows por causa de que eles tinham poucas musicas para se apresentar. Obviamente, eles não parram com jams, só reduziram o tempo delas. Mas começaria as brigas internas do primeiro power trio ida história da musica moderna, isso ocorreria principalmente com Ginger Baker (baterista) e Jack Bruce (baixista). (Sim, eu acho que o Cream é o primeiro power trio da história. Isso é uma outra história.  Podem me julgar). Será que "Disraeli Gears foi um passo maior que a perna? Eles acertaram a mão? Comercial? Nada comercial? Fracasso retumbante que resultaria no fim do power trio britânico? Sucesso e nome marcado na história? Ou mediano? Venha ler e descobrir nessa minha perspectiva.

O disco abre com "Strange Brew". Posso dizer que essa é uma musica curta, tendo menos que três minutos. Começa com um grande riff de guitarra feito pelo mestre da guitarra Eric Clapton, o guitarrista. A musica conta também conta com uma guitarra base provavelmente feita pelo próprio Clapton. O baixo também é bem destacado, dando aquele charme que o Cream fez em suas musicas. Bateria um pouco mais contida, mas que se ousa em viradas simples e charmosa. Uma faixa excelente. Temos em seguida a maior musica em termos comerciais do Cream e um dos maiores clássicos do rock n' roll. Estou falando de "Sunshine Of Your Love". A titulo de curiosidade, o riff clássico e f*da dessa faixa não foi criado pelo Clapton, mas sim pelo Jack Bruce em seu baixo em uma das jams de ensaio realizadas pelo trio antes de entrar no estúdio para gravar esse mesmo álbum. Diz Bruce que ele fez na improvisação e Clapton pediu a ele que tocasse novamente para colocar nessa faixa. Clapton confirmou o que Bruce disse. Mas voltando a faixa, o baixo acompanha a guitarra bem rasgada (assim como o solo), tendo também o seu destaque, dando o grave a que a musica necessita. A bateria vai na base na improvisação com doses cavalares de um jazz mais agressivo, que combina bastante a essa faixa. Outra curiosidade, essa faixa é a mais longa do disco, contendo um pouco mais de quatro minutos. Isso mostra que seria um disco mais acessível e comercial, assim como todos da banda. Um hino do rock, simplesmente. "World Of Pain" é uma faixa que começa de uma maneira mais leve, tendo até um teclado. Parecendo uma excelente mistura de soul, blues e rock. Baixo mais contido. Uma guitarra mais distorcida, outrossim o seu solo. Bateria é o verdadeiro destaque da faixa. Precisa, técnica e com viradas simples mas que é tão satisfatórias. "Dance The Night Away" começa com uma bela sincronia entre os instrumentos. O baixo é o destaque dessa faixa com a bela linha instrumental, mas os outros instrumentos não ficaram parados não. Guitarra excelente com uma ótima presença com a distorção. Bateria mais puxada para o que seria o hard rock. "Blue Condition" é cantado por Ginger Baker e que surpreendentemente (por minha parte) a sua bateria seria o destaque, sendo puxada para o blues, abusando e muito dos pratos. Baixo mais contido, mas com mais destaque que a guitarra. Uma faixa maneirinha. "Tales Of Brave Ulysses" tem uma introdução bem no estilo do progressivo. Bateria mais solta e precisa. Guitarra bem rasgada e distorcida. Faixa surpreendente. "SWLABR" é uma faixa elétrica. Bateria mais pulsante. Baixo e guitarra bem eletrizantes, principalmente a guitarra. "We're Going Wrong" é uma faixa bem mais calma. Bateria quase nem aparece, guitarra substituída por um baita violão. Sem o que dizer dessa faixa. É um bom arroz com feijão. "Outside Woman Blues" tem uma guitarra mais solta e eletrizante, equivalente a seu solo. Baixo mais destacado. Bateria novamente pulsante. "Take It Back" não é mesma feita do Pink Floyd. Pelo contrário, é bem diferente. Começa com um grande riff de guitarra do mestre Eric Clapton. Bateria bem charmosa. Baixo bem groovado. Tem até gaita nessa faixa, deixando o clima de folk/country na faixa. Por fim temos "Mother's Lament". A faixa é onde os membros do trio cantam com um belo piano. Bem divertidinha. "Disraeli Gears" é bem comercial que incrivelmente que seja um dos maiores álbuns de todos os tempos. A forma de como ele foi feito, mesmo com brigas e indiretas dos membros, eles conseguiram fazer um trabalho sólido e coeso. Um grande trabalho.



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