A núcleo da banda está junto desde o ano de 2001. Com uma campanha promocional de DIY e explosivas actuações ao vivo, facilmente angariaram uma base da fãs bastante vasta no underground português. Mudaram-se para Londres em 2005 para extender a sua base de fãs, e procurar novos horizontes.
O albúm de estreia dos More Than A Thousand, Volume II: The Hollow é um seguimento do EP: Volume I: Trailers Are Always More Exciting Than Movies. Volume II: The Hollow é descrito pela banda como sendo ‘13 canções sobre perda, separação e decadência humana’. Foi gravado e produzido em 2006 nos Toteknik studios em Umea, na Suécia,por Pelle Henricsson e Eskil Lovström, a equipa que já produziu albúns de Refused, Poison The Well, Cult of Luna e Hell Is For Heroes. Foi até hoje gravado um vídeo oficial para o mesmo single do albúm 'The Hollow'. Abriram para os 'Incubus', quando estes deram um concerto em Lisboa, no Pavilhão Atlântico.
Em 2007, a banda decidiu lançar um EP para os fãs. Algo mais pesado, directo e com o mesmo "ambiente" presente no "Vol.II". Depois de terem tocado com os Metallica e os Mastodon, em Junho 2007 no Festival Super Bock Super Rock, decidiram então gravar o "Vol.III: MAR".
Já está disponível em todas as plataformas digitais e formato vinil, o novo disco dos indignu, “adeus”, uma edição conjunta entre a dunk!records e a norte-americana One Thousand Arms.
Provenientes de uma das nascentes de rock da mais fina estirpe do nosso país, os indignu dão-nos o seu 5º álbum. Surgido na sequência de mudanças na sua formação e de um processo criativo que se alongou por três anos, escolhendo o Arda Recorders no Porto para o fazer, trabalhando com Ruca Lacerda (Mão Morta, Pluto) na gravação e mistura. A masterização esteve a cargo do islandês Birgir Jón Birgisson que já trabalhou com nomes como Bjork, Sigur Rós ou Spiritualized.
Para aqueles que necessitam de etiquetas e fronteiras intelectuais, seria simples referir o post rock e alguns dos seus sumos artíficides. Para maior impacto mediático, seria óbvio referir colaborações com vultos como Ana Deus, Manel Cruz ou o escritor Valter Hugo Mãe. Todavia, ainda que valendo-se de toda esta abrangência e pertinência criativa, a sonoridade dos indignu quebra muitos dos seus paradigmas, ouvindo-se bastante mais ampla, surpreendente e verdadeiramente sinestésica.
Há neste disco a reinvenção contemporânea do fado, que nos foi oferecida pelos grandes Dead Combo, a fomentar nessa forma de sentir tão portuguesa, um adeus que contém a promessa de retorno, que fere o âmago e lhe dá esperança pelo reencontro, um adeus que sabe a saudade.
Sem dúvida, o artista mais polêmico da pandemia, Eric Clapton causou geral com muitas declarações polêmicas. Mas para a nossa felicidade, ele não ficou só no falatório, hoje fomos recebidos com mais um lançamento de um dos maiores guitarristas de todos os tempos. Estou falando do ”The Lady In The Balcony” (Lockdown Sessions), vamos falar um pouco sobre ele!
O último disco do Clapton até então foi o excelente disco de natal ”Happy Xmas”, lançado em 2018, depois disso recebemos novas gravações do Slowhand apenas hoje, dia 12 de Novembro de 2021. E o que tivemos de novo por aqui? Para falar a verdade, nada muito palpável já que o disco é basicamente um disco ao vivo, bem no estilo do antológico ”MTV Unplugged” de 1992.
Inclusive, muitas das faixas presentes no disco de fato estavam no setlist da icônica apresentação que citei ha pouco. Num geral, o disco é ótimo, Clapton está com bastante vontade durante suas performances, com um belo trabalho de violão e uma bela voz. Para auxiliar na produção do disco, temos na banda o grande Steve Gadd na bateria, o baixista Nathan East e o tecladista Chris Staton.
”The Lady In The Balcony” está longe de ser um disco fantástico, e na minha opinião não está no nível daquele lendário Unplugged, mas garanto que temos aqui o mesmo velho Clapton, tocando com muito feeling e bom gosto cada nota no violão e nos entregando interpretações sinceras. Vale demais a audição!
Viu a luz do dia, o ”An Evening With Silk Sonic”. E não é para menos que aja essa comoção já que Bruno Mars é um dos maiores gênios de sua geração! Vamos falar bastante sobre esse disco e ver se realmente era tudo isso mesmo! Você curtiu?
A parceria entre Bruno Mars e Anderson .Paak foi anunciada ainda em 2021, e como sabemos ambos são grandes artistas da atualidade, seria difícil sair um disco que não fosse nada menos do que muito foda. E na minha opinião esses caras fizeram algo que entrará para a história, sem qualquer brincadeira.
Até o tempo do disco é perfeito (31 minutos), o suficiente para dar um pau em qualquer besteira que foi lançada em 2021, como o novo disco do Iron Maiden e muitos outros. A música aqui foi levada a sério e a vibe setentista tomou conta do estúdio por completo.
A musicalidade do disco é bastante orgânica, sem grandes firulas ou efeitos eletrônicos, a produção é perfeita e bem cercada de grandes influências da década de 70 como James Brown, Prince, Marvin Gaye, Earth Wind & Fire e de muito mais Funk e Pop bem executado, aqui de forma alguma temos um artista vendido.
Falando um pouco mais sobre as pérolas do disco, ele tem uma abertura lindíssima com a vinheta ”Silk Sonic Intro” que cria o ambiente exato que a gente vai encontrar na sequência. Em seguida, o som emenda em ”Leave The Door Open”, que foi o primeiro single do disco e já nos mostra o poder da banda, provavelmente é a melhor faixa do disco mas vou te contar, tem MUITA coisa ali que bate de frente, mas de fato é uma música especial, os instrumentos, a voz de Bruno Mars está melhor do que nunca.
Outro belíssimo destaque é ”Fly As Me”, com um trabalho funky de guitarra que inveja os grandes dos anos 70, James Brown ficaria muito orgulhoso de ver um trabalho desse nível, a vibe da música é inacreditável. Outro grande momento que merece muito o destaque é ”After Last Night” que tem uma participação especial do gênio do baixo Bootsy Collins e o grande Thundercat. Já ”Smoking Out The Window” é a faixa ”mais moderninha” do disco mas que ainda assim mantêm o nível inacreditável do disco, ela é bem a cara do Bruno Mars.
Caminhando para o lado B, ‘‘Put On A Smile” é uma bela balada, mas que talvez esteja um pouquinho abaixo das outras do disco. Em ”777” a guitarra volta pra dar um ritmo mais intenso ao disco, o trabalho de bateria é excelente, gostaria de destacar o dueto das vozes de Bruno e Anderson. ”Skate” é a uma música bem divertida, ensolarada e pra cima, incorpora bem o final do disco e começa a nos lembrar que infelizmente essa belezinha está chegando ao fim. Essa obra de arte fecha com a emocionante ”Blast Off” muito bem colocada e que sela de vez um dos melhores discos da última década.
Eu confesso que poderia ficar mais páginas e páginas falando sobre esse disco, os Silk Sonic simplesmente entenderam o que a música atual precisava, eles atingiram o nível de composição perfeita, a produção é cristalina mas ao mesmo tempo remete totalmente o que de melhor a Soul Music nos ofereceu nos anos 70. Eu fico muito emocionado em estar no mesmo tempo do lançamento de um disco desse calibre, em pleno 2021, ”An Evening With Silk Sonic” está facilmente entre os 5 melhores discos dos últimos 10 anos, eu não me recordo de muitos discos que atingiriam esse nível, as pessoas precisam reconhecer que Bruno Mars é um gênio atual e ele definitivamente irá cravar seu nome na história, esse disco é a prova disso.
”An Evening With Silk Sonic” é um espetáculo, um show de Soul/Pop/Feeling/Perfomance e tudo mais o que você poderia imaginar ou pedir. Eu deposito minhas fichas na Silk Sonic como uma grande representante da verdadeira música, da cultura de discos bem acabados, torço bastante para que eles sigam nesse caminho e nos entregue muitos outros grandes discos. Eu recomendo fortemente que você ouça com atenção esse que é definitivamente o melhor disco de 2021!
Nascido no Porto, Alexandre Soares é uma extraordinária biografia viva da música portuguesa. Tendo iniciado a carreira em 1980 como guitarrista e compositor dos GNR – grupo do qual foi co-fundador e primeiro vocalista – vem mais tarde a integrar a banda Três Tristes Tigres, que regressou em 2020 aos palcos, por ocasião da edição do álbum “Mínima Luz”.
Alexandre Soares dedica-se à criação de bandas sonoras para cinema, teatro e dança, e está ligado à Associação Sonoscopia, que se centra na música experimental e pesquisa sonora, contudo, fruto de um tempo estranho e livre que a pandemia providenciou, brinda-nos hoje com “Ouvido Interno”, um disco sem canções, mergulhado numa dança contemporânea lenta e eléctrica, com sintetizadores modulares e guitarras que gritam.
Em paralelo com este passo na carreira, Alexandre Soares toca regularmente com os Osso Vaidoso e tem sido figura presente nos espectáculos ao vivo de “20.000 Éguas Submarinas” de Rui Reininho.
A duas semanas de editar o EP “Páginas Amarelas” ficamos a conhecer mais um dos temas que integra o alinhamento do primeiro trabalho de originais de Velhote do Carmo, “SACO DE BOXE“. Composto por Velhote de Carmo, o tema conta com letra assinada pelo próprio em parceria com Martim Seabra.
“SACO DE BOXE” marca, desta forma, a contagem descrescente para a edição do primeiro EP do músico de São João do Estoril, a editar no próximo dia 18 de Novembro. “Páginas Amarelas” é composto por 6 inéditos, dos quais já se conhece “MAU ANDAR” – que teve entrada directa para a playlist de várias rádios nacionais e garantiu a Velhote do Carmo a presença na colectânea Novos Talentos Fnac.
Em antecipação do lançamento do álbum, no dia 17 de Novembro, a partir das 21h, há festa em dose dupla em formato de listening party e a primeira (de muitas) celebração dos Discos Submarinos na Musa da Bica. A música estará a cargo de Velhote do Carmo e Benjamim. No dia 16 de Dezembro, Velhote do Carmo sobre pela primeira vez a solo ao palco do Musicbox, pelas 22h, para apresentar vivo “Páginas Amarelas”. Os bilhetes para o concerto já estão à venda.