terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

Europe – Rock The Night: The Very Best Of [2004]

 



Uma coisa ninguém pode criticar na carreira do Europe: a banda nunca se acomodou. Se pegarmos sua discografia, desde os primórdios chegando aos tempos atuais, notaremos muitas mudanças na sonoridade. Começando com uma pegada bem Heavy, passando pelo Hard, acrescentando um tempero AOR e desembocando na sonoridade que mescla o atual com influências setentistas e um clima dark, o grupo sempre fez aquilo que entendia adequado. Lógico que essas mudanças causam polêmica entre os fãs, com direito a discussões ferrenhas sobre fases preferidas de cada um. Mas o principal, que é a qualidade, nunca se perdeu.

Em outubro de 2003, após um hiato de mais de dez anos, os suecos anunciaram o retorno às atividades. A volta aconteceria com a formação que gravou o clássico dos clássicos, The Final Countdown – antes, haviam feito um show histórico em Estocolmo, com John Norum e Kee Marcello juntos nas guitarras. Obviamente, as canções mais populares se mantiveram vivas durante todo esse tempo. Mas ainda assim, era necessário apresentar-se a toda uma nova geração, que pouco ou nada conhecia. Com esse propósito, foi lançada essa coletânea dupla, com um repertório escolhido pelos próprios músicos.



Estão presentes não apenas aqueles sons óbvios, como também algumas raridades desenterradas do fundo do baú. Sobre as faixas, acho que nem preciso dizer muita coisa, até porque qualquer pessoa que não tenha se alienado do mundo sabe da qualidade dos temas. Os números das vendas superaram todas as expectativas iniciais, surpreendendo aqueles que não acreditavam que o nome da banda ainda tinha poder de fogo junto ao mercado da música. A ótima repercussão deixou o terreno pronto para a retomada triunfal, que aconteceu poucos meses depois.

Atualmente, o Europe segue firme e forte, mesmo que alguns fãs da era bandana e batom desaprovem o caminho seguido nos últimos trabalhos. Mas o fato do excelente Last Look At Eden, disco mais recente, ter chegado ao topo das paradas, sendo o mais vendido desde Out of This World, de 1989, mostra que a maioria pensante sabe reconhecer quando a música é boa, independente do estilo. E não é por uma meia-dúzia de cabeças limitadas que Joey Tempest e companhia vão deixar de fazer o que querem e da maneira competente como fazem. Afinal de contas, quem tem talento faz e acontece como melhor entender.



Joey Tempest (vocals)
John Norum (guitars)
Kee Marcello (guitars)
John Levén (bass)
Mic Michaeli (keyboards)
Ian Haughland (drums)
Tony Reno (drums)

CD 1

01. Rock the Night
02. Superstitious
03. I’ll Cry For You (acoustic)
04. Cherokee
05. Stormwind
06. Sweet Love Child
07. In the Future to Come
08. Here Comes the Night
09. Sign of the Times
10. Dreamer
11. Seventh Sign
12. Yesterday’s News
13. Got Your Mind in the Gutter
14. Ready or Not
15. Aphasia
16. Time Has Come (live at Stockholm 1986)

CD 2

01. The Final Countdown
02. Halfway to Heaven
03. Open Your Heart (original version)
04. Long Time Comin’
05. Mr. Government
06. Carrie
07. Seven Doors Hotel (B-Side version)
08. Girl From Lebanon
09. The King Will Return
10. More Than Meets the Eye
11. Prisoners in Paradise
12. Wings of Tomorrow
13. On Broken Wings
14. Scream of Anger
15. Heart of Stone
16. Let the Good Times Rock (live at Rotterdam 1989)




Richie Kotzen – Bi-Polar Blues [1999]

 




A discografia do incansável Richie Kotzen é uma coisa doida. Alguns de seus registros anteriores a este, como “Something To Say” e “What Is...”, flertavam com o Rock clássico e até o Pop Rock – sem perder a conhecida essência de sua sonoridade. Durante uma pequena pausa nas atividades do Mr. Big, banda que havia acabado de entrar, o guitarrista mergulhou de cabeça no Blues.

O produto deste mergulho, “Bi-Polar Blues”, é incrível. Kotzen assumiu todos os instrumentos – guitarra, voz, baixo, bateria e piano – e contou apenas com as singelas participações do baixista Rob Harrington e do baterista Matt Luneau em, respectivamente, duas e cinco faixas. Além de composições autorais, o play apresenta quatro releituras para as eternas Tobacco Road (John D. Loudermilk), The Thrill Is Gone (Roy Hawkins), They're Red Hot e From Four Till Late, as duas últimas do pioneiro Robert Johnson.


Nas músicas próprias, uma veia bluesy vista apenas por grandes (e velhos) nomes do gênero é devidamente resgatada. Algumas canções, como a abertura Gone Tomorrow Blues, a truncada Broken Man Blues e a melancólica A Step Away, parecem ter nascido clássicas. Nos tributos, a performance original do guitarrista e vocalista cativa até os mais saudosistas. A interpretação de The Thrill Is Gone merece grande destaque, pois, sem exageros, se equipara à versão de B.B. King, o responsável por popularizar a canção.

Em “Bi-Polar Blues”Richie Kotzen dá uma grande amostra de talento e versatilidade para o ouvinte. Não deixe de conferir este petardo.



01. Gone Tomorrow Blues
02. Tied To You
03. They're Red Hot (Robert Johnson cover)
04. Tobacco Road (John D. Loudermilk cover)
05. Broken Man Blues
06. The Thrill Is Gone (Roy Hawkins cover)
07. From Four Till Late (Robert Johnson cover)
08. A Step Away
09. Burn It Down
10. No Kinda Hero
11. Richie's Boogie

Richie Kotzen – vocal, guitarra, piano, baixo, bateria
Rob Harrington – baixo em 4 e 6
Matt Luneau – bateria em 1, 3, 4, 6 e 7






Golpe de Estado - 10 Anos Ao Vivo [1996]

 



Em tempos onde muita coisa no mínimo questionável é chamada de Rock nacional, é bom buscar no passado algumas referências do que de melhor o gênero ofereceu por essas terras. E o Hard com influências blueseiras do Golpe de Estado deveria receber mais atenção, convenhamos. 10 Anos ao Vivo é um disco que tem um título auto-explicativo, portanto nem precisamos falar do que se trata. O trabalho acabaria marcando a despedida do vocalista Catalau, que já não cantou nas duas músicas inéditas que aparecem no final do play, cantadas por Rogério Fernandes. Depois ele ainda voltaria para alguns shows em 1999, abandonando o barco definitivamente na sequência.

Gravado na cidade de Vinhedo, nos dias 31 de agosto e 1 de setembro de 1996, o álbum traz algumas das grandes canções dos cinco primeiros lançamentos de estúdio do grupo. Destaques mais que óbvios para as baladaças “Olhos de Guerra” e “Caso Sério”, o blues matador de “Moondog”, a parceria com Rita Lee na composição de “Zumbi” e o hino supremo “Noite de Balada”, verdadeiro clássico do Rock and Roll tupiniquim. Hélcio Aguirra mostra ser um genuíno discípulo dos grandes instrumentistas do estilo, assim como o genial Paulo Zinner, um dos maiores bateristas da história do país – e que deixou a banda recentemente.


A banda só voltaria a lançar um disco em 2004, com Pra Poder, já trazendo Kiko Müller (que também não está mais na formação) nos vocais. Uma bela oportunidade para confirmar que o Rock cantado em português tem seu espaço e mostra grande qualidade quando feito sem concessões. Longa vida ao Golpe!!!

Catalau (vocais nas faixas ao vivo)
Rogério Fernandes (vocais nas de estúdio)
Hélcio Aguirra (guitarras)
Nelson Brito (baixo)
Paulo Zinner (bateria)

01. Quantas Vão
02. Zumbi
03. Velha Mistura/Underground
04. Moondog
05. Não Faz Mal
06. Olhos de Guerra
07. Caso Sério
08. Sanguessugas
09. Zinner’s Ritual
10. Paixão
11. Noite de Balada
12. Todo Mundo Tem Um Lado Bicho
13. Cada Dia Bate de Um Jeito



Slash - Orgy of the Damned (2024)

 




Slash - Orgy of the Damned (2024)

Tracklist front / back album covers


1. "The Pusher" (featuring Chris Robinson)   7:07

2. "Crossroads" (featuring Gary Clark Jr.)   5:34

3. "Hoochie Coochie Man" (featuring Billy Gibbons)   6:43

4. "Oh Well" (featuring Chris Stapleton)   4:33

5. "Key to the Highway" (featuring Dorothy Martin from Dorothy)   5:09

6. "Awful Dream" (featuring Iggy Pop)   5:32

7. "Born Under a Bad Sign" (featuring Paul Rodgers)   5:00

8. "Papa Was a Rolling Stone" (featuring Demi Lovato)   7:52

9. "Killing Floor" (featuring Brian Johnson)   4:18

10. "Living for the City" (featuring Tash Neal)   6:52

11. "Stormy Monday" (featuring Beth Hart)   7:58

12. "Metal Chestnut"   3:01

Total length:   69:39

Slash Band Members / Musicians

Slash – guitars, guitar solos (all tracks); acoustic guitar, 12-string acoustic guitar (track 6), talk box (track 8), pedal steel guitar (track 12)

Johnny Griparic – bass (tracks 1–5, 7–12)

Teddy Andreadis – keyboards (tracks 1–5, 7–12)

Michael Jerome – drums, percussion (tracks 1–5, 7–11)

Tash Neal – rhythm guitar (tracks 1, 3–5, 7–12), guitar solo (3, 10), vocals (10)

Chris Robinson – harmonica, vocals (track 1)

Gary Clark Jr. – guitar, guitar solo, vocals (track 2)

Billy Gibbons – guitar, vocals (track 3)

Les Stroud – harmonica (3)

Chris Stapleton – vocals (track 4)

Dorothy Martin from Dorothy – vocals (track 5)

Iggy Pop – vocals (track 6)

Paul Rodgers – vocals (track 7)

Demi Lovato – vocals (track 8)

Steven Tyler – harmonica (track 9)

Brian Johnson – vocals (track 9)

Jenna Bell – background vocals (track 10)

Jessie Payo – background vocals (track 10)

Beth Hart – vocals (track 11)

Matt Chamberlain – drums (track 12)

Technical

Mike Clink – production, recording

Andrew Mendelson – mastering

John Spiker – mixing, recording

David Spreng – recording

John Ewing – recording assistance

Chad Shlosser – recording assistance (tracks 3, 7)

Darrell Thorp – recording assistance (track 4)

Oak Felder – recording assistance (track 8)

Matt DeSear – recording assistance (track 9)

Orgy of the Damned é o segundo álbum solo de estúdio do músico britânico-americano Slash, lançado em 17 de maio de 2024 pela Gibson. O álbum é um projeto de cover de blues colaborativo com uma variedade de músicos e cantores, incluindo Gary Clark Jr., Billy Gibbons, Chris Stapleton, Dorothy, Iggy Pop, Paul Rodgers, Demi Lovato, Brian Johnson, Chris Robinson, Tash Neal e Beth Hart.

O álbum foi precedido pelo lançamento de dois singles; covers da música "Killing Floor" do Howlin' Wolf e da música "Oh Well" do Fleetwood Mac foram lançados em 8 de março e 12 de abril de 2024, respectivamente.






Eivør - Eivør Pálsdóttir (2000)

 




Eivør - Eivør Pálsdóttir (2000)

Album Tracklist


1. Ástarstund

2. Randaðu Rósur

3. Vakrasti Dreymur

4. Áh, Kundu Á Tíðarhavi

5. Vársins Ljóð

6. Lítla Barnið

7. Í Gøtu Ein Dag

8. Silvurkannan

9. Føroyar Mín Móðir

10. Jesuspápin

11. Som Den Gyldne Sol Fremmbryder

12. Giv Fred Fremdeles

Eivør Pálsdóttir (pronuncia-se [ˈaivœɹ ˈpɔlsˌdœʰtəɹ]; nascida em 21 de julho de 1983), conhecida mononimamente como Eivør, é uma cantora, compositora e atriz faroense. Nascida e criada em Syðrugøta, ela teve sua primeira apresentação televisionada aos 13 anos. Ao longo de sua carreira de décadas, sua produção musical abrangeu uma ampla gama de gêneros, como folk, art pop, jazz, folk rock, clássico e eletrônico. Ela é a irmã mais velha da cantora Elinborg.





Destaque

A parceria entre Rick Davies e Roger Hodgson, alma dupla do Supertramp, brilhou com força na década de 70

A parceria entre Rick Davies e Roger Hodgson , alma dupla do Supertramp , brilhou com força na década de 70 . Apesar de temperamentos, voze...