quinta-feira, 3 de abril de 2025

"Never Gonna Give You Up" Rick Astley (1987)

 Há canções que têm várias vidas mas só uma tem a dupla honra de ser um clássico da sua década e um marco na história da internet. E essa canção é "Never Gonna Give You Up" de Rick Astley, um grande hit dos anos 80 e que duas décadas mais tarde causaria o fenómeno "rickroll".


Richard Paul Astley nasceu a 6 de Fevereiro de 1966 no condado inglês de Lancashire. No liceu, tinha formado uma banda, os FBI, e quis o destino quem em 1984, o produtor e compositor Peter Waterman tivesse assistido a uma actuação da banda. Fascinado pela maturidade da voz daquele adolescente, Waterman ofereceu um contrato ao jovem Rick.
Como nos anos seguintes, Peter Waterman e os seus sócios Mike Stock e Matt Aitken tornaram-se uma requisitada equipa de produtores musicais e ficaram sem mãos a medir, enquanto um projecto da sua carreira não andava, Rick Astley trabalhou como assistente dos SAW, tendo entre as suas funções a de lhes servir o chá das cinco.  
 


Finalmente em 1987, surgiu a canção ideal para fazer de Rick uma estrela. Desde a batida inicial e ao solo de strings sintetizados, "Never Gonna Give You Up" é daquelas canções que metem sempre um sorriso de quem ouve. E a voz de Astley a cantar a sua vontade de sair da friendzone e de demonstrar à sua crush que o amor que ela procura pode estar mesmo debaixo do seu nariz é o ingrediente principal.


O respectivo videoclip também é lendário, uma daquelas coisas que são tão foleiras que dão a volta e ficam queriduchas. Filmado numa igreja abandonada e nas suas imediações, tem tesourinhos como Astley a abanar os braços enquanto faz playback, a câmara e a edição a fazerem o máximo para ocultar uma bailarina descoordenada ou as acrobacias de um bailarino que fazia bartender.

"Never Gonna Give You Up" foi o single mais vendido no Reino Unido em 1987 e chegou ao topo de vendas em países como Estados Unidos, Alemanha, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Finlândia, Noruega, Países Baixos, Suécia, Austrália, Nova Zelândia e África do Sul. O sucesso foi continuado nos anos seguintes graças a outros hits como "Together Forever" (também n.º 1 nos Estados Unidos), "Whenever You Need Somebody", "She Wants To Dance With Me" ou "Take Me To Your Heart". Mas por altura do seu quarto álbum em 1993, desencantado com a fama e motivado pelo nascimento da sua filha, Rick Astley decidiu fazer uma pausa na carreira, regressando discretamente em 2001.    

Os alicerces do fenómeno "rickrolling" começaram em 2006: segundo o site "Know Your Meme", a primeira utilização da canção para efeitos de trollagem foi numa rádio local do Michigan durante um programa desportivo, quando um ouvinte chamado Eric Helwig ligou para a linha aberta do programa, mas em vez de falar. pôs a tocar "Never Gonna Give You Up" para espanto dos apresentadores.
No mesmo ano, Christopher Poole,  moderador do site 4Chan, também conhecido como m00t, criou por piada um filtro que convertia todas as vezes que a que a palavra "egg" (ovo) estava escrita em "duck" (pato). Num dos casos, a palavra "eggroll" (como na América chamam aos crepes chineses) apareceu como "duckroll", o que inspirou um utilizador anónimo a postar uma imagem de um pato com rodas. Algum tempo demais essa imagem foi utilizada para pregar partidas a internautas que clicavam em links de algo que lhes interessava para aparecer-lhes o pato com rodas. 


No ano seguinte, o site oficial da Rockstar Games publicou o trailer oficial do jogo "Grand Theft Auto IV", mas a antecipação era tal que o site foi-se abaixo com tantos acessos, pelo que outros internautas disponibilizaram imagens do trailer noutros sites. Um utilizador do 4Chan teve então a ideia de colocar um link que prometia ser do trailer de "Grand Theft Auto IV" mas que iria dar ao vídeo de "Never Gonna Give You Up". Essa trollagem depressa estendeu-se a outros meios e chegando a 2008, já milhões em todo o mundo tinham clicado em algo que pensavam ser o link para o trailer de um filme, a nova música de uma banda, um nude de uma celebridade ou outra coisa qualquer, para dar de caras com o vídeo. Essa táctica passou então a ser chamada de "rickrolling" e quando no Dia das Mentiras de 2008, o Youtube fez a trapaça de pôr todos os vídeos da página inicial a irem dar ao vídeo de "Never Gonna Give You Up", ficou consolidado como um dos maiores memes da história da internet. Nesse ano, o fenómeno era tal que nos MTV Europe Music Awards, Rick Astley ganhou o prémio de "Melhor Artista de Sempre".



Rick Astley estava inicialmente relutante quanto ao fenómeno "rickrolling" que lhe trouxe de novo à ribalta de forma inesperada e evitou ao máximo expor-se à custa disso, com algumas excepções como uma aparição surpresa na célebre parada anual do dia de Acção de Graças em Nova Iorque. Mas com o tempo, Astley viria a admitir que por causa do "rickrolling" toda uma nova geração ficou a conhecer a sua música. Em 2009, Rick Astley foi um dos nomes principais, a par de Belinda Carlisle e Kim Wilde, de um festival dedicado aos anos 80 que teve lugar no Pavilhão Atlântico. Hoje em dia, Astley continua no activo, actuando por todo o mundo e lançando novo material. Em 2016, o seu álbum "50" chegou ao n.º 1 do top britânico.      


"Never Gonna Give You Up" foi também utilizado em várias séries e filmes ("It's Always Sunny In Philadelphia", "Dark", "Family Guy", "Bumbleebee", "Angry Birds", "Lego Batman Movie"...)

Selecção de canções de Rick Astley:

"Together Forever (1988)


"Whenever You Need Somebody" (1987)


"When I Fall In Love" (1987)


"She Wants To Dance With Me" (1989)


"Sleeping" (2001)




Hits do Eurodance - Parte 2

 Hoje consagramos um segundo artigo para recordar êxitos do eurodance. Depois de no primeiro artigo termos analisado quatro temas de 1994, hoje vamos viajar por diferentes anos para recordar mais quatro canções que dançámos nos anos 90, fosse na discoteca, em festas em casa de amigos ou nos nossos quartos.



"It's My Life" Dr. Alban (1992)



E começamos com aquele que é um dos meus temas de eurodance preferidos de sempre. Reza a lenda que o nigeriano Alban Uzoma Nwapa teve a oportunidade de estudar medicina dentária na Suécia (daí que ele seja de facto um doutor). Para financiar os estudos e depois a sua clínica, foi fazendo alguns trabalhos como DJ e pelo meio, ia fazendo alguns improvisos de rap. Em 1990, um encontro com o produtor Denniz Pop levou-o um contrato discográfico e nesse ano lançou o seu primeiro álbum "Hello Afrika", cuja faixa-título conheceu algum êxito nos tops Europeus.




O segundo álbum "One Love", editado em 1992 teve ainda mais sucesso devido a temas como "Sing Hallelujah" e sobretudo "It's My Life". Este acabou por se tornar a canção mais emblemática de Dr. Alban, com a sua atmosfera algo dark das partes do rap a darem largas ao triunfante refrão de sing-along, para além da letra dedicada a todos aqueles que metem sempre o bedelho onde não são chamados e que dão opiniões que ninguém pediu. O sucesso de "It's My Life" nos tops europeus prolongou-se até bem dentro de 1993 devido ao seu uso num anúncio ao Tampax.
Em 2014, Dr. Alban colaborou com o cantor marroquino Chawki para uma nova versão, produzida pelo conhecido produtor sueco RedOne.

"Another Night" (MC Sar &) The Real McCoy (1993)





Como em muitos projectos de eurodance, também neste caso o que parecia não era bem assim. The Real McCoy era inicialmente um projecto dos produtores alemães Frank Hassas e Juergen Wind que obteve algum sucesso na Alemanha com versões de temas dos Technotronic como "Pump Up The Jam" e "It's On You". Já o MC Sar era basicamente fictício. No início esse papel foi atribuído ao francês George Mario, que fazia playback das partes de rap interpretado por Olaf Jeglitza, com Patsy Petersen como vocalista feminina. Mas chegados a 1993 e o lançamento de "Another Night", os papéis inverteram-se: Jeglitza passou a dar a cara pelo projecto sob o nome de O-Jay enquanto Petersen passou a fazer playback, já que a vocalista recrutada para a gravação da faixa foi  Karin Kasar. Mas como esta alegadamente não tinha interesse em fazer promoções e contentava-se em ser cantora de estúdio, Patsy Petersen permaneceu no projecto para os videoclips e actuações ao vivo.

Versão europeia (1993)


Versão americana (1994)



A primeira edição "Another Night" de 1993 fez algum sucesso na Alemanha e quando o tema começou a alcançar alguma notoriedade no Canadá, chamou a atenção de Clive Davis, o célebre dono da editora Arista, que à semelhança do que fez com os Ace Of Base, ofereceu ao colectivo um contrato discográfico e grandes veículos para promover a música na América. Uma nova versão foi editada em 1994, conhecendo um êxito global, chegando mesmo ao n.º 1 do top na Austrália.
O projecto, que entretanto fez cair o MC Sar da sua denominação, somou mais alguns hit singles em 1995 com "Run Away", "Love & Devotion", "Come And Get Your Love" e "Automatic Lover", se bem que as coisas ficaram ainda mais confusas em termos das caras de projecto, pois embora Karin Kasar continuasse a ser a vocalista feminina desses temas, além de Olaf Jeglitza e Patsy Petersen, também Vanessa Mason surgiu como uma terceira cara do projecto, o que resultou na bizarria de de haver duas mulheres a fazer playback nos videoclips e actuações televisivas, quando era claro que só havia uma voz feminina...que não era de nenhuma delas. (Aparentemente Vanessa Mason foi recrutada por ter uma voz mais parecida com a de Karin Kasar para as actuações ao vivo.)
Depois do fracasso do segundo álbum e respectivos singles e de uma tentativa de reciclagem do projecto com novas caras, Olaf Jeglitza adquiriu os direitos ao nome de The Real McCoy e passou a actuar sob esse nome. Em 2006, colaborou com o grupo polaco Ich Troje para a canção que representou a Polónia no Festival da Eurovisão desse ano. E desde 2016 que Jeglitza e Karin Kasar têm actuado juntos como The Real McCoy e afirmaram que estiveram em estúdio para gravar mais material novo.

"Max Don't Have Sex With Your Ex" E-Rotic (1995)



Também vindo da Alemanha, este projecto de euro-dance fez-se notar por um elemento muito particular: referências sexuais nos títulos e nas letras (daí o nome). Com o produtor David Brandes ao leme da produção, as caras iniciais do projecto eram a cantora Liane "Lyane Leigh" Hegmann e o rapper Richard "Raz-Ma-Taz" Smith. O primeiro single dos E-Rotic foi "Max Don't Have Sex With You Ex", com Smith a fazer o papel do titular Max que, apesar da fogosidade da companheira actual, sente-se muito tentado em fazer revisão de matéria dada com a ex, ao que Leigh responde, pedindo encarecidamente para que ele não ceda à tentação. Pelo meio existe ainda espaço para uns gemidos profundos de Leigh (o que leva a pensar que este diálogo está a ocorrer na cama).



O single seguinte "Fred Come To Bed" era uma sequela, em que a namorada do Max decide vingar-se do pulo de cerca do amante com o amigo dele Fred. Seguiu-se depois o álbum "Sex Affairs" e mais singles como "Sex On The Phone", "Billy Use A Willy" e "Fritz Love My Titz". Mais tarde veio-se a saber que a voz do rap de "Max..." não era de Richard Smith, mas sim Marcus "Deon Blue" Thomas.
Embora Lyane Leigh continuasse a ser a voz em estúdio, a partir do segundo álbum, esta e Smith foram substituídos por outros como as caras do projecto. Entre os discos subsequentes, destaque para um álbum com músicas dos ABBA de 1997. Em 2000, os E-Rotic participaram na pré-selecção da Alemanha para o Festival da Eurovisão desse ano com "Queen Of Light", ficando em sexto lugar.
Desde 2014, Lyane Leigh tem actuado sob o nome de E-Rotic acompanhada ora por Stephen Appleton ora por James Allan.


"Captain Jack" Captain Jack (1995)



Este projecto também era da Alemanha e tal como os E-Rotic se destacaram pela temática sexual, os Captain Jack iam pela vertente militar.
Um primeiro tema "Dam Dam Dam" passou despercebido, mas o single seguinte do projecto, a faixa homónima, gerou mais atenção pelos seus cantos militares combinadas com a batida dance e, vá-se lá saber porquê um solo de guitarra de flamenco. "Captain Jack" foi um hit europeu, chegando ao n.º 1 do top na Holanda e na Hungria. As caras do projecto (e desta vez, parece que também eram mesmo as vozes) eram Franky Gee (um cubano-americano nascido com o nome de Francisco Gutierrez) no papel da personagem Captain Jack e a vocalista feminina Liza Da Costa.




O primeiro álbum "The Mission" foi editado em 1996 e continha mais hits como "Soldier Soldier" e "Drill Instructor", e colaboraram no disco de tributo aos Queen por parte de vários grupos de eurodance com uma versão de "Another One Bites The Dust". Seguiram-se mais álbuns e singles, incluindo uma colaboração com os Gypsy Kings em 1997, que não repetiram o sucesso inicial, mas o projecto Captain Jack continua activo. Liza Da Costa deixou o colectivo em 1999 e Franky Gee continuou a assumir o papel de Captain Jack até à sua morte em 2005 em Espanha, vítima de uma hemorragia cerebral aos 43 anos. Desde 2012, que Bruce Lacy e Michelle Stanley dão a cara pelo projecto.


"Forever Young" Alphaville (1984)

 Em 1984, a Guerra Fria estava num dos seus pontos altos e a possibilidade de uma guerra nuclear continuava a ser algo vislumbrável, caso algum dos lados da barricada - Estados Unidos ou União Soviética- desse um passo em falso. (Aliás, foi algo que aparentemente esteve muito perto de acontecer em 1983 e que só o bom-senso de um oficial soviético terá evitado.) Por isso, não era admirar que as gerações mais jovens vivessem com a sensação de que era só uma questão de tempo até uma guerra nuclear eclodir e não haveria futuro do muito além do presente. Essa sensação era especialmente pungente na Alemanha cortada em duas ao longo da Guerra Fria e que era um dos focos principais dessa tensão.


Como tal, foi da Alemanha que surgiram algumas das mais icónicas canções dos anos 80 de temática apocalíptica, como por exemplo "99 Red Balloons" dos/da Nena, que imaginava uma Terceira Guerra Mundial que começava quando alguém por brincadeira uns quantos balões para outro lado do Muro de Berlim e estes eram confundidos por mísseis. E também "Forever Young" dos Alphaville, que reflectia sobre a fragilidade da juventude e da vida, no meio de tanta coisa que está além do nosso controlo.


Formados em 1982 na cidade de Münster, os Alphaville eram um trio synth-pop formado por Marian Gold (nome verdadeiro: Hartwig Schierbaum), Bernard Lloyd (nome verdadeiro: Bernhard Gössling) e Frank Mertens (nome verdadeiro: Frank Sorgatz). Inicialmente a banda chamava-se...Forever Young mas rapidamente mudaram o nome para Alphaville, em homenagem ao filme de 1965 de Jean-Luc Godard. A banda rapidamente obteve sucesso internacional com o seu primeiro single, "Big In Japan" (originalmente escrito por Gold em 1979) e o single seguinte "Sounds Like A Melody" continuou o êxito. Mas seria o terceiro single, que tinha o nome inicial da banda e que dava nome ao seu álbum de estreia, que se tornaria a canção-assinatura dos Alpahville, embora na altura tivesse sido relativamente menos bem-sucedida comercialmente do que os dois singles anteriores. 


"Forever Young" é uma das minhas canções preferidas dos anos 80 e ainda hoje, quer o início instrumental, quer o clímax final com o sintetizador a imitar um trompete causam-me arrepios. E pelo meio, há Marian Gold cantando versos tão marcantes como "hoping for the best but expecting the worst, are you gonna drop the bomb or not?", "let us die young or let us live forever" ou "it's so hard to get old without a cause". O videoclip, filmado num antigo manicómio em Inglaterra, é igualmente icónico com a banda a tocar para um grupo de pessoas de várias idades vestidas com roupas esfarrapadas (em especial aquele senhor de bigode com um grande capuz branco) que acordam ao ouvi-los e terminam passando por um estranha e luminosa passagem em forma de losango (suponho que a porta para a Eternidade). 

"Forever Young" foi mais um grande hit para os Alphaville na Europa continental, tendo sido n.º 1 na Suécia e chegado ao top 20 na Alemanha, Áustria, Espanha, França, Holanda, Noruega, Suíça e África do Sul. Também lembro-me da canção ter tido alguma repercussão em Portugal na altura pois recordo-me de a RTP transmitir o videoclip em programas como "ViváMúsica". Foi também o maior hit da banda nos Estados Unidos, apesar de não ter ido além do n.º 65 no top da Billboard, mas devido a algumas versões de outros artistas, utilizações em filmes, séries, anúncios e talent shows, é uma canção que não soará totalmente estranha aos ouvidos americanos. 




O segundo álbum da banda, "Afternoons In Utopia" de 1986 ainda teve alguma notoriedade internacional, sobretudo devido ao single "Dance With Me", mas mesmo sem se aproximarem dos êxitos do passado, os Alphaville continuam no activo (o seu último disco de originais é de 2017), se bem que Marian Gold seja o único membro fundador que ainda continua no projecto. Gold também lançou dois discos a solo. 
Além dos Alphaville já terem regravado "Forever Young" várias vezes (a versão de 2001 foi editada em single), a canção já teve um número incontável de covers, de nomes como Laura BraniganDJ Space CJay-Z & Mr. HudsonYouth GroupOne DirectionInteractiveBecky Hill e Wayne Wonder. E como já referi foi utilizado em vários filmes e anúncios publicitários. Aqui há tempos, vi "Forever Young" a ser usado numa sequência do filme norueguês "Mot Naturen" (2014), sobre um homem que decide passar um fim de semana a caminhar pelas montanhas, enquanto o espectador vai ouvindo os seus pensamentos sobre a sua crise de meia-idade, a vontade de largar tudo e a juventude que lhe escapa. 


Em Portugal, "Forever Young" teve um redescoberta e tornou-se definitivamente um clássico do FM nacional em 1994, quando Alberto Ferreira escolheu a canção para a sua participação na segunda temporada do "Chuva De Estrelas" que chegou até à final.    

"Big In Japan" (1983)


"Sounds Like A Melody" (1984)


"Dance With Me" (1986)



Discografía dos Television

  Fãs de música, para começar o mês, trago para vocês uma banda que não fez muito sucesso comercial, mas sempre foi muito respeitada pela crítica. Eles influenciaram bandas como U2, The Clash, REM, The Cars, entre muitas outras.

Com uma mistura de sons como: Garage Rock, Proto Punk, Punk Rock, Art Rock e New Wave.
Eles foram uma das primeiras bandas a tocar no CBGB Spectacular e têm forte influência dos Rolling Stones.
Aqui trago a vocês a Televisão. Com Tom Verlaine no comando nos vocais e guitarra, Richard Lloyd nas guitarras e vocais, que infelizmente deixou a banda em 2005 devido a tensões com Tom; Richard Hell e Billy Ficca na bateria.
Bem, o básico da banda está lá, eles tiveram seus altos e baixos como qualquer banda da época, mas apesar de tudo eles ainda estão de pé.
Vamos aos discos então...

(CLICK NO TITULO DOS DISCOS)


Discografía Faith No More

 Esta banda que me faz perder o controle toda vez que ouço suas músicas desde a primeira vez. Depois de 18 longos anos sem nos deliciar com um álbum de estúdio do grande Faith No More, Sol Invictus.

A banda retorna à cena com seu novo álbum Sol Invictus, que veio com um single espetacular para nos mostrar do que se trata o álbum: Motherfucker. Não quero me estender muito, só quero que vocês baixem na nossa elogiada frequência de 320 kHz e curtam bastante, porque é realmente um alívio para a ansiedade, principalmente para os mais experientes que acompanham a banda há muito tempo. Não vou mais te incomodar. Um conselho para quem não conhece a banda ou está começando, não acho que seja possível, mas acontece; Clique no nome do álbum e faça o download, sem hesitar, vá e faça o download, temos que garantir que ninguém fique sem ouvir essa belezura.
Vamos com os discos...

(CLICK NO TITULO DOS DISCOS)

Raw Material "Raw Material" (1970)

 

Esta formação britânica foi fundada por Colin Catt (teclado, vocal) e Phil Gunn (baixo). Os caras se conheceram em 1965. Eles tocaram juntos em um conjunto estudantil amador. E somente depois de quatro anos o conjunto estava pronto para trabalhar de forma independente. A companhia dos amigos foi acompanhada pelo trompista/harpista/vocalista Mick Fletcher , o percussionista Paul Young e o guitarrista Dave Green . A Evolution Records, que já lançou os artistas psicodélicos Arzachel na estratosfera , assumiu ansiosamente a tarefa de cuidar dos jovens progressistas . Eles rapidamente esculpiram um "quarenta e cinco", de um lado do qual foi colocada a história épica "Time and Illusion" do engenheiro de som Vic Smith , e do outro - uma versão original da obra da compositora americana Melanie Safka "Bobo's Party". Depois, houve mais dois balões de teste de 7 polegadas (anexados a este lançamento como bônus). E agora é hora do álbum de estreia – curto (32 min.), mas muito significativo. Uma boa metade do material foi emprestado aos novatos do estoque do compositor pelo compositor, maestro e produtor Ed Welch , mais algumas coisas foram reunidas das caixas, e a faixa "Future Recollections" foi criada pessoalmente pelos pais fundadores Katt e Gunn. Vamos tentar ver qual foi o resultado final. O Raw Material  não hesitou em tomar a obra de grande escala "Time and Illusion"
como ponto de partida . E, é preciso dizer, a escolha foi feita com sabedoria. O enredo intrigante do maestro Smith, conforme interpretado pelos cinco cabeçudos, adquiriu nuances, como: protoarte melodiosa em uma plataforma de rhythm-and-blues com acordes de piano estrondosos e os obrigatórios rufos de órgão, partes estéticas de solo de vibrafone (tente lembrar de algo semelhante de cabeça!), linhas quebradas de jazz do sax, incorporadas ao tecido narrativo do rock; No geral, foi um começo complicado. E a continuação não é menos interessante. "I'd Be Delighted" é fundamentalmente funk, com um toque de flauta. Distinguida por sua estrutura incomum (da elegia racional às convulsões sincopadas), "Fighting Cock" revela afinidades seletivas tanto com as criações programáticas  de Van Der Graaf Generator quanto com a antiga Beggars Opera . O desejo de "bater um rock 'n' roll" é realizado com sucesso com a ajuda do número simples "Pear on an Apple Tree". As baladas cósmicas de "Future Recollections" (percussão de cristal estrelado, teclados astrais) demonstram claramente que Colin e Phil têm um talento melódico muito bom. O hit ácido "Traveller Man" é uma apresentação beneficente para o guitarrista Green; É aqui que ele tem mais oportunidades de fazer experimentos práticos em distorção sonora.No curto final de "Destruição da América", escrito porHerbie Flowers , o apocalipse acontece sem barulho ou poeira: o continente é simplesmente calmamente absorvido por massas de água ao acompanhamento do mellotron e do vibrafone e da voz solitária de uma flauta, dissolvendo-se gradualmente na névoa azul do amanhecer...
Resumindo: um ato artístico sólido com um charme específico. Imperdível para fãs do proto-metal progressivo inglês.    




Solution "Solution" (1971)

 

As origens da equipe holandesa Solution estão enraizadas nas atividades do grupo The Keys . Foi lá que o trompista/tecladista Tom Barlage e o organista Willem Ennes se conheceram . Mais tarde, o sinal foi alterado para Soulution , mas o "u" no nome nunca pegou. Em 1969, o baterista Hans Waterman se juntou aos amigos . Este é o momento em que começa a história oficial da banda. Os companheiros não ficaram sem rótulo por muito tempo. Em 1971, eles tiveram a sorte de assinar um contrato com a Catfish (a divisão local da EMI) e, em maio daquele ano, sob a direção do produtor John Schursma, o trabalho começou no programa de estreia Solution no estúdio de Bovema em Heemstede . O baixista/vocalista Peter van der Sande foi designado para ajudar os músicos , o que sem dúvida ajudou a causa. E literalmente em três dias todas as cinco faixas do primeiro álbum da banda foram gravadas em fita master...
Graças às visões progressistas de Schursma, Solution recebeu total liberdade de ação. Então, sua criação sem nome revelou-se extraordinariamente complexa e de mente aberta. A influência de John Coltrane , as tendências de fusão ao estilo Zappa , as peculiaridades iniciais de Canterbury do Soft Machine e os exercícios melódicos da protoarte britânica são todos igualmente refletidos nas composições complexas dos holandeses. Tendo tomado emprestado os princípios básicos da estrutura composicional dos "acadêmicos", Solution os combinou com uma visão jazz-rock do tema. Ficou surpreendentemente bom. Tomemos, por exemplo, as extensas manobras de ataque da peça "Koan". A alternância do leitmotiv ofensivo com episódios líricos (na ausência de violão, o tocador de metais é o responsável pela carga semântica) é executada de forma extremamente orgânica. Partes brilhantes de saxofone, uma dança relaxada de flauta, uma textura clara de linhas de baixo, um padrão de percussão divertido e um Hammond borbulhando com energia vital nos atraem involuntariamente para uma aventura sonora. Um esboço de teclado de um minuto de duração - link "Preview" - e aqui os portões para a excursão enigmática "Phases" se abrem com sua construção gradual de atmosfera (os exercícios vocais de fundo de van der Sande são uma música separada), toque oriental psicodélico (aventuras de flauta com um padrão cíclico monótono) e uma entrega sinfônica-prog importante, fundida com digressões de um estilo de fusão elegíaco ou endurecido. O transbordamento emocional também ocorre no filme épico "Trane Steps", onde o clima oscila entre leve e pacífico e colérico, com uma certa dose de agressividade. E o final francamente operístico de "Circus Circumstances" parece completamente insano: um galope esquizofrênico como a média aritmética de Focus e Samla Mammas Manna , um bombardeio massivo de instrumentos de sopro, ataques hiperativos de músicos rítmicos (lembrando o lendário "Theme One" de George Martin na interpretação de VDGG ) e lançamentos sem pausas no reino das revelações reflexivas do jazz... No geral, um prato muito picante. E para sobremesa - alguns ótimos bônus: uma "Jam" improvisada e uma versão de concerto de "Koan".
Resumindo: um mosaico de arte colorido soberbo de uma equipe excepcionalmente talentosa e profissional. Altamente recomendado.  




Destaque

Kevin Morby – Singing Saw (2016)

  E, ao terceiro disco, Kevin Morby ascende ao Olimpo. O caminho já estava a ser feito, para os que lhe prestavam atenção. Com dois discos ...