Inovador agrupamento constituído em Rio de Mouro, Sintra, em Dezembro de 1997, a partir das cinzas dos Lunar Caustic. Lutadores por natureza, constituiram um modelo de persistência, tendo erguido a sua breve carreira a pulso, contra a indiferença da indústria musical. O seu Rock/Metal Alternativo portentoso, agressivo e elaborado evidenciava bem a qualidade das composições e dos músicos envolvidos – Eunice (voz, ex-Lunar Caustic, actualmente emigrada no Chile), João (guitarra, ex-Corrosão Caótica, ex-Lunar Caustic, actualmente nos Gazua), Rato, (baixo) e Pedro (bateria). Após a estreia com o CDR "Oxidize", o quarteto dá um passo em frente na sua carreira, autofinanciando a edição do MCD "Blueprint". Com este trabalho os Carbon H revelar-se-iam uma das mais promissoras bandas da cena nacional, reunindo o apoio massivo dos fãs e da crítica especializada. Do consenso gerado em torno do CD resultou a nomeação para Melhor Banda Nacional de Garagem nos "Prémios Inside 99" do jornal "Inside" e o terceiro lugar obtido no concurso "Prémios Maqueta 99" da editora "Deixe de Ser Duro de Ouvido". Praticavam nessa altura um rock com influências das décadas de 70, 80 e 90, tendo como linha mestra no conceito geral da banda, um som com personalidade, força e atitude. Em Outubro de 1999 editam o seu primeiro registo oficial, um EP de quatro faixas de nome "Blueprint", tendo-se tratado de uma edição de autor gravada no Êxito Estúdio em Lisboa. É nesse período que a banda percorre o país em concertos diversos e eventos festivos. Desde o Palco 6 ao Hard Club, desde o Paradise Garage ao IPJ de Faro, Queimas das Fitas, etc, os Carbon H criaram as suas próprias raízes de palco, bem como um público fiel. Após meses de preparação, em Novembro de 2000, editam um novo EP com 6 temas inéditos com o nome de "Six Pack". Novamente registado no Êxito Estúdio e produzido por Ronnie Champagne, este trabalho incluia uma faixa interactiva com excertos de vídeo, fotos, screensavers e demos audio. Após essa experiência gravaram o seu vídeo de estreia. Tratava-se do tema “Moral Sin”, retirado do EP “Six Pack” e rodou bastante na TV, especialmente no canal Sol Música, onde chegaram a gravar uma entrevista exclusiva. Em 2002, o brilhante percurso da banda é abruptamente interrompido na sequência de conflitos internos insolúveis. Um novo EP, totalmente concluído, ficou por editar.
DISCOGRAFIA
OXIDIZE [Tape, Edição de Autor, 1998]
BLUEPRINT [CD, Carbon H, 1999]
SIX PACK [CD, Carbon H, 2000]
COMPILAÇÕES
GOING GENIUS 04 [CDR, Plaguer Recordings, 1999] KEEP THE NOISE [CDR, Som Sónico, 1999]
No ano 2000, Marisa Monte já era uma das artistas mais reconhecidas e respeitadas da música brasileira. Sua carreira havia decolado na década de 1990 com o lançamento de álbuns aclamados pela crítica e pelo público como Mais (1991), Verde, Anil, Amarelo, Cor-de-Rosa e Carvão (1994) e Barulhinho Bom (1996), que mostravam sua versatilidade musical e sua habilidade de mesclar diferentes estilos, como MPB, samba, bossa nova e música pop.
Naquele momento, Marisa Monte representava uma renovação na música popular brasileira, combinando tradição e inovação de forma única. Sua voz cativante e sua interpretação emocional conquistaram uma base de fãs fiel e lhe renderam elogios da crítica, além de uma série de prêmios e honrarias.
Além de sua contribuição como intérprete, Marisa Monte também se destacava como compositora e produtora, colaborando com outros artistas e contribuindo para a criação de um som contemporâneo e autêntico, a tal ponto de fundar o seu próprio selo fonográfico, a Phonomotor Records.
Quarto álbum de estúdio de Marisa Monte, Memórias, Crônicas e Declarações de Amor naquele ano solidificou ainda mais sua posição como uma das principais artistas do cenário musical brasileiro. O álbum foi gravado entre setembro e novembro de 1999, e envolveu quatro estúdios diferentes: Ilha do Sapo, em Salvador), Mega (no Rio de Janeiro), Magic Shop e Sear Studios, ambos em Nova York. A produção ficou aos cuidados de Arto Kindsay e Marisa Monte.
Composta por treze faixas, Memórias, Crônicas e Declarações de Amor é um verdadeiro mergulho nos meandros do sentimento mais universal: o amor. Marisa Monte, em sua genialidade, não se limita ao amor romântico. Aqui, o amor se apresenta não apenas como paixão arrebatadora, mas também como compaixão, perdão e gentileza, envolvendo o ouvinte em uma incursão emocional profunda e reveladora.
O álbum abre com o amor romântico de “Amor I Love You”, cujos versos ressaltam a capacidade do amor em acolher e dar significado à vida. Um dado interessante é a participação do cantor Arnaldo Antunes lendo um trecho do livro O Primo Basílio, uma colaboração que funde música e literatura, criando uma experiência emocionalmente rica e convidativa.
Imagens de encarte do álbum Memórias, Crônicas e Declarações de Amor.
Com uma levada “suingada” e um viés pop, “Não Vá Embora” conta com a participação do cantor e guitarrista Davi Moraes, tocando guitarra e fazendo uso de efeitos de pedal fuzz. Na letra, o eu lírico ressalta a importância da pessoa amada na sua vida a tal ponto de implorar para que ela não vá embora.
A aura do amor romântico permeia a próxima faixa, "O Que Me Importa", uma balada imortalizada por Tim Maia em 1972 e popularizada posteriormente por Marisa Monte. Os versos narram uma história de amor desfeito, onde um dos parceiros tenta, tardiamente, resgatar a relação através de gestos afetuosos e declarações apaixonadas. Porém, o outro lado, ferido e desiludido, mantém-se inflexível, encarando o relacionamento como algo do passado.
"Não É Fácil" é uma envolvente balada pop, feita para embalar as ondas radiofônicas, que aborda o tema de uma relação conjugal onde um dos parceiros se vê solitário diante da indiferença do outro. Apesar de nutrir esperanças de uma vida a dois mais gratificante, o eu lírico se sente impotente diante da frieza da pessoa amada. É uma narrativa de solidão em meio à suposta vida a dois, onde o protagonista enfrenta uma jornada solitária dentro do próprio relacionamento.
A jornada musical continua com a bela e delicada canção acústica "Perdão Você", destacando-se como a faixa mais comovente e sensível do álbum. Um violão habilmente dedilhado e um arranjo de cordas bem elaborado conferem uma atmosfera cativante a essa composição. Em contraste, "Tema de Amor" emerge como uma vibrante balada pop, caracterizada por guitarras envoltas em efeitos de pedal, adicionando uma camada de textura e energia à melodia.
O mestre João Donato faz uma participação notável em "Abalolô", onde seu talento no piano enriquece a narrativa da saudade e da dor da distância na ausência da pessoa amada: “E a saudade vem / Vem pra qualquer um, qualquer hora / Por alguém que foi pra longe já volta”.
Em “Para Ver As Meninas”, samba de Paulinho da Viola (um dos ídolos de Marisa Monte), o eu lírico expressa o desejo de esquecer as dores pessoais e buscar momentos de descontração e leveza. “Cinco Minutos”, de Jorge Ben Jor, é uma faixa de ritmo dançante, envolvente, e conta com uma vigorosa linha de baixo.
Fotografia que faz parte do encarte do álbum.
"Gentileza" representa uma tocante homenagem de Marisa Monte ao icônico profeta das ruas do Rio de Janeiro, Jose Datrino (1917-1996), também conhecido como Profeta Gentileza, famoso por disseminar mensagens reflexivas nas pilastras do Viaduto do Gasômetro. A inspiração para a composição surgiu após Marisa tomar conhecimento de que as frases do Profeta haviam sido cobertas com tinta cinza, gerando comoção na população. Felizmente, as pilastras foram restauradas e as mensagens de Gentileza recuperadas, sendo a frase "Gentileza gera Gentileza" a mais emblemática do legado deixado pelo profeta das ruas da capital fluminense.
"Água Também É Mar", fruto da colaboração entre Marisa Monte, Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown, prenunciando a formação do trio Os Tribalistas, aborda a relevância da preservação da água, destacando sua presença em múltiplas formas na natureza. Já em "Gotas de Amor", um samba-canção imortalizado por Nelson Cavaquinho e Guilherme Brito, Marisa Monte explora a vivência de uma paixão que, ao invés de trazer felicidade, traz consigo mais dor do que alegria: “Eu sei que vou sofrer / por culpa da minha paixão / eu devia te deixar / Mas vou continuar / Para castigar / meu pobre coração”.
O álbum Memórias, Crônicas e Declarações de Amor termina com a faixa "Sai Seu Sabiá", uma composição de Caetano Veloso especialmente dedicada a Marisa Monte. Esta canção delicada é marcada apenas pela voz da artista, acompanhada pelo suave toque do piano e um arranjo de cordas sutil. A letra transmite uma mensagem de apoio e companheirismo em um relacionamento a dois. O eu lírico se identifica com o sabiá, oferecendo seu canto como conforto à pessoa amada, assegurando-lhe sua presença constante e apoio incondicional sempre que necessário.
Seguido ao lançamento do álbum, Marisa Monte promoveu a Memórias, Crônicas e Declarações de Amor Tour, uma grande turnê que durou pouco mais de um ano e meio, e cerca de 150 shows. Anos mais tarde, em 2019, foi lançado álbum audiovisual Memórias 2001, que registrou ao vivo algumas apresentações dessa turnê.
O álbum Memórias, Crônicas e Declarações de Amor teve um excelente desempenho comercial, chegou à casa de 1 milhão de cópias vendidas, o que levou Marisa Monte a ser contemplada com um disco de diamante. Memórias, Crônicas e Declarações de Amor foi o quinto álbum consecutivo de Marisa Monte a liderar as paradas de álbuns.
Além do ótimo desempenho comercial, Memórias, Crônicas e Declarações de Amor indicado a vários prêmios, e foi vencedor em alguns deles como o Grammy Latino/2000 como “Melhor Álbum de Pop Contemporâneo Brasileiro”, e o MTV Video Music Brasil/2000 de “Melhor Videoclipe” (por “Amor I Love You”).
Faixas
1. "Amor I Love You" (Marisa Monte - Carlinhos Brown)
2. "Não Vá Embora" (Monte - Arnaldo Antunes)
3. "O Que Me Importa" (José de Ribamar Cury Heluy)
4. "Não É Fácil" (Monte - Brown - Arnaldo Antunes)
5. "Perdão Você" (Brown - Alaim Tavares)
6. "Tema de Amor" (Monte - Brown)
7. "Abololô" (Monte – Lucas Santtana)
8. "Para Ver as Meninas" (Paulinho da Viola)
9. "Cinco Minutos" (Jorge Ben Jor)
10. "Gentileza" (Monte)
11. "Água Também É Mar" (Monte - Brown - Arnaldo Antunes)
12. "Gotas de Luar" (Nelson Cavaquinho - Guilherme de Brito)
Jean-Jacques Goldman; nascido em 11 de outubro de 1951) é um cantor, compositor e produtor musical aposentado francês cujo trabalho continua extremamente popular no mundo francófono . [1] Desde a morte de Johnny Hallyday em 2017, ele tem sido o artista pop rock francês vivo de maior bilheteria . Nascido em Paris e ativo na cena musical desde 1975, ele teve uma carreira solo de grande sucesso na década de 1980, antes de fazer parte do trio Fredericks Goldman Jones , lançando outra série de sucessos na década de 1990.
Membro fundador do coletivo de caridade Les Enfoirés em 1986 (com o qual permaneceu ativo até 2016), Goldman também escreveu álbuns e canções de sucesso para muitos artistas, incluindo D'eux para Céline Dion , que é o disco de língua francesa de maior sucesso até hoje. [2] Ele recebeu seu reconhecimento mais notável no mundo de língua inglesa por ganhar um Grammy de Álbum do Ano em 1997, como coautor de três faixas de Falling into You de Céline Dion . Apesar de uma aposentadoria voluntária da cena musical no início dos anos 2000, ele continua altamente apreciado e influente na França.
Biografia
Nascido em Paris, filho de um pai judeu polonês imigrante , Alter Mojze Goldman (nascido em Lublin ) e de uma mãe judia alemã , Ruth Ambrunn (nascida em Munique ), Jean-Jacques Goldman foi o terceiro de quatro filhos. Ainda criança, iniciou seus estudos musicais no violino e depois no piano. Em 1968, abandonou seus estudos de música clássica para o "American Rock & Roll", bem como a música folclórica, ouvindo The Beatles , Jimi Hendrix ou Aretha Franklin , e enfatizando o violão. [7] Ele também obteve um diploma em administração pela École des hautes études commerciales du Nord , comumente conhecida como EDHEC , em Lille . Em 1972, conheceu Catherine, sua primeira esposa, com quem teve três filhos. Ele entrou pela primeira vez na cena musical francesa como membro de um grupo de rock progressivo chamado Taï Phong ("grande vento", " tufão " em vietnamita), que lançou seu primeiro álbum em 1975. Sua primeira música a ser um sucesso moderado foi "Sister Jane". Depois de três álbuns em inglês (nos quais ele cantou e tocou violão, bem como violino), Goldman estava determinado a escrever e cantar em francês, o que o levou a deixar a banda.
Marc Lumbroso viu seu potencial e conseguiu assinar um contrato de cinco álbuns com a Epic Records . No mesmo ano, ele lançou seu primeiro álbum, que ele queria chamar de Démodé ("antiquado", "fora de moda"), mas a gravadora recusou, então ele foi deixado sem título (embora "Démodé" seja agora seu título não oficial). " Il suffira d'un signe " foi seu primeiro sucesso significativo. Em 1982, ele lançou um segundo álbum sem título - desta vez o título pretendido era Minoritaire , que também foi recusado por ser considerado não comercial (e também se tornou seu título não oficial). Ele apresentou vários sucessos: "Quand la musique est bonne", "Comme toi" (inspirado em uma foto de uma jovem judia que morreu em um campo de concentração , embora as letras sinceras nunca mencionem explicitamente esse contexto histórico específico), "Au bout de mes rêves", e foi seu álbum inovador, com cerca de 900.000 unidades vendidas. Seu terceiro álbum em 1984, o primeiro com um título oficial, Positif (escolhido como uma resposta irônica à recusa dos títulos "negativos" pretendidos de seus dois primeiros), continha novos sucessos como "Encore un matin" e " Envole-moi ", e teve um desempenho ainda melhor, com cerca de 1.000.000 de unidades vendidas. Seu quarto álbum, Non homologué ("não aprovado", que continuou sua tendência de títulos ironicamente autodepreciativos) rendeu os sucessos " Je marche seul ", ' Je te donne " (um dueto de rock bilíngue com Michael Jones, com Jones cantando os versos em inglês e Goldman os em francês) e " Pas toi ". Ele gravou um álbum duplo em 1987, Entre gris clair et gris foncé ("Entre o cinza claro e o cinza escuro"), que lançou uma série de sucessos — "Elle a fait un bébé toute seule", " Puisque tu pars ", " Là-bas " (um dueto com Sirima ), "Il changeait la vie" — e foi um grande sucesso, com mais de 2 milhões de unidades vendidas.
No entanto, a maioria dos críticos foi dura, ridicularizando sua voz aguda, seu estilo e comportamento (descritos como mansos e inócuos) e suas canções suaves, presumivelmente comercializadas para garotas adolescentes. Em reação, no final de 1985, ele comprou uma página inteira em dois grandes jornais ( Libération e France Soir ), exibindo trechos de suas críticas mais duras, com uma mensagem irônica para seus fãs no final, demonstrando novamente seu gosto pela autopromoção despretensiosa: "Obrigado por vir de qualquer maneira..." ("Merci d'être venus quand même..."). [8] [9] [10]
De 1990 a 1995, ele se apresentou em um trio chamado Fredericks / Goldman / Jones com Carole Fredericks (uma cantora e coralista americana que se estabeleceu na França na década de 1970, irmã de Taj Mahal ) e Michael Jones (um guitarrista e cantor galês que se estabeleceu na França, país natal de sua mãe, que Goldman conhecia de Taï Phong — na verdade, ele se juntou à banda quando Goldman decidiu parar de fazer turnês — e com quem fez sucesso em 1985 com "Je te donne"). Juntos, eles gravaram dois álbuns de estúdio, Fredericks / Goldman / Jones em 1990 e Rouge em 1993 (inspirado pela queda do Muro de Berlim e o fim da URSS — a canção-título apresenta o Coro do Exército Vermelho ), um álbum ao vivo, Du New Morning au Zénith , e lançaram vários singles de sucesso, como " Nuit ", " À nos actes manqués ", " Né en 17 à Leidenstadt " (outra canção sobre a guerra e como ela afeta a vida das pessoas), "Juste après" (inspirado por uma cena de um documentário de TV sobre o trabalho dos Médicos Sem Fronteiras no Congo mostrando a luta angustiante de uma irmã missionária para reanimar um recém-nascido [11] ) e " Tu manques ". Várias dessas canções foram posteriormente regravadas em inglês, mas não encontraram muito sucesso na Inglaterra ou nos Estados Unidos.
De 1997 a 2003, ele voltou a se apresentar como artista solo, lançando dois álbuns, En passant em 1997 e Chansons pour les pieds em 2001, bem como dois álbuns ao vivo, Tournée 98 En passant e Un tour ensemble , com novos sucessos como "On ira", "Quand tu danses", "Sache que je", "Bonne idée", "Tournent les violons", "Ensemble", "Les choses", "Et l'on n'y peut rien". Após um último show em 2004, ele parou de se apresentar e gravar repentinamente, dizendo que queria passar mais tempo com sua família (ele havia se casado novamente em 2001, com uma jovem fã que estava estudando matemática e mais tarde obteve um doutorado em matemática pura ). [12] Em 2011, para acabar com os rumores sobre um possível retorno, ele publicou um pequeno texto negando qualquer plano de um novo álbum ou turnê em um futuro próximo, [13] e continua evasivo, em grande parte ausente da mídia. [5]
Ele continuou a compor e produzir algumas músicas para outros artistas, às vezes emprestando sua voz como parte de uma colaboração. Por exemplo, ele gravou " 4 Mots sur un piano " com Patrick Fiori e Christine Ricol em 2007; foi um sucesso significativo.
Jean-Jacques Goldman também teve um papel de destaque em atos de caridade franceses a partir de meados da década de 1980, quando em 1985 o famoso comediante Coluche lhe pediu para escrever uma música para promover a iniciativa que ele acabara de criar, Les restos du coeur , destinada a fornecer alimentos aos pobres durante os meses de inverno; Goldman criou e produziu a canção homônima (supostamente escrita/composta em três dias), então, com Coluche, eles trouxeram outras celebridades francesas (os atores Yves Montand , Catherine Deneuve e Nathalie Baye , o jogador de futebol Michel Platini , o apresentador de TV Michel Drucker ) para apresentá-la como uma trupe estendida (semelhante a " Nós somos o mundo ", cada um cantando um verso, ou melhor, recitando, já que nenhum deles era cantor treinado), chamada Les Enfoirés (originalmente uma palavra muito grosseira e ofensiva, literalmente traduzível como "coberto de diarreia", comumente significando "os bastardos" ou "os babacas", que era um truque de Coluche em seus shows e foi um pouco diluído ao longo dos anos, semelhante a "filho da puta"). Após a morte de Coluche em 1986, ele assumiu e se tornou o principal organizador do concerto beneficente anual e do disco, uma função que continuou desempenhando até 2016, quando decidiu desistir, depois que uma música que ele escreveu para o álbum beneficente daquele ano, "Toute la vie", gerou polêmica por suas letras, que foram consideradas "reacionárias", com um retrato injusto da juventude atual e uma oposição inútil entre as gerações "jovens" e "velhas". [14]
Em 19 de novembro de 2012, Génération Goldman , um álbum tributo a Goldman, foi lançado pelos selos MyMajorCompany France e M6 Music , com vários artistas interpretando as músicas de Goldman. Um segundo volume foi lançado em 2013.
Em dezembro de 2023, a canção Pense à nous de Goldman estreou no álbum Destination Paris do violoncelista Gautier Capuçon , cantada pelos coros infantis da Orchester à l'Ecole Association e da Maîtrise de Radio France de Paris e Bondy. [16]
Vida pessoal
De 1975 a 1997, Goldman foi casado com Catherine Morlet, uma psicóloga. Em 2001, ele se casou com Nathalie Thu Hong-Lagier, uma matemática. Ele é pai de seis filhos: Caroline (n. 1975), Michaël (n. 1979) e Nina (n. 1985) com Morlet, e Maya (n. 2004), Kimi (n. 2005) e Rose (n. 2007) com Thu Hong-Lagier. [17]
Seu irmão mais novo, Robert Goldman, também é compositor (frequentemente conhecido como J. Kapler).
Seu meio-irmão Pierre Goldman , um intelectual de esquerda e ladrão condenado (embora posteriormente absolvido), foi assassinado em circunstâncias misteriosas em 1979 em Paris. [18]
Filantropia
Goldman foi o líder do grupo de caridade Les Enfoirés de 1986 a 2016. [19]