sábado, 10 de dezembro de 2022

Top 10: Synthwave

 

Apesar de não ter chegado com força por aqui, a synthwave é um gênero que tem se destacado na Europa nos últimos 5 anos. O estilo nada mais é do que uma espécie de retorno às sonoridades do synthpop oitentista com uma aura de modernidade mas sem destoar muito daquela fase tecladeira que dominou o cenário pop nos anos 80. Como eu gosto muito de teclado e sintetizador e também daqueles tempos, tenho ouvido muitos grupos, projetos e cantores que resolveram reviver àqueles tempos de modernidade, referências à noite urbana e às baladas junto a uma produção rica e digitalizada. Curiosamente, o estilo tem adotado diferentes misturas e influências o que faz com que cada sugestão aqui apresente sons bem diferentes uns dos outros. Também é bem mais comum apenas discos instrumentais, algo impensável naquela década. Se você se interessa por esta época, dê uma olhada nestas canções que selecionei que destacam aquilo que considero de melhor que o estilo oferece nos últimos anos.


Nina – 80’s Girl (Sleepwalking – 2018)

A alemã Nina não é mais nenhuma “garota” já que possui 37 anos, mas ela gravou seus primeiros discos muito recentemente. Pegando influências de bandas como Berlin e Madonna oitentista, suas músicas trazem aquele balanço synthpop bem tradicional daquela década. Esta é um exemplo de canção que soa vinda diretamente de 40 anos atrás.


Perturbator – She is Young, She is Beautiful, She is Next (Dangerous Days – 2014)

Já o Perturbator (nome do francês James Kent) usa uma pegada mais “dark” em seus instrumentais, usando muito de arpejador fazendo uma sonoridade com atmosferas agressivas, noturnas e naquela linha cyberpunk.


Street Cleaner – Manhandler (Annihilation – 2019)

Na mesma linha que o Pertubator, o “dark synth” do Street Cleaner (projeto do americano Jesse Bishop) usa seus sintetizadores buscando mais tensão e velocidade. Parece trilha sonora de algum filme de futuro pós-apocalíptico.


Le Matos – Overdog (Join Us – 2013)

Já a banda canadense Le Matos mistura sua synthwave com elementos de eletrodisco e house, buscando uma sonoridade mais dançante neste ótimo álbum. Algo mais leve, divertido e muito bom.


Quixotic – Palms (Flamingo Drive-In – 2019)

O Quixotic (projeto do húngaro Krisztián Miklósy) prefere aquela linha de sonoridade mais praiana e diurna dos anos 80, com teclados muito mais ao estilo “filmes da Sessão da Tarde” gravados em uma Flórida ou uma Califórnia quente e ensolarada. O clipe acima representa mais do que perfeitamente o que o som remete.


Mr. Kitty – No Heart (A.I. – 2017)

O Mr. Kitty do americano Forrest Carney pega outro lado da synthwave que se utiliza também dos chamados chiptunes (antigos chips de 8 e 16 bits que davam vida à sonoridades de jogos da Nintendo e da Sega). Misturando a influências da darkwave e do futurepop, temos aí mais um projeto muito interessante para quem gosta deste lado tecladeiro da música.


Abstract Void – As I Watch the Sunset Fade (Back to Reality – 2018)

Já apostando em algo mais sublime e reflexivo, o Abstract Void (do russo Bogdan Makarov) tem o diferencial de também usar vozes rasgadas em seus momentos mais agressivos. Muita gente acha que não combina, mas eu curti. Esse eu imagino que não seja para uma imensa maioria, mas fica a sugestão caso ache interessante.


Gavriel – Heals (In the Worlde – 2020)

E tem brasileiro na lista. Gavriel é o projeto synthwave do músico Gabriel Eduardo e aqui ele faz questão de usar aquelas melodias tradicionais da vaporwave (também conhecida como música de elevador) e algumas configurações de sintetizador bem incomuns para as suas melodias. Tem muita coisa bem criativa nos dois discos que ele lançou com esse projeto.


Timecop1983 – Neon Lights (Nightdrive – 2018)

O Timecop1983 do holandês Jordy Leenaerts possui um estilo mais padrão e básico da synthwave, com vocais pop, bateria eletrônica pulsante e muita melodia. Tradicional para quem curte as bandas synthpop oitentista românticas.


Wolf & Raven – Hot Pursuit (Renegades – 2016)

A dupla americana Wolf & Raven gosta mesmo daquela linha mais enérgica da synthwave, com bateria eletrônica mais acelerada e melodias mais velozes, além de muito uso também do arpejador. Como mostra o vídeo, música perfeita para botar no carro e sair curtindo a noite. E com direito à solos de guitarra também!

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