terça-feira, 24 de janeiro de 2023

Resenha Universal Álbum de The Michael Schenker Group 2022

 

Resenha

Universal

Álbum de The Michael Schenker Group

2022

CD/LP

Uma homenagem ao passado é o que temos em "Universal". Um disco com produção moderna, mas com a tão amada sonoridade do hard rock setentista, aquela que traz o peso, pegada, guitarras e sintetizadores Moog, tudo funcionando muito bem. Feita a introdução, vamos falar um pouco do que temos aqui, no novo disco do The Michael Schenker Group.

Preciso começar pela melhor faixa do disco: "A King Has Gone", que é introduzida pela vinheta "Calling Baal". A homenagem a Ronnie James Dio é magnífica, com referências claras ao seu período no Rainbow. E o deleite maior é que Michael Kiske foi escolhido para segurar o microfone. Para variar, mais uma grande performance. Isso sem falar que Schenker recrutou também Bobby Rondinelli, Bob Daisley e o tecladista Tony Carey, todos músicos que já participaram da banda de Ritchie Blackmore. É seguro dizer que temos aqui um dos grandes momentos da carreira de Schenker, pois o tiro foi certeiro.
O restante do tracklist também não faz feio. O acerto da escolha de Ronnie Romero como principal vocalista merece ser destacado. E o que esse cara trabalha não é brincadeira. Acho que ouvi uns quatro discos lançados por/com ele só em 2022. Isso sem falar que é um dos grandes vocalistas da atualidade. Adoro seu timbre cheio de drives e sem gritos exagerados. Ronnie contribui inclusive para elevar algumas canções não tão fortes quanto aquelas que se destacam. As melhores cantadas por Romero são: "Emergency", "Under Atack", "Long Long Road" e "Au Revoir".
Temos também a participação de Ralph Scheepers na ótima "Wrecking Ball", que ficou bem Judas Priest. Além dele, temos também um dueto de Ronnie Romero e Gary Barden em "The Universe" e um menu de grandes nomes que figuram por todo o disco, veja só: o tecladista Steve Mann (Lionheart), os bateristas Simon Phillips (Toto, The Who), Brian Tichy (Whitesnake, Foreigner), o já mencionado Bobby Rondinelli (Rainbow) e Bodo Schopf (Eloy), e os baixistas Bob Daisley (Black Sabbath), Barry Sparks (Malmsteen, Dokken) e Barend Courbois (Blind Guardian, Zakk Wylde), e Tony Carey (ex tecladista do Rainbow), também já citado.

Me foge a memória agora, mas acho que esse é o terceiro ou quarto disco de Michael Schenker que foi produzido por ele ao lado de Michael Voss (Lessmann/Voss) no Voss’s Kidroom Studio. Em time que está ganhando não se mexe e o local parece que vem rendendo bons trabalhos para o guitarrista alemão. Em suma, o que temos em "Universal" é um disco honesto, executado com maestria, recheado de grandes participações e que irá agradar o fã de hard rock em cheio.



Faixas:

1. Emergency
2. Under Attack
3. Calling Baal
4. A King Has Gone
5. The Universe
6. Long Long Road
7. Wrecking Ball
8. Yesterday Is Dead
9. London Calling
10. Sad Is The Song
11. Au Revoir
12. Turn Off The World (Bonustrack)
13. Fighter (Bonustrack)


Sem comentários:

Enviar um comentário

Destaque

Brian Auger & the Trinity - Befour 1970

  Brian Auger   e sua banda se superam neste álbum extraordinário, que ostenta uma execução apaixonada e de calibre virtuoso, e abrange apen...