Review: Alter Bridge - Walk the Sky (2019)

 

Sexto álbum do Alter Bridge, Walk the Sky foi lançado dia 18 de outubro de 2019 nos Estados Unidos pela Napalm Records e ganhou uma edição nacional logo na sequência pelas mãos da Hellion Records. O disco foi produzido mais uma vez por Michael Baskette (que produziu todos os trabalhos da banda, com exceção do primeiro) e é o sucessor de The Last Hero (2016).

Walk the Sky rendeu até o momento três singles – “Take the Crown”, “In the Deep” e “Dying Light” – e foi recebido com entusiasmo pela crítica. Na Kerrang e na Classic Rock o disco recebeu nota 4 de 5 e foi saudado como um dos melhores álbuns do Alter Bridge. E realmente é.

Centrado na dupla Myles Kennedy (que também é o vocalista da banda solo de Slash) e no guitarrista Mark Tremonti, o quarteto, que também conta com o baixista Brian Marshall e o baterista Scott Phillips, soube construir uma sonoridade com cara própria, onde o peso e a melodia caminham juntos e alcançam um resultado cativante. O peso da guitarra de Tremonti dita o direcionamento de todas as canções, que ganham brilho através das linhas vocais muito bem compostas por Kennedy. No meio do caminho, baladas para conquistar os corações carentes e apaixonados. Um passo à frente da fórmula já utilizada pelo trio de instrumentistas nos seus tempos de Creed, mas muito mais azeitada e eficiente do que aquela que conquistou o mundo entre o final dos anos 1990 e início da década de 2000.

Os refrãos pegajosos e as melodias fortes fazem com que as canções de Walk the Sky formam um conjunto muito sólido, que conquista o ouvinte logo na primeira audição. As quatorze faixas do disco atestam a força criativa do Alter Bridge, uma banda que tem crescido e ganhado projeção a passos largos e já é um dos maiores nomes do rock contemporâneo. Destaques para “Native Son”, “Take the Crown”, “Wouldn’t You Rather” e “Godpeed”.

Com Walk the Sky o Alter Bridge mostra mais uma vez o quão eficiente é a sua música e dá mais um passo para conquistar o coração de novos fãs mundo afora. E a bela capa é a cereja do bolo de tudo isso. Ouça que vale a pena!