A história do Simão
António Tavares Teles / João Braga
Repertório de João BragaNum beco da ribeira, junto ao rio
A chuva miudinha, ancestral
Num restaurante antigo, agora aberto
Camilo escreve um artigo de jornal;
Num beco da Ribeira, junto ao rio
A chuva miudinha, ancestral
Num restaurante antigo, agora aberto
Transcrevo este retrato original;
Ditado por Camilo a Ana Plácido
Do fundo do cárcere ignominioso
Com letra dum poeta marginal
E música do Braga ou do Veloso
A chuva miudinha, ancestral
Num restaurante antigo, agora aberto
Camilo escreve um artigo de jornal;
Enquanto aguarda um tipo pró bater
Vai ao Majestic muito queque
O Gomes marca um golo divinal
Fintando o guarda-redes e o beque
E um fadista numa tasca ali ao pé
Canta a história do Simão
Do amor de perdição
Que é aquilo que o Porto é
A Gaia tão inglesa chega o vinho
Rabelo, do Pinhão para o estrangeiro
Pedroto vai ás Antas e a caminho
Saúda D. Afonso, o rei primeiro;
Que em busca de Lisboa, do amor
De uma maometana, passa o Freixo
Enquanto com o Eça, o Ramalho
Come um par de filetes no Aleixo
O Porto de um poema do Eugénio
De Andrade, tão sentido pelo Tê
Do Douro, das barcaças, dos franceses
Da ponte D.Luiz que o Eiffel fez;
Enquanto conversava com o Oliveira
Manuel, não com u mas com um ó
O Benfica perdia no Salgueiros e
E ele filmava o Aniki e o Bobó
Vai ao Majestic muito queque
O Gomes marca um golo divinal
Fintando o guarda-redes e o beque
E um fadista numa tasca ali ao pé
Canta a história do Simão
Do amor de perdição
Que é aquilo que o Porto é
A Gaia tão inglesa chega o vinho
Rabelo, do Pinhão para o estrangeiro
Pedroto vai ás Antas e a caminho
Saúda D. Afonso, o rei primeiro;
Que em busca de Lisboa, do amor
De uma maometana, passa o Freixo
Enquanto com o Eça, o Ramalho
Come um par de filetes no Aleixo
O Porto de um poema do Eugénio
De Andrade, tão sentido pelo Tê
Do Douro, das barcaças, dos franceses
Da ponte D.Luiz que o Eiffel fez;
Enquanto conversava com o Oliveira
Manuel, não com u mas com um ó
O Benfica perdia no Salgueiros e
E ele filmava o Aniki e o Bobó
Num beco da Ribeira, junto ao rio
A chuva miudinha, ancestral
Num restaurante antigo, agora aberto
Transcrevo este retrato original;
Ditado por Camilo a Ana Plácido
Do fundo do cárcere ignominioso
Com letra dum poeta marginal
E música do Braga ou do Veloso
A hora agora é de perigo
Doutor Azinhal Abelho / Francisco Viana *fado vianinha*
Repertório de Manuel Fria
Bate a chuva no telhado
Passa o vento no postigo
Que importa que o mundo acabe
Se eu ando de amores contigo
Haja fome, peste, ou guerra
A hora agora é de perigo
Que importa que o mundo acabe
Se eu ando de amores contigo
Já baixou o céu à terra
Raivas rogo, pragas digo
Que importa que o mundo acabe
Se eu ando de amores contigo
Uma pedra dura dura
É dura p’ra teu castigo
Que importa que o mundo acabe
Se eu ando de amores contigo
Repertório de Manuel Fria
Bate a chuva no telhado
Passa o vento no postigo
Que importa que o mundo acabe
Se eu ando de amores contigo
Haja fome, peste, ou guerra
A hora agora é de perigo
Que importa que o mundo acabe
Se eu ando de amores contigo
Já baixou o céu à terra
Raivas rogo, pragas digo
Que importa que o mundo acabe
Se eu ando de amores contigo
Uma pedra dura dura
É dura p’ra teu castigo
Que importa que o mundo acabe
Se eu ando de amores contigo
À hora da partida
Célia Barroca / Luís Petisca
Repertório da autora
À hora da partida, em cada voz
Um fado triste das vielas
À hora da partida
Minha alma é noite e ansiedade
No cais das descobertas, o meu navio
No meu navio flutua um sonho
Acendem-se as estrelas por meus guias
No cais das descobertas calou-se o fado
Lisboa não vive nem morre, Lisboa dorme
No coração um resto de saudade
Não cabem nesta hora despedidas
Chama por mim um mar de esquecimento
Cidade de chegadas, cidade de partidas
Não coube em ti meu sonho e meu tormento
Repertório da autora
À hora da partida, em cada voz
Um fado triste das vielas
À hora da partida
Minha alma é noite e ansiedade
No cais das descobertas, o meu navio
No meu navio flutua um sonho
Acendem-se as estrelas por meus guias
No cais das descobertas calou-se o fado
Lisboa não vive nem morre, Lisboa dorme
No coração um resto de saudade
Não cabem nesta hora despedidas
Chama por mim um mar de esquecimento
Cidade de chegadas, cidade de partidas
Não coube em ti meu sonho e meu tormento
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