Há 31 anos, em abril de 1994, Chico Science & Nação Zumbi lançavam Da Lama Ao Caos, primeiro álbum de estúdio da banda pernambucana. 

Ainda em 1993, o movimento manguebeat ganhou força e repercussão em todo o Brasil. Depois de alguns shows em Recife e região, e apenas uma apresentação em São Paulo e outra em Belo Horizonte, Chico Science e Nação Zumbi assinam contrato com a Sony Music, em julho do mesmo ano, e a banda entra em estúdio pouco tempo depois no Nas Nuvens, no Rio de Janeiro, sob comando do experiente produtor Liminha.
Liminha inicialmente teve dificuldades em produzir a Nação Zumbi, por se tratar de um grupo que usava riffs de guitarra pesados, baixo no estilo funk e percussão do maracatu, sem bateria e sem pratos. O álbum, nomeado como Da Lama Ao Caos, ficou pronto somente em abril de 1994, sendo lançado em abril.
O resultado foi de difícil assimilação de público e crítica no primeiro momento. Mesmo com Liminha tendo "limpado" o som da grupo, frustrando alguns fãs, entusiastas da energia da banda ao vivo, Da Lama Ao Caos progressivamente tomou espaço no cenário musical brasileiro, consolidando-se como um dos álbuns mais importantes do país. Os singles "A Cidade" e "A Praieira" tiveram videoclipes na grade de exibição da MTV, fizeram parte de trilhas sonoras e obtiveram grande repercussão nas rádios do Brasil.
Em 1995, Da Lama Ao Caos ganhou Disco de Ouro no Brasil, com mais de 41 mil cópias vendidas no país, levantando o estandarte do manguebeat, dando exibição a outras bandas do movimento e influenciando muitos outros artistas, nos mais variados gêneros musicais.
Considerado um verdadeiro clássico da música brasileira, Da Lama Ao Caos apresentou um som revolucionário, com canções energéticas, bem elaboradas, mesclando funk rock com maracatu, embolada, psicodelia e música afro. Além disso, foi o disco que inaugurou a cena manguebeat e foi também um dos responsáveis pela "abertura de portas" para o rock dos anos 1990, exercendo uma influencia muito forte para o que surgiria depois. Atualmente, o álbum está na posição #13 na lista dos 100 melhores discos da música brasileira da Rolling Stone.
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