A Bay Area foi o nicho do surgimento do thrash metal norte americano. Os californianos deram uma resposta à altura quando o assunto era a questão paz e amor do flower power sessentista. L.A., Frisco e todas as cidades que serviram de palco para a criação de comunidades alternativas baseadas na cultura lisérgica do paz e amor agora queriam que tudo fosse pro espaço. A nova geração era raivosa.
Guitarras afiadas como navalhas e baterias velozes, vocais urrados e contrabaixo na cara, o thrash impede qualquer definição genérica. E, nessa cena, o Testament se destacava tanto quanto o Metallica, o Megadeth e o Slayer naqueles longínquos anos 80. Acrescente-se que surgiu em 1983, ou seja, no mesmíssimo período do Genesis da bateção de cabeça.
Chuck Billy entrou somente em 1986, substituindo Steve Souza nos vocais e já para a gravação do debut, The Legacy, que sairia no ano seguinte. Com um vocalista que parece mais um índio gigante (Chuck Billy), um grande compositor (Eric Peterson) e um dos melhores e mais técnicos guitarristas do metal (Alex Skolnick), os caras estavam muito acima da média.

Inicialmente, suas músicas traziam temáticas embasadas no ocultismo e religião (The Legacy e The New Order), mas, com o tempo, o amadurecimento trouxe os inevitáveis protestos de cunho político e social. E esse amadurecimento aparece latente no post de hoje: Practice What You Preach.
Terceiro full lenght de estúdio da banda, Practice What You Preach traz um Testament no auge do seu apuro técnico e com letras fortes. Bem produzido, foi a catapulta que lançou o grupo ao primeiro escalão do thrash metal mundial.
A faixa título abre o play com riffs diretos e guitarras bem trabalhadas, solando na medida certa e demonstrando um entrosamento sem igual para a época. Sou suspeito para falar porque, desde esse disco, Alex Skolnick passou a figurar entre meus guitarristas favoritos de todos os tempos. E ele divide muito bem os holofotes com Peterson.
Perilious Nation mostra um elemento que difere o Testament das outras bandas do estilo: baixo bem mixado e na cara, limpo, mas com muito peso. E isso é muito bom! Se compararmos (e comparações sempre são mal vistas), Araya não sabe tocar, Burton não sabia timbrar (essa vai feder). Temos, então, um elemento que os torna um destaque na cena.
Envy Life sempre me pareceu a música que inspirou o Pantera a tomar a direção que tomou a partir de Cowboys From Hell, apesar de os discos terem saído quase que simultaneamente. Time is Comming é apocalíptica, inclusive na letra.
Não vou comentar faixa por faixa, mas é interessante ver que The Ballad traz um Testament de olho na então super mainstream MTv. Com direito a clip e tudo, a música destoa do conjunto da obra. Para mim, é a pior do disco, mas foi a que estourou naquele canalzinho de televisão que era tudo o que tínhamos antes da internet. Já diz o dito popular que a ocasião faz o ladrão.
Um play de uma época em que era caro e complicado conseguir bons discos. Um divisor de águas na carreira de uma das bandas mais queridas da cena. Um grande disco.
Muito thrash! Muito bom.
Track List
1. "Practice What You Preach" – 4:54
2. "Perilous Nation" – 5:50
3. "Envy Life" – 4:16
4. "Time Is Coming" – 5:26
5. "Blessed in Contempt" – 4:12
6. "Greenhouse Effect" – 4:527. "Sins of Omission" – 5:00
8. "The Ballad" – 6:09
9. "Nightmare (Coming Back to You)" – 2:20
10. "Confusion Fusion" (instrumental) – 3:07
Chuck Billy (vocais)
Alex Skolnick (guitarras)
Eric Peterson (guitarras)
Greg Christian (baixo)
Louis Clemente (bateria)
Guitarras afiadas como navalhas e baterias velozes, vocais urrados e contrabaixo na cara, o thrash impede qualquer definição genérica. E, nessa cena, o Testament se destacava tanto quanto o Metallica, o Megadeth e o Slayer naqueles longínquos anos 80. Acrescente-se que surgiu em 1983, ou seja, no mesmíssimo período do Genesis da bateção de cabeça.
Chuck Billy entrou somente em 1986, substituindo Steve Souza nos vocais e já para a gravação do debut, The Legacy, que sairia no ano seguinte. Com um vocalista que parece mais um índio gigante (Chuck Billy), um grande compositor (Eric Peterson) e um dos melhores e mais técnicos guitarristas do metal (Alex Skolnick), os caras estavam muito acima da média.

Inicialmente, suas músicas traziam temáticas embasadas no ocultismo e religião (The Legacy e The New Order), mas, com o tempo, o amadurecimento trouxe os inevitáveis protestos de cunho político e social. E esse amadurecimento aparece latente no post de hoje: Practice What You Preach.
Terceiro full lenght de estúdio da banda, Practice What You Preach traz um Testament no auge do seu apuro técnico e com letras fortes. Bem produzido, foi a catapulta que lançou o grupo ao primeiro escalão do thrash metal mundial.
A faixa título abre o play com riffs diretos e guitarras bem trabalhadas, solando na medida certa e demonstrando um entrosamento sem igual para a época. Sou suspeito para falar porque, desde esse disco, Alex Skolnick passou a figurar entre meus guitarristas favoritos de todos os tempos. E ele divide muito bem os holofotes com Peterson.
Perilious Nation mostra um elemento que difere o Testament das outras bandas do estilo: baixo bem mixado e na cara, limpo, mas com muito peso. E isso é muito bom! Se compararmos (e comparações sempre são mal vistas), Araya não sabe tocar, Burton não sabia timbrar (essa vai feder). Temos, então, um elemento que os torna um destaque na cena.
Envy Life sempre me pareceu a música que inspirou o Pantera a tomar a direção que tomou a partir de Cowboys From Hell, apesar de os discos terem saído quase que simultaneamente. Time is Comming é apocalíptica, inclusive na letra.
Não vou comentar faixa por faixa, mas é interessante ver que The Ballad traz um Testament de olho na então super mainstream MTv. Com direito a clip e tudo, a música destoa do conjunto da obra. Para mim, é a pior do disco, mas foi a que estourou naquele canalzinho de televisão que era tudo o que tínhamos antes da internet. Já diz o dito popular que a ocasião faz o ladrão.
Um play de uma época em que era caro e complicado conseguir bons discos. Um divisor de águas na carreira de uma das bandas mais queridas da cena. Um grande disco.
Muito thrash! Muito bom.
Track List
1. "Practice What You Preach" – 4:54
2. "Perilous Nation" – 5:50
3. "Envy Life" – 4:16
4. "Time Is Coming" – 5:26
5. "Blessed in Contempt" – 4:12
6. "Greenhouse Effect" – 4:52
7. "Sins of Omission" – 5:00
8. "The Ballad" – 6:09
9. "Nightmare (Coming Back to You)" – 2:20
10. "Confusion Fusion" (instrumental) – 3:07
8. "The Ballad" – 6:09
9. "Nightmare (Coming Back to You)" – 2:20
10. "Confusion Fusion" (instrumental) – 3:07
Chuck Billy (vocais)
Alex Skolnick (guitarras)
Eric Peterson (guitarras)
Greg Christian (baixo)
Louis Clemente (bateria)

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