Ubi Maior começou a existir em 1999, quando amigos juntaram-se para ensaiar covers de clássicos do rock progressivo italianos dos anos 70. Aos poucos, o quinteto foi compondo material próprio e hoje seu prog sinfônico já rendeu cinco álbuns, sendo que três deles estão no Bandcamp.
Melos é uma obra de arte impressionante e único disco dos italianos da Cervello. A banda surgiu do nada, lançou um disco de qualidade estratosférica, marcou o rock progressivo italiano e depois desapareceu. Obscuro, misterioso, rico de ritmos mediterrâneos, letras sobre antigos mitos gregos e muito mais. Se existe algum comparativo com outra banda da terra da bota, indicaria este disco principalmente pra quem gosta do Palepoli da banda Osanna. Inclusive o guitarrista aqui (ainda adolescente) é Corrado Rustici, irmão mais novo de Danilo Rustici, também guitarrista, mas da Osanna. E como a formação da Osanna, Cervello consiste em saxofones, flautas, baixo, guitarra, bateria e claro, vocais. Uma grande influência que pode ser logo notada é a que Corrado Rustici tem em John McLaughlin.
Um dos mais belos discos do período clássico do progressivo italiano. Uma pena na época ter passado praticamente despercebido e com isso a banda tendo que se separar no ano seguinte ao lançamento do disco. Melos é impressionante por vários motivos, onde um dos principais deles é que no mesmo tempo que consegue ter uma aparência meio “áspera”, tem um clima pastoral. Enfim, como aconteceu com tantos outros do mesmo período, Melos se tornou um clássico injustiçado, infelizmente.
Integrantes.
Gianluigi Di Franco (Vocal Principal, Flauta, Pequena Percussão) Corrado Rustici (Guitarra, Gravador, Flauta, Vibrafone, Vocais) Giulio D'Ambrosio (Saxofone Elétrico, Flauta, Vocais) Antonio Spagnolo (Baixo, Violões de 6 e 12 Cordas, Pedais, Gravador, Vocais) Remigio Esposito (Bateria, Vibrafone)
Coelho Júnior / Resende Dias Repertório de Luísa Salgado
É do Porto esta Maria, Maria fresca e bonita Sai logo mal rompe o dia Leva no rosto a alegria, no corpo as pintas de chita
Pasa pelas fotaínhas, desce alegre a Corticeira P’ara e reza nas Alminhas Dá pão a duas velhihas e vai vender p’rá Ribeira
Maria do Porto de andar balançado Sorriso rasgado Sorriso rasgado, alegre e sadio Maria do Porto de faces trigueiras Que bem que tu cheiras Que bem que tu cheiras a mar e a rio
É do Porto esta Maria, é a Maria, talvez Em franqueza e simpatia É Maria mais Maria, nome que é bem portugês
Esta Maria tem fé no rapaz que é todo dela Mora p’rós lados da Sé E à tardinha vai até à Ribeira, ter com ela
De Levittown em Nova Iorque, esta formação de seis componentes bastante jovens surge fazendo rock progressivo com alguns toques de jazz, embora incorporando uma voz feminina em determinados momentos que elevam muito a qualidade das suas canções. Muito boas composições carregadas com um bom ritmo e incluindo no álbum algumas músicas de longa duração; por outro lado não partilho do gosto por esta capa feia. O único álbum lançado durante a curta duração da banda que ainda por cima teve o azar de seu empresário os abandonar e sumir com o dinheiro do grupo.
LYNE BUNN - vocal, percussão RICHARD BELSKY - guitarra elétrica JIM MONAHAN - guitarra e voz PAUL VENIER - teclado e voz TOM RUBINO - baixo JOHN FRAGOS - bateria *
Uma das minhas bandas preferidas, gravado ao vivo no Beacon Theater, New York - 26 de agosto de 1992, na turnê do The Southern Harmony And Musical Companion pelos USA, Rock N' Roll de primeira. Os Corvos embora muitas vezes comparados aos Stones e Faces, conseguiram imprimir sua própria identidade, fazendo um som setentista mas sem parecer datado, nesse bootleg tem uma combinação de canções dos dois primeiros discos, que são uma pedrada na orelha. "No Speak No Slave" é um bom começo, rápida, guitarreira como as canções do Crowes; "Sting Me" riff dançante do Rich Robinson, mais os vocais femininos; "Twice Is Hard" mais cadenciada, as duas guitarras duelando, belo solo de Marc Ford. "Thick N' Thin" rock básico, curto e agitado; "Sister Luck" é uma baladona, clássico, com belos solos de guitarras; "Black Moon Creeping" outra balada com Ford arrassando no solo. "Hotel Illness" rock marcado pelo slide de Rich; "Hard To Handle" rock n' roll puro, balanço irresistível, a banda toda botando pra quebrar, outro belo solo de Ford; "Stare It Cold" novamenta a banda coloca pra dançar, rock clássico, solo arrasador. "She Talks To Angels" uma linda balada com violões e Chris Robinson cantando muito; "Remedy" clássicaço, riff matador, a banda toda em destaque, vocais femininos e um solo de Marc Ford muito bom; "Jealous Again" fecha o show lá em cima, piano martelando o ritmo, guitarras stoneanas, rock na veia.
Álbum de 1998, produzido pelo próprio King, com canções antigas e novas todas escritas por ele, gravado direto sem overdubs. Foi gravado em 4 dias em um estúdio isolado na Louisiana, não há duetos, sem convidados especiais, apenas o rei e sua banda, tocando suas músicas e tem como resultado um disco de blues espetacular. Começa com "Blues Boys Tune", uma faixa instrumental que é puro feeling; "Bad Case Of Love" é animada, swinguada, sexo puro; "I'll Survive" é um blues arrastado, romântico, com um solo de piano sublime. "Mean Ole' World" é para sair dançando, rodopiando no salão com sua gata, metais e guitarra num namoro quente; "Blues Man" um blues lento e como diz o título é o próprio B.B. King, solo magnífico; "Broken Promisse" pontuada pelo teclado e a guitarra de King, dois solos de guitarra. "Darlin' What Happened" outro blues lento, novamente o piano se destaca, conduzindo a canção e um solo de guitarra no final; "Shake It Up And Go" é para tocar ao vivo com todos batendo palmas e dançando; "Blues We Like" outra instrumental, guitarra levando o ritmo e solo, batida suave com os metais. "Good Man Gone Bad" o piano leva a música com direito a um solo, a guitarra fica nos licks e um solo quase no final; "If I Lost You" outra romântica com um belo solo de King; "Tell Me Baby" um pouco mais agitada, guitarra e teclados dando o tom e solos. "I Got Some Outside Help I Don't Need" no mesmo clima das demais, batida suave; "Blues In G" ótimo balanço, guitarra e piano de novo solando; "If That Ain't It I Quit" padrão B.B. King, a banda levando a canção e os licks de B.B., instrumental. E assim termina esse espetacular disco, dançando ou se amando para no final relaxar extasiado. Disco essencial, blues na veia.