domingo, 5 de outubro de 2025

Amon Düül -1972 - Disaster — Lüüd Noma

 

O AMON DÜÜL era um grande coletivo musical que teve uma aparição espetacular em um programa de TV em 1968. Antes de lançarem seu primeiro álbum, eles se separaram, e metade deles formou o AMON DÜÜL II.

Os outros mantiveram o nome AMON DÜÜL e, em 1969, lançaram o primeiro álbum de Krautrock, "Psychedelic Underground". Foi muito mal produzido e a música consistia em longas improvisações, mas depois desse álbum nenhuma outra banda precisou ter complexo de inferioridade. Seu segundo álbum oficial, "Paradieswärts Düül" (1970), é muito melhor produzido e tem um toque folk. Os álbuns "Collapsing - Singvögel Rückwärts", "Disaster" e "Experimente" são da mesma sessão de "Psychedelic Underground" e são de natureza semelhante; foram lançados após a separação da banda.


01. Drum Things (Erschlagzeugtes) (9:13)
02. Asynchron (Verjault Und Zugeredet) (7:37)
03. Sim Sim Sim (Zerbeatelt) (1:01)
04. Quebrado (Ofensivitääten) (7:26)
05. Somnium (Trauma) (9:30)
06. Frequência (Entzwei) (9:54)
07. Autonomes (Entdrei) (5:38)
08. Chaoticolour (Entsext) (7:43)
09. Expressionidiom (Kapuntterbunt) (1:49)
10. Altitude (Quäär Feld Aus) (1:02)
11. Impropulsão (Noch'n Lied) (6:14)
Тотаl tempo: 68:01

Formação / Músicos

- Rayner Bauer / guitarra elétrica de 12 cordas, vocais
- Ulrich (Uli) Leopold / baixos elétricos e acústicos
- Wolfgang Krischke / bateria, piano
- Angelika Filanda / bateria, vocais
- Helge Filanda / congas, efeitos sonoros, vocais
- Uschi Obermaier / maracas
- Ella Bauer / chocalho, percussão, vocais




Human Beinz - 1968 - Evolutions

 

 Mais conhecidos por seu sucesso "Nobody But Me", de dezembro de 1967, o Human Beinz também gravou algumas das melhores músicas psicodélicas americanas da década de 1960, muitas das quais aparecem neste clássico de 1968. Também estão incluídas aqui notas históricas e ambos os lados de seu raríssimo álbum final, exclusivo para o Japão, 45, tornando este pacote essencial para os amantes de garage rock e psicodelia.
Este CD teria que estar na minha lista de ilhas desertas. A música de sete minutos "April 15th" é uma das melhores músicas psicodélicas de guitarra fuzz já gravadas.








sábado, 4 de outubro de 2025

Velvet Rush - Trail Of Gold (2025) Alemanha

 

"Trail Of Gold" é o álbum de estreia da banda alemã de Hard Rock Velvet Rush, de Hamburgo. Lançado em 2025, este disco é um manifesto de puro rock 'n' roll que procura reviver o espírito enérgico e soulful dos anos 70, injetando-lhe uma produção cristalina e moderna. Não é apenas um álbum de estreia, é uma declaração de intenções.

O Poder Vocal de Sandra Lian

O centro de gravidade de Velvet Rush é a vocalista Sandra Lian. A sua voz é o grande trunfo da banda: poderosa, volumosa, com uma profundidade bluesy e uma atitude rock que cativa desde a primeira nota. Lian tem a capacidade de soar rebelde e sofisticada ao mesmo tempo, elevando o material da banda para além de uma simples homenagem ao Classic Rock.

Hard Rock com Glam e Soul

O som de Trail Of Gold é uma fusão eletrizante. A banda não se limita ao Hard Rock tradicional; ela mistura-o com o apelo dançável do Glam e uma boa dose de Soul e Blues que dão às músicas uma textura orgânica e sensual.

Pistas de Abertura: Faixas como "Heart Of Stone" e "Give Me Your Lovin'" apresentam a energia de alta octanagem da banda. A secção rítmica é apertada e o trabalho de guitarra de Dennis Henning é cheio de riffs groovy e solos melódicos.

Hinos e Groove: O single e faixa-título "Trail Of Gold" e "Shake That Thing" são exemplos perfeitos do que a banda faz de melhor: hinos de rock que te obrigam a abanar a cabeça (e o resto do corpo). A banda cria um groove contagiante que é difícil de resistir.

A Tapete Orange-Blazed: O álbum evoca a imagem de uma banda setentista redescoberta, graças à produção polida, mas quente, de Eike Freese (conhecido por trabalhar com bandas como Deep Purple e Simple Minds). Faixas como "Orange Blazed Carpet" encapsulam perfeitamente essa estética de Rock Clássico rootsy.

Veredicto

"Trail Of Gold" não é apenas um excelente álbum de estreia, é um dos lançamentos de Hard Rock mais revigorantes e obrigatórios de 2025. Velvet Rush demonstra maturidade na composição, musicalidade impecável e, o mais importante, uma paixão inesgotável pelo Rock 'n' Roll.

Se gosta de bandas que combinam a atitude do Hard Rock com ganchos vocais inesquecíveis, este álbum é um tesouro a ser descoberto. É puro rock que te fará sorrir.

Nota: 9/10

Qual é o seu elemento favorito numa banda de Hard Rock: o vocal, o riff de guitarra, ou o ritmo?


Temas:

01. Intro
02. Heart Of Stone
03. Give Me Your Lovin’
04. Shake That Thing
05. Trail Of Gold
06. Thrilled By Rock ‘n’ Roll
07. You Can’t Take Away My Love
08. Orange Blazed Carpet
09. Red Moon
10. Find What You Would Die For
11. Live Wild And Free
12. Universe

Banda:

Sandra Lian: Vocals
Dennis Henning: Guitar
Tim Black: Bass
Tom Zeschke: Drums









Dirkschneider & The Old Gang - Babylon (2025) Alemanha

 

Babylon é o álbum de estreia de Dirkschneider & The Old Gang (DATOG), um supergrupo alemão que nasceu originalmente como um projeto de caridade e que rapidamente se transformou numa banda completa. O grupo é liderado pela lenda do Heavy Metal, Udo Dirkschneider (Accept, U.D.O.), e inclui outros veteranos de renome, nomeadamente Peter Baltes (baixo), Stefan Kaufmann (guitarra) e o seu filho, Sven Dirkschneider (bateria). A surpresa e o grande trunfo da banda é a adição da vocalista Manuela "Ella" Bibert.

O álbum, lançado em 3 de outubro de 2025, é uma poderosa demonstração de Heavy Metal tradicional e melódico, carregado de riffs thunderous e uma produção moderna e robusta.

Uma Nova Dinâmica Vocal

O aspeto mais distintivo de Babylon é o seu conceito vocal único de três vozes. Enquanto Udo Dirkschneider mantém a sua inconfundível e estrondosa voz — a personificação do metal alemão para muitos — a presença de Ella Bibert e de Peter Baltes (baixo/vocal) adiciona uma nova dimensão.

O Contraste que Funciona: Ella Bibert traz uma voz limpa, poderosa e agradável que contrasta lindamente com o timbre áspero e vulcânico de Udo. Essa dualidade é explorada de forma brilhante em faixas como "Time To Listen" e na poderosa balada "Blindfold", onde Ella assume o domínio vocal, com Udo a aparecer apenas em backing vocals (o que, segundo os críticos, mostra a sabedoria do "Velho Lobo" em partilhar o palco).

O Fogo de Accept

Para os fãs de Accept, o som é imediatamente familiar e satisfatório. O álbum capta o fogo e o brilho dos dias de glória do Accept, mas com uma identidade renovada. Isto não é surpreendente, dado que a formação inclui grande parte da espinha dorsal dessa era.

Hinos de Metal Clássico: Faixas como "Babylon" (a faixa-título) e "Hellbreaker" são puras injeções de adrenalina, com riffs fortes e uma estrutura hínica que pede para ser cantada em estádios.

Potência e Experiência: A experiência da banda é palpável. O álbum oferece 12 faixas de Metal easy listening, direto e eficaz, que garante um sorriso no rosto. A seção rítmica é sólida, e o trabalho de guitarras, entregue por Kaufmann e Mathias "Don" Dieth, mantém os padrões de excelência do German Metal.

Destaques do Álbum 

"Babylon": Um hino épico que demonstra a mestria da banda em criar Heavy Metal tradicional.

"Blindfold": Uma balada emocional e surpreendente, onde o destaque total vai para a voz de Ella Bibert, um dos pontos altos de todo o disco.

"Batter The Power": Um retorno ao Traditional Heavy Metal de Udo, uma faixa que fará os fãs de Accept sentirem-se em casa.

"Beyond The End Of Time": Uma conclusão mais longa e ambiciosa que amarra as pontas soltas do álbum com mestria.

Veredicto

"Babylon" é muito mais do que uma mera curiosidade ou um projeto de veteranos. É um álbum fantástico que exala a alegria e a energia da sua criação colaborativa. A fusão das décadas de experiência com a juventude e o toque fresco de Manuela Bibert resultou num disco de Heavy Metal melódico, coeso e extremamente divertido.

É um registo que prova que estes "Deuses Anciões do Metal" têm ainda muito para dar.

Nota: 8.5/10

Se tivesse de escolher, prefere os temas mais diretos ao estilo Udo/Accept (como "Batter The Power") ou as faixas que exploram mais a dinâmica vocal com Ella Bibert (como "Blindfold")?


Temas:

01. It Takes Two to Tango 04:41
02. Babylon 06:10
03. Hellbreaker 05:07
04. Time to Listen 03:43
05. Strangers in Paradise 04:46
06. Dead Man’s Hand 04:06
07. The Law of a Madman 04:21
08. Metal Sons 04:50
09. Propaganda 04:49
10. Blindfold 05:28
11. Better Than Power 05:22
12. Beyond the End of Time 07:52

Banda:

Udo Dirkschneider – lead vocals
Peter Baltes – bass guitar, lead and backing vocals
Manuela “Ella” Bibert – lead and backing vocals, keyboards
Stefan Kaufmann – guitars and backing vocals
Mathias “Don” Dieth – guitars and backing vocals
Sven Dirkschneider – drums and backing vocals


Michael Schenker Group - Don’t Sell Your Soul (2025) Alemanha

 

Don’t Sell Your Soul é o mais recente álbum de estúdio do Michael Schenker Group (MSG) e representa a segunda parte de uma trilogia de álbuns inspirada que se iniciou com o tributo de 2024, My Years With UFO. O álbum, lançado a 3 de outubro de 2025, solidifica a posição de Schenker como um dos guitarristas mais influentes e duradouros do Hard Rock e Heavy Metal.

O Poder da Nova Voz

O elemento central deste álbum, a par dos riffs e solos de Michael Schenker, é a presença do vocalista sueco Erik Grönwall (ex-H.E.A.T., ex-Skid Row). Grönwall, considerado por muitos uma das melhores vozes de rock da sua geração, assume a maioria dos temas e empresta à MSG uma potência e um alcance vocal que se encaixa perfeitamente na estrutura clássica da banda. O seu desempenho é, sem dúvida, um dos pontos altos do álbum.

A formação principal é completada por aliados de longa data de Schenker: Bodo Schopf (bateria), Barend Courbois (baixo) e Steve Mann (guitarra e teclados). O álbum também conta com aparições vocais de convidados de peso, como Robin McAuley, Michael Voss (que também co-produz o álbum) e Dimitri “Lia” Liapakis.

Clássico, Mas com Fogo Renovado

Don’t Sell Your Soul oferece aos fãs exatamente o que esperam do MSG: Hard Rock melódico e musculado, com Schenker a "deixar rasgar" na guitarra em praticamente todas as faixas. Embora as novas composições inevitavelmente convidem comparações com o material clássico de UFO, a coleção de 11 faixas consegue manter uma identidade forte e atemporal.

A Guitarra de Assinatura: Schenker demonstra a sua mestria lendária. Os seus solos são tipicamente curtos, mas incrivelmente precisos e on point, provando que a sua criatividade e distinção nos riffs não diminuíram com a idade. O álbum é um veículo para a alta arte da guitarra de Schenker.

A Tradição do Rock: Muitos temas remetem para os melhores dias de MSG e de bandas como Rainbow (era Dio/Bonnet). A escrita musical é focada nas canções em primeiro lugar, em vez de serem meras montras para o virtuosismo de Schenker.

Destaques das Faixas

"Don't Sell Your Soul": A faixa-título é um rocker poderoso, cheio de energia, que irrompe das colunas com um riff Schenkeriano tipicamente propulsivo. A sua sabedoria lírica pode ser simples ("Don’t sell your soul… can’t have it all"), mas a melodia é instantaneamente cativante.

"Eye Of The Storm": Apresenta uma bateria forte e um ritmo que lembra temas antigos de MSG. É uma faixa complexa, mas fácil de ouvir, com Grönwall a mostrar uma excelente amplitude vocal.

"I Can't Stand Waiting": Um pop-rocker infecioso e forte que faria sucesso nos programas de música rock dos anos 80, levantado pelo seu solo de guitarra e melodia memorável.

"Sixstring Shotgun": Um destaque, com os vocais poderosos de Robin McAuley (ex-McAuley Schenker Group). É uma faixa melodicamente forte, que utiliza contrastes rítmicos para construir um coro imponente.

"Surrender": Uma das faixas finais, apresenta um ritmo de bateria em double bass que remete para algo mais agressivo, como Motörhead, embora com uma abordagem vocal mais contida e um groove Hard Rock que fecha o disco em alta.

Veredicto

"Don’t Sell Your Soul" é um álbum sólido e coeso de Hard Rock, cheio de ideias boas e executado com perícia de primeira classe. Michael Schenker e a sua Group demonstram que, mesmo após décadas de carreira, ainda conseguem produzir material relevante e envolvente. A adição de Erik Grönwall é um upgrade inegável, injetando nova vida e poder à sonoridade clássica do MSG. É um álbum atemporal, no melhor sentido, que irá satisfazer tanto os fãs die-hard como os ouvintes que procuram Hard Rock melódico e bem escrito.

Nota: 8.0/10

Com este álbum a ser a segunda parte de uma trilogia, que era mais do seu agrado: o tributo My Years With UFO de 2024, ou estas novas composições em Don't Sell Your Soul?


01. Don't Sell Your Soul 05:04
02. Danger Zone 03:39
03. Eye Of The Strom 03:57
04. Janey The Fox 03:13
05. I Can't Stand Waiting 03:44
06. Sign Of The Times 03:59
07. The Chosen 03:58
08. It's You 04:18
09. Sixstring Shotgun 04:36
10. Flesh And Bone 03:21
11. Surrender 03:29

Banda:

Michael Schenker - Guitars
Bodo Schop - Drums
Barend Courbois - Bass
Steve Mann - Guitar, Keyboards
Erik Gronwall - Vocals
Robin McAuley - Vocals
Michael Voss - Vocals
Roberto Dimitri "Lia" Liapakis - Vocals



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