sábado, 1 de novembro de 2025

GEORDIE - HOPE YOU LIKE IT (1973)


Hope You Like It é o álbum de estreia da banda britânica Geordie. O lançamento oficial aconteceu em 02 de maio de 1973 através do selo EMIA produção ficou a cargo de Ellis Elias e Roberto Danova.



Brian Johnson nasceu em 5 de outubro de 1947, em Dunston, então em County Durham, na Inglaterra. Ele é o mais velho de quatro irmãos. Seu pai inglês, Alan, era um mineiro de carvão e sargento-mor da Infantaria Ligeira de Durham do exército britânico e que faleceu em 1996. Sua mãe italiana, Esther (nascida De Luca), era de Rocca di Papa.


Quando jovem, Johnson se apresentou em vários shows com os escoteiros, apareceu em uma peça que foi ao ar na televisão e se juntou ao coral de uma igreja local. Ele também serviu no Exército Territorial Inglês, no Regimento de Pára-quedas, na Alemanha, por dois anos.


Brian Johnson

A primeira banda de Johnson foi o Gobi Desert Canoe Club. Ele também estave em uma banda chamada Fresh. A partir de 1970, Johnson tocou com a banda de cabaré, ou de clube noturno, chamada Jasper Hart Band, cujas apresentações contavam com canções do musical Hair, bem como músicas de soft rock e de pop da época. Ele e outros membros da banda formariam o Geordie.


A formação original do Geordie (de fevereiro de 1972), na cidade inglesa de Newcastle, incluía: Vic Malcolm (guitarra solo), Tom Hill (baixo), Brian Gibson (bateria) e Brian Johnson (vocal principal).


O primeiro single, "Don't Do That", entrou no Top 40 da parada britânica desta natureza em dezembro de 1972. Em março de 1973, a Geordie lançou seu primeiro álbum, Hope You Like It, pelo selo EMI.


Vic Malcolm

Hope You Like It foi lançado em 1973, tendo sido gravado entre os anos de 1972 e 1973, com produção de Ellis Elias e Roberto Danova. O selo responsável foi o EMI.


KEEP ON ROCKIN’


Um Hard Rock bem potente abre o disco, contando com um riff pesado e vocais agressivos de Johnson.


A letra fala sobre uma banda de Rock:


Then you get the singer

Who's attached to the mic stand

The bass player and the drummer

Are the backbone of the band


GIVE YOU TILL MONDAY


Esta canção segue a linha do que bandas como Slade e Sweet, por exemplo, faziam na mesma época.


A letra deixa subentendido um final de relacionamento:


Ooh, but I'll give you till Monday

Yes,  I'll give you till Monday

Give  you till Monday

Now I'll be moving on

Down  the road


HOPE YOU LIKE IT


A faixa-título é um tanto quanto mais cadenciada e possui um excelente refrão.


A letra é em tom de flerte:


Why don't you love me

Why  don't you hold me

Why don't you kiss me goodnight


DON’T DO THAT


Uma canção excelente, com um toque rockabilly especial.


A letra é simples:


Ah-ah, my, my, what you tryin' to do?

Ah-ah, my, my, what you tryin' to do? yeah

Don't do that, don't do that, don't do that

Don't do that, don't do that, don't do that

Well, don't do that


Foi lançada como single e atingiu a 32a posição da principal parada britânica desta natureza.



ALL BECAUSE YOU


Uma sonoridade típica do Glam Rock setentista, com ótimo trabalho da guitarra de Vic Malcolm.


A letra dá créditos a uma dama:


It's all because of you, baby

All because of you, woman

All because of you, baby

All because of you, yeah


É outro single do disco que atingiu a 6a colocação da principal parada do Reino Unido de singles.



OLD TIME ROCKER


Faixa que traz um Blues Rock bem azeitado, com a pegada dos anos 1950s.


As letras fazem uso de metalinguagem:


Well, I'm an old time rocker

Sitting here singing the blues

I'm an old time rocker

And I ain't got nothing to lose

No, I ain't got nothing to lose


Brian Gibson


OH LORD


Uma canção mais intimista e mais suave, contando com vocais de Brian Johnson bem marcantes.


A letra é uma prece:


Hope I'm not askin' too much of You

Don't like really askin', but what else can I do

Oh, here I go again, I'm cryin'

The pen that I'm writin' this with is dyin'

Paper in this book sure took some buyin', Lord


NATURAL BORN LOSER


Um rock mais padrão, contando com um riff certeiro.


A letra fala sobre um perdedor:


Well I go out walking and it starts to rain

I get back home and it's sunny again

Ah, sun and night never seems bright

But in my mind it's cloudy

Guess I'm a natural born loser, eveybody

A natural born loser, alright


STRANGE MAN


Música com uma pegada mais country rock, se bem que bastante acelerado.


PS: não encontrei as letras.


AIN’T JUST LIKE A WOMAN


É outra música com uma pegada bem rockabilly e alta rotação.


A letra é divertida:


I read about a thing in the paper today

I read about a thing in the paper today (alright)

A man shot a women now, now he's in prison

A man shot a women now, now he's in prison


GEORDIE’S LOST HIS LIGGIE


Uma canção tradicional em roupagem rock.


A letra é divertida:


Well, he lost it down the netty

He lost it down the netty

He lost it down the netty

Along the Scotswood Road


Considerações Finais


Tentando competir com grupos de glam rock britânicos como Slade e Sweet (o Geordie apoiou o primeiro grupo em uma turnê pelo Reino Unido, bem como o último em um show no Rainbow Club, em Londres em março de 1973), eles alcançaram o status de Top 10 Da parada de singles britânica com "All Because of You" (abril de 1973).


Eles também tiveram várias aparições na BBC Television, incluindo uma aparição no famoso programa Top of the Pops em novembro de 1972.


Dave Thompson, do AllMusic, dá uma nota 4 (em 5) ao álbum referendando o trabalho: “(...)"Don't Do That" e "All Because of You" têm pouco em comum com o som glam então predominante, mas ainda assim seu ethos de hard rock batendo sem esforço no clima do dia, retratam o Geordie como os roqueiros descarados que até mesmo os adolescentes poderiam desfrutar. (Nazareth deu um golpe semelhante na mesma época.)”.


O disco sucessor, Don't Be Fooled by the Name, sairia em 1974.




Formação:

Brian Johnson- Vocal

Vic Malcolm - Guitarra

Tom Hill - Baixo

Brian Gibson - Bateria


Faixas:

01. Keep on Rockin' (Malcolm) - 3:19

02. Give You Till Monday (Malcolm) - 3:57

03. Hope You Like It (Malcolm) - 3:39

04. Don't Do That (Malcolm) - 3:11

05. All Because of You (Malcolm) - 2:49

06. Old Time Rocker (Malcolm) - 3.21

07. Oh Lord (Malcolm) - 5:08

08. Natural Born Loser (Malcolm) - 4:13

09. Strange Man (Malcolm) - 3:30

10. Ain't It Just Like a Woman (Malcolm) - 3:55

11. Geordie's Lost His Liggie (tradicional, arr. Geordie) – 3:36


Opinião do Blog:

Hope You Like It é uma espécie de pérola perdida do Rock dos anos 1970.


Influenciados por bandas como o Slade, o Geordie aposta mesmo numa sonoridade Glam Rock, com toques generosos de Hard Rock, pitadas de Blues Rock e generosas canções que remetem ao saboroso Rockabilly.


As guitarras de Vic Malcolm são realmente fortes e inspiradas, sendo o principal compositor da banda. Mas não há como não descartar o brilho de um Brian Johnson ainda iniciante, mas com vocais que já se mostravam poderosos.


Clássicos como “Don't Do That” e “All Because of You” são praticamente indiscutíveis. Mas minha preferida continua sendo a excelente “Give You Till Monday”.


Em suma, Hope You Like It é um ótimo disco de uma banda pouco comentada e que só não permaneceu atualmente no limbo por conta do sucesso posterior de Brian Johnson no AC/DC. Extremamente recomendado.


Lavô Tá Novo (Warner, 1995), Raimundos

 


Em 1995, os Raimundos retornaram aos holofotes com Lavô Tá Novo, um álbum que de consolidar a sonoridade única da banda, também a projetou para um patamar ainda mais alto no rock brasileiro. Se o primeiro disco foi um choque de irreverência e peso, este segundo trabalho veio para mostrar que a identidade musical do grupo podia evoluir sem perder a essência debochada e visceral que os tornara conhecidos. 

A produção, assinada por Mark Dearnley — veterano que já havia trabalhado com AC/DC e Black Sabbath —, deu ao som dos Raimundos uma robustez maior, sem engessar a espontaneidade da banda brasiliense. A mistura de punk, hardcore e elementos do forró, já marca registrada do grupo no álbum de estreia, ganhou aqui uma lapidação que ampliou seu alcance. O disco transita entre faixas explosivas e outras que trazem nuances rítmicas e dinâmicas mais elaboradas, mas sempre carregadas de energia e atrevimento.  

Desde os primeiros acordes de Lavô Tá Novo, percebe-se que os Raimundos estavam em um novo estágio de maturidade musical. O peso das guitarras distorcidas de Digão e a cozinha frenética de Canisso (1965-2023) e Fred formam a espinha dorsal do álbum, enquanto Rodolfo assume o protagonismo com vocais cuspidos como metralhadora — alternando entre sarcasmo e agressividade pura. 

As influências do punk rock californiano, especialmente de bandas como NOFX e Dead Kennedys, se fazem ainda mais presentes, sem ofuscar, porém, a identidade nordestina da banda. O "forró-core", que marcou o disco de estreia, se refina aqui, criando um híbrido ainda mais envolvente. A coesão entre peso, velocidade e groove resulta em um som que captura tanto o espírito rebelde do punk quanto a cadência e a irreverência da cultura nordestina. 

Raimundos em ação: sarcasmo e agressividade pura.

O álbum abre com “Tora Tora”, faixa que traz um riff pesado de guitarras e mostra os Raimundos flertando com o heavy metal. A letra mistura sexo, violência, drogas e cultura nordestina, com linguagem explícita, agressiva e um tom de provocação anárquica. 

Eu Quero Ver O Oco” mantém a sonoridade pesada e agressiva da faixa de abertura e serve de pano de fundo para Rodolfo cantar sobre um jovem que capota o carro que ganhou da mãe. Os versos combinam humor, violência e exageros. 

Os Raimundos aceleram o ritmo em “Opa! Peraí Caceta”, um misto de ska e punk rock. A faixa é pesada, veloz e conta com um naipe de metais característico do ska. A faixa seguinte, “O Pão da Minha Prima”, é uma releitura de um forró gravado por Zenilton nos anos 1980, que ganhou uma versão roqueira e escrachada com os Raimundos. 

“Pitando no Kombão” é um punk rock acelerado que retrata uma suruba caótica promovida por um grupo de amigos dentro de uma Kombi, com garotas, bebidas e drogas. “Bestinha” descreve, com humor e irreverência, um encontro casual e prazeroso do eu lírico com uma garota muito jovem e de apetite sexual intenso. 

Com humor ácido, “Esporrei na Manivela” mistura embolada nordestina, punk rock e hardcore, relatando a história de um sujeito que, após um ato obsceno no transporte, mergulha em situações absurdas e constrangedoras, entre escracho e sátira. A faixa conta com a participação especial de Zenilton, tanto nos vocais de apoio quanto na sanfona. 

“Tá Querendo Desquitar (Ela Tá Dando)” é mais uma releitura dos Raimundos para um antigo sucesso de Zenilton. A versão da banda une a levada rítmica do xaxado ao peso das guitarras do rock. Os versos retratam a frustração de Seu Vavá com sua esposa, Ambrosina, que passa boa parte do tempo na janela de casa, prestando atenção na vida dos outros. A repetição de “tá dando” reforça a insatisfação do marido e insinua, com ironia, um suposto caso extraconjugal da esposa. 

Inspiração para os Raimundos: o veterano Zenilton faz participação especial
em algumas faixas do álbum Lavô Tá Novo.

O hardcore “Sereia da Pedreira” fala sobre um desejo sexual obsessivo de um indivíduo por uma garota, descrita por ele como uma “sereia” devido à sua rara beleza e poder de sedução. 

Com uma letra bem-humorada e nonsense, a faixa “I Saw You Saying (That You Say That You Saw)” narra um encontro surreal do protagonista da canção com Madonna, no qual há uma barreira linguística. O refrão repetitivo e frases como "I feel good because you put your butt on me" (que conta com a participação de Gabriel Thomaz, então vocalista do Little Quail and The Mad Birds e futuro Autoramas) reforçam um clima irreverente e absurdo, misturando inglês e português de forma divertida. 

Cabeça de Bode” retrata a fome e a resistência nordestina, usando a culinária como metáfora para adversidades. A faixa começa com a velocidade do hardcore, depois diminui o ritmo para um rock que se funde com o canto falado do rap, em um trecho onde os Raimundos contam com a participação especial do rapper X. Na reta final, os Raimundos retomam o hardcore. 

O álbum chega ao fim com o punk rock veloz “Herbocinético”, que aborda críticas sociais, escolhas de vida e o uso da maconha como uma válvula de escape diante das pressões da vida adulta que o jovem eu lírico começa a encarar. 

Rodolfo, Canisso, Digão e Fred: formação clássica dos Raimundos. 

Impulsionado pela popularidade das faixas “Esporrei Na Manivela”, “Pitando No Kombão”, “O Pão da Minha Prima” e “I Saw You Saying (That You Say That You Saw)”, o álbum Lavô Tá Novo alcançou a marca de 400 mil cópias vendidas. O sucesso comercial do disco ajudou a levar o hardcore ao grande público. A atitude desbocada e provocativa da banda dialogava com uma geração que buscava expressão na anarquia sonora dos Raimundos. 

O prestígio conquistado pelo quarteto levou os Raimundos a serem convidados para diversos festivais, como Monsters of Rock e Hollywood Rock, onde tocaram ao lado de bandas lendárias como Motörhead e Iron Maiden. 

Para o álbum seguinte, Lapadas do Povo (1997), os Raimundos trocaram o humor escrachado e o punk rock misturado com sonoridade nordestina por temas mais sérios e adotaram um som ainda mais pesado, acentuando os elementos de heavy metal alternativo que já estavam presentes em Lavô Tá NovoLapadas do Povo agradou à crítica, mas não conquistou o público, vendendo cerca de 200 mil cópias—bem abaixo dos sucessos anteriores. 

A alternativa que os Raimundos encontraram foi retomar a fórmula que os consagrou no álbum seguinte, Só No Forévis (1999), trazendo de volta o humor pornográfico, o punk rock ramônico e o forró irreverente. O disco foi um enorme sucesso, tornando-se o mais vendido da carreira da banda, com até 1,8 milhão de cópias. Além disso, rendeu aos Raimundos diversos prêmios, incluindo troféus no MTV Video Music Brasil, entre eles “Escolha da Audiência” e “Melhor Videoclipe de Rock”.

 

Faixas

  1. “Tora Tora” (Canisso / Rodolfo / Digão)
  2. “Eu Quero Ver o Oco” (Canisso / Rodolfo / Digão)
  3. “Opa! Peraí, Caceta” (Canisso / Rodolfo / Digão)
  4. “O Pão da Minha Prima” (Tio Jovem / Zenilton)
  5. “Pitando no Kombão” (Canisso / Digão / Rodolfo)
  6. “Bestinha” (Digão / Rodolfo)
  7. “Esporrei na Manivela” (Domínio público / Digão / Guilherme Bonolo / Paulinho Mattos / Rodolfo / Fred)
  8. “Tá Querendo Desquitar (Ela Tá Dando)” (Guriata do Coqueiro / Zeniton)
  9. “Sereia da Pedreira” (Rodolfo)
  10. “I Saw You Saying (That You Say That You Saw)” (Rodolfo / Gabriel Thomáz)
  11. “Cabeça de Bode” (Digão / Rodolfo)
  12. “Herbocinética” (Rodolfo)

 

Raimundos:

Rodolfo - vocal principal e de fundo, guitarra e percussão em "Tá Querendo Desquitar"

Digão - guitarra solo e base, percussão em "Tá Querendo Desquitar", vocal de apoio (exceto em "Bestinha" e "Herbocinética") , co-vocal em "I Saw You Saying"

Canisso - baixo, vocal de apoio em "Eu Quero Ver o Oco"

Fred - bateria


Ouça na íntegra o álbum Lavô Tá Novo.

“Eu Quero Ver o Oco” (videoclipe oficial)

“I Saw You Saying" (videoclipe oficial)

“Esporrei na Manivela”  (videoclipe oficial)


SCOTT JOPLIN

 


Scott Joplin nascido em Texarkana, uma cidade localizada no estado norte-americano do Texas, no Condado de Bowie, no dia 24 de novembro de 1868 foi um compositor e pianista americano. 
Além de ser considerado o ''pai do jazz'', Scott é também uma das figuras mais importantes no desenvolvimento do ragtime clássico, com a possibilidade de admitir composições extensas, como óperas e sinfonias.

Nascido na primeira geração pós-escravidão, filho de pais pobres trabalhadores ferroviários, que chegaram a ser mendigos, seu pai Giles Joplin, ex-escravo da Carolina do Norte, tocava violino e sua mãe Florence Givens, uma mulher afro-americana de Kentucky, tocava banjo e cantava, quando criança, Scott Joplin ficou fascinado pelo piano e onde existisse um na vizinhança, lá ia estava ele. 

Scott foi o segundo de seis filhos (os outros eram Monroe, Robert, William, Myrtle e Ossie).

Sua mãe dava todo apoio que podia, entretanto, seu pai queria que o menino perseguisse empregos práticos que complementassem a renda familiar, essa desavença fez com que o casal se separasse, no início da década de 1880, sua mãe teve de se empregar em casas de família, pedia licença pra que o menino estudasse no piano da patroa, Scott foi abençoado com uma incrível capacidade de improvisar ao piano.
Julius Weiss

O jovem Scott era sério e ambicioso, estudando música e tocando piano após a escola.

Foi nesses momentos que conheceu de Julius Weiss, um professor de música de origem alemã que imigrou para o Texas no final da década de 1860 e foi empregado como professor de música para uma família de negócios, e impressionado pelo talento de Joplin, ofereceu aulas de piano e harmonia, gratuitamente.

Weiss ajudou Joplin a apreciar a música como "arte e entretenimento" e ajudou sua mãe a adquirir um piano usado.

Aos 16 anos, Joplin tocou em um quarteto vocal com três outros meninos em Texarkana, tocando piano. Além disso, ele ensinou violão e bandolim.

No final da década de 1880, ainda adolescente, deixou seu trabalho na ferrovia e viajou pelo sul americano como um músico itinerante, onde tocou em bares para ter o que comer.

Por volta dos 20 anos, tornou-se pianista, viajando pelo centro-oeste americano.

Joplin mudou-se para Sedalia no Missouri em 1894 e ganhou a vida como professor de piano. Lá ensinou os futuros compositores do ragtime Arthur Marshall, Scott Hayden e Brun Campbell. Em 1895 publicou sua primeira composição: "Please Say You Will".

Marshall - Hayden - Campbell

Em 1.899, a publicação de "Maple Leaf Rag" lhe trouxe fama, sendo a mais influente peça de sua obra, que também trouxe um rendimento constante para a vida, tornou-se a primeira peça instrumental a vender mais de um milhão de cópias de partituras, embora a música de Joplin fosse muito popular, ele recebeu royalties modestos durante toda a sua vida e não era considerado um compositor sério. 

O contrato estipulava que Scott receberia 1% sobre as vendas das partituras, cujo valor mínimo de vendas seria 25 centavos de dólar. Nesse mesmo ano, casa-se com Belle, a cunhada de Scott Hayden.

Em 1901, Joplin mudou-se para St. Louis, onde continuou a compor e publicar música. 

Ali, eles tiveram uma filha que morreu apenas alguns meses após o nascimento. 

O relacionamento de Joplin com sua esposa era difícil, pois não tinha interesse na música. Eles finalmente se separaram e se divorciaram.

Foi em St. Louis que Joplin produziu algumas de suas obras mais conhecidas, incluindo "The Entertainer", "March Majestic", e "The Ragtime Dance".

A partitura de sua primeira ópera A Guest of Honor foi confiscada em 1903, para pagamento de dívidas, juntamente com todos os pertences do compositor, e acabou por se perder.

Em junho de 1904, Joplin casou-se com Freddie Alexander de Little Rock, Arkansas, a jovem a quem dedicou "The Chrysanthemum". 

Ela morreu em 10 de setembro de 1904, de complicações resultantes de um resfriado, dez semanas após o casamento. 

O primeiro trabalho de Joplin com direitos autorais após a morte de Freddie, "Bethena", foi descrito por um biógrafo como "... uma peça encantadora e linda que está entre as melhores valsas do ragtime".

Em 1907 mudou-se para a cidade de Nova York, onde tentou encontrar um produtor para uma nova ópera, Treemonisha, que não foi bem recebida, esta peça é a mais antiga ópera conhecida, composta por um afro-americano.

Treemonisha tem como cenário uma antiga comunidade de escravos em uma floresta isolada perto da cidade de Texarkana, em setembro de 1884. 

O enredo se concentra em uma mulher de 18 anos, Treemonisha, que é ensinada a ler por uma mulher branca e, em seguida, lidera sua comunidade contra a influência de conjuradores que se alimentam de ignorância e superstição. A comunidade percebe o valor da educação e a responsabilidade de sua ignorância antes de escolher ela como professora e líder.

Joplin escreveu o libreto e a música da ópera, que segue em grande parte a forma de ópera europeia com muitas árias, conjuntos e coros convencionais.

Antigo Bellevue Hospital
Após contrair sífilis, Joplin ficou emocionalmente abalado e mentalmente afetado pela doença. Assim, passou seus últimos anos, especialmente a partir de 1915, em lenta deterioração física, sofrendo de um início de demência.

O músico finalmente sucumbiu à doença em 1º de abril de 1917, aos 48 anos, seis semanas após ter sido internado no Bellevue Hospital, em Manhattan.

Após sua morte em 1917, o ragtime perdeu espaço como formato de música popular, dando espaço a outros estilos.

Dorsey - Morton - Robinson
Mesmo assim, artistas como Tommy Dorsey em 1936, Jelly Roll Morton em 1939 e J. Russell Robinson, em 1947, lançaram gravações das composições de Joplin. Sendo "Maple Leaf Rag" a música encontrada mais frequentemente em registros de 78 rpm.

Durante sua breve carreira, escreveu 44 peças, foi considerado o "Rei do Ragtime". 

O ragtime foi, juntamente com o blues, uma das principais influências na fase inicial do desenvolvimento do jazz.

Joplin foi capaz de ampliar os seus talentos com a música que ouvia ao seu redor, misturando a música clássica tradicional com a música gospel afro-americana, bem como as músicas de plantação (cantos de trabalho dos negros das plantações de algodão, que são consideradas como a origem do blues), ritmos sincopados, blues e coros. Inventou, assim, uma nova maneira de compor.

Rifkin
Em Novembro de 1970, Joshua Rifkin, lança o álbum Scott Joplin Piano Rag que vendeu mais de um milhão de cópias, sendo o responsável por seu ressurgimento.

O músico escreveu: "Uma sensação penetrante de lirismo infunde seu trabalho, e mesmo em seu espírito mais elevado, ele não pode reprimir um toque de melancolia ou adversidade... Ele tinha pouco em comum com o jejum e uma escola chamativa de ragtime que cresceu após ele".

Em 1972, seu trabalho foi republicado e aclamado, tanto pelo público como pela comunidade acadêmica. 

Hill
Ainda neste ano a ópera Treemonisha foi finalmente produzida na íntegra.

Em 1973, o produtor George Roy Hill entrou em contato com Schuller e Rifkin separadamente, pedindo a cada um que escrevesse a partitura para um projeto no qual estava trabalhando: The Sting (Golpe de Mestre). 

Ambos os homens recusaram o pedido devido a compromissos anteriores. 

Hill contatou então Marvin Hamlisch que estava disponível, o músico adaptou a música "The Entertainer" de Joplin para o filme, e com esta música ganhou o Oscar de 1974.
Hamlisch
Essa versão alcançou o número 3 na Billboard Hot 100. Graças ao filme, o trabalho de Joplin tornou-se apreciado no mundo da música popular e clássica, tornando-se o "fenômeno clássico da década".
O filme

O selo

Em 1976, Joplin é agraciado postumamente com o Prêmio Pulitzer de Música, por sua contribuição à música.

Em 1977, a Motown Productions produz o filme Scott Joplin, que conta a história do músico.



Em 1983, o Serviço Postal dos Estados Unidos cria um selo em homenagem ao músico.


Em 1989, o nome de Joplin recebe uma estrela na St. Louis Walk of Fame.


Piano Rag - ouça












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