A maravilhosa estreia de Eluvium, de Portland, também conhecido como o músico Matthew Cooper. Lambent Material apresentou ao mundo (ou a quem quer que estivesse ouvindo) as abstrações belíssimas, granuladas e orgânicas de Eluvium, originadas na guitarra, e, junto com The Pearl , me apresentou ao mundo da música ambiente. Sempre me lembrará de quando dirigia com alguns amigos pelos subúrbios às 3 da manhã para buscar um pacote de maconha que eu tinha deixado ao lado da minha cama; antes de decidirmos fazer a viagem, ligamos para a informação e perguntamos por "Towson, MD, traficante de maconha", depois desligamos e rimos histericamente por uns 20 minutos. Bons tempos.
Definido pela NME Magazine como o disco "onde a história realmente começa", o trabalho apresenta Bowie afastando-se da ambientação predominantemente acústica do álbum anterior, adotando uma abordagem mais próxima do glam rock que o consagrou -- por diversos momentos flertando com elementos do rock progressivo e do heavy metal. As letras em geral tratam de temas obscuros, como a loucura, a violência, a condição humana ou a relação com entidades sobrenaturais. Mick Ronson dá vida às guitarras enquanto o baixo, bastante alto na mixagem, é creditado ao produtor do disco, Tony Visconti.
A faixa "All The Madmen", cuja letra remete ao delírio e à insanidade, foi lançada como single nos Estados Unidos em 1970 e na Europa somente em 1973, bem como "The Width Of A Circle", um épico de oito minutos descrevendo uma relação sexual com uma entidade. Ambas falharam em atingir as paradas musicais, porém. Percebendo o pouco potencial comercial das canções de The Man Who Sold The World, Bowie entrou em estúdio após o lançamento do álbum para gravar "Holy Holy", lançada como single em 1971 trazendo "Black Country Rock" no lado B, mas que também fracassou.
A faixa-título de The Man Who Sold The World havia sido lançada como lado B de um single americano de "Space Oddity" (do álbum anterior) em 1973, mas foi responsável por apresentar David Bowie a um novo público em 1994, quando o Nirvana exibiu uma versão da canção em seu MTV Unplugged -- a música apareceu com uma maior frequência no repertório do músico inglês desde então.
A tradicional imagem de Bowie em um vestido de mulher foi utilizada como capa apenas na versão britânica do álbum, lançada em abril de 1971. A tiragem original de The Man Who Sold The World, nos Estados Unidos, exibia o desenho de um caubói feito por Michael J. Weller, amigo de Bowie, em estilo pop art. Foi somente depois que, descontente, o músico solicitou uma capa alternativa para o disco à Philips Records, que viria a recrutar Keith MacMillan para fotografar Bowie deitado em uma espreguiçadeira com vestido azul e creme -- uma indicação precoce de seu interesse em explorar sua aparência andrógina. A capa da edição britânica se tornou a oficial do álbum a partir de 1990.
The Man Who Sold The World foi bastante elogiado pela crítica na ocasião de seu lançamento, mas atingiu apenas o #105 nas paradas dos Estados Unidos e o #24 no Reino Unido.
Há 48 anos, em 4 de novembro de 1977, os Ramones lançavam Rocket To Russia, terceiro álbum de estúdio da banda americana.
O verão de 1977 foi conhecido como o auge do gênero punk rock, já que muitas bandas punk receberam ofertas de contratos de gravação. A gravação do terceiro disco dos Ramones começou em agosto daquele ano, e a banda tinha um orçamento consideravelmente maior em relação ao seu debute, Ramones (1976), com o selo Sire permitindo-lhes entre US$ 25.000 e US$ 30.000. A produção ficou a cargo de Tony Bongiovi e T. Erdelyi.
O estilo musical do álbum, por sua vez, mostrou mais influência do surf rock, e muitas músicas tiveram estrutura mínima, enquanto o tema das músicas variou ao longo da obra, embora quase todas as faixas incorporassem humor às letras. A arte da capa do álbum foi dirigida por John Gillespie. As canções "Sheena Is A Punk Rocker" (disponibilizada em maio daquele ano, no ápice do movimento punk), "Rockaway Beach" e "Do You Wanna Dance?" foram escolhidos como singles.
Rocket To Russia foi lançado pela Sire Records em novembro de 1977 e recebeu críticas positivas, com muitos críticos apreciando a produção amadurecida e a qualidade do som em comparação aos trabalhos antecessores da banda. Porém, o álbum não teve tanto sucesso comercial quanto a banda esperava, alcançando a posição de #49 na Billboard 200, nos Estados Unidos -- os membros dos Ramones culparam os Sex Pistols pela falta de vendas, dizendo que eles mudaram a imagem do punk para pior. Rocket To Russia foi o último álbum a ser gravado com todos os quatro membros originais como artistas creditados, já que o baterista Tommy Ramone deixou a banda em 1978 para trabalhar apenas na produção.
Após o lançamento de O Papa É Pop (1990), os Engenheiros do Hawaii mudaram de patamar dentro do quadro da música brasileira e do rock nacional, tornando-se a maior banda de rock do país em eleição feita pela revista Bizz com o público. Além disso, foram os maiores vendedores de disco do rock nacional naquele ano, conseguindo um inédito disco de platina pelas mais de 350 mil cópias vendidas no ano de lançamento. Assim, seus videoclipes estavam entre os mais executados na recém criada MTV Brasil; suas canções estavam entre as mais tocadas nas rádios; e seus shows eram feitos nas maiores casas de show de cada cidade país afora, sempre lotadas.
Partindo dessa premissa, o trio formado por Humberto Gessinger (voz, baixo e piano), Augusto Licks (guitarra e voz de apoio) e Carlos Maltz (bateria e percussão) reuniu-se no meio do ano de 1991 no estúdio Impressão Digital, no Rio de Janeiro, para gravar o sucessor do êxito do ano anterior. marca um a obra maior equilíbrio no uso de instrumentos eletrônicos, como sintetizadores, sequenciadores e pedaleira MIDI, e, embora eles ainda apareçam, o disco é dominado pela sonoridade de power trio, com a guitarra distorcida substituindo fortemente as guitarras limpas do disco anterior. Ainda assim, as baladas deste álbum apresentam uma formação alternativa da banda -- com Humberto assumindo o piano e Augusto variando entre a guitarra e o violão.
Várias Variáveis foi lançado em novembro de 1991 pela BMG, através do selo RCA-Victor, mas não manteve a alta de vendagens do último disco, tendo ficado no patamar de vendas que o grupo obtinha antes, vendendo mais de 150 mil cópias no ano de seu lançamento. O álbum contou com o lançamento de apenas um single "Herdeiro Da Pampa Pobre" (cover do Gaúcho da Fronteira), mas com a produção de três videoclipes: o já citado single, "Piano Bar" e "Muros E Grades" -- o que denota uma mudança de estratégia de divulgação das gravadoras, com a estreia da MTV Brasil, no ano anterior.
Há 28 anos, em 4 de novembro de 1997, Shania Twain lançava Come On Over, terceiro álbum de estúdio da artista canadense.
O disco marcou o auge da carreira de Shania, consolidando-a como um fenômeno global do pop country e uma das figuras mais influentes da música nos anos 1990. Assim como em seu trabalho anterior, The Woman In Me (1995), Twain colaborou inteiramente com o produtor e então marido, Robert John "Mutt" Lange, com ambos compondo separadamente e então juntando as ideias. As canções resultantes exploram temas de romance e empoderamento feminino, abordados com humor, e contêm instrumentação country, como violões, violinos e pedal steel, além de riffs de rock e guitarras elétricas.
O álbum gerou 12 singles, incluindo três hits no top 10 da Billboard Hot 100 dos Estados Unidos: "You're Still The One", "From This Moment On" e "That Don't Impress Me Much". Foi lançado pela Mercury Records na América do Norte em 4 de novembro de 1997, com Shania lançando uma versão internacional em 16 de fevereiro de 1998, com uma produção voltada para o pop que suavizou a instrumentação country. Em seguida, Twain embarcou na turnê Come On Over, que ocorreu de maio de 1998 a dezembro de 1999.
Come On Over foi um fenômeno comercial e crítico, vendendo mais de 40 milhões de cópias no mundo e tornando-se o álbum mais vendido de uma artista feminina em todos os tempos. O disco liderou as paradas em diversos países e rendeu a Shania quatro prêmios Grammy. Seu impacto foi profundo, redefinindo os limites do country pop e abrindo caminho para artistas como Taylor Swift e Carrie Underwood, além de influenciar a fusão entre gêneros na música popular contemporânea.
O trabalho, oitavo gravado em estúdio na discografia do Bon Jovi, se caracteriza como um projeto especial ao trazer regravações acústicas de seus maiores sucessos, apresentados sob uma nova ótica sonora. Produzido por Jon Bon Jovi, Richie Sambora e Pat Leonard, This Left Feels Right foi gravado ao longo de alguns meses em 2003 e concebido em estúdios como o Avatar Studios, em Nova Iorque, onde os membros experimentaram uma abordagem mais suave e intimista, dando um toque introspectivo às canções. Embora mantenha o gênero rock, o álbum apresenta uma sonoridade mais próxima do folk rock e do pop acústico, destacando violões e arranjos mais sutis. As canções "Wanted Dead Or Alive" e "Livin' On A Prayer" foram lançadas como singles principais.
This Left Feels Right foi lançado pela Island Records e recebeu críticas mistas, com alguns críticos apreciando a tentativa de reinventar os sucessos, enquanto outros sentiram que as versões não capturavam o mesmo impacto das originais. Em termos de vendas, a coletânea teve uma performance moderada, alcançando o top 20 nas paradas de diversos países, mas sem grande impacto comercial nos Estados Unidos, considerando o histórico do Bon Jovi. O disco teve um impacto limitado nas paradas, embora tenha atraído os fãs mais dedicados da banda e influenciado a abordagem de outros artistas em revisitar seus próprios sucessos com versões acústicas e introspectivas.
Em 1974, com a popularidade altíssima, o grupo SECOS E MOLHADOS gravava o seu segundo e último álbum com a formação original. Mais elaborado e menos popular que o primeiro, como "definido" por Ney Matogrosso em declaração a Folha de São Paulo (Janeiro/2000), "Secos e Molhados II" é composto por músicas de temática social como "O Doce e o Amargo", "Preto Velho" e "Tercer Mundo". Com poucas palavras, a cabeça do grupo e compositor João Ricardo conseguia abordar temas profundos, como em "Não: Não digas nada", em "Toada & Rock & Mambo & Tango & ETC" e no único hit do disco "Flores Astrais", que são interpretadas com toda a expressividade da voz de Ney. O disco foi lançado no Programa Fantástico em agosto de 1974, e infelizmente, no mesmo ano, dois integrantes do trio que eram o "carro-chefe" do grupo saíram: Gerson Conrad e Ney Matogrosso.
Tracks:
01. Tercer Mundo
02. Flores Astrais ◇
03. Não, Não Digas Nada
04. Medo Mulato
05. Oh! Mulher Infiel
06. Vôo
07. Angústia
08. O Hierofante
09. Caixinha De Música Do João
10. O Doce E O Amargo
11. Preto Velho
12. Delírio
13. Toada & Rock & Mambo & Tango & Etc
Musicians: - João Ricardo: vocais, violão e harmônica - Ney Matogrosso: vocais - Gérson Conrad: vocais e violão - Marcelo Frias: bateria e percussão
Muitas vezes chamado de "O Emerson, Lake & Palmer" brasileiro" (devido à formação similar sem guitarra), o SOM NOSSO DE CADA DIA tem o início de sua história com o baixista Pedro Augusto Baldanza (Rio Grande do Sul, 6 de março de 1953 - São Paulo, 28 de outubro de 2019), mais conhecido como Pedrão. Por volta de 1968, 1969 se muda de Porto Alegre para São Paulo e morando em Ribeirão Pires conheceu Odair Cabeça de Poeta, criando o grupo ENIGMAS e começaram a fazer alguns bailinhos pela região do ABC Paulista, chegando até mesmo a gravar um compacto. Pouco tempo depois conheceram OS NOVOS BAIANOS virando a banda de apoio deles, durante cerca de um ano e meio. Pedro Trabalhou com Walter Franco por volta de 1972 e depois com a banda PERFUME AZUL DO SOL gravando o disco "Nascimento" em 1974. Nessa mesma época conhece Manito (teclados, violino, sopros e vocais, uma lenda no Rock Brasileiro tendo sido membro d’OS INCRÍVEIS), que lhe apresenta Pedrinho Batera (bateria, percussão e vocais). Após um período de reclusão e ensaios, estava formada a banda SOM NOSSO DE CADA DIA. Conseguiram um contrato com a gravadora Continental onde lançaram seu primeiro e clássico álbum "Snegs" em 1974. Fizeram muitos shows na época do lançamento do disco, entre 1974 e 1975, incluindo a abertura dos shows do Alice Cooper no Brasil.
Gravado em menos de uma semana, "Snegs" contém verdadeiras pérolas do Progressivo nacional, como “Sinal da Paranóia”, “O Som Nosso de Cada Dia”, “Snegs de Biuffrais”, “Massavilha” (um show de Manito nos teclados, aliás), “A Outra Face”, “Direccion de Aquarius”, sem contar o rockão “Bicho do Mato”. Manito tocou simplesmente quase todos os instrumentos, exceto bateria e baixo. Os sintetizadores, teclados e pianos que pontuam quase todas faixas são dele, além dos violinos, saxes e flautas. Mas Pedrinho também faz um ótimo trabalho compondo a cozinha rítmica e nos vocais do álbum.
O som do grupo, que lançara seu disco pela Continental, chamou a atenção dos responsáveis por trazer Alice Cooper para uma turnê de shows no Brasil. E o SOM NOSSO foi convidado para fazer a abertura para o roqueiro estadunidense em cinco apresentações no Rio de Janeiro e São Paulo. Tocaram para um público estimado em 140 mil pessoas no total e levaram a plateia à loucura. Quando Manito tocava os primeiros acordes de “Massavilha”, a massa roqueira ficava boquiaberta e alucinada com o que via e ouvia. Há quem diga que os shows do SOM NOSSO... foram até melhores que os de Alice. Mas pode ser só lenda…
Naquela época, devido ao sucesso de seus shows, a gravadora queria que a banda abrisse o seu leque sonoro e vendesse mais discos. Em 1975 a Black Music e a Disco Music começavam a se tornar mais e mais populares no Brasil e a Continental estava apostando nesse som. A banda lutou contra essa ideia, mas eles estavam sob contrato e depois de muita discussão e pressão, acabaram cedendo. Ainda em 1975 o grupo estava trabalhando em uma suíte de 20 minutos chamada “Amazônia” e muitas músicas novas (Progressivas) foram tocadas em seus shows na mesma época (como mostra o disco ao vivo "A Procura da Essência", lançado em 2004 com faixas gravadas entre 1975 e 1976). No fim, toda a discussão com a gravadora desgastou o grupo e o material Prog que vinha sendo apresentado ao vivo seria descartado, por essas e por toda a pressão pra ser um sucesso comercial fizeram Manito deixar a banda no final de 1975. "Snegs" e sua genialidade, é considerado um clássico absoluto em se tratando de Prog no Brasil.
Abrindo o disco o SOM NOSSO explora muito terreno nos seis minutos de "Sinal da Paranóia". É um Rock pesado alimentado pelo agitado órgão Hammond, guitarras acústicas estridentes e vocais de grupo espirituosos com momentos de falsete mais doce na liderança, antes que a peça não apenas se transforme em um interlúdio espacial, mas direto para um frenético thrash de violino escaldante sobre baixo ruidoso, selvagem bateria ruidosa e muito sintetizador! "Bicho do Mato" é um Pop-Rock contagiante, semelhante ao alemão BIRTH CONTROL, dominado pelo órgão Hammond, que salta junto com um vocal barulhento e um ímpeto de bater os pés com um final espacial semelhante ao de ELOY. "O som nosso de cada dia" é imprevisível e dispara em várias direções ao mesmo tempo, oferecendo tudo, desde um teclado bombástico delirante, passagens mais suaves e sonhadoras e sax flutuante tratado nos minutos finais.
A adorável e profundamente onírica "Snegs de Biufrais" abre o segundo lado com guitarras vibrantes, flauta suave e vocais de grupo delicados, mas "Massavilha" aumenta o Prog para onze com uma introdução estendida de explosões borbulhantes de Moog e espirais de sintetizador em cascata ao longo das linhas do primeiro disco solo de Rick Wakeman "The Six Wives of Henry VIII" antes de se estabelecer em uma melodia mais romântica com harmonias suaves. A melancólica e misteriosa "Direccion de Aquarius" troca os enérgicos momentos instrumentais por ambiciosas harmonias de várias partes e guitarras elétricas sombrias que retêm um tom mais sombrio e inquietação geral. "A outra face" fecha o disco e funde longos ataques de Jazz suave salpicado de Hammond passeando ala ATOMIC ROOSTER, solos de guitarra reflexivos de Blues à deriva e sax ondulante.
Em algumas partes a execução é mais emocionante e memorável, mas "Snegs" tem uma resistência melódica sem ser obviamente direcionada ao rádio, e é sobrecarregada com intermináveis sons espaciais. cor do teclado, tornando-o uma pequena obscuridade atraente, mas negligenciada, com tanto a oferecer de uma banda muito boa. Definitivamente para aqueles fãs de música Progressiva que procuram preencher sua coleção com trabalhos mais raros e subestimados que muitas vezes passam despercebidos, e a recente reedição da Moshi Moshi Produtora deste ano significa que o álbum nunca soou melhor!
RECOMENDADO!
Tracks:
1. Sinal da Paranoia (Cimara-Pedro Baldanza)
2. Bicho do Mato (Gastão Lamounier)
3. O Som Nosso de Cada Dia (Paulinho-Pedro Baldanza)
4. Snegs de Biuffrais (Paulinho-Pedrinho-Pedro Baldanza)
5. Massavilha (Paulinho-Pedro Baldanza)
6. Direccion de Aquarius (Paulinho-Pedro Baldanza)
Lançado em 1974, "Hero and Heroine" tende a ser o melhor álbum do STRAWBS, disputando provavelmente com "From the witchwood", "Ghosts" e "Bursting at the Seams". O disco mostrou a banda se afastando de suas influências Folk e avançando no Rock Progressivo. Isso, é claro, fez com que a seção rítmica de seus álbuns anteriores, Hudson-Ford, deixasse a banda porque eles não estavam muito satisfeitos com a direção que a banda estava prestes a tomar. Eles foram substituídos, por Chas Cronk e Rod Coombes.
É um álbum completo, que flui perfeitamente do começo ao fim. A abertura "Autumn" é maravilhosa, uma peça em três partes que captura o clima daquela estação em uma sucessão de atmosferas melodiosas, antes de chegar ao clímax em um refrão que desafio qualquer um a evitar cantar junto. "Shine on Silver Sun" foi um single de menor sucesso, mas ao contrário do single "Part of the Union" de "Bursting at the Seams" ficou orgulhoso como uma faixa clássica do STRAWBS. É encharcada de mellotron, com um refrão edificante, quase hinário e uma melodia forte. A faixa-título é uma mistura rápida de versos quase a cappella e uma variedade de "refrões" instrumentais. Cousins entrega aqui uma de suas performances vocais tecnicamente mais bem-sucedidas, pois ele articula as letras em um ótimo ritmo. A música é mais uma aventura da banda em territórios desconhecidos, mas funciona perfeitamente. A faixa final de duas partes, "Lay a little light on me/Hero's Theme" tem ecos de "Down by the Sea" do álbum anterior, particularmente no tilintar da guitarra, antes de terminar com uma gravação inversa de "Shine on Silver Sun". Em outro lugar, temos a poderosa "Round and Round" com sua letra perturbadora; "Passei a lâmina em meu pulso para ver como seria", e a melodiosa "Out in the Cold" completa com as letras adultas necessárias de Cousins.
Realmente não há uma faixa fraca aqui, as músicas são geralmente diretas e acessíveis, mas com uma profundidade subjacente que acredita em sua aparente simplicidade. Se você gosta da música dos STRAWBS e ainda não ouviu esta, vai se deliciar.
Faixas:
01. Autumn: Heroine's Theme, Deep Summer's Sleep, The Winter Long (8:26)
02. Sad Young Man (4:07)
03. Just Love (3:40)
04. Shine On Silver Sun (2:46)
05. Hero And Heroine (3:20)
06. Midnight Sun (3:12)
07. Out In The Cold (3:17)
08. Round And Round (4:44)
09. Lay A Little Light On Me (3:27)
10. Hero's Theme (2:27)
Músicos:
● Dave Cousins: guitarras acústicas e elétricas, banjo e vocais
● Dave Lambert: guitarras acústicas e elétricas e vocais
● John Hawken: órgão, piano, sitetizador e Mellotron
● Chas Cronk: baixo, sintetizador e vocais de apoio
● Rod Coombes: bateria, percussão e vocais de apoio
● Peter Baumann: Órgão, piano elétrico, sintetizadores Synthi A e VCS3, flauta
Gravado em novembro de 1973 no The Manor em Shipton-on-Cherwell, Inglaterra e lançado em 20 de fevereiro de 1974, "Phaedra" é o quinto álbum de estúdio da banda de Berlin Ocidental TANGERINE DREAM, e o primeiro pelo selo britânico Virgin Records. O título do álbum que significa "Fedra", foi retirado da mitologia grega. O site AllMusic descreve o álbum como "uma das obras mais importantes, magistrais e fascinantes da história da música eletrônica". "Phaedra" é o primeiro álbum onde TANGERINE DREAM começou a usar ativamente sequenciadores (sintetizadores Moog), que mais tarde se tornaram uma característica do som da escola de Música Eletrônica de Berlim - Berliner Schule (Elektronische Musik), Escola de Música Eletrônica de Berlim ou simplesmente Escola de Berlim... Essa escola é caracterizada por estilos como Ambient, New Age, e Trance. Klaus Schulze, também "estudou" nesta escola nos anos 70..., assim como KRAFTWERK,CLUSTER,NEU "frequentaram" a Escola de Música Eletrônica de Düsseldorf ou simplesmente Escola de Düsseldorf! "Phaedra" está merecidamente, incluído na lista de "1001 álbuns que você deve ouvir antes de morrer...". O álbum alcançou vendas de seis dígitos no Reino Unido, alcançando a posição 15 na UK Albums Chart em um período de 15 semanas, praticamente sem airplay, apenas pelo forte boca-a-boca. Também rendeu ao grupo um disco de ouro em sete países, embora em sua Alemanha natal tenha vendido apenas 6.000 unidades.
Faixas:
01. Phaedra (17:35)
02. Mysterious Semblance At The Strand Of Nightmares (9:43)