sexta-feira, 26 de dezembro de 2025

Tritonus - Far In The Sky (Live At Stagge's Hotel 1977) 2015 (Germany, Krautrock, Symphonic Prog)

 



- Peter Seiler - Hammond organ, Moog synthesizer, String Ensemble
- Rolf Dieter Schnapka - bass, vocals
- Arthur Weiss - drums


All tracks written by Peter Seiler and Ronald Brand except where noted.
01. Between The Universes - 10:09
02. Gliding - 14:27
03. Escape And No Way Out - 10:43
04. The Trojan Horse Race - 14:29
05. The Day Awakes (Peter Seiler) - 7:06
06. The Day Works - 6:16
07. Far In The Sky - 14:56








Klockwerk Orange - Abrakadabra 1975 (Austria, Krautrock, Symphonic Prog)

 



- Hermann Delago - guitar, organ, synthesizer, trumpet, vocals
- Markus "WAK" Weiler - organ, electric piano, harpsichord, synthesizer
- Guntram Burtscher - bass, vocals
- Wolfgang Böck - drums, tubular bells, timpani


01. DuonyunohedeprincesR (Hermann Delago) - 11:38
02. The Key (Hermann Delago/Heinrich Prokopetz) - 10:53
03. Abrakadrabra (Hermann Delago) - 21:21 including:
a). Abrakadrabra    
b). Temple Sh. Thirty Five    
c). Mercedes Benz T 146.028
Bonus (live at Stadtsaal, Innsbruck, 1975):
04. Schlüsselbein Overture (Hermann Delago) - 5:13
05. Willoughby (Hermann Delago) - 7:50
06. Vlad Zeppesch (Hermann Delago, Markus Weiler) - 10:19








Behemoth: crítica de The Satanist (2014)

 


Cinco anos passam rápido. Porém, na atual indústria musical, onde novas sensações surgem todas as semanas, é um longo período. A banda polonesa Behemoth lançou o seu último disco em 2009, o bom Evangelion. De lá para cá, muita coisa aconteceu. Em agosto de 2010 o líder, vocalista, guitarrista e principal compositor do grupo, Nergal, foi diagnosticado com leucemia. Só havia uma cura: o transplante de medula. Após alguns meses um doador foi encontrado, e Adam Darski foi submetido a uma cirurgia em janeiro de 2011. A banda, enquanto isso, ficou adequadamente em segundo plano.

Toda essa história parece ter mudado Nergal e, por consequência, o Behemoth. Após cinco longos anos de silêncio, a banda retorna com The Satanist, seu décimo disco, lançado no dia 3 de fevereiro pela Nuclear Blast na Europa e pela Metal Blade nos Estados Unidos. A banda soa diferente em seu novo  álbum. Os arranjos exagerados e a sonoridade pomposamente complexa dos trabalhos anteriores foi deixada de lado, e em seu lugar surgiu um som muito mais eficaz e letal. O death black metal barroco de outrora foi submetido a um processo de limpeza e soa menos épico, mais melódico e acessível, porém mantendo, e enfatizando, a agressidade e o peso. Na verdade, essa limpeza nos excessos deixou a música do Behemoth mais efetiva, com as canções sendo reduzidas à sua essência.

As orquestrações tão comuns nos discos recentes do grupo praticamente não existem mais. Em seu lugar temos uma banda trabalhando a partir do formato vocal,  guitarra, teclado, baixo e bateria, com inserções certeiras de alguns samplers - como o trecho declamado pelo dramaturgo polonês Witold Gombrowicz em “In the Absence ov Light”.

Com canções predominante mais diretas do que as presentes em seus últimos trabalhos e com uma produção de primeira linha, o álbum soa sombrio e amedrontador, porém sem o toque frio e impessoal que começava a dominar os últimos discos do grupo. Há essência, há alma, há feeling transbordando pelos sulcos de The Satanist, e são justamente essas qualidades subjetivas que tornam o álbum tão objetivo. A execução é exemplar, com grandes performances individuais dos músicos, que se encontram literalmente na ponta dos cascos após cinco anos sem gravar.

Com pouco mais de 44 minutos, The Satanist é um trabalho relativamente curto. Suas nove músicas formam um tracklist eficiente, com elementos que vão do death ao black sem maiores cerimônias. Com criatividade e inspiração, o Behemoth brinda os ouvintes com pequenas obras-primas como “Blow Your Trumpets Gabriel”, a sensacional “Messe Noire” (com um solo de guitarra arrebatador), “Ora Pro Nobis Lucifer”, “In the Abscence ov Light” e a exemplar faixa-título. Para quem, em pleno 2014, ainda olha para os estilos mais extremos do metal e acredita cegamente que eles não passam de uma massa sonora mal tocada e mal produzida, trata-se de um disco para esfregar na cara e mostrar como a agressividade, a fúria e o peso podem gerar  álbuns complexos e excelentes como os vindos de qualquer outro gênero da música.

The Satanist é um dos melhores discos do Behemoth. Ao despir-se dos exageros da sua fase black metal Cirque du Soleil os poloneses deram ao mundo um álbum de cair o queixo, com uma sonoridade intensa, sombria e apaixonante.

Vale cada segundo, vale cada minuto, vale cada centavo. Vale muito!

Faixas:
1 Blow Your Trumpets Gabriel
2 Furor Divinus
3 Messe Noire
4 Ora Pro Nobid Lucifer
5 Amen
6 The Satanist
7 Ben Sahar
8 In the Absence ov Light
9 O Father O Satan O Sun!




The Vintage Caravan: crítica de Voyage (2014)

 



O Vintage Caravan é um trio islandês formado por Óskar Logi (vocal e guitarra), Alex Örn (baixo) e Guojón Reynisson (bateria). Na estrada desde 2006, o grupo começou a se destacar efetivamente em 2009, porém foi apenas dois anos mais tarde que lançou o seu disco de estreia, auto-intitulado. O segundo, Voyage, saiu em 2012 somente na Islândia e em alguns países vizinhos, chamando a atenção da gigante Nuclear Blast, que contratou os garotos - sim, são todos bastante novos, entrando na casa dos vinte e poucos anos - e relançou Voyage com as mesmas músicas, porém com outra capa, para todo o mundo no início de 2014.

A música, como o nome do grupo já antecipa, é carregada de influências do hard rock clássico produzido durante a década de 1970. Porém, ao contrário das dezenas de bandas que acreditam que basta olhar para trás e requentar o que foi feito antes, o Vintage Caravan demonstra personalidade e originalidade - sim, é possível executar classic rock sendo original: basta ter talento.

Voyage é um  álbum prazeroso de ouvir, com composições de fácil assimilação, riffs ganchudos e refrãos grudentos. O timbre de voz de Óskar Logi é bastante agradável e sua guitarra dispara, além de riifs bem construídos, solos que sempre reservam boas surpresas para o ouvinte. Uma das características mais marcantes do trio é a cozinha, que se destaca desde o início. Alex Öm é um baixista inventivo, que não se prende apenas em criar os grooves para seu guitarrista voar alto, mas também se permite solar e levar o seu instrumentos pelas mais variadas direções. Já Reynisson é um baterista seguro, que mantém as coisas nos trilhos para seus companheiros de cordas romperem com tudo. A mixagem ressalta ainda mais essas qualidades, e, sabendo que o baixo é um dos grandes trunfos do grupo, coloca o instrumento bem na cara do ouvinte.

De modo geral, o que ouvimos em Voyage é um hard rock vigoroso que em algumas passagens trilha caminhos paralelos aos dos suecos do Kamchatka, temperado por momentos onde a banda se arrisca por trechos mais viajantes - como em “Winterland” e “The King’s Voyage”, por exemplo. O feeling do grupo fica evidente em “Expand Your Mind”, uma composição certeira que mais se assemelha a uma jam selvagem, e na bela “Do You Remember”, balada que gruda de imediato. Outros destaques são “Midnight Meditation” e “Craving”, mas a verdade é que todas as faixas tem as suas qualidades.

Antes que alguém diga que outras bandas já gravaram discos melhores que Voyage nessa seara do hard clássico tão em voga nos últimos anos, é preciso lembrar que o disco foi concebido em 2012, mesmo ano em que dois dos mais celebrados nomes desta cena, Rival Sons e Graveyard, lançaram trabalhos aclamados - Head Down e Lights Out, respectivamente. O delay temporal certamente conta contra o Vintage Caravan, que pode receber dos mais desavisados a pecha de banda aproveitadora de uma cena da qual está presente desde os primórdios.

Com uma música interessante e de inegável personalidade, o Vintage Caravan é um destaque óbvio quando o assunto é o revival do hard rock clássicoVoyage é um disco sólido e que demonstra a vivacidade e a inspiração deste trio islandês, que chegou literalmente chutando a porta.

Faixas:
1 Craving
2 Let Me Be
3 Do You Remember
4 Expand Your Mind
5 M.A.R.S.W.A.T.T.
6 Cocaine Sally
7 Winterland
8 Midnight Meditation
9 The King’s Voyage





Destaque

Liquid Soul - Funk & Fusion Jazz (US)

  Liquid Soul é um conjunto de fusão de jazz, hip-hop, funk e freestyle formado em 1993 em Chicago, Illinois , que ajudou a pioneirar o mov...