quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

Bandas Raras de um só Disco

 

Cervello - Melos (1973)


Melos é uma obra de arte impressionante e único disco dos italianos da Cervello. A banda surgiu do nada, lançou um disco de qualidade estratosférica, marcou o rock progressivo italiano e depois desapareceu. Obscuro, misterioso, rico de ritmos mediterrâneos, letras sobre antigos mitos gregos e muito mais. Se existe algum comparativo com outra banda da terra da bota, indicaria este disco principalmente pra quem gosta do Palepoli da banda Osanna. Inclusive o guitarrista aqui (ainda adolescente) é Corrado Rustici, irmão mais novo de Danilo Rustici, também guitarrista, mas da Osanna. E como a formação da Osanna, Cervello consiste em saxofones, flautas, baixo, guitarra, bateria e claro, vocais. Uma grande influência que pode ser logo notada é a que Corrado Rustici tem em John McLaughlin.

Um dos mais belos discos do período clássico do progressivo italiano. Uma pena na época ter passado praticamente despercebido e com isso a banda tendo que se separar no ano seguinte ao lançamento do disco. Melos é impressionante por vários motivos, onde um dos principais deles é que no mesmo tempo que consegue ter uma aparência meio “áspera”, tem um clima pastoral. Enfim, como aconteceu com tantos outros do mesmo período, Melos se tornou um clássico injustiçado, infelizmente.

Integrantes.

Gianluigi Di Franco (Vocal Principal, Flauta, Pequena Percussão)
Corrado Rustici (Guitarra, Gravador, Flauta, Vibrafone, Vocais)
Giulio D'Ambrosio (Saxofone Elétrico, Flauta, Vocais)
Antonio Spagnolo (Baixo, Violões de 6 e 12 Cordas, Pedais, Gravador, Vocais)
Remigio Esposito (Bateria, Vibrafone)

  01. Canto Del Capro (6:30)
02. Trittico (7:14)
03. Euterpe (4:27)
04. Scinsione (T.R.M) (5:39)
05. Melos (4:55)
06. Galassia (5:45)
07. Affresco (1:11)


SWORD - III (2022)

 

Para aqueles que não 'sabem', a espada larga balançando e apaixonada por heavy metal do Canadá existe desde a década de 1980. Tanto a estreia sangrenta e maravilhosa, Metalized (1986) quanto o sucessor, Sweet Dreams (1988), eram fatias excelentes de bife de metal - saboroso, cozido na perfeição e bom com batatas.
Eles se separaram em meados dos anos 90 (devido ao grunge!) e, embora tenham se reagrupado em 2011, não foi até agora que fomos abençoados com um terceiro álbum – o engenhosamente intitulado III .
E, não mudou muito. O que é uma boa coisa.
Estes músicos estavam produzindo metal de alta qualidade quando o thrash estava em ascendência... e é exatamente isso que eles estão fazendo agora. As tendências predominantes não significam nada para esses caras.
O vocalista Rick Hughes ainda tem pulmões e Sword está feliz em tocar outro conjunto de músicas de metal tradicional que dão ao homem muito espaço para exibir suas coisas adoráveis.
Deixando de lado alguns erros líricos (“Dirty Pig” pode ser um pouco esquisito), Sword soa bem fresco e ainda há uma abordagem de rua para sua marca de metal old-school. Embora III nunca vá alcançar o status de culto concedido a Metalized , não pudemos deixar de sorrir quando “Unleashing Hell” explodiu para fora dos portões e, por um curto período de tempo, tudo estava certo no mundo mais uma vez.
Não pense demais, aceite o passeio e aceite o fato de que o Sword está de volta e fazendo o que faz de melhor... tocando heavy metal!

1. Bad Blood
2. (I Am) In Kommand
3. Dirty Pig
4. Surfacing
5. Unleashing Hell
6. Spread the Pain
7. Took My Chances
8. Not Me, No Way

Mike Larock Bass
Dan Hughes Drums
Mike Plant Guitars
Rick Hughes Vocals
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STEELWINGS - STILL RISING (2022)

 

Parte da primeira onda do heavy metal sueco durante o início dos anos 80, Steelwings lançou quatro demos e um single antes de lançar seu álbum de estreia autointitulado em 1989. Em seguida, seguiu-se um hiato prolongado, apresentando-se novamente para o aniversário de 700 anos da cidade em 2007, lançando mais singles e, finalmente, um segundo álbum em 2019. Apresentando três membros fundadores nesta atual encarnação do quinteto, Still Rising é o último álbum, outro lançamento de dez faixas que continua um som de heavy metal baseado no blues, mantendo as primeiras influências do coração em todos os aspectos de tons, energia, sensação e atmosfera.
Os principais componentes presentes para Steelwings consistem em metal direto baseado em blues de uma base NWOBHM / hard rock antigo, ou seja, básico, quatro para o chão, melodias fáceis de ouvir com o suporte de coro e harmonia necessário, além de licks / riffs de guitarra que rapidamente se consolidam no teu cérebro. Judas Priest, AC/DC e Scorpions são três influências proeminentes entre as partes de guitarra de Michael Lindman e Gert-Inge Gustafsson e as inflexões vocais envolventes e pessoais de médio a alto, cortesia de Tommy Söderström. Os efeitos sonoros da NASA abrem “Rocket”, um esforço explosivo no meio do caminho que exala um ritmo de energia mais alto de Marcus Fritiofsson, bem como ganchos musicais edificantes e um refrão simplificado pronto para o público gritando para participar em uníssono com a banda. Frequentemente, as passagens da seção rítmica residem num ritmo mais lento, plataforma de groove confortável para permitir que as combinações de guitarra/vocal tenham uma melhor penetração para brilhar, tornando “Easy to Go” mais as primeiras faixas de destaque “Break of Day” do tipo Accept. O álbum termina com uma nota majestosa para “Heat of the Night” – as tensões da balada diminuindo conforme os versos começam, os vocais de fundo orientados para o 'woah' sobre uma pausa prolongada do solo, ideal para manter os pés batendo e as mãos batendo palmas .
Steelwings não será o tipo de banda que revolucionará a comunidade do metal. Eles conhecem seus pontos fortes, se apegam a eles e, como tal, têm um apelo da velha escola para Still Rising que, na melhor das hipóteses, é semelhante a um culto. Mas conhecemos muitos que ainda curtem aquele som de 1978-1983 do início do hard rock/metal, e se sim, este é para ti.

1. Hell Or High Water
2. Stand Up And Fight
3. Break Of Day
4. Hey Hey
5. Like A Shadow In The Night
6. Rocket
7. My Rock'n Roll
8. Rock On
9. Easy Go Go
10. Heat Of The Night

Peter Fredriksson Bass
Marcus Fritiofsson Drums
Gert-Inge Gustafsson Guitars
Michael Lindman Guitars
Tommy Soderstrom Vocals
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FADOS do FADO ... letras de fados ...


Não sou fadista de raça

T. Cavazini / Alfredo Duarte *fado bailarico*
Repertório de Teresa Tarouca

Não sou fadista de raça
Não nasci no Capelão 
Eu canto o fado que passa 
Nas asas da tradição

Nunca usei negra chinela / Nem vesti saia de lista
Nunca entrei numa viela / Mas tenho raça fadista 

Tirei suspiros ao vento / Olhei um pouco o passado
Busquei do mar o lamento / E fiz assim o meu fado 

É este fado famoso / Que em noites enluaradas
O Conde de Vimioso / Tangia nas guitarradas 

Era fidalgo de raça / E ficou na tradição
Cantando o fado que passa / Na Rua do Capelão



Maria do Porto

Coelho Júnior / Resende Dias
Repertório de Luísa Salgado


É do Porto esta Maria, Maria fresca e bonita
Sai logo mal rompe o dia
Leva no rosto a alegria, no corpo as pintas de chita

Pasa pelas fotaínhas, desce alegre a Corticeira
P’ara e reza nas Alminhas
Dá pão a duas velhihas e vai vender p’rá Ribeira

Maria do Porto de andar balançado
Sorriso rasgado
Sorriso rasgado, alegre e sadio
Maria do Porto de faces trigueiras
Que bem que tu cheiras
Que bem que tu cheiras a mar e a rio


É do Porto esta Maria, é a Maria, talvez
Em franqueza e simpatia
É Maria mais Maria, nome que é bem portugês

Esta Maria tem fé no rapaz que é todo dela
Mora p’rós lados da Sé
E à tardinha vai até à Ribeira, ter com ela

Quando os outros te batem

Quando os outros te batem beijo-te eu (título completo)
Pedro Homem de Mello / Armando Machado *fado aracélia*
Repertório de Amália


Se bem que não me ouviste e foste embora
E tudo em ti decerto me esqueceu
Como ontem, o meu grito diz-te agora
Quando os outros te batem, beijo-te eu

Se bem que às minhas maldições fugiste
Por te haver dado tudo o que era meu
Como ontem, o meu grito agora viste
Quando os outros te batem, beijo-te eu

Mas há-de vir o dia em que a saudade
Te lembre quem por ti já se perdeu
O fado quando é triste é que é verdade
Quando os outros te batem, beijo-te eu




DISCO PERDIDO

STARK NAKED  -  "Stark Naked"  (us 1971)
De Levittown em Nova Iorque, esta formação de seis componentes bastante jovens surge fazendo rock progressivo com alguns toques de jazz, embora incorporando uma voz feminina em determinados momentos que elevam muito a qualidade das suas canções. Muito boas composições carregadas com um bom ritmo e incluindo no álbum algumas músicas de longa duração; por outro lado não partilho do gosto por esta capa feia.
O único álbum lançado durante a curta duração da banda que ainda por cima teve o azar de seu empresário os abandonar e sumir com o dinheiro do grupo.

     LYNE BUNN - vocal, percussão RICHARD BELSKY - guitarra elétrica JIM MONAHAN - guitarra e voz
                  PAUL VENIER - teclado e voz TOM RUBINO - baixo JOHN FRAGOS - bateria *


                                                                                olhe novamente
                                                                                       * Doar

           

                                                              Iceberg
                                                                                                   * Pecados
    



The Black Crowes - Too Good To Be True (1992)


The Black Crowes - Too Good To Be True (1992)



Uma das minhas bandas preferidas, gravado ao vivo no Beacon Theater, New York - 26 de agosto de 1992, na turnê do The Southern Harmony And Musical Companion pelos USA, Rock N' Roll de primeira. Os Corvos embora muitas vezes comparados aos Stones e Faces, conseguiram imprimir sua própria identidade, fazendo um som setentista mas sem parecer datado, nesse bootleg tem uma combinação de canções dos dois primeiros discos, que são uma pedrada na orelha.
"No Speak No Slave" é um bom começo, rápida, guitarreira como as canções do Crowes"Sting Me" riff dançante do Rich Robinson, mais os vocais femininos; "Twice Is Hard" mais cadenciada, as duas guitarras duelando, belo solo de Marc Ford.
"Thick N' Thin" rock básico, curto e agitado; "Sister Luck" é uma baladona, clássico, com belos solos de guitarras; "Black Moon Creeping" outra balada com Ford arrassando no solo.
"Hotel Illness" rock marcado pelo slide de Rich; "Hard To Handle" rock n' roll puro, balanço irresistível, a banda toda botando pra quebrar, outro belo solo de Ford; "Stare It Cold" novamenta a banda coloca pra dançar, rock clássico, solo arrasador.
"She Talks To Angels" uma linda balada com violões e Chris Robinson cantando muito; "Remedy" clássicaço, riff matador, a banda toda em destaque, vocais femininos e um solo de Marc Ford muito bom; "Jealous Again" fecha o show lá em cima, piano martelando o ritmo, guitarras stoneanas, rock na veia.



B.B. King - Blues On The Bayou (1998)


B.B. King - Blues On The Bayou (1998)



Álbum de 1998, produzido pelo próprio King, com canções antigas e novas todas escritas por ele, gravado direto sem overdubs. Foi gravado em 4 dias em um estúdio isolado na Louisiana, não há duetos, sem convidados especiais, apenas o rei e sua banda, tocando suas músicas e tem como resultado um disco de blues espetacular.
Começa com "Blues Boys Tune", uma faixa instrumental que é puro feeling; "Bad Case Of Love" é animada, swinguada, sexo puro; "I'll Survive" é um blues arrastado, romântico, com um solo de piano sublime.
"Mean Ole' World" é para sair dançando, rodopiando no salão com sua gata, metais e guitarra num namoro quente; "Blues Man" um blues lento e como diz o título é o próprio B.B. King, solo magnífico; "Broken Promisse" pontuada pelo teclado e a guitarra de King, dois solos de guitarra.
"Darlin' What Happened" outro blues lento, novamente o piano se destaca, conduzindo a canção e um solo de guitarra no final; "Shake It Up And Go" é para tocar ao vivo com todos batendo palmas e dançando; "Blues We Like" outra instrumental, guitarra levando o ritmo e solo, batida suave com os metais.
"Good Man Gone Bad" o piano leva a música com direito a um solo, a guitarra fica nos licks e um solo quase no final; "If I Lost You" outra romântica com um belo solo de King"Tell Me Baby" um pouco mais agitada, guitarra e teclados dando o tom e solos.
"I Got Some Outside Help I Don't Need" no mesmo clima das demais, batida suave; "Blues In G" ótimo balanço, guitarra e piano de novo solando; "If That Ain't It I Quit" padrão B.B. King, a banda levando a canção e os licks de B.B., instrumental.
E assim termina esse espetacular disco, dançando ou se amando para no final relaxar extasiado.
Disco essencial, blues na veia.




Destaque

Antonio Pappano conducts Rachmaninoff Symphony No. 2 (2024)

  Artist :  Antonio Pappano Title Of Album :  Antonio Pappano conducts Rachmaninoff Symphony No. 2 Year Of Release : 2024 Genre : Classical ...