domingo, 7 de maio de 2023

Box Set: Aerosmith – Box of Fire [1994]


Box Set: Aerosmith – Box of Fire [1994]

Muito antes de se tornar uma piada sem graça e manjada sobre si mesmo, o Aerosmith era uma banda legal, muito bacana mesmo. Antes de porcarias descartáveis produzidas para a MTV, baladinhas vagabundas destinadas à provocar lágrimas em adolescentes norte-americanas abobalhadas e rockinhos rasteiros superproduzidos, mas feitos nas coxas, o Aerosmith foi uma puta banda de rock, sim! Entre 1973 e 1982, o quinteto formado em  1970, em Boston (EUA), pariu sete álbums de estúdio, um par de discos ao vivo, e outro par de coletâneas. É exatamente esse material que compõe Box of Fire, lançado no penúltimo mês de 1994.

Aerosmith no início dos anos 70: Joey Kramer, Tom Hamilton e Brad Whitford (acima); Joe Perry e Steven Tyler (abaixo).

Nas bolachas de estúdio, porradas do quilate de “Make It”, “Mama Kin”, “Same Old Song and Dance”, “Lord of the Thighs” (essa uma maravilha obscura, sem dúvida entre as melhores músicas do quinteto), o cover “Train Kept a-Rollin'”, “Toys in the Attic”, “Walk This Way” (que apesar de mega exposta, é dona de um puta riff), “No More No More”, “Sweet Emotion” (e seu groove safado), “Back in the Saddle”, “Rats in the Cellar”, “Draw the Line”, e mais uma cacetada de canções memoráveis.

Mesmo baladas como “Dream On” e “Kings and Queens”, por exemplo, são anos-luz melhores do que as músicas do gênero lançadas pelos caras anos depois. Até o injustiçado Rock in a Hard Place, disco que não conta com a dupla original de guitaristas do grupo, tem excelentes momentos (“Jailbait” é um bom exemplo”).

O box aberto.

Além dos álbums de estúdio, estão contidos o ótimo Live! Bootleg, que traz algumas das mais fortes composições do grupo até então, e as duas partes – em discos distintos – de Classics Live!, não tão boas quanto Live! Bootleg, mas ainda assim com boas performances. Fecham o combo de material oficial duas coletâneas: Greatest Hits, com as canções mais comerciais do período, e Gems, com músicas menos “acessíveis”, mas essenciais a ouvidos afeitos a uma bela pedrada roqueira, e uma versão de estúdio de “Chip Away the Stone”, até então disponível apenas como lado B de single. Completando o pacote, um EP contendo as raras “Rockin’ Pneumonia and the Boogie Woogie Flu”, “Subway” e “Circle Jerk” (as duas últimas instrumentais), um remix de “Sweet Emotion” e uma versão ao vivo, com orquestra, para “Dream On”.

Os álbuns contidos na caixa Box of Fire.

Tudo isso vem acomodado em uma caixa bem bacana, com um puxador em forma de palito de fósforo. Dentro, não há livreto próprio do box, mas cada CD vem em sua caixa de acrílico, acompanhado da arte original, e encartes expandidos contendo textos e fotos. Já o EP Box of Fire vem em um envelope de papelão comum, mas que não chega a comprometer a qualidade geral do material, que abrange a melhor fase de Steven Tyler (vocais/piano), Tom Hamilton (baixo), Joey Kramer (bateria), Joe Perry (guitarras/vocais) e Brad Whitford (guitarras) – os dois últimos substituídos, no álbum Rock in a Hard Place (1982) por Jimmy Crespo e Rick Dufay.

Se a ideia é ouvir música de verdade, tocada com tesão e vontade, Box of Fire é a opção ideal para se conhecer o Aerosmith. Senão, esqueça que leu essa resenha, e vá atrás de uma das milhares de coletâneas porcas que o grupo – que teima em não se retirar da cena – cuspiu nos últimos vinte e poucos anos.

Box of Fire apresenta os seguintes álbums, na íntegra:

• Aerosmith – 1973
• Get Your Wings – 1974
• Toys in the Attic – 1975
• Rocks – 1976
• Draw the Line – 1977
• Live! Bootleg (ao vivo) – 1978
• Night in the Ruts – 1979
• Greatest Hits (coletânea) – 1980
• Rock in a Hard Place – 1982
• Classics Live I (ao vivo) – 1986
• Classics Live II (ao vivo) – 1987
• Gems (coletânea) – 1988

• Box of Fire (EP) – 1994

 


Box Set: Velvet Underground – Peel Slowly And See Box Set [1995]

 



Houve um tempo em que um dólar valia um real. Em que a inflação era realmente mínima mês após mês, e não “anunciada” como mínima pelo governo, enquanto os preços sobem. Onde saía mais barato comprar um CD importado do que um nacional, mesmo pagando frete, impostos e taxa de lucro do lojista. Nessa longínqua era pré-internet, a principal fonte de informações sobre música eram as revistas mensais, no meu caso, a Rock Brigade e a Bizz (depois Showbizz). Foi nas páginas desta última que li uma resenha sobre um box set contendo todos os discos de uma banda chamada Velvet Underground, mais uma pilha de gravações até então inéditas espalhadas ao longo de cinco CDs. Após exaltar as maravilhosas qualidades do lançamento, o autor da resenha terminava o texto com uma frase mais ou menos assim: “ouvir as gravações do Velvet reunidas em um só box é como seu time ganhar o campeonato com um gol no último minuto”.
Eu já tinha o primeiro álbum (o “disco da banana”), e era grande fã daquele som esquisito e diferente, mas não conhecia muito mais do grupo além disso. Mesmo assim, empolgado com a resenha, fui em uma loja de confiança e pedi para importar a caixa, pagando uma pequena fortuna para a época (e um dos preços mais caros que já paguei por discos), coisa da qual nunca me arrependi!
A história do Velvet Underground é bem conhecida (desculpe, se você não sabe nada sobre isso, não é aqui que vou explicar em detalhes…), por isso, vamos aos cinco discos que compõem esta coleção:
Visão dos CDs presentes no box set e suas capas

O primeiro CD traz Lou Reed (vocais, guitarra), Sterling Morrison (guitarra, baixo) e John Cale (viola, baixo, vocais) gravando uma sessão de ensaios em 1965. Durante quase 80 minutos, os três interpretam “Venus In Furs”, “Heroin”, “I´m Waiting For The Man” e “All Tomorrow’s Parties”, além das nunca gravadas oficialmente “Prominent Men” e “Wrap Your Troubles In Dreams”. Todas são tocadas diversas vezes, naquele esquema “começa-erra-para-começa de novo” que todos aqueles que já tiveram uma banda sabem como acontece em um ensaio. Para os não iniciados, ouvir a mesma música vinte vezes em sequência, com alguns takes durando apenas segundos, é uma longa sessão de tortura. Para os convertidos, a chance de descobrir as origens de alguns clássicos, muitos em versões bem diferentes daquelas que seriam reveladas ao mundo. Se você não conhece a banda, não comece por este CD, mas não deixe de escutá-lo algum dia…

O segundo disco já apresenta a banda completa, com a adição da baterista Maureen “Mo” Tucker e da cantora e “performer” Nico. Apadrinhados pelo artista plástico Andy Warhol, os Velvets haviam excursionado muito como parte do espetáculo “Exploding Plastic Inevitable”, promovido por seu padrinho, e foram forçados a aceitar Nico entre eles, uma das “protegidas” de Warhol. O CD abre com a versão single de “All Tomorrow’s Parties”, o primeiro lançamento oficial da banda, datado de julho de 1966.
O primeiro disco do Velvet, único a contar com a cantora Nico

Foi neste ano que o grupo gravou seu primeiro álbum, The Velvet Undeground And Nico Produced By Andy Warhol, cujas 11 músicas estão listadas nas faixas 2 a 12 da segunda bolachinha deste box. Tivesse este disco sido lançado quando gravado, e o mundo do rock poderia ter sido diferente, visto que nada registrado anteriormente se parece com ele. Mas, devido a diversos problemas (com a gravadora, a confecção da capa, os direitos da foto da contracapa, entre outros), o álbum seria lançado apenas em 1967, quando o mundo já era outro… Assim, a estreia do Velvet vendeu pouquíssimo, mas, diz a lenda, cada pessoa que a ouviu montou uma banda logo depois.

O “disco da banana” é daqueles essenciais em qualquer coleção, um dos mais influentes da história e que parecia estar à frente do seu tempo. Se as quatro faixas cantadas por Nico (“Sunday Morning”, “Femme Fatale”, “I’ll Be Your Mirror” e “All Tomorrow’s Parties”) poderiam passar por baladinhas inofensivas – caso as letras assim o permitissem – “I’m Waiting For The Man”, “Run Run Run” e “There She Goes Again” são punks antes dos Pistols, dos Ramones, dos Stooges e do MC5. “The Black Angel’s Death Song” e “European Son” são crias da mente doentia de Reed, mas é em “Venus In Furs” e “Heroin” que a banda mostra a que veio. São duas músicas em que a viola de Cale se destaca, na primeira, narrando os “prazeres” do sadomasoquismo, e na segunda uma descida ao fundo do poço das drogas. São pouco mais de 7 minutos onde, com dois acordes, mudanças de ritmo e uma letra enaltecendo o vício em heroína (“é minha esposa, é minha vida”, canta Lou em certo ponto), os Velvets mostram uma nova forma de fazer música, que iria mudar a forma de pensar de muita gente que, anos depois, seria importante no mundo do rock.
O CD do box ainda traz uma versão ao vivo da inédita “Melody Laughter”, e duas faixas do álbum de estreia da carreira solo de Nico, “Chelsea Girls” e “It Was A Pleasure Then”, ambas com participação de Reed e Cale.

Quase ninguém entendeu toda aquela esquisitice na época e, como disse, o álbum não vendeu quase nada quando lançado. Sentindo-se “escanteada” pelos outros, Nico deixou a banda para seguir carreira solo. Com sua partida, Warhol também perdeu o interesse, e foi cada vez mais se afastando dos seus “protegidos”. Livres das influências externas, os quatro Velvets se trancaram no estúdio para gravar aquilo que realmente queriam: rock and roll alto, pesado e visceral. Daí nasceria o segundo álbum do grupo, White Light/White Heat, que compõe o terceiro CD da caixa…

Segundo lançamento do grupo

Antes de chegarmos à luz e ao calor branco, o CD nos mostra algumas demos feitas ainda em 1967, e versões ao vivo de “Guess I’m Falling In Love” e da instrumental “Booker T.”. A partir da faixa 8, ouvimos o segundo disco da banda, lançado em 1968, e que já inicia com a clássica faixa título, anos depois coverizada com maestria por David Bowie. “The Gift” tem uma proposta inusitada até mesmo para a época: enquanto o grupo executa “Booket T” em um dos canais, Cale lê um poema no outro, dando ao ouvinte a opção de ouvir cada faixa separadamente (ao alternar os canais) ou à junção das duas. Nas demais faixas, o que se ouve é um Velvet muito mais barulhento do que aquele de um ano antes, chegando ao seu ápice na faixa de encerramento, “Sister Ray”. Novamente segundo a lenda, o engenheiro de som abandonou o estúdio no meio da performance (ao vivo) da banda, gritando “me avisem quando esta loucura acabar que eu venho desligar os botões”. Criada a partir de um improviso ainda na época do E.P.I., a música foi gravada em um único take, e a intenção era que cada um dos instrumentos (duas guitarras, órgão e bateria) soasse mais alto que os outros. Passar incólume por sua audição é assinar atestado de “falta de emocionalidade”, e se você não sentir ao menos raiva durante os 17 minutos e meio de “loucura organizada” promovida pelo grupo, pode largar o rock and roll e ir ouvir pagode…

O CD termina com três faixas gravadas em 1968, lançadas nas compilações VU (1985) e Another View (1986), das quais se destaca aquela que talvez seja a primeira das músicas da série “Says’ de Reed: “Stephanie Says”. Faz falta “Sweet Sister Ray”, espécie de “intro” para “Sister Ray” quando esta era executada ao vivo e que, sozinha, podia chegar a 40 minutos(!).
Após o lançamento de White Light/White Heat (que também não teve sucesso nas vendas), John Cale, desiludido com a partida de sua amada Nico e com o crescente domínio exercido por Reed, pediu as contas e também saiu em carreira solo. A banda, abalada, chamou Doug Yule e seguiu em frente para gravar seu terceiro LP, intitulado apenas The Velvet Underground.
A estreia de Doug Yule

O quarto disco desta caixa abre com uma versão ao vivo de “What Goes On”, para logo em seguida mergulhar no terceiro e mais intimista álbum da banda. Se White Light era o ápice do volume e da distorção, The Velvet Underground seguia o caminho contrário, com músicas calmas e “limpas”. “Candy Says”, “Pale Blue Eyes”, “Jesus”, “I’m Set Free” e “After Hours” (cantada por Mo) mostram um lado do Velvet até então desconhecido: calmo, leve, e muito belo. Traços do que a banda havia sido aparecem aqui e ali em “What Goes On”, “Some Kinda Love” e “Beginning To See The Light”, mas, no geral, este é um disco contido. Uma banda mais calma e sóbria que a anterior, mas nem por isso menos qualificada.

O CD termina com cinco músicas tiradas da coletânea VU e mais duas inéditas, as interessantes “It´s Just Too Much” (ao vivo) e “Countess From Hong Kong”, esta em versão demo.
The Velvet Underground, o disco, mais uma vez não vendeu quase nada, e a banda foi dispensada da gravadora MGM, indo parar na Cotillion, uma subsidiária da poderosa Atlantic. Maureen, grávida de seu primeiro filho, não pode participar das sessões de gravação do quarto álbum, sendo substituída temporariamente pelo baterista Billy Yule, irmão do baixista Doug.
O último disco com Lou Reed

Seja pela presença de Billy (um baterista muito mais “convencional” em relação ao estilo totalmente pessoal adotado por Mo), seja por influência da gravadora, o certo é que Loaded é um álbum muito diferente dos anteriores. Lou afirma que “apesar de ter o nome da banda nele, Loaded não é um disco do Velvet Underground” e Maureen diz que “só tem dois Velvets ali – Lou e Sterling -, então não é um disco do Velvet”. O disco é imperdível, no mesmo nível do primeiro, apesar de soar totalmente diferente.

Se “Who Loves The Sun” é a melhor música que Lennon e McCartney se esqueceram de compor, “Sweet Jane” e “Rock And Roll” são clássicos do rock do mesmo nível de “Starway To Heaven” e “Smoke On The Water” (ou deveriam ser). Se “New Age”, “I Found A Reason” e (principalmente) “Oh! Sweet Nuthin’” são tristes baladas, “Cool It Down”, “Head Held High”, “Train Round The Bend” e “Lonesome Cowboy Bill” são rocks da melhor estirpe, compondo um dos melhores discos já lançados no mundo do rock.
Lou Reed abandonaria a banda ainda antes do lançamento, e o quinto CD do box é completado com músicas que depois apareceriam na carreira solo do vocalista, como “Satellite Of Love”, “Sad Song”, “Ocean” (com a participação de John Cale na viola e órgão, em sua única gravação com a banda após sair dela) e “Oh Gin”. Com o background dos Velvets, estas versões iniciais soam mais “cruas” e “viscerais” do que as bem acabadas e bem arranjadas versões lançadas por Reed anos depois, tendo as letras modificadas e os arranjos ainda em fase de experimentação.
Ainda temos “Some Kinda Love” e “I’ll Be Your Mirror” gravadas ao vivo no Max’s Kansas City, sendo que a segunda faz parte do “bootleg oficial” Live At Max’s Kansas City, lançado em 1972, quando a banda já não mais existia!
O ao vivo Live At Max’s Kansas City

Com a saída de Reed, Yule decidiu seguir com a banda, tendo a participação dos músicos Walter Powers no baixo e Willie Alexander nas guitarras e vocais. Mas, com as partidas de Sterling Morrison e Maureen Tucker, acabou ficando sozinho para gravar o derradeiro Squeeze (1973) (com participação de Ian Paice, do Deep Purple, na bateria), o qual não faz parte deste box set.

O famigerado e esquecido Squeeze
Peel Slowly And See ainda tem um belo livreto com a história da banda e muitas fotos, diversas delas inéditas até então.
Box, livreto e CDs
O Velvet Underground original se reuniria em 1993 para uma única excursão, da qual sairia o ao vivo Live MCMXCIII e o vídeo Velvet Redux: Live MCMXCIII. Mas, novamente, o choque entre os egos de Reed e Cale impediu o prosseguimento das atividades do grupo, algo que, com a morte de Sterling em 1995, se tornou definitivamente inviável.
As duas versões de Live MCMXCIII

Também não estão na caixa várias faixas e takes que depois apareceriam em Fully Loaded Edition (1997), edição dupla com o quarto álbum mais diversos outtakes, bem como as faixas ao vivo de Live 1969 (1974) e do citado Live At Max’s Kansas City. Algumas faixas das coletâneas VU e Another View, compostas de sobras de estúdio e versões demo, também não estão presentes, acabando um pouco com aquela versão de “tudo já lançado” da resenha da Bizz. Mas isso não importa muito, afinal, ouvir esta caixa não é como “seu time ganhar o campeonato com um gol no último minuto”. É como “seu time ganhar o campeonato com um gol no último minuto da prorrogação, de mão e em impedimento”. Insuperável!

As coletâneas VU e Another View e o segundo volume do ao vivo Live 1969 

Para terminar, “descasque lentamente e veja” a banana da capa. Surgirá uma banana rosa por trás, parecida com aquela revelada ao descascarmos a capa do primeiro disco da banda, conforme a concepção original de Andy Warhol.

O que há sob a banana?

Track List:

Disco Um
1. “Venus in Furs” (demo)
2. “Prominent Men” (demo)
3. “Heroin” (demo)
4. “I’m Waiting for the Man” (demo)
5. “Wrap Your Troubles in Dreams” (demo)
6. “All Tomorrow’s Parties” (demo)
Disco Dois
1. “All Tomorrow’s Parties” (single version)
2. “Sunday Morning”
3. “I’m Waiting for the Man”
4. “Femme Fatale”
5. “Venus in Furs”
6. “Run Run Run”
7. “All Tomorrow’s Parties”
8. “Heroin”
9. “There She Goes Again”
10. “I’ll Be Your Mirror”
11. “The Black Angel’s Death Song”
12. “European Son”
13. “Melody Laughter” (live edit)
14. “It Was a Pleasure Then”
15. “Chelsea Girls”
Disco Três
1. “There Is No Reason” (demo)
2. “Sheltered Life” (demo)
3. “It’s All Right (the Way That You Live)” (demo)
4. “I’m Not Too Sorry (Now That You’re Gone)” (demo)
5. “Here She Comes Now” (demo)
6. “Guess I’m Falling in Love” (live)
7. “Booker T.” (live)
8. “White Light/White Heat”
9. “The Gift”
10. “Lady Godiva’s Operation”
11. “Here She Comes Now”
12. “I Heard Her Call My Name”
13. “Sister Ray”
14. “Stephanie Says”
15. “Temptation Inside Your Heart”
16. “Hey Mr. Rain” (version one)
Disco Quatro
1. “What Goes On” (live)
2. “Candy Says” (closet mix)
3. “What Goes On” (closet mix)
4. “Some Kinda Love” (closet mix)
5. “Pale Blue Eyes” (closet mix)
6. “Jesus” (closet mix)
7. “Beginning to See the Light” (closet mix)
8. “I’m Set Free” (closet mix)
9. “That’s the Story of My Life” (closet mix)
10. “The Murder Mystery” (closet mix)
11. “After Hours” (closet mix)
12. “Foggy Notion”
13. “I Can’t Stand It”
14. “I’m Sticking with You”
15. “One of These Days”
16. “Lisa Says”
17. “It’s Just Too Much” (live)
18. “Countess from Hong Kong” (demo)
Disco Cinco
1. “Who Loves the Sun”
2. “Sweet Jane” (full-length version)
3. “Rock & Roll”
4. “Cool It Down”
5. “New Age” (long version)
6. “Head Held High”
7. “Lonesome Cowboy Bill”
8. “I Found a Reason”
9. “Train Round the Bend”
10. “Oh! Sweet Nuthin'”
11. “Satellite of Love”
12. “Walk and Talk”
13. “Oh Gin”
14. “Sad Song”
15. “Ocean”
16. “Ride into the Sun”
17. “Some Kinda Love” (live)
18. “I’ll Be Your Mirror” (live)
19. “I Love You”



50 anos de “Vol. 4”: Um disco perfeito do Black Sabbath

 Chegou a hora de falarmos sobre a banda mais pesada da década de 70, aquela que teve uma carreira fantástica e acabou entrando para o panteão do Rock N’ Roll! O Black Sabbath registrou trabalhos praticamente perfeitos naquele período e hoje vamos falar sobre um dos melhores deles, o grande “Vol.4”!

Até então a banda havia lançado 3 discos, sendo o último deles, “Master Of Reality” que é um trabalho que definiu de vez quais o os rumos que o Black Sabbath seguiria, e em 1972 a banda se encontrava disfrutando do auge criativo e tinha tudo para emplacar outro grande trabalho. E embalados pelo auge do abuso em drogas, a banda deu tudo de si e compôs músicas pesadas (em sua maior parte) que legitimariam a banda como uma entidade do Rock e Heavy Metal e foi isso o que aconteceu em “Vol.4”!

Falando um pouco sobre as músicas, o disco é dividido em 10 faixas numa ordem perfeita, e eu já destaco a faixa de abertura “Wheels Of Confusion/ The Straightener” uma switch fantástica, grandiosa com diversas passagens instrumentais, o trabalho de bateria de Bill Ward aqui é de dar inveja e a perfomance vocal de Ozzy está incrível! Também temos como destaque uma das maiores baladas da história da música, “Changes”, composta por Tony Iommi e Geezer Butler ela supreende a todos já que a banda não havia composto uma música assim antes e foi um grande acerto muito por conta também a grande interpretação de Osbourne.

Aquela sequência com “Supernaut”, “Snowblind” e “Cornucopia” é maravilhosa, pesada, muito bem ordenada e da um ritmo intenso e da o selo definitivo de obra de arte para “Vol. 4”. Assim como o disco abre com uma switch, ele também termina, como podemos ver em “Under The Sun/ Every Day Comes and Goes”, um encerramento épico, obscuro e apoteótico. Dando uma verdadeira aula de composição e riffs por parte de Tony Iommi.

Na minha opinião, o disco “Vol.4” é um trabalho perfeito do Black Sabbath. Ele revela o auge do amadurecimento de músicos que definiram uma sonoridade em sua plenitude com um vocalista super emblemático e uma coleção de músicas que entraram para a história da arte! O Rock deve muito ao Black Sabbath então é bom aproveitar e ouvir mais uma vez esse que é umas das melhores obras já feitas!




40 anos de “Barão Vermelho”: A estreia do Barão Vermelho

 Fazia tempo que a gente não falava sobre Rock Brasil aqui no Entre Acordes! O Barão Vermelho é uma das principais bandas desse movimento e hoje é uma data bastante especial que marca os 40 anos do disco de estreia deles! Que tal batermos um papo sobre isso e analisar um pouco mais essa entidade brasileira!

Fundada no Rio de Janeiro em 1981, a banda surgiu após Guto Goffi e Maurício Barros terem assistido um show do Queen no Morumbi, aquele clássico que a gente conhece. Depois disso, a banda decidiu que o nome seria o codinome de um aviador alemão, Barão Vermelho e ta aí um nome super diferente e marcante!

E passado certo tempo, a banda ainda procurava por um vocalista quando através de contatos, eles encontraram Leo Jaime porém eles chegaram a conclusão que seu timbre de voz era muito suave para a proposta da banda. Leo mais tarde acabou indicando Cazuza para fechar o time de músicos. E sabemos que isso deu muito certo. Após chamar a atenção da gravadora Som Livre, a banda lançou seu disco de estreia “Barão Vermelho”, um trabalho com muita personalidade e qualidade!

A sonoridade do disco é marjoritariamente Rock N’ Roll, com uma consciência pop interessante e uma inocência bem característica de algumas bandas brasileiras daquela época. Todas as faixas fazem um sentido juntas e mostram uma consistência entre as composições. Apesar de não conter um hit gigante, ele apresenta “Down Em Mim” que fez relativo sucesso assim como “Todo O Amor que Houver Nessa Vida”!

A banda evoluiu muito depois do lançamento do homônimo disco de estreia, muitos trabalhos fantásticos foram feitos, principalmente quando se fala em Cazuza que foi um dos maiores gênios da história da música brasileira! Fica como homenagem e grande recomendação a estreia do Barão Vermelho!




Destaque

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