quinta-feira, 7 de setembro de 2023

Blackfeather - At The Mountains Of Madness (1971)

 



 "Normalmente quando o assunto é hard rock australiano, a primeira banda lembrada é o AC/DC, pois devido ao sucesso mundial que eles alcançaram, sempre é a primeira referência quando o tema é o rock feito na terra dos cangurus. Caso os debatedores sejam mais aficionados e com um conhecimento mais abrangente do universo rockeiro, serão citados os grupos Rose Tattoo, Buffalo, Master’s Apprentices, Angels e muito provavelmente o Blackfeather. Todos esses grupos, com a exceção lógica do AC/DC, alcançaram um sucesso local, porém não ultrapassaram as fronteiras australianas. O Blackfeather chegou até a colocar algumas músicas nas paradas de sucessos australianos e contou com a presença do vocalista Bon Scott , tocando timbales e tamborim, em uma das faixas neste seu primeiro álbum. O grupo foi formado em Sydney no ano de 1970 pelo vocalista Neale Johns e logo se tornou extremamente popular na cena local, principalmente por suas apresentações ao vivo. No entanto não é a presença do carismático vocalista do AC/DC que faz esse disco ser altamente recomendado e sim o seu conteúdo musical que é um extraordinário e inventivo hard rock progressivo. A primeira faixa, que dá nome ao disco, inicia calmamente com um poema recitado sobre uma base de guitarra dedilhada e se torna um empolgante hard rock, com a guitarra solando o tempo inteiro, vocal arrasador e uma bateria e baixo galopante. Apesar disso o grupo não era somente o guitarrista, e o vocalista Neale Johns também mostra todo o seu talento na faixa seguinte, On This Day That I Die. Nesta música a sequência inicial é brilhante e segue com solos e bases de guitarras melodiosas e uma marcação segura na parte rítmica. Nesta faixa o grande destaque é o trabalho vocal Seasons of Change é uma peça progressiva e tem novamente um inesquecível desempenho do vocalista, criati vos arranjos de cordas e ainda traz a participação de Bon Scott . Mangos Theme é indescritível, oito minutos e oito segundos de uma beleza ímpar. Um brilhante tema com sonoridade árabe na melodia, um belo arranjo para violinos e cordas sobre uma percussão hipnótica, solos de guitarra psicodélicos e uma sequência final simplesmente grandiosa. O tema que vem em seguida não deixa nada a dever ao anterior, se chama Long Legged Lovely. O começo é um poderoso riff valorizado pela interpretação de Neale Johns. Para completar o trabalho, temos a suíte The Rat com 14 minutos de duração e dividida em cinco partes com sequências disti ntas e complexas. O desempenho dos músicos nesta última faixa se mantem no padrão das músicas anteriores, ou seja, excelente. Este é um disco fundamental para apreciadores do hard rock setentista. Muito raro em vinil, foi relançado anos atrás em versão digital em edições limitadas e que fizeram a alegria dos fãs do gênero."

Fonte: Rock Raro - O Maravilhoso e deconhecido mundo do rock


1. At The Mountains Of Madness (Robinson) - 3:31
2. On This Day That I Die (Robinson) - 4:00
3. Seasons Of Change Part 1 (Robinson, Johns) - 3:53
4. Mangos Theme Part 2 (Robinson) - 8:08
5. Long Legged Lovely (Robinson, Johns) - 7:35
6. The Rat (Suite) - 14:01
..a. Main Title (The Rat) -
..b. The Trap
..c. Spainish Blues
..d. Blazwaorden (Land Of Dreams)
..e. Finale (The Rat) (Robinson, Johns)

Blackfeather
*Alexander Kash - Drums And Footsteps
*Neale Johns - Vocals
*Robert Fortescue - Bass Guitar
*John Robinson - Electric Guitar, Acoustic Guitar, Effects
Additional Musicians
*Bon Scott - Timbalis, Tambourine
*John Bisset - Electric Piano




Exmortus - resenha de "Ride Forth"

 

Vindo da California, o Exmortus lança Ride Forth, seu quarto disco completo e aposta na mistura de sonoridade thrash metal com vocais inspirados na velha escola do death metal. Nessa mistura toda e com a inclusão de boas melodias e dobras de guitarra, a banda soa em alguns momentos como as bandas de death metal melódico europeias.
Exmortus-Ride-Forth-500x500
Speed of the Strike e Relentless, a dupla que abre o álbum, pode te mostrar o parágrafo acima em forma de som. Os riffs cavalares de For the Horde estão entre os melhores do disco.
No decorrer do álbum, a audição vai ficando um pouco repetitiva, mas nada que chegue a comprometer a qualidade do trabalho em si. Algumas coisas saem um pouco do padrão comum, como a excelente Black Sails, em que o instrumental te leva a algum lugar após um caminho tortuoso.
Mas o grande destaque mesmo vai para a versão death metal prog de Appassionata, de Ludwig Van Beethoven, cujo vídeo você pode conferir abaixo:





A Dystopia do Megadeth: que bom que a formação clássica não se reuniu!


O Megadeth andava um pouco desacreditado após o fraco Super Collider, de 2013, e apesar de eu considerar Thirteen (2011) e Endgame (2009) ótimos álbuns, muitos fãs achavam que a banda estava no piloto automático lançando discos razoáveis e com uma formação que, apesar de competente, não demonstrava tanto sentimento.
Mudanças ocorreram: Chris Broderick (guitarra) e Shawn Drover (bateria) se mandaram no fim de 2014, restando os membros originais Dave Mustaine (voz e guitarra) e David Ellefson (baixo) sendo acompanhados por uma sombra da imprensa afirmando que a formação clássica da banda, um dos pilares do thrash metal, com Nick Menza (bateria) e Marty Friedman (guitarra) se reuniria. Até houve o contato e alguns ensaios, mas não deu certo.
E quando todos esperavam que Mustaine contrataria mais dois bons músicos, mas que nada acrescentariam no som da banda, eis que surgem os boatos - mais uma vez verdadeiros - de que a formação seria um verdadeiro dream team de músicos competentes: Chris Adler, o monstruoso baterista do Lamb of God, e Kiko Loureiro, o incrivelmente habilidoso guitarrista do Angra.
O fruto desta união é Dystopia, o tão aguardado novo disco do Megadeth, lançado em 20 de janeiro, que foi produzido pelo líder Mustaine e por Chris Rakestraw.
megadeth-dystopia-cover
Apesar de composto quase inteiramente por Mustaine, três excelentes faixas recebem créditos também do brasileiro: Post American WorldPoisonous Shadows e a instrumental Conquer or Die! Curiosamente são as 3 composições mais "diferentes" do álbum. Não saem do padrão da banda, mas apresentam alguns sintetizadores, passagens de piano (executadas por Kiko) e em geral um clima tenso marcam essa trinca de maneira especial.
As melhores faixas do disco já estão logo na abertura com a paulada The Threat is Real, cheia de riffs e solos maravilhosos, Dystopia com seu ritmo crescente, uma canção que te leva a algum lugar, na mesma pegada da clássica Hangar 18, e Fatal Illusion, tecnicamente perfeita e uma linha de baixo marcante; todas mostrando um novo Megadeth, não em sonoridade mas em vigor, energia e até em técnica. Kiko pode não ter participado ativamente da composição, mas a execução é ótima, os solos são memoráveis, daqueles que os fãs vão decorar as notas, e Chris Adler é, repito, um monstro e o melhor: o Megadeth é uma de suas bandas favoritas da adolescência. O cara além da técnica traz a paixão de um fã tocando em uma de suas bandas favoritas.
Uma curiosidade mórbida: fiquei um pouco aliviado a partir da terceira faixa porque, a menos que tenha passado batido, não se escuta a palavra câncer, que marca presença nas duas primeiras faixas do álbum.
A minha favorita é Lying in State, uma porrada de 3 minutos e meio com ótimos riffs e letra idem. Aliás, Dave Mustaine é um dos melhores letristas de thrash metal e suas canções continuam tratando sobre os temas de política mundial, violência, o cotidiano de um cidadão e, claro, distopias. O próprio título, segundo o próprio líder da banda, foi inspirado por distopias como Os 12 Macacos, O Planeta dos Macacos, Minority Report, Total Recall, 1984 A Revolução dos Bichos.
Dave Mustaine é diferenciado. E tem outros 3 caras diferenciados trabalhando com ele. É o melhor disco da banda em muitos anos. Talvez seja uma das poucas ocasiões na história do heavy metal que podemos dizer: "que bom que a formação clássica não se reuniu".



SHERMAN CONNELLY & WARPONY - LIGHT IT UP (2013)

 



SHERMAN CONNELLY & WARPONY
''LIGHT IT UP''
2013
40:53     MUSICA&SOM
**********
01 - Kinda Like You Love Me 04:25
02 - The Flame 04:07
03 - Angel 05:11
04 - Hard Luck 03:03
05 - Unpolished 04:28
06 - No Regrets 02:49
07 - Love Trust And Forgive 03:45
08 - Save Me 06:58
09 - Light It Up 03:11
10 - Misbehave 02:53
**********
Sherman Connelly
Justin Graham
Jay Billie
Preston Postoak

War Pony de Sallisaw, OK (liderado por Vian, nativo de OK Sherman Connelly), acaba de completar seu segundo álbum 'Light it Up' com o estimado produtor Mike McClure (Cross Canadian Ragweed, Stoney LaRue, Jason Boland, The Damn Quails, Tom Skinner, Turnpike Troubadors), que também é uma presença constante e intérprete de longa data na cena musical do Red Dirt. Alguns dos favoritos dos fãs do novo álbum incluem 'Unpolished', (McClure, Connelly) 'Save Me' (Connelly) 'Light it Up' (McClure, Connelly) e 'Hard Luck' (McClure) War Pony é uma mistura de Rock and Roll enraizado com um leve tom de Blues, Folk e Americana. A guitarra solo de Connelly e o estilo único de cantar combinam bem com os vocais harmônicos do segundo guitarrista, Justin Graham. O baixista Jay Billie e o baterista Preston Postoak completam uma seção rítmica estrondosa e sólida. Com esse talento de produção, composição e atuação em uma equipe, War Pony é realmente um "imperdível".




Evergrey - Glorious Collision

 



Excelente banda do cenário progressive/power metal oriunda da Suécia, o Evergrey entrou novamente em estúdio para gravar e produzir seu oitavo álbum de estúdio que chega às lojas neste mês: Glorious Collision.

Evergrey sempre se mostrou uma banda em constante inovação, adicionando novos elementos a cada álbum e evitando ser repetitiva. Porém, já nos últimos dois álbuns, Monday Morning Apocalypse e Torn, o seu som já vinha pecando um pouco pela falta de criatividade em alguns momentos, o que só fez se confirmar com este novo trabalho. As músicas não são ruins, nenhuma delas, mas também não há nada de surpreendente, nada que nos faça por no nível de Recreation Day ou outras pérolas dos suecos.

Dois pontos bastante explorados antes e que perderam força foram o uso de coros e a utilização do teclado. Os coros davam uma leve pitada sinfônica nas composições do grupo, tornando-as mais diversificada, o que foi bem aproveitado em álbuns como Solitude, Dominance, Tragedy e In Search Of Truth, mas infelizmente aparece rápido e raramente agora, sendo em Out Of Reach uma das suas poucas aparições. E o teclado já não tem tanto destaque como antes, com performances até soberbas e eruditas; parece só fazer acompanhamento atualmente.

Outro fator que provavelmente possa ter prejudicado a banda é a mudança quase completa do seu line-up. O guitarrista Henrik Danhage, o baixista Kainulainen e o baterista Ekdahl sairam ano passado e desfalcaram bastante o grupo. Mas apesar disso, a vocalização do fantástico Tom Englund está impecável como de costume, com sua voz muito técnica, e esse é o grande destaque do disco.

Entre as faixas que merecem mais atenção estão a abertura Leave It Behind UsWrong e Frozen, ambas com suas belas melodias; e especialmente outras duas: Free que relembra e muito o clima de In Search Of Truth, nos fazendo viajar na sua melancolia e ... And The Distance, também muito bonita.

Infelizmente Glorious Collision não é o que os fãs esperavam e desejavam, até pelo já comprovadíssimo talento do Evergrey. Talvez até agrade os mais fissurados, mas até eles não acharão um grande passo na carreira da banda. Agora é esperar pra ver como eles se sairão daqui pra frente.

Nota: 7,0



Tracklist:

Leave It Behind Us
You
Wrong
Frozen
Restoring The Loss
To Fit The Mold
Out Of Reach
The Phantom Letters
The Disease
It Comes From Within
Free
I'm Drowning Alone
... And The Distance





The Magic Mushrooms Band - Psychedelic Rock

 



Originalmente fundada em 1982 como uma banda de "space pop psicodélico" por Gary Masters (Gary Moonboot, guitarra), Kim Russell (Kim Oz, vocal) e o guitarrista Gary Twining. Wayne Buaku (baixo) e Jim Lacey (bateria) completaram a banda. Mais tarde, eles formaram seu próprio selo Fungus Records e começaram a trabalhar juntos também com a Magick Eye Records. Kim Russell tornou-se Kim Masters. 


Logo depois que Marc Hunt (também conhecido como Swordfish) substituiu o baterista Jim Lacey em 1989, eles começaram a explorar o território Ambient-Dub (e eventualmente Goa/Trance/House) com seu projeto paralelo Astralasia. Embora os membros ainda se considerassem principalmente a Magic Mushroom Band, o Astralasia foi um grande sucesso desde o início, e eles logo passaram mais tempo no projeto paralelo do que na formação original. Após a saída dos membros fundadores Gary Moonboot e Kim Oz, a banda está "em espera" desde 1995. O projeto paralelo Astralasia ainda está vivo e ativo.









Babe Ruth - Classical Rock

 



Grand Slam é uma compilação valiosa composta por faixas dos três primeiros álbuns de Babe Ruth, que representam o melhor material da banda. Todas as músicas deste pacote de sucessos mostram o estilo enérgico e hard rock progressivo de Babe Ruth, com um toque dinâmico de fusão de jazz de fluxo livre que evolui do sax tenor e da flauta de Steve Gregory. O conjunto traz sete faixas do álbum Amar Caballero de 1974, cinco de seu álbum de estreia e quatro do álbum autointitulado de 1975, destacando os vocais corpulentos, mas enfáticos, de Janita Hahn. Mesmo que o órgão Mellotron e Hammond de Alan Shacklock dê à música um certo toque progressivo, é na verdade a mistura das guitarras e do trabalho de percussão que dá à maior parte das músicas seu nervosismo e profundidade rock. Cortes como "The Mexican", "Doctor Love, As faixas do álbum Babe Ruth, especialmente "Jack O'Lantern" e "Fistful of Dollars", mostram uma tendência casual em direção a um futuro mais rock, o que foi confirmado em lançamentos posteriores (e mais fracos) como Stealin' Home e Kids Stuff from the meados dos anos 70. Embora o First Base seja uma audição sólida, o Grand Slam é o caminho mais oportuno para experimentar a melhor parte do rock com infusão de jazz de Babe Ruth de uma só vez. As faixas do álbum Babe Ruth, especialmente "Jack O'Lantern" e "Fistful of Dollars", mostram uma tendência casual em direção a um futuro mais rock, o que foi confirmado em lançamentos posteriores (e mais fracos) como Stealin' Home e Kids Stuff from the meados dos anos 70. Embora o First Base seja uma audição sólida, o Grand Slam é o caminho mais oportuno para experimentar a melhor parte do rock com infusão de jazz de Babe Ruth de uma só vez.



1 Wells Fargo 06:11
2 The Mexican 03:25
3 For A Few Dollars More 02:16
4 Joker 07:31
5 Dancer 05:55
6 The Duchess Of Orleans 04:58
7 If Heaven's On Beauty's Side 03:42
8 Lady 03:31
9 Doctor Love 03:00
10 Gimme Some Leg 05:55
11 Jack O'Lantern 03:19
12 Amar Caballero (Sin Ton Nit Son 08:39
13 Broken Cloud 03:52
14 Fistful Of Dollars 02:37
15 Black Dog 07:53
16 We Are Holding On 03:19





 

Destaque

POEMAS CANTADOS DE CAETANO VELOSO

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