terça-feira, 12 de setembro de 2023

Crítica: "The Outland" o novo trabalho do tecladista russo Gleb Kolyadin do Iamthermorning, com contribuições de Gavin Harrison e Tony Levin. (2023)


The Outland, terceiro álbum de Gleb Kolyadin, retorna com um estilo muito mais voltado para o jazz e o progressivo, se comparado aos seus trabalhos anteriores. Com músicos renomados como Tony Levin, Gavin Harrison, Tim Lefebvre e outros, somados ao bombástico das composições de Kolyadin misturando suas influências clássicas e experimentais, o pianista russo traz uma masterclass sobre como elementos musicais clássicos e experimentais podem ser perfeitamente tratados com ambos. instrumentos orgânicos e analógicos. Este álbum se caracteriza por ter músicas que fluem muito em termos de composição, pelo fato de ter partes diferentes em uma música, e alongá-la para 7 ou 10 minutos, como algumas músicas do The Outland, as partes podem ter um fio condutor, por isso este o trabalho pode ser considerado uma das características a destacar.


Falando no recurso anterior, nas duas primeiras músicas Voyager e Ascension, você pode ouvir com mais clareza o que foi mencionado acima, já que como instrumentos chave e bases nessas músicas estão o contrabaixo, a bateria e o piano, em alguns momentos aparecem improvisações de clarinete e acompanhamentos de violão. Cascades é uma música solitária, onde se percebe claramente a técnica musical do instrumento de Gleb Kolyadin, sem estimular demais a técnica para tornar a peça algo clássica, já que também possui elementos progressivos e jazzísticos. É muito comum perceber que alguém que vem do mundo clássico, ao fazer trabalhos solo, apresenta obras desse tipo apenas naquele estilo, Kolyadin aproveita e reúne outras características musicais de outros estilos para que essa peça não fique óbvia no álbum. Surgem outros instrumentos mercuriais como cordas, guitarra elétrica e marimba, acrescentando texturas à música, e demonstrando que adicionar mais instrumentos não perde a essência nem o foco do álbum, já que essa música é bastante parecida com o que o álbum poderia ser. Voyager ele mesmo. Apparatus é a penúltima música do álbum na qual inclui vários riffs bem rocks acompanhados em determinados momentos da música pelo piano, também inclui alguns sintetizadores de fundo para criar uma certa atmosfera. Hermitage sendo a última música do álbum é sem dúvida uma das faixas mais experimentais do álbum já que inclui todos os instrumentos apresentados no álbum

Um ótimo álbum, quase parece que saiu de um filme com uma excelente narrativa, cada música agregando mais elementos mas seguindo o mesmo objetivo de um álbum. Sendo um álbum bastante objetivo na sua abordagem, ainda é sofisticado e experimental, aliás poderia ser definido de certa forma como um álbum de muito bom gosto e muita sobriedade ao criar uma narrativa bastante coerente com o que Kolyadin queria apresentar .

A “LIBERDADE” DE SARA CORREIA CHEGA A 13 DE OUTUBRO

Sara Correia acaba de anunciar a data de lançamento do seu terceiro longa duração. “Liberdade”, 13 de outubro. Sucessor de “Do Coração”, chegará ao público em CD e em vinil. Além dos formatos físicos, “Liberdade” estará também disponível nas plataformas de streaming.

13 são os temas deste “Liberdade”, uns fundando-se no cânone, outros reinventando essa tradição no presente através de melodias escritas por Mila Dores, Joana Espadinha, Pedro Abrunhosa, Nuno Figueiredo, Carminho ou Tiago Bettencourt, além de Diogo Clemente, claro está.

Em “Chelas”, o primeiro tema revelado do alinhamento de Liberdade, as palavras são de Carolina Deslandes, mas a história que ali se conta é, indubitavelmente, de Sara, que nos jura, cantando, que “quem vem da rua é sempre nobre”. O single que inaugurou o tempo de “Liberdade” foi lançado em julho passado.

Rita Laranjeira - Toque

 

MÁRCIA ACABA DE PARTILHAR “FORÇA DE FERA”

 


Márcia acaba de partilhar “Força de Fera” o quarto vídeo de “Picos e Vales“, álbum editado em 2022.

“Foi ao longo deste ano e pouco de concertos que fui falando desta canção em palco.  Aí descrevia a imagem que tinha da canção; alguém que entendia o seu medo através de uma conversa.

Recebi muitas mensagens sobre esta canção desde que a toquei ao vivo, ainda antes da saída do disco. Mensagens de desabafo e de identificação. Graças a essa partilha fui percebendo que uma situação se perpetua apenas enquanto se mantiver em silêncio, e se desfaz quando é ouvida.

Chamei por isso estas mulheres, simbolicamente, para se sentarem ao meu redor. Elas personificam o lugar da escuta e são escolhidas porque, em algum momento, foram ouvidos para as minhas palavras, no meu espaço intimo ou sentadas no meio do público, acatando o meu desabafo ou usando-as como seu próprio consolo. As palavras são importantes e poderosas. As palavras ferem e, assim como destroem, são a força para reconstruir. Vim a descobrir que, da partilha, se ganha essa capacidade de identificar, refazer e recomeçar.

A Força de Fera é uma canção de elogio a todas essas pessoas que tiveram de deixar alguma coisa e reerguer-se.”

Márcia

 

Para assinalar o Dia Mundial da Música, a cantautora Márcia apresentará o seu mais recente álbum na Casa da Música, no Porto, a 1 de Outubro.

MÚSICA NOVA DO DIA: Inês Monstro - Hipnose

 

FERNANDO DANIEL, MARISA LIZ, IVANDRO - #MANTÉMALIGAÇÃO (𝗟𝗘𝗧𝗥𝗔 da música)

 

Tiago Araripe - 1982 - Cabelo de Sansão



1 - Coração Cometa
Tiago Araripe - Jorge Alfredo
2 - Cabelos de Sansão
Tiago Araripe
3 - Cine Cassino
Tiago Araripe
4 - Fôlego de Sete Gatos
Tiago Araripe
5 - Fios da Light
Tiago Araripe
6 - Estrela do Mar
Tiago Araripe - Cid Campos
7 - Meg Magia
Tiago Araripe
8 - Redemoinho
Tiago Araripe
9 - Asa Linda
Little Wing de Jimi Hendrix - Versão Cid Campos
10 - Quando a Pororoca Pegar Fogo
Tiago Araripe - José Luís Penna

Músicos:
Tiago Araripe - Oswaldinho do Acordeon - Tony Osanah - Jica - Turcão - Félix Wagner - Mané Silveira - Dino Vicente - Tetê Espíndola - Passoca - Itamar - Vânia Bastos - Cid Campos - Felipe Vagner - Marcelo Ehrlich - Nelson Kunze - Sebastião Interland - Cabral - Wilson Souto Jr. - Luiz Brasil - Gaby Santini - Mari - João Maurício Galindo - Marley Chamorro Jr. - Luiz Britto - Silvano - João Calos - Paulinho Costa - Renato Lemos - Felipe Ávila - Armando - Sílvio  Interland  

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Esse é o primeiro LP do Tiago Araripe, músico cearense, que desde o fim dos anos 1960 construiu sua obra junto à cena paulistana. Trabalhou com os concretisdas irmãos Campos e Décio Pignatari. Com Tom Zé, em 1974, gravou o compacto "Contos de Fraldas"/"Teu coração bate, o meu apanha" e, no mesmo ano, lançou o seu compacto "Sodoma e Gomorra"/"Os 3 Monges". Entre 1976 e 1978, integrou o grupo Papa Poluição. Passou pela Vanguarda Paulista e gravou o LP Cabelos de Sansão pelo selo Lira Paulistana. As canções desse disco misturam as experimentações paulistanas, a musicalidade nordestina, à tarimba roqueira setentista. Em 2008, Zeca Baleiro relançou essa pérola em CD por seu selo, Saravah Discos.



   

 

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