quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

Conhecendo o rock progressivo: uma viagem em 52 músicas

 Durante muito tempo, o rock progressivo passou por um período de desvalorização junto a mídia e em diferentes nichos musicais. Ainda que resistisse bravamente, o estilo passaria anos estigmatizado como música de "velho" e "maluco", ou carinhosamente reconhecido pela imprensa como "a fase mais nauseabunda do rock" (André Barcinski), que se estenderia até os primeiros anos do século XXI.


As críticas, contudo, mesmo muitas vezes exageradas e agressivas, não foram de todo incoerentes.

Sim, o estilo ofereceu algumas bandas tecnicamente impecáveis, mas com pouco feeling, lançando trabalhos pretensiosos e vazios; e, sim, muitos músicos e (principalmente) fãs adotaram uma postura pedante e elitista, colocando o gênero como uma espécie de “rock superior”, o que atraiu (e atrai) antipatias desnecessárias para o gênero.

Mas, apesar de alguns equívocos, o estilo ofereceu também trabalhos de qualidade e discos importantes para o desenvolvimento e evolução do rock a partir dos anos 1960.

Demorou, mas o filé mignon do gênero está novamente recebendo uma avaliação mais generosa e não tão agressiva da mídia musical norte-americana, europeia e, em menor medida, brasileira (não contando a inserção do seu grupo mais bem-sucedido, Pink Floyd, na cultura pop).        

O que caracterizaria o rock progressivo?

Cheguei a escrever, em 2007, um breve artigo sobre a evolução do estilo e especulando sobre algumas das características que poderiam ajudar a identificar esse gênero musical.

O consenso é difícil, mas alguns acabaram sendo absorvidos pelos fãs e crítica: filhote da psicodelia da segunda metade dos anos 1960, o mesmo consiste em bandas com influência da música clássica/erudita, jazz e do "avant-garde", usando alguns conceitos desses estilos em sua música, além de outras características como, por exemplo, longas faixas e quebras de tempo.

Ressalta-se também que o estilo teve várias facetas: o que foi apresentado na Inglaterra diferiu do que foi produzido na Alemanha e Japão, sendo que muitos fãs e críticos, durante os anos 1970 e 1980, pra complicar mais as coisas, colocavam todas essas propostas num mesmo saco.

Resolvi, aproveitando que o estilo está sendo lentamente redescoberto, e pensando nos leigos e fãs iniciantes que querem conhecer algo além dos medalhões (mas aviso, vários estarão listados), fazer uma lista de 52 músicas na qual apresento uma jornada sobre a evolução e principais derivações do gênero.

N.A.: O critério escolhido para a divisão dos tópicos baseou-se em classificações realizadas pela crítica musical e em espaços localizados na web, subdivisões essas visíveis, por exemplo, no link da Wikipédia sobre o estilo.  A playlist completa pode ser visualizada aqui.    

Origens

Entre 1966-69, o rock, em sua versão psicodélica, começava a expandir seu horizonte musical. Nesse período, bandas como Beach Boys, Beatles, Nice, Procol Harum, Pink Floyd, Grateful Dead, entre outros, arriscaram uma inter-relação do rock com outros estilos, usando de efeitos e truques que os estúdios da época ofereciam (ecos das vertentes vanguardistas francesa e alemã em voga nos anos 1960).

Moody Blues – Nights in the White Satin (1967)

Um dos exemplos da psicodelia que, em breve, despontaria para o rock progressivo.

The Who – Pinball Wizard (1969)

Ponto alto de “Tommy”, um dos precursores dos álbuns conceituais, mostrando um The Who mais ousado, amadurecido, e sem perder o feeling característico.    

Consolidação

King Crimson – 21st Century Schizoid Man (1969)

Para muitos o “marco zero” do rock progressivo, vindo de um inquieto quinteto londrino com poucos meses de existência.

Soft Machine – Out-Bloody-Rageous (1970)

Oriundos da (nos anos 1960) efervescente cidade de Canterbury, o grupo foi um dos precursores do rock progressivo de vanguarda, transitando entre o rock, free jazz e fusion.

Progressivo regional

Jethro Tull -  Locomotive Breath (1971)

Do quarto disco, Aqualung, que fez do Jethro o primeiro grupo progressivo a entrar no hall dos medalhões, a canção mescla, com eficiência, uma sonoridade folk com elementos do Hard Rock.

Sinfônico

O carro-chefe do rock progressivo. Aqui o estilo obteve maior notoriedade, sucesso comercial, e os piores ataques dos punks e imprensa musical.  

O subgênero, nos últimos anos, recebeu avaliações mais amistosas, nas quais não são ignorados alguns erros, mas os acertos são valorizados.

Focus – Hocus Pocus (1971)

Sinfônico pode ser relacionado a orquestração e elementos eruditos? Pode. Mas nossos amigos holandeses mostram que o subgênero também pode ter pegada e peso.   

Yes – Heart Of the Sunrise (1972)

A melhor formação da banda (Rick Wakeman, Chris Squire, Jon Anderson, Steve Howe e Bill Brufford), na minha opinião, mostrando sua qualidade sonora.

Gentle Giant –The Advent of Panurge (1972)

Pretensiosos, muitas vezes arrogantes, mas que compensavam misturando, de forma agressiva, diferentes estilos e propostas musicais.

Genesis –Firth of fifth (1973)

Um dos momentos de melhor coesão da formação clássica do Genesis (Peter Gabriel, Mike Rutherford, Tony Banks, Steve Hackett e Phill Collins).

Emerson Lake & Palmer – Karn Evil 9 – 1st impression – Parte 2 (1973)

Canção produzida no ápice criativo do grupo, evidenciando seu entrosamento (e ambições).

Renaissance - Carpet of the Sun (1973)

Canção na qual se destaca o bom gosto dos arranjos e o vocal de Annie Haslam.

Camel – Freefall (1974)

Representativa canção de um dos grupos ícones do subgênero.

Änglagård – Jordrök  (1992)

Quando o progressivo sinfônico entrou em crise no fim dos setenta, foi parcialmente recuperado no que foi chamado de “novo sinfônico”, percebido em bandas suecas nos anos 1990.

Oriundo dessa cena, o Änglagard é um dos poucos grupos de rock sinfônico pós anos 1970 que merece ser ouvido.

Progressivo espacial

Hawkwind – Silver Machine (1972)

Faixa que melhor captou a proposta musical da banda, que misturava passagens lisérgicas e experimentais com pesadas pegadas no hard rock. Destaque para o potente baixo de Lemmy Kilmister.

Gong – Master Builder (1974)

A fase espacial da banda, centralizada na trilogia Radio Gnome (1973-74), tem nessa canção doses bem administradas de fusion e experimentalismo.

Pink Floyd – Shine on You Crazy Diamond (1975)

A bela e melancólica homenagem da banda a seu fundador, Syd Barrett, está entre os melhores trabalhos que o Floyd produziu.

Eloy - Poseidon’s Creation (1977)

O grupo alemão transitou entre diferentes vertentes, do hard-rock ao progressivo sinfônico. A faixa acima é uma das melhores da fase espacial do grupo, centralizada no disco Ocean.    

Neoprogressivo

Os anos 1980 foram, no geral, barra pesada para o rock progressivo. Mas uma molecada corajosa resolveu unir elementos progressivos com o pop, synth rock e o new wave da época. Os resultados, no geral, foram medianos, mas houveram exceções.

Marillion - Incommunicado (1987)

Único grupo neoprog a (merecidamente) ter obtido sucesso comercial na década de 1980, o Marillion teve alguns hits, como “Kayleigh”, “Lavender” e a faixa acima .

IQ – The Narrow Margin (1997)

IQ foi outra banda neoprog a oferecer bons trabalhos nos anos 1980 e 1990. Narrow Margin é o ponto alto do melhor disco do grupo, Subterranea.

Novas propostas para antigas ideias

After Crying - Megalázottak és Megszomorítottak (1992)

Grupo que uniu elementos do progressivo sinfônico com a musicalidade regional húngara (em especial Béla Bartók), proposta essa bem recebida pela cena progressiva nos anos 1990.

Spocks Beard – At the End of the Day (2000)

O Spocks Beard apresentou boas opções de renovação tanto para o neoprogessivo quanto para o sinfônico, além de revelar o vocalista Neal Morse, atualmente ligado a música gospel.

Transatlantic – Duel With the Devil (2002)

Grandioso projeto unindo Mike Portnoy (Dream Theater), Neal Morse (Spocks Beard), Pete Trewavas (Marillion) e Ronnie Stolt (Flower Kings), onde não falta virtuosismo em suas canções.

Porcupine Tree – Anesthetize (2007)

Os anos 1990 revelaram o talentoso Steven Wilson, que, com o Porcupine, serviu de ponte entre o progressivo clássico e estilos musicais mais modernos, ajudando a renovar o gênero.

Krautrock ou rock chucrute

Alemanha: um país dividido, tendo uma relação ambígua com a ocupação e cultura estadunidense, somados a um clima político instável (que eclodiria em grupos terroristas como Baader-Meinhof),  e experimentos da música concreta francesa e dos compositores nativos Stockhausen e Koenig com considerável repercussão.

Foi nesse ambiente que a cena psicodélica da antiga Alemanha ocidental estava inserida, que desembocaria numa proposta progressiva diferenciada e experimental, chamada pela crítica musical da época de Rock Chucrute (Krautrock).

Can – Spoon (1972)

Grupo com dois ex-alunos de Stockhausen (Holger Czukay e Irmin Schmidt), além do vocal caótico de Damo Suzuki, apresenta diversificadas influências musicais, do funk a pitadas da música vanguardista alemã.  

NEU! – After Eight (1975)

Do duo Klaus Dinger e Michael Rother, evidencia o lado agressivo, quase punk do grupo, explicando sua posterior influência nas cenas pós-punk e alternativa (vistas, por exemplo, no Joy Division e Sonic Youth).

Eletrônico

Tangerine Dream – Phaedra (1974)

Climática, Phaedra foi um dos trabalhos da banda mais influentes e reconhecidos no meio eletrônico (seguido por outros bons álbuns durante os anos 1970).

Kraftwerk - Autobahn (1974)

Música de transição, onde o Kraftwerk se afastava do som experimental/ Krautrock e sinalizava a sonoridade eletrônica que consagraria a banda nos anos 1980.

Jean Michel Jarre – Equinoxe parte 5 (1979)

Faixa que apresenta a proposta musical oferecida pelo tecladista francês.  

Ambiente

Steve Roach – Reflections In Suspension (1984)

Brian Eno, principal precursor do subgênero, seria a escolha óbvia, mas indico um de seus mais talentosos pupilos, com um trabalho referência tanto para a música ambiente quanto para meditação.

Itália

Ao desbravar a cena italiana, ouvi duas opiniões divergentes: de um lado, que o progressivo sinfônico da Itália rivalizou, e por vezes até superou, o produzido na Inglaterra; e de outro, que a cena foi irregular, com muitas bandas medianas ou de folego curto.  

Pra evitar entrar na polêmica, indico dois bons exemplos sobre esse cenário.

Premiata Forneria Marconi – Impressioni Di Settembre (1972)

Canção que mostra o porquê do PFM ser considerado o principal ícone italiano do progressivo.

Banco del Mutuo Soccorso -  La Conquista Della Posizione Eretta  (1972)

Do segundo disco da banda, o conceitual “Darwin!”, a canção prima pelo bom gosto dos arranjos e o vocal de Francesco Di Giacomo.

Rock progressivo de vanguarda

Em março de 1978, em Londres, e em abril e setembro de 1979, respectivamente na Itália e Suécia, eram realizados os festivais “Rock In Opposition”, que apresentavam um conjunto de bandas que seguiram por uma proposta artística, comercial, sonora e política contrária a que alguns grupos “medalhões” progressivos seguiam.

Dessa cena saíram músicos (por exemplo, Fred Frith e Chris Cutler) que participaram de diferentes propostas vanguardistas europeias e norte-americanas, chegando a manter relações com músicos punks, em cenários ligados a No-Wave.   

Henry Cow –  Industry (1979)

Do último trabalho em estúdio do grupo ícone do Rock In Opposition, de difícil digestão, mas que merece ser ouvida.   

Univers Zero – La Faulx (1979)

O grupo belga ofereceu ideias interessantes, como, por exemplo, unir elementos do avant-garde com a música neoclássica, em especial Stravinski. A canção acima apresenta muito da proposta oferecida pela banda.

Naked City – Batman / The Sicilian Clan (1990)

Com misturas que vão do jazz ao grindcore, o projeto foi liderado pelo saxofonista John Zorn, importante nome da vanguarda estadunidense nos anos 1990 e 2000.

Magma – Mëkanïk Kömmandöh (1973)

O baterista francês Christian Vander, no fim dos anos 1960, começou a desenvolver uma interessante proposta musical que unia psicodelia, música neoclássica (em particular Carl Orff) e elementos jazzísticos, contando a história do planeta Kobaia, cantada na língua, construída por Vander, “Kobaïan”.

A proposta atingiria sua maturidade e coesão em seu terceiro disco de estúdio, Mëkanïk Dëstruktïẁ Kömmandöh,  considerado uma das principais obras do subgênero.         

Ruins – Guamallapish (2000)

Entre os seguidores de Vander, cita-se o prolífico baterista japonês Tatsuya Yoshida, que com o Ruins e outros projetos paralelos, uniu o Zeuhl ao avant-garde, math-rock e noise-rock, revitalizando o estilo.  

Acid Mothers Temple – Pink Lady Lemonade (2008)

Liderado pelo guitarrista Kawabata Makoto, o Acid Mothers Temple é um projeto que busca unir diferentes músicos vanguardistas japoneses e, ocasionalmente, trabalhando em conjunto com artistas progressivos europeus e norte-americanos. A faixa acima é um dos trabalhos mais acessíveis da banda.   

Rock progressivo e o Hard Rock

O rock progressivo paquerou com o hard rock desde os primórdios de 1970. Mas, na maioria das vezes, os resultados finais ficavam apenas nos flertes, ou em trabalhos não tão inspirados. Porém, hoveram exceções. 

Uriah Heep – Easy Livin' (1972)

A melhor formação do Uriah Heep em um de seus melhores momentos em estúdio.  

Queen – Bohemian Rhapsody (1975)

Uma das músicas que melhor mostrou as ambições artísticas do grupo, e onde suas várias influências (T-rex, Led Zeppelin, Cream, Slade, Yes) conseguem ser ouvidas.    

Rush – Red Barchetta (1981)

O trio canadense apresentando considerável interação e boa forma.   

Rock progressivo e o heavy metal

Foi no metal progressivo (ou prog metal), a partir dos anos 1990, que mais pessoas se tornariam adeptas ao progressivo. Porém, o subgênero também sofre críticas de ser uma diluição do que foi o “verdadeiro” rock progressivo.

Atualmente, a inserção do prog metal na seara progressiva está consolidada, sendo que alguns grupos clássicos (Yes, King Crimson) já excursionaram com bandas do subgênero.   

Queensryche – Eyes of a Stranger (1988)

Faixa que encerra a saga do drogado e assassino Nikk no disco conceitual Operation Mindcrime, mostrando que o heavy metal e o rock progressivo poderiam ter uma parceria, trocando informações e influências.    

Dream Theater – Pull me Under (1992)

Da profícua, porém irregular, carreira do grupo, a ótima canção é um porto seguro para conhecer a banda.

Cynic – Textures (1993)

Atheist foi o precursor, mas o Cynic foi quem consolidou a junção entre o death metal e o progressivo, num trabalho pesado, virtuoso e técnico.

Symphony X - Evolution (The Grand Design) (2000)

Com um tema relacionado a civilização Atlântida, e incursões na música clássica em partes da obra, a canção evidencia o potencial artístico da banda.    

Opeth – Blackwater park (2001)

Representativa canção do grupo que melhor realizou a junção entre o death metal e o progressivo, graças, em parte, ao talento do seu líder Mikael Åkerfeldt.  

Derivações ou influências

Muito da reavaliação do progressivo nos anos 1990 deve-se as cenas do rock alternativo e indie, que, não escondendo influências no krautrock, space rock e ambiente, incluiu elementos progressivos em sua sonoridade.   

Primus - Jerry Was a Race Car Driver (1991)

Diretamente influenciados pelo King Crimson dos anos 1980, o grupo foi um dos primeiros a arriscar uma junção entre o alternativo e o progressivo.

Radiohead – Paranoid Android (1997)

Um dos melhores momentos do Radiohead, mostrando qual sonoridade teria sido obtida se Pink Floyd e Queen tivessem unido forças com o Nirvana e Pixies. 

Godspeed You! Black Emperor -  Sleep (2000)

Ótimo ponto de partida para conhecer o post rock, sendo um bom resumo de suas várias virtudes (e alguns vícios).

The Mars Volta – Cygnus…Vismund Cygnus (2005)

Há um certo consenso em classificar o som do Mars Volta como progressivo, apesar de, ironicamente, suas diferentes misturas sonoras dificultarem uma classificação mais precisa pro grupo.  “Cygnus” evidencia essa (bem vinda) confusão musical.

Muse – Resistance (2009)

Outra banda que a crítica sofre para classificar (já foi rotulada tanto de “New Alternative” quanto de “New prog”), o que não impediu que tivesse sucesso comercial e oferecesse bons trabalhos, como, por exemplo, a canção acima.

Menções honrosas

Mike Oldfield – Tubular Bells (1973)

O multiplatinado Tubular, primeiro disco do produtivo multi-instrumentista inglês, até hoje surpreende pela sofisticação sonora e a ousada mistura entre o rock e a música minimalista.   

Van Der Graaf Generator – La Rossa (1976)

Um dos pouquíssimos grupos de progressivo poupados, e até elogiados, pelo movimento punk nos anos 1970, o VDGG destoa um pouco dos medalhões, seja pelo instrumental enxuto, seja pelas letras do vocalista Peter Hammill.   

Brasil e América Latina acabaram ausentes nessa lista, e ficarão para uma próxima oportunidade.

31 de dezembro de 1974, Stevie Nicks e Lindsey Buckingham juntam-se à banda Fleetwood Mac


 31 de dezembro de 1974, Stevie Nicks e Lindsey Buckingham juntam-se à banda Fleetwood Mac.

Após a saída de Bob Welch, Mick Fleetwood viajou para a Califórnia para se encontrar com o produtor Keith Olsen para trabalhar em um novo álbum. Lá Mick disse-lhe que estavam à procura de um novo guitarrista, então Keith tocou a música "Frozen Love" do duo americano Buckingham Nicks para que ele pudesse aprender sobre o trabalho de um dos músicos que trabalhou com ele. Depois de gostar da mística da música, Mick queria conhecer o compositor que estava apenas nos estúdios, o nome dele era Lindsey Buckingham. Depois de discutir sua inclusão na banda, Lindsey disse-lhe que ele só entraria com sua namorada e vocalista Stevie Nicks.



ROLLING STONES PODEM LANÇAR MAIS MÚSICAS COM CHARLIE WATTS, DIZ MICK JAGGER

 

Banda também tem outra colaboração com Paul McCartney guardada, que deve ver a luz do dia no futuro.

Foto: Dave Hogan

Depois de 18 anos, os Rolling Stones lançaram na última semana um novo álbum de inéditas: “Hackney Diamonds”. Apesar de ser o primeiro disco de estúdio disponibilizado pela banda desde a morte do baterista Charlie Watts, em agosto de 2021, o saudoso músico ainda faz parte do projeto. 

As faixas “Mess It Up” e “Live by the Sword” contam com a participação do integrante, gravada anos atrás, em 2019. Segundo Mick Jagger, ele deixou mais material pronto junto aos Stones, que deve sair no futuro. 

Ao The Guardian, o vocalista contou que muitas músicas foram criadas e não utilizadas no novo trabalho, incluindo “algumas outras canções que fizemos com Charlie que provavelmente serão lançadas. Ele meio que ainda está lá presente e espero que goste do resto do disco (onde quer que esteja)”.

Em declaração à Rolling Stone, o grupo já havia explicado que, quando começaram a trabalhar com o produtor Andrew Watt, tinham cerca de 100 demos prontas. Dessas, 23 faixas acabaram finalizadas e mixadas no início deste ano, conforme entrevista ao New York Times. Apenas 12 apareceram no resultado final. 

À NME, o guitarrista Ronnie Wood também adiantou que outra colaboração com Paul McCartney pode ver a luz do dia em breve. O eterno Beatle tocou baixo na música “Bite My Head Off” e em outra canção não disponibilizada até o momento.  

“Na verdade, Paul tocou em duas faixas, uma carta que temos escondida em nossa manga para mais coisas que estão por vir, mais músicas.”

ROLLING STONES SEM CHARLIE WATTS

Os membros remanescentes dos Rolling Stones têm deixado claro que sentem muita falta de Charlie Watts. O assunto foi abordado novamente por Mick Jagger em conversa com o The Guardian.

O cantor admitiu que tem saudades do baterista mesmo dois anos após sua partida. Em seguida, revelou algumas das características que mais admirava no amigo.

“Sinto falta do humor lacônico dele. Seu gosto musical. Sua elegância. A atitude blasé dele – ele não ficava intenso por nada. Keith e eu podemos nos tornar bem intensos. Mas Charlie não. E isso te influencia – eu não sou tão intenso quanto costumava ser.”

O sentimento vai além quando se trata da parte musical dos Stones, que segue atividades com Steve Jordan no banquinho da bateria.

“Penso nele quando toco, no que ele teria tocado; se ele teria gostado de tal música, porque sempre passava tudo pelo crivo dele. Eu tocava as canções pop bobas do momento para ele, e ele adorava tudo isso.”

Em entrevista anterior à Rolling Stone, os integrantes falaram sobre a experiência de trabalhar sem o saudoso integrante. Ao expressar tristeza com relação ao amigo falecido, o guitarrista Keith Richards declarou:

“Tudo que eu faço é um tributo a Charlie Watts. É impossível para mim gravar qualquer coisa sem automaticamente pensar que o senhor Watts está fazendo a batida. Se você tem Charlie Watts na música, já era. sinto falta disso, cara.”

ROLLING STONES E “HACKNEY DIAMONDS”

“Hackney Diamonds” é o 24º trabalho da discografia britânica dos Rolling Stones – 26º na americana. Steve Jordan, que vem excursionando com Mick Jagger e companhia, registrou a bateria na ausência de Charlie Watts.

De acordo com informação do colunista social e apresentador Amaury Júnior, os Rolling Stones devem vir ao Brasil em março de 2024. Será a quinta vinda da banda ao país. Anteriormente, eles passaram por aqui nos anos de 1995, 1998, 2006 e 2016.


BEATLES ANUNCIAM ‘NOW AND THEN’, ÚLTIMA MÚSICA DA BANDA, ESCRITA E CANTADA POR JOHN LENNON


 Documentário de 12 minutos sobre a música chega ao YouTube da banda em 1º de novembro. Canção criada no fim dos anos 70 será lançada no dia seguinte.

Os Beatles anunciaram uma nova música chamada “Now and Then”, finalizada mais de quatro décadas depois do início de sua gravação.

Ela será lançada no dia 2 de novembro, com direito a videoclipe no dia seguinte. No dia 1º de novembro, será lançado um documentário de 12 minutos sobre a música, no canal do Beatles no YouTube.

A canção é chamada pela produção da banda de “a última música dos Beatles”. Escrita e cantada por John Lennon, a versão final foi desenvolvida e trabalhada por Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr. Paul e Ringo foram os responsáveis pela finalização da música.

Os Beatles no bar The Cavern, em Liverpool, em Agosto de 1962 — Foto: Apple Corps Ltd/Divulgação

DE ONDE VEIO A MÚSICA?

'Now and Then', música dos Beatles — Foto: Divulgação

‘Now and Then’, música dos Beatles — Foto: Divulgação

A história de “Now and Then” começou no final dos anos 1970, quando John gravou uma versão demo com vocais e piano em sua casa.

Em 1994, 14 anos após a morte do cantor, Yoko Ono (viúva dele) entregou a gravação para Paul, George e Ringo. A sessão de gravações tinha ainda as demos de “Free As A Bird” e “Real Love”. Essas músicas foram lançadas no projeto “The Beatles Anthology”. “Now and Then” foi arquivada.

O documentário conta toda a história por trás da música, com comentários exclusivos de Paul, Ringo, George, Sean Ono Lennon e Peter Jackson.

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