segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

Os Paralamas do Sucesso

 

Image result for os paralamas do sucesso inicio

Apesar dos Paralamas serem considerados parte da "Turma de Brasília", por terem vivido e criado amizade com as bandas locais, é uma banda formada no Rio de Janeiro. Herbert Lemos de Souza Vianna e Felipe de Nóbrega Ribeiro se conheceram crianças em Brasília, por serem vizinhos (o pai de Herbert era militar, e o de Bi, diplomata). Em 1977, Herbert foi para o rio fazer o colégio militar, e reencontrou Bi. Os dois resolveram formar uma banda, Herbert com sua guitarra Gibson e Bi um baixo comprado em uma viagem na Inglaterra. Aos dois depois se juntaria o baterista Vital. O grupo se separou em 1979 para fazerem o vestibular, e em 1981 se reuniram.
O grupo ensaiava em um sítio em Mendes, interior fluminense, e na casa da avó de Bi, em Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro. Esses ensaios lhe renderam a música "Vovó Ondina é Gente Fina". O repertório não era sério (com canções como "Pingüins já não os vejo pois não está na estação", "Mandingas de Amor" e "Reis do 49"), e tentaram criar um nome no mesmo estilo, a primeira sugestão sendo "As Cadeirinhas da Vovó". O nome "Paralamas do Sucesso" foi invenção de Bi, e adotado porque todos acharam engraçado. Inicialmente o grupo tinha dois cantores (Herbert só tocava), Ronel e Naldo, que saíram em 1982.
Em 1982, Vital faltou a uma apresentação na Universidade Rural do Rio e foi substituído por João Alberto Barone Reis e Silva, que assumiu de vez o lugar na banda. 
Eram idos de 1983. A cena do novo rock brasileiro começava a florescer, puxada pelo humor escrachado da Blitz e da Gang 90. Uma geração nascida já na ditadura militar começava a compor suas músicas e a transformar em arte o desejo de um novo país, que já se espalhava de uma forma irreversível por todas as camadas da sociedade. Se tocar na abertura do show de Lulu Santos no Circo Voador era o maior sonho de um trio de jovens músicos, gravar um LP por uma das maiores empresas de música do mundo, haveria de ser o quê?
Foi com essa empolgação que Os Paralamas do Sucesso entraram pela primeira vez em um estúdio. Impulsionados por uma série de shows para os amigos (e amigos-dos-amigos) nos pequenos palcos que se multiplicavam pelo Rio de Janeiro e pelo sucesso da demo de “Vital e Sua Moto” na Rádio Fluminense, eles encaravam sem muita responsabilidade a desconfiança que a linha-nobre da MPB tinha sobre aqueles jovens. Afinal, era uma geração que desprezava metáforas, tocava com guitarras na frente e pouco se importava em respeitar a suposta tradição da música brasileira. "Qual é seu guarda, que papo careta?", Era esse o lema de quem só estava tirando chinfra. Era hora de mudar as coisas.
O tesão adolescente transbordava nas letras e nas bases das músicas. O riff de “Vital e Sua Moto” se espalhou pelo país. Convencidos de que a sobrevivência do rock no país dependia do sucesso de outros grupos, eles aproveitaram a chance que tiveram para jogar luzes sobre o máximo de bandas possíveis, seja fazendo covers nos shows ou as citando em suas entrevistas. E eles estavam certos. A gravação de “Química”, por exemplo, serviu de estopim para que a EMI contratasse também o grupo de Renato Russo. Depois disso Brasília nunca mais foi a mesma. Depois disso, o rock brasileiro não foi mais o mesmo. Depois disso, é história.

1983 - Cinema Mudo
http://*www.*mediafire*.com/download/vtaa4nu9add5rrn/1983+-+Cinema+Mudo.rar (precisa tirar os *)

Image result for os paralamas do sucesso cinema mudo

01 Vital e sua moto (Herbert Vianna)
02 Foi o mordomo (Herbert Vianna)
03 Cinema mudo (Herbert Vianna)
04 Patrulha noturna (Herbert Vianna)
05 Shopstake (Bi Ribeiro - Herbert Vianna)
06 Vovó Ondina é gente fina (Herbert Vianna)
07 O que eu não disse (João Barone - Renato Russo - Herbert Vianna)
08 Química (Renato Russo)
09 Encruzilhada (Herbert Vianna)
10 Volúpia (Herbert Vianna)

Assim como foram uma das primeiras bandas a gravar um LP, Os Paralamas vinham na comissão de frente dos que enfrentariam a síndrome do segundo disco. Para muitos o rock era só mais uma moda de verão e, com isso, aquele se tornava um momento crucial. A curva ainda era ascendente, as gravadoras investiam, a TV começava a descobrir o potencial de um novo boom da cultura jovem e muitas bandas estavam por estrear. Um descuido de quem estava a frente poderia ser fatal para os que vinham atrás.
Eis que então a banda chega trazendo a mão uma fileira de hits empacotada sob o nome de “O passo do Lui”. O lado A era “só”: Óculos, Meu erro, Fui eu, Romance ideal e Ska. Era só virar o disco pra continuar com Mensagem de amor, Me liga, Assaltaram a gramática, Menino e menina e O passo do Lui. Das dez, pelo menos sete tocaram em rádio e viraram hits memoráveis. Pra completar, logo depois veio o tal do show no Rock’n Rio…
O trio menos falado no início do festival saiu de lá aclamado como o melhor show brasileiro e a maior revelação. Do dia pra noite, passaram a ser reconhecidos nacionalmente e a tocar em todos os cantos do país. A brincadeira na casa da vovó Ondina definitivamente tinha virado coisa séria. Enquanto corriam o país de norte a sul pela primeira vez, o país via um civil ser eleito presidente depois de mais de duas décadas, e a esperança no futuro alimentava a todos. Depois de tanta estrada, o olhar daqueles três caras sobre o país também nunca mais seria o mesmo.

http://*www.*mediafire*.com/download/i43vrkxpa4lwro6/1984+-+O+Passo+do+Lui.rar (precisa tirar os *)



01 Óculos (Herbert Vianna)
02 Meu erro (Herbert Vianna)
03 Fui eu (Herbert Vianna)
04 Romance ideal (Martim Cardoso - Herbert Vianna)
05 Ska (Herbert Vianna)
06 Mensagem de amor (Herbert Vianna)
07 Me liga (Herbert Vianna)
08 Assaltaram a gramática (Lulu Santos - Waly Salomão)
09 Menino e menina (Herbert Vianna)
10 O passo do Lui (Herbert Vianna)

A longa turnê de “O passo do Lui” revelou um novo país e uma série de novas possibilidades para Os Paralamas do Sucesso. Depois de tantos hits inspirados no rock inglês, aumentava o interesse em se criar uma linguagem brasileira para o genêro. Os ritmos africanos e caribenhos invadiam a Europa sob o rótulo de “world music” e aquilo já parecia muito mais interessante do que as fórmulas desgastadas da new wave. E quando todos pensavam que as bandas daqui já tinham explicado o que era o rock ao brasileiro, Os Paralamas resolveram confundir tudo.
De cara, o riff da introdução de Alagados anunciava algo novo. Os timbres de guitarra estavam mudando e o baixo estava ainda mais presente. Era uma ousadia sonora, visto que as referências do reggae e do dub jamaicano ainda passavam muito distantes dos padrões das rádios brasileiras. Os temas pessoais de “O passo do Lui” davam espaço para um olhar mais amplo nas letras de Herbert. Na mesma Alagados, a ponte terceiro-mundista com a Jamaica era traçada pelas semelhanças das favelas de lá, do Rio de Janeiro e de Salvador. O recado era que talvez o Brasil tivesse muito mais de Kingston do que de Londres.
O país vivia a euforia do Plano Cruzado e mais uma das muitas ilusões econômicas que marcaram a nossa década de 80. Com o tabelamento de preços, estava mais fácil comprar LPs. Somando esse quadro com a mais nova safra de hits do trio, o resultado foi outro boom de vendas, a maior da carreira do grupo até ali. O terceiro álbum bem sucedido comercialmente, a consistência na guinada musical proposta e o endosso dos nomes da MPB – Gilberto Gil virara parceiro em A Novidade – garantiam o lugar de grandes nomes da música brasileira aos Paralamas. Para muitos, “Selvagem?” é uma das obras-primas do rock brasileiro e vendeu mis e 700.000 cópias e os credenciou a tocar no cultuado Festival de Montreaux em 1987.


http://*www.*mediafire*.com/download/c4fdfcengwa98tm/1986+-+Selvagem.rar (precisa tirar os *)



01 Alagados (Bi Ribeiro - João Barone - Herbert Vianna)
02 Teerã (Bi Ribeiro - João Barone - Herbert Vianna)
03 A novidade (Bi Ribeiro - João Barone - Gilberto Gil - Herbert Vianna)
04 Melô do marinheiro (Bi Ribeiro - João Barone)
05 Marujo Dub (Bi Ribeiro - João Barone)
06 Selvagem? (Bi Ribeiro - João Barone - Herbert Vianna)
07 A dama e o vagabundo (Bi Ribeiro - Herbert Vianna)
08 There's a party (Herbert Vianna)
09 O homem (Bi Ribeiro - Herbert Vianna)
10 Você (Tim Maia)

O quarto disco do Paralamas era uma celebração à novidade que representava a própria banda, no também novo cenário brasileiro. O rock tinha tomado o país, e tomava agora a tradicional noite brasileira do festival de Montreux, na Suíça, na época uma das mais importantes festas da música internacional. Só lá era possível saber o que acontecia em boa parte do mundo e se inspirar com as cores do que os gringos começavam a chamar de world music…
O show encerrava uma bem-sucedida turnê, a de “Selvagem?”, que conciliou êxito de vendagens e de crítica. Portanto, o que se ouvia era uma fotografia sonora de uma banda feliz da vida com os rumos que a música a ela reservou. Havia espaço para cantar Jorge Ben, para citar João Bosco e Titãs, e ainda enfileirar clássicos instantâneos como Óculos, Ska e Meu Erro.
Além da alegria pelo bom momento, a viagem à Europa – a primeira da banda ao continente – foi precedida por uma temporada de ensaios e imersão no sítio de Bi, em Mendes, no interior do estado do Rio. Foi também a estréia do tecladista João Fera na discografia paralâmica, onde continua até hoje.


Os Paralamas também fizeram turnê pela América do Sul, ganhando popularidade em Argentina, Uruguai, Chile e Venezuela.

http://*www.*mediafire*.com/download/wc5kecmleculgij/1987+-+D.rar (precisa tirar os *)



01 Será que vai chover? (Herbert Vianna)
02 Alagados (Bi Ribeiro - João Barone - Herbert Vianna)
03 Ska (Herbert Vianna)
04 Óculos (Herbert Vianna)
05 O homem (Bi Ribeiro - Herbert Vianna)
06 Selvagem? (Bi Ribeiro - João Barone - Herbert Vianna)
07 Charles, anjo 45 (Jorge Ben)
08 A novidade (Bi Ribeiro - João Barone - Gilberto Gil - Herbert Vianna)
09 Meu erro (Herbert Vianna)
10 Será que vai chover? (Versão Estúdio) (Herbert Viana)


O primeiro impacto de Bora Bora era a capa super colorida. O segundo eram os metais que abriam o disco. Mas logo vinha a frase que desafiava os sentidos: “no beco escuro explode a violência”. Escuro? Violência? O disco não prometia alegria? Assim como em um drible de Garrincha, o quarto álbum de estúdio do Paralamas fazia que ia para um lado e jogava a bola para o outro o tempo inteiro. Era fossa ou era festa?
Uma boa análise para o disco podia ser a de que se tratava de uma continuação de “Selvagem?”, até mais radical no namoro com sons afro-caribenhos. Era uma análise correta. Agora, não era possível falar de “Bora Bora” sem levar em consideração a separação de Herbert de Paula Toller. Esse episódio jogava boa parte do disco, notadamente a segunda metade (o lado b do lp), para as pontas mais remotas do coração, onde a dor dóia mais.
“Bora Bora”, portanto, foi um disco definitivo em alguns sentidos. Herbert nunca mais largou o apreço pelas canções de amor, os Paralamas nunca mais largaram o naipe de metais, e a dupla jamaicana Sly & Robbie nunca mais deixou de ser a principal influência para a cozinha de Bi e Barone. Estava tudo lá, pronto para embalar a dança.

http://*www.*mediafire*.com/download/uefnzw2nae751vb/1988+-+Bora+Bora.rar (precisa tirar os *)


01 O beco (Bi Ribeiro - Herbert Vianna)
02 Bunda lê lê (Bi Ribeiro - João Barone - Herbert Vianna)
03 Bora-Bora (Herbert Vianna)
04 Sanfona (Bi Ribeiro - Herbert Vianna)
05 Um a um (Edgar Ferreira)
06 Fingido (Herbert Vianna) 
07 Don’t give me that (Bi Ribeiro - Peter Clarke - Herbert Vianna)
08 Uns dias (Herbert Vianna)
09 Quase um segundo (Herbert Vianna)
10 Dois elefantes (Herbert Vianna)
11 Três (Herbert Vianna)
12 Impressão (Bi Ribeiro - João Barone - Herbert Vianna)
13 O fundo do coração (Herbert Vianna)
14 The can (Bi Ribeiro - Peter Clarke - Herbert Vianna)


O som de uma explosão pode ter vários significados, e neste disco o principal deles talvez seja a consolidação de um Paralamas não mais de três, mas de sete cabeças. Um bicho com a guitarra afiada e uma cozinha neguinha até a última ponta (esteja a ponta no gueto de mundo em que estiver), e também com um teclado detonador e o naipe de metais que ficou consagrado como o mais sincronizado do Brasil.
O Brasil de 89, aliás, era um país que não sabia mais votar para presidente, que não via no horizonte um fim para a hiperinflação, e que tinha acabado de por fim à censura. Aaaargh! Por que não uma bomba como solução? As letras provocativas de Herbert estavam longe de qualquer rabugice: muito mais uma ode à malandragem de quem sobrevive e tira onda, de quem resiste na boa. Daí o groove quente-pelando de baixo incansável e bateria toda quebrada, com as levadas de um teclado nervoso e solos precisos de sax-trompete-trombone. Suor de verão escorria, mesmo quando era hora de balada, ora mais bossa, ora mais jazz – afinal, a lição da fossa tinha sido bem aprendida em “Bora Bora”.
Nada previsível, nem nada inatingível. O hit Lanterna dos Afogados até hoje merece interpretações, e a audição dentro do disco inteiro só amplia as possibilidades. Como disse o então titã Arnaldo Antunes no release da época: “o pé que dança decodifica melhor o recado”.

http://*www.*mediafire*.com/download/cpd3okwly3qxhbi/1989+-+Big+Bang.rar (precisa tirar os *)


01 Perplexo (Bi Ribeiro - João Barone - Herbert Vianna)
02 Dos restos (Liminha - Herbert Vianna)
03 Pólvora (Herbert Vianna)
04 Nebulosa do amor (Herbert Vianna)
05 Vulcão Dub (Bi Ribeiro - João Barone - Herbert Vianna)
06 Se você me quer (Herbert Vianna)
07 Rabicho do cachorro rabugento (Bi Ribeiro - João Barone - Herbert Vianna)
08 Esqueça o que te disseram sobre o amor (Vai ser diferente) (João Barone - Herbert Vianna)
09 Lanterma dos afogados (Herbert Vianna)
10 Bang bang (Herbert Vianna)
11 Lá em algum lugar (Herbert Vianna)
12 Jubiabá (A.Robert - L.Kitchner)
13 Cachorro na feira (Bi Ribeiro - João Barone - Herbert Vianna)

Entre a ressaca nacional do Plano Collor e a ressaca pessoal cantada na faixa de abertura de “Os grãos” (Tribunal de Bar), as cores de “Bora Bora” tinham se perdido de vez. Tudo andava mais cinza e sem cor. O país duvidava de si e a empolgação dos primeiros anos democráticos se perdia após uma eleição presidencial controversa. Com as poupanças confiscadas e pouco dinheiro circulando, todas as vendagens de discos caíram no Brasil. Nesse embalo, o rock nacional – grande responsável pelas vendagens da década de 80 – entrava em xeque.
Neste disco, até certo ponto catártico, os Paralamas expurgaram alguns de seus fantasmas, jogaram muita coisa fora para tentar deixar a casa melhor assim. “Os grãos” também ficou marcado por apostar numa maior qualidade sonora, no estabelecimento de uma nova fronteira de áudio para discos brasileiros, além de abrir mais portas para a entrada de samplers e programações eletrônicas. Definitivamente, apostar em uma mudança daquelas não era a atitude mais prudente em tempos de crise, mas manter a prudência também não era exatamente uma prioridade dOs Paralamas.
A baixa vendagem e as críticas pesadas de parte da imprensa deixaram sequelas. As portas fechadas no Brasil e o sucesso da versão de Trac trac, de Fito Paez, levaram o grupo a se aproximar ainda mais da Argentina. “Os grãos” se tornou um dos discos menos ouvidos da banda e deixou faixas como relíquias, lembradas pelos fãs mais ávidos como algumas das melhores canções da banda, entre elas Vai valer, Não adianta, Ah Maria e Tendo a Lua.

http://*www.*mediafire*.com/download/m1s9l8kv7cuqkru/1991+-+Os+Graos.rar (precisa tirar os *)


01 Tribunal de bar (Bi Ribeiro - Herbert Vianna)
02 Sábado (Herbert Vianna)
03 Tendo a lua (Herbert Vianna)
04 Os grãos (Demétrio Bezerra - Herbert Vianna)
05 Carro velho (Herbert Vianna)
06 Vai valer (Herbert Vianna)
07 Trac trac (Fito Paez)
08 O rouxinol e a rosa (Herbert Vianna)
09 A outra rota (Herbert Vianna)
10 Dai-nos (Herbert Vianna)
11 Ah, Maria (Herbert Vianna)
12 Não adianta (Herbert Vianna)
13 Trinta anos (Herbert Vianna)

Ê Batumaré é o primeiro álbum solo de Herbert Vianna lançado no ano de 1992 pela EMI.
Gravado em uma garagem sem tratamento acústico e num equipamento semi profissional (como está escrito no próprio encarte), o álbum tem como influência a música nordestina, servindo até como molde para o álbum seguinte dos Paralamas do Sucesso em 1994. Comercialmente, foi recebido com frieza e sendo considerado também como experimental. Contém sucessos como Lição de Astronomia e O Rio Severino.

1992 - Ê Batumaré (disco solo Herbert Vianna)
http://*www.*mediafire*.com/download/1yidg4cub46uele/1992+-+E+Batumare.rar (precisa tirar os *)

Image result for herbert vianna e batumare


01 A Nova Cruz (Herbert Vianna)
02 The scientist writes a letter (Tom Verlaine)
03 O Rio Severino (Herbert Vianna)
04 Qualquer Palavra Serve (Herbert Vianna)
05 Mobral (Herbert Vianna)
06 Lição de Astronomia (Herbert Vianna)
07 A Dureza Concreta (Herbert Vianna)
08 O Retirante Harry-Dean (Herbert Vianna)
09 Rio 92 (Herbert Vianna)
10 Impressão (Herbert Vianna - João Barone - Bi Ribeiro)
11 A Primeira Neve (Herbert Vianna)



“Severino” ficou conhecido como um dos discos mais difíceis dos Paralamas, e marcou o auge da distância entre a recepção calorosa na Argentina e a fria no Brasil. Por aqui, as músicas mal entraram na programação das rádios, as vendagens foram ainda tímidas para o status que a banda tinha conquistado, mas os shows ficaram lotados. Por lá, de cara a faixa Dos Margaritas estourou e nenhum hermano conseguiu entender onde o público brasileiro andava com a cabeça.
Herbert trouxe do primeiro disco-solo o mergulho no Brasil profundo atrás de ritmos mais rústicos. Ao mesmo tempo, o disco foi produzido na Inglaterra, com o ex-guitarrista da Roxy Music, Phil Manzanera, e teve a participação do brasileiro Chico Neves em batidas eletrônicas. Nas letras, puxou poemas de forte temática social – influência escancarada de Cabral de Mello Neto – e os misturou a baladas em português e em castelhano. Os convidados do disco foram uma boa mostra do que a banda queria amarrar no momento: o baiano Tom Zé, o fluminense Egberto Gismonti, o argentino Fito Paez, o inglês Brian May, a também inglesa Reggae Philarmonic Orchestra e o jamaicano Linton Kwesi Johnson. Entre tantas influências, estava dada mais uma guinada reforçando a personalidade da banda.
A capa merecia uma menção especial: foi a primeira da banda a explicitar a preocupação com um olhar artístico. A apropriação creditada do trabalho do artista esquizofrênico Bispo do Rosário mereceu aplausos e críticas pesadas na imprensa – o que acabou dividindo atenções com a música. A História (com agá maiúsculo) tratou de deixar claro que o som do disco tinha mesmo na obra do Bispo um perfeito espelho: ao mesmo tempo cru e sofisticado, seco, direto e abstrato.


http://*www.*mediafire*.com/download/z9mcc9jfesm7zfe/1994+-+Severino.rar (precisa tirar os *)


01 Não me estrague o dia (Bi Ribeiro - Herbert Vianna)
02 Navegar impreciso (Herbert Vianna)
03 Varal (Herbert Vianna)
04 Réquiem do pequeno (Herbert Vianna)
05 Vamo batê lata (Herbert Vianna)
06 El vampiro bajo el sol (Fito Paez - Herbert Vianna)
07 Músico (Bi Ribeiro - Tom Zé - Herbert Vianna)
08 Dos margaritas (Bi Ribeiro - Herbert Vianna)
09 O rio Severino (Herbert Vianna)
10 Cagaço (Bi Ribeiro - Herbert Vianna)
11 O amor dorme (Herbert Vianna)
12 Go back (Sergio Brito - Torquato Neto)
13 Casi un segundo (Herbert Vianna)


A década de 90 já ia pela metade, e o Paralamas ainda não tinha conseguido repetir um sucesso de vendagens igual ao dos anos 80. Em 95, o real valia tanto quanto o dólar, comprar disco estava ao alcance de quem vivia de mesada – e ainda dava pra tomar um sorvete no caminho de volta pra casa. As gravadoras investiam em bandas novas, e em projetos com bandas mais crescidinhas para reapresentá-las a um público de jovens.
“Vamo Batê Lata” foi o segundo lançamento ao vivo do Paralamas. Reuniu clássicos como Meu Erro e Lanterna dos Afogados a sucessos que não tinham atingido o potencial como Dos Margaritas e Rio Severino, e ainda versões para Tim Maia, Alceu Valença e Jackson do Pandeiro. Estavam lá o carisma de palco da banda, os improvisos de Herbert em cima das letras e os ecos de Jamaica-África-Brasil. A guitarra tinha voltado à frente do som. Mais do que o repertório, no entanto, a atração era a vibração da platéia empurrando o show para cima. A banda ia aonde o povo estava, e sem mudar rumo nenhum da prosa. Fora os prêmios, o álbum ainda chegou a vender em um dia o que o anterior tinha vendido em um ano.
No segundo disco do pacote – um EP brinde com quatro inéditas – vinha a primeira parceria do Paralamas com Carlinhos Brown e Djavan; uma aula de amor maduro que ensinou muita gente hoje nos trinta anos a saber vencer a insegurança; um rap anti-corrupção que incomodou Brasília; e um rockzinho sobre os bons momentos da vida. Clássicos da vida de uma geração que já via MTV com a mesma frequência com que ainda escutava rádio.

http://*www.*mediafire*.com/download/5ut3frm1e39fq0u/1995+-+Vamo+Bate+Lata+Ao+Vivo.rar (precisa tirar os *)




01 A novidade (Bi Ribeiro - João Barone - Gilberto Gil - Herbert Vianna) 
02 Dos margaritas (Bi Ribeiro - Herbert Vianna)
03 Vamo batê lata (Herbert Vianna) 
04 Alagados (Bi Ribeiro - João Barone - Herbert Vianna)
05 Caleidoscópio (Herbert Vianna) 
06 Meu erro (Herbert Vianna)
07 Trac-trac (Fito Paez - Herbert Vianna)
08 O Rio Severino (Herbert Vianna) 
09 Lanterna dos afogados (Herbert Vianna)
10 Um a um (Edgar Ferreira) 
11 O beco (Bi Ribeiro - Herbert Vianna)
12 Romance ideal (Martim Cardoso - Herbert Vianna) 
13 Não me estrague o dia (Bi Ribeiro - Herbert Vianna) • Mus.Inc.”Sol e chuva”(Alceu Valença)

DISCO 2

01 Uma brasileira (Carlinhos Brown - Herbert Vianna)
02 Saber amar (Herbert Vianna)
03 Luiz Inácio (300 picaretas) (Herbert Vianna)
04 Esta tarde (Herbert Vianna)

Era o primeiro disco em estúdio após a experiência radical de “Severino” – que alijara a banda das rádios brasileiras – e o sucesso fulminante de “Vamo Batê Lata” – que os trouxera de volta. Somando os pedaços do que o passado recente tinha deixado, “Nove Luas” levou o grupo a uma assinatura musical definitiva. Depois de inaugurar a percepção da latinidade no rock brasileiro e voltar a estourar no momento em que uma nova geração de bandas consolidava a mistura de ritmos nacionais como o caminho inevitável, o grupo juntou tudo isso para criar uma linguagem adulta, sem perder a doçura pop.
Na época em que nasciam os primeiros filhos, vinham junto e a reboque as reflexões inevitáveis na vida de quem passa a ser pai. Entre os naipes acelerados de Loirinha bombril na abertura do disco, passando pelo coro de pastoras de samba em Outra beleza até chegar na reflexão sobre o processo de separação já na terceira idade de Na nossa casa, há um jogo constante entre as tentações e prazeres da vida adulta e a dor da inocência perdida. É nesse espaço que os Paralamas se encontravam. Da abstração lúdica de quem sonha sair para ver o céu e se perder entre as estrelas (Busca Vida) e acorda no cotidiano pálido de uma vida que insiste em servir um velho ritual que serve a tantos outros (O caminho pisado). A banda ainda ainda te convida a dar um sorriso quando entender que basta se aceitar do jeito que se é, entre limitações e desejos comuns (Seja você), e que mesmo as coisas mais sólidas podem se desmanchar no ar diante da força do acaso (Um pequeno imprevisto).
Convidando ainda uma série de artistas plásticos a dar suas leituras para o nome “Nove luas” e fazendo uma série de belos videoclipes (Loirinha Bombril, Outra beleza, La Bella Luna e Busca vida), neste álbum os Paralamas consagraram de vez sua relação com as artes visuais. E mais do que isso: pavimentaram bem o caminho e aproveitaram muito bem a chance de voltar ao topo.

http://*www.*mediafire*.com/download/fazk8ay2kw34iaa/1996+-+Nove+Luas.rar (precisa tirar os *)


01 Lourinha Bombril (Parate y mira) (D.Blanco - Bahiano)
02 Outra beleza (Lulu Santos - Herbert Vianna)
03 La bella luna (Herbert Vianna)
04 De música ligeira (De musica ligera) (G.Cerati - Bosio)
05 Capitão de indústria (Paulo Sergio Valle - Marcos Valle)
06 O caminho pisado (Herbert Vianna)
07 Busca vida (Herbert Vianna)
08 O caroço da cabeça (Marcelo Fromer - Herbert Vianna - Nando Reis)
09 Sempre te quis (Herbert Vianna)
10 Seja você (Herbert Vianna)
11 Na nossa casa (Herbert Vianna)
12 Um pequeno imprevisto (Thedy Correia - Herbert Vianna)

1997 - Santorini Blues (disco solo Herbert Vianna)
http://*www.*mediafire*.com/download/j7v2ty314asi7l5/1997+-+Santorini+Blues.rar (precisa tirar os *)


01 Dos Margaritas (Herbert Vianna - Bi Ribeiro)
02 Speed Racer (Herbert Vianna - Fernanda Abreu - Fábio Fonseca)
03 Round and Round (Herbert Vianna)
04 Pólvora (Herbert Vianna)
05 Tweety (Herbert Vianna)
06 Annie (Eric Clapton - Kate Lambert - Ronnie Lane)
07 Por Siete Vidas [Caceria] (Fito Paez)
08 A Palavra Certa (Herbert Vianna - Paula Toller - George Israel)
09 Uns Dias (Herbert Vianna)
10 Luca (Herbert Vianna)


A vontade de fazer um disco acústico já era tema nas internas dOs Paralamas desde 1993. Enquanto eles estavam na estrada para divulgar o álbum “Nove Luas”, os Titãs reviravam o país e as paradas de sucesso com um êxito impressionante. Isso tudo tornava a sombra do assunto permanente na mente da banda. “Hey Na Na” dá continuidade a uma série de experiências mais próximas ao formato acústico iniciadas por Herbert em “Santorini Blues”, seu segundo disco solo, lançado um ano antes.
http://*www.*mediafire*.com/download/d7rq3vn5651cz9e/1998+-+Hey+Na+Na.rar (precisa tirar os *)


01 Por sempre andar (Herbert Vianna)
02 Depois da queda o coice (Herbert Vianna)
03 O trem da juventude (Herbert Vianna)
04 Brasília (Herbert Vianna)
05 O amor não sabe esperar (Herbert Vianna)
06 Ela disse adeus (Herbert Vianna)
07 Scream poetry (Bi Ribeiro - Chico Science - Herbert Vianna)
08 Viernes 3 AM (Charly Garcia - Herbert Vianna)
09 Um dia em Provença (Thedy Correa - Herbert Vianna)
10 Santorini blues (Herbert Vianna)

Foram necessários uns dois anos até que o Paralamas concluísse estar pronto para encarar um Acústico, formato que para muitos estava desgastado. Barão e Legião tinham tocado sem eletricidade para a MTV, Moraes e Gil tinham até lançado disco Unplugged e, principalmente, o Titãs.Nesses dois anos, a banda ensaiou, experimentou músicas em apresentações menores e praticamente surpresa, e caprichou no visual. O clima do “Acústico Paralamas” era de baile, quente, com salsa, funk, e mesmo as baladas (elas não podiam deixar de estar lá) tinham momentos de pegada mais forte, de andamento mais acelerado. Os metais eram fundamentais. O legionário Dado Villa-Lobos acompanhava a banda o tempo todo, e Zizi Possi era a única convidada, na hora de reinventar a Meu Erro que ninguém podia imaginar diferente. Mas, prestando atenção, dava pra perceber presenças ilustres de espíritos como os de Chico Science, Tim Maia, James Brown, Beto Guedes e Renato Russo.
O repertório, aliás, foi uma das maiores preocupações para o disco. A idéia nunca foi ter uma nova compilação de sucessos, daí a escolha por composições do Herbert gravadas fora do Paralamas, ou músicas que tivessem passado batidas pelos discos de carreira da banda. Mais do que uma chance de repetir, a opção foi a oportunidade de redescobrir.

http://*www.*mediafire*.com/download/i73ey6be3em4fiu/1999+-+Acustico+MTV.rar (precisa tirar os *)


01 Vulcão dub (Bi Ribeiro - João Barone - Herbert Vianna)
• Fui eu (Herbert Vianna)
02 O trem da juventude (Herbert Vianna)
03 Manguetown (Lucio Maia - Dengue - Chico Science)
04 Um amor, um lugar (Herbert Vianna)
05 Bora-Bora (Herbert Vianna)
06 Vai valer (Herbert Vianna)
07 I feel good (James Brown)
• Sossego (Tim Maia)
08 Uns dias (Herbert Vianna)
09 Sincero breu (Sidan Silv - Mário Moura - C.A. - Pedro Luiz - Celso Alvim)
10 Meu erro (Herbert Vianna)

11 Selvagem (Bi Ribeiro - João Barone - Herbert Vianna)
12 Brasília (Herbert Vianna)
13 Tendo a lua (Tetê Tillett - Herbert Vianna)
14 Que país é este (Renato Russo)
15 Navegar impreciso (Herbert Vianna)
16 Feira moderna (Beto Guedes - Lô Borges - Fernando Brant)
17 Lourinha Bombril (Parate y mira) (D.Blanco - Bahiano)
18 Vamo batê lata (Herbert Vianna)
19 Life during wartime (David Byrne)
20 Nebulosa do amor (Herbert Vianna)
21 Caleidoscópio (Herbert Vianna)

Em 2000, após a longa turnê do Acústico MTV, Herbert lança seu terceiro disco, O Som do Sim, cheio e participações especiais, como  Cássia Eller, Fernanda Abreu, Nana Caymmi, Sandra de Sá e Marcos Valle.

2000 - O Som do Sim (disco solo Herbert Vianna)
http://*www.*mediafire*.com/download/fqqf7fci5on7r5z/2000+-+O+Som+do+Sim.rar (precisa tirar os *)



01 O Muro (Herbert Vianna - Black Alien)
02 História de uma Bala (Herbert Vianna)
03 Vamos Viver (Herbert Vianna)
04 Partir, andar (Herbert Vianna)
05 Mr. Scarecrow (Herbert Vianna)
06 Hoje Canções (Herbert Vianna - Paulo Sérgio Valle)
07 A Mais (Herbert Vianna - Pedro Luís)
08 In Between Days (Robert Smith)
09 Eu não sei Nada (Herbert Vianna)
10 Um Truque (Herbert Vianna)
11 Une Chanson Triste (Herbert Vianna)


Se a prioridade após o acidente em janeiro de 2001 era o reestabelecimento das condições de saúde de Herbert, a força dele fez com que em menos de um ano a banda já pensasse em um novo álbum. Dizia-se que a música vinha ajudando o vocalista a reestabelecer as conexões com o passado, que vinha sendo parte fundamental do tratamento. Mas e aí? Restaria alguma relevância num novo trabalho dos caras? Teria sido melhor parar?
Bem, pra responder a essas perguntas Herbert precisou de apenas um verso e um riff de guitarra repetidos, em 35 segundos. Era O calibre. Como se não houvesse amanhã (nem ontem) ele surgia cantando “Eu vivo sem saber até quando ainda estou vivo/ sem saber o calibre do perigo/ eu não sei da onde vem o tiro” seguido por uma guitarra de dar orgulho em Jimmy Page, acabavam com qualquer sombra de dúvidas. Os caras tinham voltado.
O álbum se chamava “Longo caminho”. Todos os significados que essa expressão possa tomar dispensam explicações sobre sua escolha. A estrada havia sido longa e ainda haveria de ser. As fotos da contracapa mostram a banda no meio da estrada, nem no início, nem no fim. A vida se renovava e um novo ciclo se iniciava. Herbert reaprendia a se relacionar com as distorções. Os pedais de efeitos de sua guitarra davam lugar a programações disparadas manualmente. Bi e Barone vinham com uma sede assustadora e o resultado era denso. Muitas músicas apresentavam só o trio tocando como no início da carreira. De certa forma, “Longo caminho” era realmente um recomeço. As músicas que já estavam compostas antes do acidente foram completadas por uma versão de Paul Weller (Running on the spot), que eles gostavam de tocar quando se juntavam nas sessões de recuperação de Herbert. As letras em inglês (Hinchley Pond) e em espanhol (La estación) somadas às baladas-hits (Cuide bem do seu amor, Seguindo estrelas) entravam na mistura que sentenciava que os caras estavam realmente de volta e ia ser ruim de segurar.

2002 - Longo Caminho
http://*www.*mediafire*.com/download/ytn37yy7oyt8ksk/2002+-+Longo+Caminho.rar (precisa tirar os *)




01 O calibre (Herbert Vianna)
02 Seguindo estrelas (Herbert Vianna)
03 Longo caminho (Herbert Vianna)
04 Soldado da paz (Herbert Vianna)
05 Cuide bem do seu amor (Herbert Vianna)
06 Amor em vão (Tudo passará) (Herbert Vianna)
07 Flores no deserto (Herbert Vianna)
08 Running on the spot (Paul Weller)
09 Flores e espinhos (Herbert Vianna)
10 La estación (Herbert Vianna)
11 Hinchley Pond (Herbert Vianna)

Os Paralamas sempre foram uma banda de palco. Lá sempre foi o terreno sagrado do trio. Mesmo depois dos primeiros sinais de recuperação de Herbert, vê-lo com sua turma no palco ainda parecia um sonho distante e até pouco importante diante do milagre que já dava sinais de estar acontecendo. Depois da apresentação surpresa durante um show do Reggae B no Ballroom, no Rio de Janeiro, e de uma apresentação para fãs gravada nos estúdios da Rede Globo, no Projac, e transmitida no programa Fantástico, o país que tanto se solidarizara com o drama de 2001, recebia de volta aquela pressão sonora e aqueles sorrisos já conhecidos.
A intimidade com que os fãs sempre lidaram com a banda se transformava em afeição extrema em todas cidades que voltavam a recebê-los. A carga de carinho e comoção desmedida se tornava frequente. Conforme a turnê avançava pelo país, tornava-se imprescindível registrá-la e assim foi feito. No dia 14 de novembro de 2003, no Olympia, em São Paulo, uma grande festa foi preparada para servir de lembrança daqueles dias. “Uns Dias Ao Vivo” teve a participação de diversos amigos e parceiros. Só no palco foram nove: Frejat, Edgard Scandurra, Andreas Kisser, Paulo Miklos, Nando Reis, George Israel, Djavan, Black Alien e Dado Villa-Lobos. Herbert abriu a noite resumindo o espírito que guiaria aquele registro: “Pra gente é uma alegria sobrenatural a coisa de ter uma relação tão forte, de irmãos, e ter já um pouco mais de vinte anos nos corações de vocês. Muito obrigado por toda essa força!”
Os registros viraram CD duplo e DVD. No CD 1, o repertório mesclava os grandes sucessos com as músicas que mais se destacaram em “Longo Caminho”. No CD 2 era só festa, só hits enfileirados e passando por toda carreira. E mais sorrisos, sorrisos, sorrisos… A amizade, a volta e a vida estavam devidamente celebradas!

http://www.mediafire.com/download/5mzga42ce3oo6zn/2004+-+Uns+Dias.rar (precisa tirar os *)



DISCO 1

01 O Calibre (Herbert Viana)
02 Running On The Spot (Paul Weller)
03 Trac Trac (Fito Paez)
04 Mensagem de Amor (Herbert Viana)
05 Selvagem (Herbert Viana - Bi Ribeiro - João Barone)
06 Soldado da Paz (Herbert Viana)
07 Que País é Este? (Renato Russo)
08 Seguindo Estrelas (Herbert Viana)
09 Meu Erro (Herbert Viana)
10 Cuide Bem do Seu Amor (Herbert Viana)
11 Longo Caminho (Herbert Viana)
12 Tendo a Lua (Herbert Viana - Tetê Tillet)
13 Será Que Vai Chover (Herbert Viana) - Assaltaram a Gramática (Lulu Santos - Waly Salomão) - O Filho Pródigo (Black Alien)


DISCO 2

01 Dos Margaritas (Herbert Viana - Bi ribeiro)
02 Depois da queda o Coice (Herbert Viana)
03 Ska (Herbert Viana)
04 La Bella Luna (Herbert Viana)
05 Uns Dias (Herbert Viana)
06 Caleidoscópio (Herbert Viana)
07 Ela disse Adeus (Herbert Viana)
08 Lanterna dos Afogados (Herbert Viana)
09 Uma Brasileira (Herbert Viana - Carlinhos Brown)
10 O Beco (Herbert Viana - Bi Ribeiro)
11 Alagados (Herbert Viana - Bi Ribeiro - João Barone)
12 Lourinha Bombril (Diego Blanco - Baiano)
13 Mensagem de Amor (Herbert Viana)


Em 2005, os Paralamas lançam Hoje, o primeiro com músicas totalmente inéditas. A recepção foi boa e músicas como "2A", "Na Pista" e "De Perto" fizeram sucesso, embora não tenham sido grandes hits. Embora o disco voltasse a trazer um som mais solar, com a volta do uso de metais, não esquecia a parte pesada que havia sido abordada em Longo Caminho, em canções como "220 Desencapado", "Ponto de Vista" - que contou com o auxílio de Andreas Kisser, guitarrista do Sepultura - e "Fora de Lugar". Ainda havia uma regravação de "Deus lhe Pague", de Chico Buarque, escolhida numa votação no site oficial da banda.
A urgência de afirmar que o acidente de ultraleve não ia impedir o Paralamas de continuar na estrada conduziu este disco tão indispensável ao fã. Foram as primeiras composições de Herbert na cadeira de rodas, e elas mantiveram a pegada de gerar da mesma concepção baladas, rocks e músicas de gueto. Velada ou explicitamente, a saudade de Lucy estava presente o tempo todo no som.
Se a banda sempre foi considerada uma grande turma, entrosada e unida, "Hoje" foi o álbum onde Herbert mais expôs a cumplicidade que o Paralamas tem com o público, com o fã. As letras eram de uma intimidade que só podia ser comparada à de "Bora Bora" – o peito estava aberto à espera de força, de impulso.
Outro desafio do disco era se abrir ao mundo em que a internet já ditava o ritmo da música. Se a necessidade de estar produzindo e de volta ao jogo precisava estar gritada no título, na capa, e no sangue do olhar, chegar aos ouvidos das caixinhas de som do computador era imprescindível. Uma das faixas-bônus do disco é um remix, e outra foi escolhida pelo público no site da banda.
No início de 2006, foi lançado o DVD Hoje Ao Vivo, contendo um show da banda (feito sem platéia, no Pólo de Cinema e Vídeo, no Rio de Janeiro), com as músicas do disco, além de duas versões para "O Muro", música que Herbert gravara em O Som do Sim, disco solo de 2000, e Busca Vida.
Ainda em 2006, é lançado documentário sobre Herbert Vianna, Herbert Bem de Perto. A direção é de Roberto Berliner, que também dirigiu o DVD.

2005 - Hoje
http://*www.*mediafire*.com/download/moashqgruvf3xfp/2005+-+Hoje.rar (precisa tirar os *)


01 2 A (Herbert Vianna)
02 Pétalas (Herbert Vianna - Bi Ribeiro - João Barone - Nando Reis)
03 Na Pista (Herbert Vianna)
04 Soledad Cidadão (Herbert Vianna - Pedro Luis) 
05 Passo Lento (Herbert Vianna - Bi Ribeiro - João Barone)
06 De Perto (Herbert Vianna) 
07 Ao Acaso (Herbert Vianna - Bi Ribeiro - João Barone) 
08 Hoje (Herbert Vianna - Bi Ribeiro - João Barone)
09 Fora do Lugar (Herbert Vianna - Bi Ribeiro - João Barone)
10 220 Desencapado (Herbert Vianna - Bi Ribeiro - João Barone)
11 Ponto de Vista (Herbert Vianna) 
12 Deus Lhe Pague (Chico Buarque)
13 Ao Acaso Dub (Herbert Vianna - Bi Ribeiro - João Barone)


Fazer 25 anos no rock brasileiro não é para qualquer um. Quem além do Paralamas tem esse privilégio? Exatamente. Era uma data que não podia passar batida, e os irmãos Paralamas e Titãs se juntaram à mesa para dividir a conta e multiplicar os amigos. O plano de Herbert, Bi e Barone era gravar um disco que já ia bem encaminhado (que viria a ser um ano depois o “Brasil Afora”), mas a turnê foi se espalhando além do planejado, e gravar a festa da reunião se tornou mais do que natural. Não se podia frustrar a expectativa de tanta gente, afinal.
Como em toda boa festa, coube mais e mais gente. Além dos oito das duas bandas somadas – o que inclui duas baterias simultâneas e coordenadas – subiram ao palco Samuel Rosa, Arnaldo Antunes e Andréas Kisser. O que se ouve enfileirado é a história daqueles caras e um pouco mais: a história da juventude brasileira sempre renovada desde que a ditadura militar começou a perder força, lá no começo dos anos 80.
Cada clássico recriado pelos oito (são dezenove faixas, sendo duas de músicas emendadas) é uma fotografia carregada de memórias, ensinamentos, planos, gritos, lágrimas, danças, encontros, desencontros, altos, baixos, conversas, sonhos. Uma festa daquelas.

http://*www.*mediafire*.com/download/fsax7wh7y72c05x/2008+-+25+Anos+ao+Vivo.rar (precia tirar os *)


01 Diversão (Sergio Britto - Nando Reis)
02 O Calibre (Herbert Vianna)
03 Marvin (Ronald Dunbar, General N. Johnson - vrs: Sergio Britto - Nando Reis)
04 Selvagem (Herbert Vianna - Joao Barone - Bi Ribeiro) - Policia (Toni Bellotto)
05 Uma Brasileira (Herbert Vianna - Carlinhos Brown)
06 A Novidade (Paralamas - Gilberto Gil)
07 Homem Primata (Sergio Britto - Nando Reis - Marcelo Fromer - Ciro Pessoa)
08 Loirinha Bombril (D.Blanco - Bahiano)
09 Cabeça Dinossauro (Paulo Miklos - Branco Mello - Arnaldo Antunes)
10 A Melhor Banda de Todos os Tempos da Última Semana (Sergio Britto - Branco Mello)
11 O Beco (Herbet Vianna - Bi Ribeiro)
12 Trac-Trac (Fito Paez - vrs: Herbet Vianna)
13 Go Back (Torquato Neto - Sergio Britto)
14 Comida (Marcelo Fromer - Sergio Britto - Arnaldo Antunes)
15 Lugar Nenhum (Arnaldo Antunes - Charles Gavin - Marcelo Fromer - Sergio Britto - Toni Bellotto)
16 Óculos (Herbert Vianna)
17 Sonífera Ilha (Branco Mello - Marcelo Fromer - Toni Bellotto - Carlos Barmak, Ciro Pessoa) - Ska (Herbert Vianna)
18 Meu Erro (Herbert Vianna)
19 Flores (Charles Gavin - Toni Bellotto - Paulo Miklos - Sergio Britto)


O disco começa com um naipe de metais de skazinho e termina com uma guitarra distorcida. Mais do que uma viagem pelo Brasil, como indica a música que batiza o álbum, é uma jornada pelo melhor e o melhor dos Paralamas.Se for olhar nas composições, tem o Herbert sozinho, tem ele com parceiros, tem versão dele pro amigo argentino (Fito Paez), e tem músicas só de parceiros. Se for olhar nos arranjos, tem os Paralamas purinhos: só o trio. Mas tem também música levada no teclado de João Fera, climas criados em percussão árabe, a famosa sessão de metais em brasa e um convidado aqui e outro ali. Além disso, tem rock clássico, rock de garagem, tem ritmos brasileiros, tem cheiro de Jamaica e uma ou outra baladinha.
Portanto, “Brasil Afora” é uma revisão na carreira sem essa intenção. É a prova de que a estrada é a melhor escola, a melhor farmácia, e o melhor jeito de apontar para um futuro com tantas possibilidades quanto permite o repertório sereno e sem afobação do Paralamas. A identidade da banda é aquela mesma de grandes discos como “Passo do Lui”, “Selvagem?”, “Severino” ou “Hey Na Na”, com a confiança tranqüila de quem sabe o papel que tem na música brasileira.

http://*www.*mediafire*.com/download/brm88r868rle3m3/2009+-+Brasil+A+Fora.rar (precisa tirar os *)



01 Meu Sonho (Herbert Vianna)
02 Sem Mais Adeus (Carlinhos Brown - Alain Tavares)
03 A Lhe Esperar (Arnaldo Antunes - Lirinha)
04 El Amor (Fito Paez - vrs: Herbert Vianna)
05 Quanto Tempo (Carlinhos Brown - Michael Sullivan)
06 Aposte em Mim (Os Paralamas do Sucesso)
07 Mormaço (Os Paralamas do Sucesso)
08 Taubaté ou Santos (Os Paralamas do Sucesso)
09 Brasil Afora (Os Paralamas do Sucesso)
10 Tempero Zen (Herbert Vianna)
11 Tão Bela (Os Paralamas do Sucesso)

O nome do disco de estúdio já dava a pista: os Paralamas são de estrada. Sempre foi nos shows que a banda respirou, inspirou, se alimentou e nutriu os fãs. A parceria com casas cheias ou parques lotados, no interior ou na capital, naturalmente mereceria entrar no álbum de registros dos quase trinta anos Brasil afora. Brasil Afora. Não foi surpresa, nem foi pouca a expectativa: a turnê virou CD e DVD Ao Vivo.Ser simples e direto ao ponto era a difícil proposta a que os Paralamas se propuseram. E ninguém pode dizer que o objetivo não tá lá em cada parada do caminho. Da introdução que ganha a euforia do público enquanto Herbert não avisa que “alright”, tudo certo como sempre esteve, com um “céu bonito lilás”, até o encerramento com referência ao início de tudo (Vital e Sua Moto no DVD ou Óculos no disco): a viagem é longa.
Ainda bem. Não sei se já foi dito aqui, mas é ao vivo que o negócio pega fogo. E o baile tem, de carona na boleia do caminhão, um Zé Ramalho sorridente e uma Pitty linda como a noite. Sem contar com o já histórico João Fera, dando as coordenadas do percurso agora também no violão, e a dupla ronco-de-motor Monteiro Jr e Bidu Cordeiro soprando forte.
É simples como andar pra frente. Viajar é sair de casa e voltar mais completo. São só os Paralamas, mas eu gosto.

2011 - Brasil Afora Ao Vivo
http://*www.*mediafire*.com/download/2wl1uv3pag42mbo/2011+-+Brasil+Afora+Ao+Vivo.rar (precisa tirar os *)



01 Intro - Sem Mais Adeus (Carlinhos Brown - Alain Tavares)
02 Pólvora (Herbert Vianna)
03 O Beco (Herbert Vianna - Bi Ribeiro)
04 Cuide bem do seu Amor (Herbert Vianna)
05 Romance Ideal (Herbert Vianna - Martin Cardoso)
06 Tendo a Lua (Herbert Vianna)
07 Meu Sonho (Herbert Vianna)
08 A Lhe Esperar (Arnaldo Antunes - Lirinha)
09 Mormaço (Herbert Vianna - Bi Ribeiro - João Barone)
10 O Rio Severino (Herbert Vianna)
11 Caleidoscópio (Herbert Vianna)
12 Uns Dias (Herbert Vianna)
13 A Novidade (Herbert Vianna - Bi Ribeiro - João Barone - Gilberto Gil)
14 Quanto Tempo (Carlinhos Brown - Michael Sullivan)
15 Uma Brasileira (Herbert Vianna - Carlinhos Brown)
16 Óculos (Herbert Vianna)

Em 2012, Herbert lança seu quarto álbum solo: Victória.

2012 - Victória (disco solo Herbet Vianna)
http://*www.*mediafire*.com/download/fsrac4cqjbaxy0d/2012+-+Victoria.rar (precisa tirar os *)

Image result for herbert vianna victoria

01 Só Pra Te Mostrar (Herbert Vianna)
02 Pense Bem (Herbert Vianna)
03 Junto Ao Mar (Herbert Vianna)
04 Eu Não Sei Nada de Você (Herbert Vianna)
05 A Lua Que Eu Te Dei (Herbert Vianna)
06 Noites de Sol, Dias de Lua (Herbert Vianna)
07 Mulher Sem Nome (Herbert Vianna)
08 Pra Terminar (Herbert Vianna)
09 Penso em Você (Herbert Vianna)
10 Une Chanson Triste (Herbert Vianna)
11 Quando Você Não Está Aqui (Herbert Vianna - Paulo Sérgio Valle)
12 Canção Para Quando Você Chegar (Herbert Vianna - Leoni)
13 Vem Pra Mim (Herbert Vianna)
14 Nada Por Mim (Herbert Vianna - Paula Toller)
15 Se Eu Não Te Amasse Tanto Assim (Herbert Vianna - Paulo Sérgio Valle)
16 Um Amor, Um Lugar (Herbert Vianna)
17 Só Sei Amar Assim (Herbert Vianna)
18 Blues da Garantia (Herbert Vianna)
19 Sinto Muito (Herbert Vianna)
20 Derretendo Satélites (Herbert Vianna - Paula Toller)


Em 2013, a banda comemora 30 anos de carreira com uma turnê nacional em várias regiões do país, que também inspirou um documentário produzido pelo canal Bis, com depoimentos Dado Villa-Lobos, Thedy Corrêa, Rogério Flausino, José Fortes (Empresário), entre outros, além dos integrantes da banda.

Em agosto de 2014, em parceria com o canal Multishow e a gravadora Universal Music, a banda lança o álbum ao vivo Multishow ao Vivo Os Paralamas do Sucesso - 30 Anos, que registra em CD e DVD o espetáculo realizado durante a turnê de 30 anos no Citibank Hall, no Rio de Janeiro, no dia 26 de outubro de 2013 (que também havia sido transmitido ao vivo pelo canal à época).

2014 - 30 Anos - Multishow Ao Vivo
http://*www.*mediafire*.com/download/4fe9tv52obuaidz/2014+-+30+Anos+Ao+Vivo.rar(precisa tirar os *)


01 Alagados (Herbert Viana - Bi Ribeiro - João Barone)
02 Patrulha Nova - Cinema Mudo - Ska (Herbert Vianna)
03 Mensagem de Amor (Herbert Vianna)
04 Cuide bem do seu Amor (Herbert Vianna)
05 Busca Vida (Herbert Vianna)
06 Saber Amar (Herbert Vianna) - Romance Ideal (Martim Cardoso - Herbert Vianna)
07 Quase um Segundo (Herbert Vianna)
08 Meu Erro (Herbert Vianna)
09 Óculos (Herbert Vianna)
10 Lanterna dos Afogados (Herbert Vianna)
11 Ela Disse Adeus (Herbert Vianna)
12 Melô Do Marinheiro (Bi Ribeiro - João Barone)
13 Uma Brasileira (Carlinhos Brown - Herbert Vianna)
14 O Beco (Bi Ribeiro - Herbert Vianna)
15 Lourinha Bombril (D.Blanco - Bahiano)
16 Aonde quer que Eu Vá (Herbert Vianna)
17 Caleidoscópio (Herbert Vianna)
18 Vital e sua Moto (Herbert Vianna) - Police Medley

Após 8 anos sem lançar um álbum de inéditas, Os Paralamas lançam Sinais do Sim, álbum com 11 músicas.

2017 - Sinais do Sim
http://*www.*mediafire*.com/file/jv93t7xxwicunwa/2017_-_Sinais_do_Sim.rar/file (precisa tirar os *)


Image result for os paralamas sinais do sim


01 Sinais do Sim (Herbert Vianna, Bi Ribeiro e João Barone)
02 Itaquaquecetuba (Herbert Vianna, Bi Ribeiro e João Barone)
03 Medo do Medo (João Ruas e Capicua)
04 Não Posso Mais (Nando Reis)
05 Teu Olhar (Herbert Vianna, Bi Ribeiro e João Barone)
06 Contraste (Herbert Vianna, Bi Ribeiro e João Barone)
07 Ciando Pase El Temblor (Gustavo Cerati)
08 Corredor(Herbert Vianna, Bi Ribeiro e João Barone)
09 Blow The Wind (Herbert Vianna)
10 Olha A Gente Aí (Herbert Vianna, Bi Ribeiro e João Barone)
11 Sempre Assim (Herbert Vianna, Bi Ribeiro e João Barone)

Image result for os paralamas sinais do sim

Vímana

 


Os integrantes originais do Vímana eram oriundos de duas bandas: Módulo 1000 e Veludo (antes Veludo Elétrico), exceto Lobão.
Alguns fatos, não confirmados, apontam que Fernando Gama teria abandonado o Veludo e começou inicialmente ensaiando com Simas e Candinho para um projeto de uma banda pesada, algo na linha do Módulo 1000, só que mais trabalhado nos arranjos. E depois teria entrado Luiz Maurício (Lulu) por sugestão de Gama. Com essa formação, a banda tocava hard-rock, pois Lulu veio para injetar um pouco de influência bluseira e do rock tradicional. Mas, pouco depois, foi tomando uma linha progressiva, com influência de Yes, Gênesis, Emerson, Lake & Palmer e Mahavishinu Orchestra, cantado em português, o que era natural já que, na época, os Mutantes e O Terço ditavam as regras por aqui em termos de som. Como havia poucas composições, as músicas eram longas (praxe no rock progressivo).
O grupo tinha inúmeros problemas em casas de show, pois o seu som (sofisticado, tecnologicamente, para a época) com a indigência dos equipamentos de palco que eram usados. Luiz Paulo, por exemplo, era dono de uma das maiores novidades tecnológicas no Brasil em 1971: um sintetizador. Foi o segundo no Brasil e primeiro no Rio de Janeiro.Tinha também, um E.M.S inglês com matrix, o que impressionava muito nesse tempo.

As primeiras apresentações


Depois de vários ensaios, finalmente estreiam no reveillon de 73/74. Como disse Lulu, tempos depois, foi um “showzaço” no Jogo Caetano, Praça Tiradentes, centro do Rio. Nesse mesmo dia, os mais esperados eram os Mutantes (sem Rita e Arnaldo), O Terço (com Flávio Venturini) que fizeram o melhor show na ocasião e a banda O Peso. Seguiram-se outros shows como um em festival em Agosto de 74, talvez o mais expressivo, inicialmente, foi no Teatro João Caetano (RJ).
Um bom exemplo dessa fase pode ser visto na gravação do show histórico do Hollywood Rock em 75 (iniciativa de Nelson Motta de se fazer um dos primeiros festivais de rock no Brasil, mas, oficialmente, não se reconhece como o primeiro Hollywood Rock), show esse que pode ser encontrado em fitas piratas. A banda mostra técnica (principalmente nos teclados de Simas), mas, a iluminação não estava boa, até o Raul Seixas (que tocou mais tarde) reclamou. Infelizmente, o show foi marcado pelo desastre, já que o som deixou a banda na mão logo depois de tocarem a música “Perguntas”.
Tocaram também no dia: Rita Lee & Tutti-Frutti, A Bolha, Erasmo Carlos e Celly Campello.

Mudanças na banda


Nesse ano, sai Candinho, que resolveu entrar numa seita oriental seguindo um tal de guru Mahara-ji, e por pouco, a banda não termina por aí. Na verdade, ele teria sido demitido por incomodar os outros integrantes que comiam carne. Apesar da saída do baterista, agora como trio, o Vímana registraria suas participações em LP’s de outros artistas, como músicos de estúdio. Entre essas gravações destacam-se o disco “Ave Noturna” de Fagner, com as músicas “Riacho do Navio” e “Antonio Conselheiro”, sendo que nesse disco, Lobão toca como baterista freelancer, e nessas sessões teria conhecido Lulu e os outros. E também o disco “Eu queria ser um anjo” da cantora Luiza Maria na faixa “Maya”, com arranjo de Jim Capaldi (Ex-Traffic), com Rui Motta na bateria.
Na vontade de continuar a manter a banda ativa, Lulu, Simas e Gama resolvem procurar músicos para preencher as vagas de vocalista, já que Lulu estava disposto a abandonar o vocal e centralizar no trabalho de guitarrista, e fica em dúvida quanto a quem chamar para os postos. Para vocalista, não importavam a princípio se fosse uma cantora ou um cantor. Até que, entre uma das apresentações de bandas com influências progressivas no Rio de Janeiro, Lulu conhece Richard Court (Ritchie), flautista inglês, recém-demitido da Barca do Sol, e pensou se não seria interessante tê-lo na banda e quem sabe, fazer algo na linha do Jethro Tull. Lulu já tinha visto o inglês no grupo Scaladácida em show no Teatro do Zacharia em Sampa.
O convite que Lulu, Luiz Paulo e Gama fizeram a Ritchie hoje é histórico – os quatro se encontraram na Praça General Osório, em Ipanema no RJ, Lulu teria dito: “Ainda bem que você saiu daquela merda! (A Barca). Quer tocar com a gente?”. Depois de muito bate-papo na casa de Bernardo Vilhena, com quem Ritchie compunha na época, este topa entrar. Para agradar o inglês, Lulu teria levado “2 maria-moles!”.
Mas precisavam ainda de alguém para substituir Candinho. O grupo chegou a fazer uma tentativa com o baterista Azael Rodrigues, que tinha tocado no Scaladácida com Ritchie, mas não funcionou. Este teria dito que “não curtiu tanto assim a banda”. Depois disso seguiram-se outros bateristas, mas a ideia era colocar Rui Motta, só que este estava fixo nos Mutantes de Sérgio Dias já há algum tempo, até que, durante um ensaio, optaram por um garoto, que foi sugestão de Inácio Machado, um admirador do grupo, chamado João Luís Woedenbarg (depois apelidado de Lobão), de 17 anos, que estava mais a fim de tocar violão clássico e achava rock coisa de colonizado.
Para fazer esse teste, na hora acertada, Lobão chegou no extinto Casagrande trazendo a bateria semidesmontada dentro de um táxi Fusca. O restante do grupo obsevava... aí, o garoto “demoliu a bateria num solo meio Keith Moon”, como disse Lulu, “... e a gente achou aquilo fa-bu-lo-so” . Ritchie definiu como “um samba no ritmo da Mangueira”. Acabou agradando ao grupo que tinha que viajar com o espetáculo “Feiticeira”, de Marília Pêra, produzido pelo então marido da atriz, Nelson Motta. Porém, eles ainda eram apenas músicos contratados para o espetáculo, só que o empenho e a vontade do baterista fez o restante decidir que o grupo deveria continuar unido com o nome Vímana e assim prosseguiu.

Formação clássica

Essa foi a formação que mais durou (Gama, Lobão, Simas, Lulu e Ritchie), dessa vez como um quinteto, e que ficou predestinado como a formação clássica. Com o time formado, foram para São Paulo se apresentar no espetáculo musical-teatral “Feiticeira”, que apesar de ter sido um fracasso total, a atriz tinha uma banda fixa e a banda tinha local (Teatro Maison de France), aproveitando a temporada da peça, para ensaiar seu repertório. Acompanharam a atriz tanto na peça como em disco, mas somente em uma faixa: “Avô do Jabour”. O disco saiu pela Som Livre em 1975 com músicas de Jards Macalé, Jorge Mautner, Eduardo Dusek, entre outros.
Em São Paulo, ficaram num apartamento na Rua D. Antonia de Queiroz, bairro Consolação. Foi daí em diante que o grupo se fechou para a retomada.
A partir daí, a banda conquistava um público fiel e, finalmente, tinham estourado como uma banda relevante naquele cenário meio marginal do rock nacional. Chegaram a fazer shows lotados no Teatro Tereza Raquel, Teatro Casagrande, Teatro Galeria e no Museu de Arte Moderna (MAM), RJ. Basicamente, só tocavam no Rio, pois, de acordo com o livro BRock, de Artur Dapieve, “o equipamento era tão pesado que o jeito era ficar por lá mesmo”. Os problemas mais freqüentes eram sempre com o som e com a repressão do regime militar. O período era produtivo para o rock, (apesar da onda “disco”) e a banda abria shows de Hermeto Paschoal, Terreno Baldio e A Bolha.
Às vezes, ensaiavam também no sítio dos tios de Lobão, em Pedro do Rio (RJ).
Quando ainda estavam em São Paulo, tocaram na Fundação Getúlio Vargas na edição do Festival Banana Progressiva realizado no Teatro da Fundação nos dias 29 de Maio a 1º de Junho, porém, só no Rio é que eles obtiveram melhor aceitação, como na Sala Corpo do MAM e Teatro Tereza Raquel. Na ocasião do Banana Progressiva, os mesmos mal sabiam onde estavam em São Paulo, pois não conheciam a cidade.
Existe registro em vídeo dessa apresentação do grupo também, porém, este vídeo está em poder de um dos organizadores do evento. A TV Cultura já divulgou trechos dessa apresentação do grupo , o que, de certa forma, foi uma surpresa já que só era conhecido o registro do Hollywood Rock que mostra a primeira formação. Nesta, é a formação com Lobão e Ritchie. A imagem tinha qualidade baixa, mas de boa resolução e mostrava o grupo tocando sob uma forte luz vermelha.

Disco

Em 1977, como processo de teste, (a instalação do primeiro estúdio Level de 24 canais no Brasil, que eram equipamentos do recém-fundado estúdio da Som Livre e que teriam sido comprados do engenheiro americano Don Louis) a banda conseguiu gravar um LP inteiro, a convite de Guto Graça Melo, que era diretor musical do espetáculo de Marília Pêra. Na verdade, os integrantes do Vímana pediam a todo momento um tempo nesse recente estúdio para gravar suas músicas e os operadores do estúdio liberaram, o que caiu como uma luva para ambos, afinal, o grupo gravaria seu material enquanto o recente estúdio era montado e os equipamentos testados. Infelizmente, o LP nunca foi lançado - apesar das masters estarem em algum lugar -, ou seja, tanto trabalho pra nada. Como pretexto oficial, a gravadora disse que não lançaria, pois não haveria público para o disco. E hoje? Com certeza tem e muitos... Será que na época não teria mesmo?
Deste disco, a gravadora optou por lançar somente um compacto como carro-chefe seis meses depois. O compacto ficou sendo o único registro oficial da banda. As músicas: “Zebra (Lulu/Ritchie/Lobão) e “Masquerade” (Simas/Ritchie). 

1977 - On the Rocks
http://*www.*mediafire*.com/download/lp238330b3az2bm/1977+-+On+The+Rocks.rar (precisa tirar os *)


01 Perguntas
02 Masquerade
03 On the Rocks
04 Cada Vez
05 Zebra
06 Maya
07 Lindo Blue
08 Masquarade
09 Avô do Jabour
10 Perguntas
11 Riacho do Navio
12 Antonio Conselheiro
(*) estou procurando os compositores das músicas, caso alguém saiba, ficarei agradecido de me mandarem.

Recentemente, foi lançado numa coletânea do Lulu Santos, chamada E-Collection, a música Zebra. “O nome ‘Zebra’ escolheu-se porque só o fato de o disco sair já seria uma zebra para a gente”, ironiza Lobão.
Na época, foi mal divulgado e mal lançado e com erros de mixagem. Estima-se ter vendido no máximo 2000 cópias. Houve, também, um atraso considerável no lançamento do compacto. A intenção era distribuir uma cópia para cada pessoa do público num show no MAM, que estava lotado, ou seja, a Som Livre perdeu a chance de divulgar e não tentou corrigi na época.

Depois de tanta frustração com o fracasso do compacto, a banda se retirou para um sítio em Pedro do Rio (RJ) onde viviam do que plantavam. Porém, os ensaios ainda eram cada vez mais freqüentes. Lobão e Gama tocavam choros de Villa-Lobos, fazendo uma espécie de duo de violões que tinha até nome: “Duodeno!”. Luís Simas também desenvolvia novas possibilidades em seu instrumento, inclusive, nos shows ele tocava um tema chamado “Parece um chorinho” em piano solo, o que chamou atenção de críticos na época. Teve revista que anunciou coisas como: “Chorinhos já são ouvidos nos palcos do rock brasileiro”. O que prova que não havia radicalismo no estilo do grupo, que já começava a compor temas mais “funk” para se aproximar de algo mais comercial e atual para a época.

Infelizmente, essa tentativa também foi frustrante, pois, quando saiu o compacto, Lulu e Lobão saíram para divulgá-lo e foram atrás do grande Big Boy (famoso DJ na época que abria sempre seus programas com a frase “Hello, Crazy people! Aqui é Big Boy!”
Eles pediram que tocasse “Zebra” e o DJ teria dito “Ah é? E cadê a bufunfa?”, o que causou uma tremenda dor de cabeça aos dois na época, seguido depois de uma revolta que perdura até hoje. Curiosamente, Big Boy morreu nessa mesma época, em 1977.

O Começo do Fim!

Durante esse período, a banda conheceria Patrick Moraz (ex-tecladista do Yes que tocou no disco “Relayer”), que estava no Brasil a fim de pesquisar a cultura “exótica” do nosso país, inclusive, é dele os teclados da faixa “Avohai” de Zé Ramalho, além de participar de discos de outros artistas como Gilberto Gil. Os músicos do Vímana o conheceram quando este esteve no Rio de Janeiro, e apareceu no show do Vímana no colégio Bennett, sendo que o mesmo já tinha dado uma canja numa apresentação do grupo Veludo em um fantástico show no Teatro Tereza Raquel, em Março de 1975.
Os rapazes acharam o máximo e depois disso, Luís Paulo e Ritchie foram à Inglaterra levar uma cópia daquele que seria o disco inédito para Patrick ouvir. Um certo dia, Patrick ligou para Luís Simas e disse que tinha acabado de sair do Yes e que tinha planos de montar uma banda com eles, para espanto geral da turma.
Obviamente, eles ficaram impressionados com o interesse do tecladista suíço. Com ele, ensaiaram secretamente durante 9 meses em São Conrado (RJ) sem o Lulu, pois Lulu não estava nos planos de Patrick... dizem que o estilo de tocar dele e a sua personalidade incomodavam o gringo.
Ao que consta, eram sempre ensaios cansativos, com direito a aulas de contra-ponto e suítes progressivas longuíssimas (dizem até que o gringo chegou a dar compassos complexos no quadro negro para os músicos solfejarem, como 9/7, 7/3, 8/5). Moraz tinha como objetivo fazer a banda excursionar pela Europa e EUA, ao seu lado, e competir com o seu ex-grupo. Chegaram até a conhecer um dos diretores de uma gravadora inglesa. Tudo estava programado para que eles morassem na Europa.
É claro que isso era sensacional para uma banda que tinha uma vida hippie e estava vivendo anônima ao sucesso comercial. Mas, a chance não era para todos, o que dá entender que Patrick Moraz aproveitaria alguns dos integrantes para a “sua banda de apoio”. O mesmo chegou a dar entrevistas citando o nome de alguns membros do grupo e anunciando sua banda chamada “Patrick Moraz Band”. Outra lenda que corre é que Patrick Moraz queria, a princípio, fazer a banda tocar o repertório do seu disco recém lançado com um título meio estranho (The Story of I), só que a banda tinha que tirar de ouvido, pois não tinha nada na pauta.

1977 - Completo
http://*www.*mediafire*.com/download/62gk8pafk196n2s/1977+-+Completo.rar (precisa tirar os *)

01 Perguntas
02 Masquerade
03 On the rock
04 Cada vez
05 Zebra
06 Maya
07 Lindo Blues
08 Masquerade
09 Avô do Jabour
10Perguntas
11 Riacho do Navio
12 Antonio Conselheiro
13 Speedway
Vímana with Patrick Moraz

01 Tem Gringo no Choro *
02 Kuluene *
03 Marimba *
04 Cromática *
05 Just a matter of time *
(*) estou procurando os compositores das músicas, caso alguém saiba, ficarei agradecido de me mandarem.


The End

Chega o começo de 1978, o estresse se generalizou no grupo, as brigas se tornaram constantes e a paciência se esgotou. Lulu (que já não estava na banda há quase 9 meses) percebeu que não iria dar em nada ficar enclausurado esperando acontecer alguma coisa, pois a banda não estava mais em suas mãos e também por não enxergar nenhuma expectativa (ele, ainda hoje diz que foi demitido pelos outros integrantes!). Lobão se desentendeu com Moraz (andou muito com a esposa do gringo!). Outro motivo aceitável para o fim foi o fato de que Lulu, Ritchie e Lobão (autores de “Zebra”, a música mais pop que eles fizeram), estavam rompendo para as composições no formato de canção e querendo fugir das “suites sem fim”.
A banda não tinha certeza do que Moraz queria, ele exagerava com suas promessas e o desgaste foi natural. No período em que Moraz esteve com o grupo, o mesmo ensaiou e registrou algumas gravações, como algumas composições de Fernando com Ritchie. Uma delas, um choro chamado “Tem gringo no Choro”, entre outras coisas bem progressivas. Coisas que talvez nenhum grupo no Brasil tinha produzido até então, no que diz respeito a qualidade sonora dos temas bem progressivos. Dessas sessões (que já não contavam mais com Lulu no grupo), algumas ainda permanecem inéditas. Logo depois, o grupo se desfez e apenas Fernando Gama topu continuar por um tempo com Moraz, que voltou para a Europa para finalizar seu disco e integrar o “The Mooby Blue”. Mesmo assim, só gravou um disco que foi lançado na Europa e depois, Fernando voltou ao Brasil e fez parte da última formação dos Mutantes, em 1978 (que terminou logo em seguida também com o último show em Ribeirão Preto (SP)). Algum tempo depois, se lançou solo, tocou com vários artistas e entrou para o Boca Livre. Basicamente solidificou seu estilo com base em MPB. Seus discos solos demonstram uma característica muito peculiar e tem uma qualidade excelente na área instrumental.

Lulu começou a compor e gravar com outros artistas até se lançar solo, como Luiz Maurício. Foi um começo frustrante, pois o disco foi um fracasso. Mas, foi só mudar o nome artístico que as coisas foram acontecendo. Numa carreira super bem sucedida, Lulu surpreende pelas vendagens de sues discos e da capacidade de compor canções de extremo bom gosto, oscilando entre o pop e MPB. Dos ex-integrantes do Vímana, é, com certeza o que teve melhor êxito comercial.

Ritchie voltou a dar aulas de inglês e alguns anos depois se lançou solo. Se tornou um fenômeno de vendas graças ao mega hit “Menina Veneno” e chegou a vender tanto quanto Roberto Carlos, causando a ira e a inveja de artistas como a cantora Alcione, conhecida como “A marrom”, que teria dito: “Por que esse inglês não volta para a sua terra?”. Entre seus trabalhos mais interessantes, destacam-se o supergrupo “Tigre de Bengala”. Inicialmente, sua música era voltada ao romantismo exagerado, mas, a qualidade de seus trabalhos menos comerciais mostra um artista perfeccionista e descompromissado. Atuou também como webdesigner fazendo cursos intensivos nessa área.

Lobão ficou entretido em livros e partituras para depois virar freelancer. Tocou com alguns artistas (Marina, Zé Ramalho), para depois formar a “Blitz” e saiu da banda porque cansou da postura “yeah, yeah, yeah” do grupo e também pela demora de acontecer alguma coisa. Depois, formou o “Lobão e os Ronaldos”. Sendo um artista polêmico e de gênio forte, Lobão representa toda a rebeldia que caracteriza o rock and roll. O forte de suas composições é o cinismo e as baladas doces que caracteriza seu estilo inconfundível.

Simas também se tornou freelancer, além de criar para a rede Globo o famoso “Plim-Plim”, que se tornou marca registrada da emissora. Algum tempo depois, foi residir nos EUA. Tocando, basicamente, peças ao estilo Ernesto Nazaré, chorinhos ou jazz-fusion, Simas sempre primou pelo virtuosismo. Talvez, de todos eles, Simas seja o músico que mais leva na bagagem a herança dos áureos tempos do progressivo, pois, em seus trabalhos solos, mesmo sendo um desconhecido do grande público, ele faz uma mistura bem distribuída de técnica, conhecimento, bom gosto aliada principalmente a seu ideal e fazer música de primeira linha.

A ponte do progressivo com a MPB de hoje

A banda se tornou cult ao lado de outras bandas setentistas como Secos & Molhados, O Terço, Terreno Baldio e Moto Perpétuo. Mas, talvez o mais curioso disso tudo é que alguns de seus ex-integrantes abominam a ideia de falar sobre isso. Seria uma negação ao passado? Arrependimento do que fizeram mesmo com todos curtindo muito aquele tempo? Como Luís Simas disse, eles adoraram aquele período, tanto que, até hoje, Lulu se magoa com o fato de sua banda, que ele fez de tudo para continuarem juntos, acabou culminando na idéia de que ele não era bom o suficiente para continuar e isso o deixou arrasado. O próprio Ritchie confirmou isso numa entrevista. E se, de alguma maneira, Lulu quer esquecer o Vímana, é porque ele quer esquecer também o vexame que foi o fim da banda e ainda ver todo um trabalho nunca ser lançado. Luìs Simas afirma também que as músicas lançadas em compacto não mostram nem um terço do que realmente eles eram capazes de fazer e que as que estão inéditas sim eram dignas de serem mostradas, de mostrar o quanto havia espírito de grupo nas composições. Percebe-se isso um pouco nos registros disponíveis do grupo com Moraz.

É preciso que se diga que estilos musicais são sempre volúveis, dependendo do gosto. Mesmo quando um artista está bem lapidado em seu estilo, ele já teve fases em que pensou se poderia ser um Roger Waters ou um Noel Rosa. Isso, às vezes, pode parecer estranho ao ouvinte ou fã. Raros são os artistas consagrados que se pode ouvir o primeiro disco e o último e não perceber algo estranho ou mudanças. Com o Vímana não foi diferente. É claro que se, hoje, os ex-integrantes se juntassem para um projeto, provavelmente não iria ter sentido algum, a menos que alguns deles cedessem um pouco de si para o outro. Um revival do grupo aconteceu em um show no Mistura Fina, no Rio, em 2004, quando numa apresentação de Luís Simas, subiram no mesmo palco Ritchie, Lobão e Fernando Gama.

Curiosidades

- Moradia: por muito tempo, a banda chegou a morar numa casa em Santa Tereza (RJ) e depois, por algum tempo, em um sítio em Itaipava. Tinham um estilo de vida hippie, sem dinheiro e música o dia inteiro.
Dinheiro: todos os integrantes vieram de famílias de classe média alta. Mas, como estavam sobrevivendo como músicos, dividiam as contas entre eles mesmos, no melhor jeito familiar.

- Brigas: a banda chegava a brigar no palco em certas ocasiões. O convívio diário desgastou a banda cada vez mais, sendo isso, uma das razões para o término do grupo. Numa das brigas na frente da platéia, Lulu se desentendeu com Simas e abandonou o palco andando por cima das poltronas do teatro semi-vazio.

- Encontro progressivo: após o fim do Vímana, em 78, Lulu e Lobão se encontrariam em mais uma gravação bastante próxima do rock progressivo: “Lindo Blue”, música do disco “Respire Fundo”, de Walter Franco. Nesta mesma faixa, participaram também os irmão Mutantes Sérgio Dias (guitarra de 6 cordas) de Arnaldo Baptista (piano).

- Lulu Santos toca guitarra no disco de estréia de Lobão – Cena de Cinema de 1982. que, por sinal, tem a participação de Ritchie.

- Lobão e Simas tocam bateria e teclados, respectivamente, no disco de Joe Euthanazia – CP Mujer Ingrata de 1983.
- Simas compôs com Ritchie a música “Sombra da partida” e Ritchie compôs com Lobão “Bad Boy”. Ambas estão em discos de Ritchie.

- Ritchie canta no disco “Hyperconectividade” de Lulu na faixa “Vôo de Coração”, que foi um dos hits dele.

- Lulu e Lobão tocam, respectivamente, guitarra e bateria no disco de estréia de Ritchie. Depois do fim do Vímana, este foi o encontro que mais se destaca pelo fato de estarem presentes 3 dos 5 da formação clássica. O curioso disso é que o som que tocavam nesse encontro não tinha nada a ver com os temas progressivos de outrora. Mas, ao contrário de antes. As gravações desse encontro ganharam a mídia inteira e vendendo como água no deserto, bem ao estilo pop-romântico. Canções ocmo “Menina veneno” e Vôo de coração” fazem parte desse encontro.

- Malandro: numa recente entrevista, Lobão comenta que realmente ficou meses trabalhando para o Moraz, que só fazia promessas e mais promessas, sem nunca concretizar nenhum projeto e que isso estava deixando todos da banda muito chateado, até que um dia, ele chegou na esposa de Moraz – que era brasileira – e contou o seu drama. E a banda teve total apoio da esposa do cara. Lobão ainda diz que se tornou amante da esposa de Moraz, o que levou a banda e os tais projetos pro fundo do poço... Era o fim do “Yes brasileiro”. Com isso, Lobão ganhou sua primeira esposa, Liani Monteiro, uma mulher 12 anos mais velha que ele.

- Professor linha dura: contam que enquanto o Vímana desenvolvia determinado tema, o tecladista Patrick Moraz apontava para um desses ritmos complicados (9/7, 7/3, 8/5, etc.) obrigando a uma variação abrupta (característica do rock progressivo). Quando algum deles errava, Moraz ficava bastante irritado e isto, obviamente, tornou os ensaios bastante tensos. De todo modo, é provável que eles (Lobão e Lulu) estivessem já se afastando da proposta progressiva.

- Problemas: o choque de egos de Moraz e Lulu – que era o líder da banda – era inevitável. A banda começou a se fragmentar e a ter problemas com Patrick – especialmente Ritchie, que sentia dificuldades em ensaiar todo o repetório solo de Moraz (dificílimo, segundo ele)
Em uma entrevista à revista Bizz, em 1995, Lulu, ao ser perguntado sobre Moraz, afirmou que o tecladista era “um sujeito horroroso”, entregando ainda que, nas internas do Vímana, o cara era chamado (pelas costas, claro!) de “Marick Patráz”.

- Frustração: Quando o disco estava na gaveta da Som Livre, um fã encontrou Lulu e pergunto se o disco ia sair. Lulu falou que a gravadora estava pensando em fazer uns overdubs de metais pro disco ser lançado, o que, obviamente, não ocorreu.




Moto Perpétuo

 


Foi uma banda de rock progressivo formada em 1973, por Guilherme Arantes (teclados e vocal) e Cláudio Lucci (violão, violoncelo, guitarra e vocal), que se conheceram na FAU (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo). Guilherme convida Diógenes Burani (percussão, bateria e vocal), um antigo amigo, Gerson Tatini (baixo e vocal) e Egydio Conde (guitarra solo e vocal).

A banda lança em 1974 o disco homônimo, com muita influência do Clube da Esquina, Genesis e Yes, e conta com o apoio do empresário Moracy do Val, que havia acabado de lançar Secos e Molhados.

1974 - Moto Perpétuo
http://*www.*mediafire*.com/download/ytzre29fm30xb6a/1974+-+Moto+Perpetuo.rar (precisa tirar os *).



01 Mal E O Sol (Guilherme Arantes)
02 Conto Contigo (Guilherme Arantes)
03 Verde Vertente (Guilherme Arantes)
04 Matinal (Guilherme Arantes)
05 Três E Eu (Claudio Lucci)
06 Não Reclamo Da Chuva (Guilherme Arantes)
07 Duas (Guilherme Arantes)
08 Sobe (Guilherme Arantes)
09 Seguir Viagem (Claudio Lucci)
10 Os Jardins (Guilherme Arantes)
11 Turba (Guilherme Arantes)


Em 1975, Guilherme sai da banda para iniciar sua carreira solo e Egydio sai para entrar no Som Nosso de Cada Dia.
O restante dos integrante se reúne em 1981, e, com a vocalista e violonista Monica Marsola, lançam o que é considerado o segundo disco da banda, intitulado de São Quixote. O disco conta com a participação de Guilherme Arantes tocando piano em 05 faixas e cantando uma música, Mais um Longo Dia.

1982 - São Quixote
http://*www.*mediafire*.com/download/k17jl3kre0kk9c8/1982+-+Sao+Quixote.rar (precisa tirar os *).


01 São Quixote (Cláudio Lucci - Zé Marcio Pereira)
02 Buon giorno, boy (Cláudio Lucci - Zé Marcio Pereira)
03 Só para raros velhos (Cláudio Lucci - Arnaldo Avileis Jr.)
04 Fumaça (Cláudio Lucci)
05 Livre demais (Cláudio Lucci - Arnaldo Avileis Jr.)
06 Mea culpa (Cláudio Lucci)
07 Mais um longo dia (Diógenes Burani)
08 Confraria (Cláudio Lucci)
09 Cem anos de solidão (Cláudio Lucci)
10 Soy Criatura (Gerson Tatini - Cláudio Lucci)
11 Buenos Dias (Cláudio Lucci)
12 América (Cláudio Lucci)



Destaque

ROCK ART