quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

Harem Scarem - Voice Of Reason [1995]

 

 

Após dois álbuns que figuram na lista de muitos fãs de Hard Rock (incluindo este que vos escreve) como os melhores do estilo na década de 1990, o Harem Scarem resolveu arriscar tudo. Uma atitude muito corajosa – ou burra, dependendo do ponto de vista – que acabou resultando em um suicídio comercial, para desespero de gravadora e empresários. Mas a verdade é que os canadenses liderados por Harry Hess e Pete Lesperance nunca quiseram prender a carreira a um modo específico de compor e divulgar sua arte. Sendo assim, não é surpresa que esse disco tenha caído como uma verdadeira bomba sobre a cabeça dos admiradores ao ser lançado.

Voice of Reason é o trabalho mais dark da história do quarteto, com músicas melancólicas e toques de um peso muito soturno. Para alguns, apenas o reflexo da cena à época. Mas claramente havia algo mais por trás, como os integrantes da banda deixariam claro em entrevistas posteriores. O álbum serviu como uma espécie de exorcismo para os músicos, desiludidos com a forçação de barra do show business. A melhor resposta que poderiam dar seria justamente fazendo aquilo que sabiam, mas explorando novos caminhos. Deram a cara a tapa sabendo que a probabilidade de um desastre era enorme.


O play foi um fracasso comercial, mas ainda conseguiu emplacar alguns sons, como o single “Blue” e a desesperadoramente bela “Warming A Frozen Rose”. Mas o grande momento vem em “Necessary Evil”, uma balada Hard/Blues que Harry canta com emoção inigualável, mostrando porque é uma das maiores vozes de sua geração. Aliás, chega a ser redundante elogiar o trabalho de vocais dos quatro, já que a competência se sobressai em todas as faixas, como de costume. O trabalho marcaria a despedida da formação clássica, já que o baixista Mike Gionet abandonou o barco.

Um álbum controverso, mas artisticamente falando, de qualidade indiscutível. O que justifica o status de ‘cult’ que ganhou com o passar do tempo. Recomendadíssimo para fossas e reflexões sobre a vida de modo geral. Não recomendado para quem é marinheiro de primeira viagem e não está familiarizado com o som da banda. Nesse caso, opte pelos dois primeiros.

Harold Hess (vocals, keyboards)
Pete Lesperance (guitars)
Mike Gionet (bass)
Darren Smith (drums)

01. Voice of Reason
02. Blue
03. Warming a Frozen Rose
04. Let It Go
05. And That's All
06. Breathing Sand
07. Candle
08. The Paint Thins
09. I'll Be Brief
10. Untouched
11. Necessary Evil


Silverchair – Freak Show [1997]

 



O sucesso prematuro do Silverchair trouxe consequências positivas e negativas para seus integrantes. Obviamente, a fama e o dinheiro contam positivamente, mas o deslumbramento com todo esse novo mundo nem sempre é uma boa para jovens de 16 anos. Até processo os rapazes sofreram, por supostamente induzir dois jovens a assassinarem os pais de um deles, bem como seu irmão mais novo, através da letra de Israel's Son, do debut “Frogstomp”.

Esse deslumbramento inspirou o título do próximo trabalho dos australianos, que acreditavam vivenciar um “show de aberrações” após o estouro comercial. Musicalmente, “Freak Show” começa a trilhar o caminho que seria seguido nos trabalhos posteriores. O peso de seu antecessor está presente na maioria das canções, bem como o clima tenso e até depravado do play, mas o experimental e a acessibilidade melódica ganham maior espaço no geral.



A evolução natural do trio como musicistas e compositores se mostra parcial em “Freak Show” porque, além das raízes Heavy nunca terem ficado de lado, várias canções antigas existiam no passado, nos tempos de “Frogstomp”, como as faixas de abertura Slave e Freak, a visceral No Association e a densa Nobody Came, que parece ser uma faixa perdida do sucessor “Neon Ballroom”.

Mas há músicas que o lado Pop envereda, como na orquestrada Cemetery, na quase acessível Abuse Me e em Pop Song For Us Rejects, com previsão no título. A balada Petrol & Chlorine merece destaque no aspecto experimental, principalmente pelo uso de instrumentos pouco usuais, como violoncelo e sitar. Vale lembrar, inclusive, que o fator lírico se aprimorou e permaneceu abordando temáticas obscuras como morte, abuso de drogas e suicídio.

Apesar de seu cunho transitório, “Freak Show” é linear e transmite a mesma ideia de seu antecessor: três moleques depravados e esquisitos fazendo som. As vendas foram um pouco menores, mas o êxito comercial foi mantido e o Silverchair continuava uma promessa para o Rock. Não é pra menos, pois trata-se de um álbum poderoso e fantástico. Basta o ouvinte esquecer que “é a banda da balada Miss You Love” que haverá um consenso sobre esse discão.

01. Slave
02. Freak
03. Abuse Me
04. Lie To Me
05. No Association
06. Cemetery
07. The Door
08. Pop Song For Us Rejects
09. Learn to Hate
10. Petrol & Chlorine
11. Roses
12. Nobody Came
13. The Closing



Daniel Johns – vocal, guitarra, violão
Chris Joannou – baixo
Ben Gillies – bateria

Músicos adicionais:
Jane Scarpantoni – violoncelo em 6
Margaret Lindsay – violoncelo em 10
Amanda Brown e Ian Cooper – violino em 8
Lorenza Ponce, Elizabeth Knowles, Todd Reynolds and David Mansfield – violino em 6
Ravi Kutilak – violino em 10
Matthew Pierce – viola em 6
Rudi Crivici – viola em 10
Pandit Ran Chander Suman – tampura e tabla em 10
Ruk Mali – sitar em 10


ROCK AOR - Actor (Jessie Galante) - Actor (1983)

 




País: Estados Unidos
Estilo: Hard Rock
Ano: 1983

Integrantes;

Jessie - lead vocals
Bob Witczak - guitars, backing vocals
Brian Marcha - guitars, backing vocals
Art Wall - bass, backing vocals
David Joel - drums, percussion

Tracklist:

01. Checkin' Out
02. Can't Win Em All
03. Got Nothin' To Say
04. Hold Out Sold Out
05. Losin' You
06. Love C.O.D.






1977 - Quatro Grandes do Samba (Nelson Cavaquinho, Guilherme de Brito,Elton Medeiros, Candeia)

 




01. Não vem [Assim não dá] (Candeia)
Interpretação: Candeia / Elton Medeiros / Guilherme de Brito / Nelson Cavaquinho

02. Sem ilusão (Élton Medeiros - Antônio Valente)
Interpretação: Elton Medeiros

03. Notícia (Nourival Bahia - Alcides Caminha - Nelson Cavaquinho)
Interpretação: Nelson Cavaquinho

04. A flor e o espinho (Alcides Caminha - Guilherme de Brito - Nelson Cavaquinho)
/Quando eu me chamar saudade (Nelson Cavaquinho-Guilherme de Brito)
Interpretação: Guilherme de Brito

05. Amor perfeito (Guilherme de Brito - Nelson Cavaquinho)
Interpretação: Nelson Cavaquinho

06. Gotas de luar (Guilherme de Brito - Nelson Cavaquinho)
Interpretação: Guilherme de Brito

07. Sou mais o samba (Candeia)
Participação: Dona Ivone Lara; Interpretação: Candeia

08. A vida (Guilherme de Brito - Nelson Cavaquinho)
Interpretação: Guilherme de Brito

09. Não é só você (Guilherme de Brito - Nelson Cavaquinho)
Interpretação: Nelson Cavaquinho

10. Chove e não molha (Joacyr Santana - Élton Medeiros)
Interpretação: Elton Medeiros

11. Expressão do teu olhar (Candeia)
Interpretação: Candeia

12. Rita Maloca (Élton Medeiros)
Interpretação: Elton Medeiros




1957 - Clara Haskil - Recital in Salzburg

 



01 - Mozart - Sonate C-Dur KV 330 - 1 Allegro moderato
02 - Mozart - Sonate C-Dur KV 330 - 2 Andante cantabile
03 - Mozart - Sonate C-Dur KV 330 - 3 Allegretto
04 - Beethoven - Sonate Es-Dur op. 31 3 - 1 Allegro
05 - Beethoven - Sonate Es-Dur op. 31 3 - 2 Scherzo. Allegretto
06 - Beethoven - Sonate Es-Dur op. 31 3 - 3 Menuetto. Moderato
07 - Beethoven - Sonate Es-Dur op. 31 3 - 4 Presto con fuoco
08 - Schubert - Sonate B-Dur D 960 - 1 Molto moderato
09 - Schubert - Sonate B-Dur D 960 - 2 Andante sostenuto
10 - Schubert - Sonate B-Dur D 960 - 3 Scherzo. Allegro vivace
11 - Schubert - Sonate B-Dur D 960 - 4 Allegro ma non troppo




1962 - Amália Rodrigues - Busto

 



01 - Asas fechadas
02 - Cais de outrora
03 - Estranha forma de vida
04 - Maria Lisboa
05 - Madrugada de Alfama
06 - Abandono
07 - Aves agoirentas
08 - Povo que lavas no rio
09 - Vagamundo
10 - Abandono [Bonus Track - As Óperas]
11 - Espelho quebrado [Bonus Track - As Óperas]
12 - Maria Lisboa [Bonus Track - As Óperas]
13 - Entrevista de Henrique Mendes [Bonus Track - As Óperas]





1959 - Puccini - Madama Butterfly (De los Angeles, Björling, Santini)

 



Orquestra e Coro do Teatro dell'Opera di Roma

Regente do Coro: Giuseppe Conca
Regente:Gabriele Santini


Madama Butterfly: Victoria de los Angeles
Suzuki: Miriam Pirazzinni
Kate Pinkerton: Silvia Bertona
La Cugina:  Silvia Bertona
B. F. Pinkerton: Jussi Björling
Sharpless: Mario Sereni
Goro: Piero de Palma
Yamadori: Arturo la Porta
Il Bonzo: Paolo Montarsolo
Yakuzide: Bonaldo Giaiotti
L'Commissario imperiale: Antonio Sacchetti
L'Uficioanle del Registro: Paolo Caroli
La Madre: Vera Magrini
La Zia: Nina de Courson






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