sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

Manic Eden – Manic Eden [1994]

 



Whitesnake foi findado em 1991 pois seu líder, David Coverdale, anunciou que se retiraria do meio musical – pela primeira vez, pois essa história se repetiria por duas vezes no futuro. Nem um pouco a fim de parar, três integrantes remanescentes – o guitarrista Adrian Vandenberg, o baixista Rudy Sarzo e o baterista Tommy Aldridrge – uniram forças para uma nova banda, nomeada Manic Eden.

Inicialmente, os vocais seriam assumidos por James Christian, frontman do House Of Lords que estava trabalhando com Aldridge no momento. Mas pouco antes da banda se firmar, desentendimentos aconteceram e Christian largou o posto para Ron Young, ex-vocalista do Little Caesar. Assinaram o contrato com o selo japonês Victor Entertainment, afiliada à RCA, e o álbum, auto-intitulado, saiu em março de 1994.


O primeiro e único disco do Manic Eden segue uma linha bem diferente que o Whitesnake que esse trio participou (o mesmo de “Slip Of The Tongue”). O Hair Metal farofa deu lugar a um som grooveado e blueseiro. A proposta do conjunto, aliás, é uma salada mista: há a mistura do suíngue, do Blues, do Hard Rock clássico e de pitadas do oitentista – talvez pelos refrães grudentos e nada mais.

As composições, muito inspiradas, mostram que Adrian Vandenberg se sai melhor com uma leve distorção, uma palhetada livre e uma Stratocaster estalada e digna dos grandes nomes do Blues. A cozinha de Tommy Aldridge e Rudy Sarzo é competente e atribui tudo o que as músicas precisam, sem pecar pelo excesso. A voz de Ron Young dá a última pitada, com rouquidão e identidade própria.

A repercussão do disco foi tímida e, até onde se sabe, a banda mal chegou a entrar numa turnê de divulgação até que Coverdale, recém-saído de um projeto com Jimmy Page, o Coverdale/Page, decidisse retomar as atividades do Whitesnake. A reunião envolveu apenas Vandenberg e Sarzo, deixando o genial Aldridge de fora, que ficou de mãos abanando juntamente de Young. Apesar do pouco sucesso, o único registro do Manic Eden é, com certeza, uma verdadeira jóia rara do estilo.



01. Can You Feel It
02. Gimme A Shot
03. Fire In My Soul
04. Do Angels Die
05. Pushing Me
06. Dark Shade Of Grey
07. Keep It Coming
08. When The Hammer Comes Down
09. Ride The Storm
10. Can't Hold It

Ron Young – vocal
Adrian Vandenberg – guitarra, teclados
Rudy Sarzo – baixo
Tommy Aldridge – bateria, percussão

Músicos adicionais:
CeCe White – backing vocals
Sara Taylor – backing vocals
Chris Trujillo – percussão


Saraya - Saraya [1989]

 



Sem dúvida uma das grandes referências do Hard Rock/AOR norte-americano com vocais femininos da virada dos 1980 para os 90s se chamava Sandi Saraya. Munida de sonhos e um talento muito acima da média, a cantora de New Jersey uniu-se ao tecladista Gregg Munier para formar uma banda, que inicialmente se chamaria Alsace Lorraine (nome de uma das faixas deste play). Partiram para Los Angeles, onde a cena realmente acontecia, mas nada de empolgante surgiu. Sendo assim, voltaram para casa, mas continuaram trabalhando em material para um futuro disco, sem perder a esperança de que o destino mudasse.

A grande virada aconteceu quando uma Sandy (sim, desta vez com y) cruzou o caminho dos músicos. Tratava-se de Sandy Lizner, que se tornou grande colaboradora, cuidando da parte de divulgação e conseguiu o tão sonhado primeiro contrato com uma gravadora. Logo, viu-se que a idéia de explorar a imagem da vocalista poderia trazer maior retorno em um curto espaço de tempo. Sendo assim, o grupo passou a levar seu sobrenome. Para completar o time, a dupla se abasteceu de três figuras que já tocavam juntas no grupo NYC, liderado pelo ex-tecladista do Foreigner, Al Greenwood, além de uma rápida passagem com Joe Lynn Turner, antes de ele se juntar a Yngwie Malmsteen.


O mais conhecido era o guitarrista Tony Rey, que anos mais tarde passaria a assinar Tony Bruno e teve como maior momento na carreira uma passagem rápida pelo Danger Danger. E ele acaba sendo o grande destaque do álbum, encaixando riffs e solos de muito bom gosto nas composições de Sandi e Gregg. Dois singles foram lançados. Primeiro, para a potente faixa de abertura, “Love Has Taken It's Toll”, que alterna passagens acústicas com uma pegada fulminante. A seguir, foi a vez de “Back To The Bullet”, hit certeiro, com seu belo potencial radiofônico, que acabou se confirmando, ao menos, na terra natal da banda.

O disco obteve repercussão razoável, em um desempenho considerado satisfatório por todos os envolvidos. A exposição rendeu ao Saraya o convite para figurar na trilha sonora do filme Shocker. Infelizmente, mudanças na formação e no mercado musical impediram que o segundo trabalho obtivesse maior êxito. Sandi ainda figuraria na cena graças a seu casamento com o baixista do Tesla, Brian Wheat, além de esporádicas participações em outros projetos. Mas a promissora história de sua banda ficaria restrita ao underground do gênero. De qualquer modo, temos aqui um ítem indispensável na coleção de qualquer admirador de um Hard Rock com vocais femininos.



Sandi Saraya (vocals)
Tony Rey (guitars)
Gary Taylor (bass)
Gregg Munier (keyboards)
Chuck Bonfante (drums)

01. Love Has Taken It's Toll
02. Healing Touch
03. Get U Ready
04. Gypsy Child
05. One Night Away
06. Alsace Lorraine
07. Runnin' Out of Time
08. Back to the Bullet
09. Fire to Burn
10. St. Christopher's Medal
11. Drop the Bomb



Napalm Death - Scum [1987]

 



No mundo da Música Extrema, gêneros e subgêneros são uma constante. E entre tantas definições e rótulos criados, um dos mais notáveis é o tão amado e odiado Grindcore, uma espécie de som que mescla elementos do Hardcore/Punk com os do Death Metal, ou seja: brutalidade elevada ao quadrado. Não entrarei no mérito de quem foi o responsável pela criação desta verdadeira desgraceira sonora, mas sem dúvidas uma das grandes referências no assunto são os ingleses do Napalm Death, que estão desde o início da década de 80 destruindo tudo e todos.

"Scum" (1987) foi sua estreia e até h
oje é considerado uma das obras mais violentas da história da música. A banda já contava com mudanças de formação na bagagem e uma série de demo-tapes, e o debut foi gravado com duas formações diferentes (!). Isso seria um problema ao decorrer da carreira da banda, que acabou ficando totalmente desfigurada e atualmente não possui nenhum membro original no line-up.



Uma coisa que os difere da grande maioria dos grupos que praticam o estilo são as letras altamente politizadas, que criticam o fascismo e a pobreza que atingia a população, tudo isso da maneira mais direta o possível, tanto sonoramente quando liricamente. Sendo assim, se você está a procura de técnica, produção cristalina e sons leves, passe longe.

O próximo lançamento da banda seria "From Enslavement To Obliteration" e conteria a formação que gravou as faixas 13 a 28 do registro que trago para vocês (com exceção de Jim Whitely, cujo substituto foi Shane Embury). Já em 1990, ocorreu a entrada do ótimo Mark "Barney" Greenway, que prossegue até hoje com o Napalm.



É interessante dizer que a sonoridade dos ingleses sofreria mudanças, contando com composições bem maiores e elaboradas e a influência cada vez mais notável do Death Metal, mas sem nunca se distanciarem do Grind, algo que eu particularmente acho muito bom. No mais, sem destaques (até porque as faixas não se diferenciam muito). Só digo para que você se prepare para o headbang!

C-L-Á-S-S-I-C-O!


Nik "Napalm" Bullen - vocais
Mick Harris - bateria
Justin Broadrick - guitarras
(Faixas 13-28)
Lee Dorrian - vocais
Bill Steer - guitarras
Jim Whitely - baixo
Mick Harris - bateria

1. Multinational Corporations
2. Instinct of Survival
3. The Kill
4. Scum
5. Caught in a Dream
6. Polluted Minds
7. Sacrificed
8. Siege of Power
9. Control
10. Born on Your Knees
11. Human Garbage
12. You Suffer
13. Life?
14. Prison Without Walls
15. Point of No Return
16. Negative Approach
17. Success?
18. Deceiver
19. C.S. (Conservative Shithead)
20. Parasites
21. Pseudo Youth
22. Divine Death
23. As the Machine Rolls On...
24. Common Enemy
25. Moral Crusade
26. Stigmatized
27. M.A.D.
28. Dragnet



ROCK AOR - Aeroblus - Aeroblus (1977)

 




País: Argentina/Brazil

Estilo: Hard Rock

Ano: 1977


Integrantes:


Pappo - vocal, guitars

Medina - bass

Castello - drums


Tracklist:


01. Vamos a Buscar la Luz

02. Completamente Nervioso

03. Tema Solisimo

04. Arboles Difusores

05. Vendriamos a Buscar

06. Aire en Movimiento

07. Vine Cruzando el Mar

08. Nada Estoy Sabiendo

09. Sofisticuatro

10. Buen Tiempo





Chicago Gangsters – 1979 – Life Is Not Easy… Without You

 


Uma dose muito boa de Funk e Soul. Os vocais são muito bem cantados e em cada música eles saem corretos. Profundo e doce, e faz você se sentir bem por dentro. Todas as músicas são canções de amor (claro). Este álbum é mais Soul do que Funk, já que até mesmo as faixas animadas de Funk são um pouco mais lentas e têm uma sensação de Soul-full.

A música em si também é ótima. Algumas cordas/guitarras legais usadas e incorporadas às batidas, assim como a bateria em algumas músicas. Muitas das músicas são midtempo/slow, o que dá uma sensação boa de Soul-Funk. Esse é o tipo de música que eu amo e prefiro quando se trata de Funk. Incluiu a fantástica jam " I Feel You When You're Gone ".

Faixas
A1 Life Is Not Easy 5:36
A2 Chuga Chuga 4:24
A3 Wop That Wandy 5:30
A4 Smoke 3:19
B1 Sunshine In My Life 9:16
B2 I Feel You When You’re Gone 4:02
B3 I’ve Learned My Lesson 6:43

A  família McCants  de Akron criou uma boa música soul nos muitos anos de apresentações e gravações. O grupo incluía James, Leroy, Chris e Sam  McCants , que cantavam e tocavam instrumentos. A primeira encarnação foi a Harmonics, que gravou alguns 45s na Akron Recording, o que colocou o grupo no rádio e se apresentando no nordeste de Ohio. O grupo original tinha apenas James e Leroy. Eles fizeram algumas gravações em Detroit, o que os levou a mais gravações em Nashville. O grupo formou uma gravadora chamada Gold Plate Records, que acabou sendo comprada e distribuída pela Amherst Records em Buffalo. Na época, sua balada soul " Let Me Go " foi sua gravação de maior sucesso.

Por volta de 1973, o grupo recomeçou como Chicago Gangsters, enquanto atualizava seu som para incluir estilos mais  uptempo  dance e proto-disco. Agora, todos os quatro irmãos estavam a bordo. Eles lançaram um 45 no selo Red Coach, sediado em Nova York, antes de reativar o nome Gold Plate. O grupo lançou alguns LPs, alguns 45s e alguns discos de 12” feitos para o mercado de danceterias. 

Seu LP de estreia, Blind Over You , foi lançado em 1975 e continha o funk arrasador de “ Gangster Boogie ”, bem como um cover de sucesso menor de “ I Choose You ”, que Willie Hutch  havia gravado originalmente como tema de amor do filme The Mack . A faixa-título de seu segundo álbum de 1976,  Gangster Love,  foi outro sucesso menor, e também o primeiro single de 12″ que sua gravadora lançou. “I'm an Outlaw” de 1977 foi seu último single para a Gold Plate; um ano depois, eles cortaram “Windy City Boogie” para a RCA. Abandonando a parte “Chicago” de seu nome, os Gangsters posteriormente assinaram com a Heat e gravaram um terceiro álbum, Life Is Not Easy Without You , em 1979.

 

O disco tem a banda se movendo para um estilo soul moderno e funky suave – com alguns ótimos vocais de harmonia e muita produção muito boa com um estilo sexy e furtivo. O disco inclui a ótima “ Wop That Wandy ” da banda, uma faixa legal com um groove funk legal que mistura dois caras conversando, com vocais doces e cheios de soul de uma cantora no refrão. Mas a melhor música dos álbuns é a jam suave “ I Feel You When You're Gone ”, que recebeu grande transmissão de rádio em estações de soul locais.

Eles continuaram no início dos anos 80 antes de se separarem. “Gangster Boogie” se tornou um item de amostra massivamente popular para hip-hoppers e aficionados por breakbeat, aparecendo mais proeminentemente no hit de LL Cool J “ Mama Said Knock You Out ”; seu primeiro álbum foi eventualmente relançado como Gangster Boogie.

MUSICA&SOM


Minnie Riperton – 1977 – Stay In Love

 



Um álbum forte com algumas das peças mais sensuais de seu catálogo. Esta joia subestimada de 1977 certamente tem muito a oferecer. Freddie Perren reforçou alguns floreios de disco agradáveis ​​para a produção de soul exuberante e suave, destacando a voz adorável e sedosa de Minnie.

Faixas
A1 Young Willing And Able 3:44
A2 Could It Be I’m In Love 4:17
A3 Oh Darlin’…Life Goes On 3:50
A4 Can You Feel What I’m Saying? 4:17
A5 Gettin’ Ready For Your Love 3:38
B1 Stick Together 6:19
B2 Wouldn’t Matter Where You Are 4:00
B3 How Could I Love You More 4:05
B4 Stay In Love 3:16

STAY IN LOVE foi lançado em 1977 durante um período de preocupação para Minnie, mas você nunca saberia. O álbum segue um conceito solto, uma "fantasia romântica com música", como está escrito na capa. A sensação geral do álbum é emocional, animada e muito funky às vezes. " Young,Willing & Able " é um dos exemplos mais sensuais de disco-funk deste lado de Love to Love You Baby, de Donna Summer .

Uma abordagem similar, embora mais urbana, sobre o tema aparece em “ Can You Feel What I'm Saying ” e “ How Could I Love You ”. Stevie Wonder aparece para o groove alegre de “ Stick Together ” e a faixa-título é uma das peças mais tocantes de Minnie desde “ Lovin' You ”. É verdade que o álbum foi ignorado comercialmente e não produziu nenhum grande sucesso, mas nos últimos anos é corretamente visto como a obra-prima que é. E a produção é exuberante e de muito bom gosto.

 

Mesmo que ela não esteja mais conosco, Minnie foi uma daquelas cantoras/compositoras que foi capaz de pegar estilos musicais já estabelecidos e fazê-los parecer como se fossem novos. Tem mais a ver com sua performance do que com sua produção; sua voz angelical e sobrenatural, o estilo profundo de escrita e letras e o ótimo gosto instrumental realmente fizeram esses álbuns. E mesmo que eles tenham sido um tanto esquecidos em sua época, é realmente uma vantagem para nós que possamos vê-los como as verdadeiras obras de arte que realmente são.

 


Destaque

Artista: Mike Patton; Álbum: Mondo Cane

  Artista:  Mike Patton Álbum:  Mondo Cane Ano:  2010 Gênero:  Música Popular Italiana Certamente   Mike Patton   é a figura mais recorrente...