sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

The Unknown Passage - Tales from Prison (LP) 2001

 



Muito legal este álbum, recomendo!

MUSICA&SOM



Dr Kostas Hatzis - Vocals, Guitar
Dimitris Kitsos - Farfisa
Kostas Hatzitrifonos - Drums
Sakis Giantsis - Bass
Manos Hatzitrifonos - Guitar

    Whisper
    Crying Lonely Nights
    Little Bitch
    I could Have Loved Her
    Tears And Songs
    Teddy Boy
    Wondering
    The Picnic
    Lucifer Sam & White Rabbit






Review: Hatefulmurder - Red Eyes (2017)

 




Ninguém consegue ouvir tudo. Ninguém conhece tudo. Ninguém sabe tudo. Já começo esse texto assumindo a mea culpa: nunca tinha escutado o Hatefulmurder, apesar de a banda carioca estar na estrada há quase dez anos. Azar o meu por não ter descoberto o grupo antes, e sorte a minha por finalmente ouvir a sua música.

O Hatefulmurder lançou em março deste ano o seu segundo disco, Red Eyes, sucessor de No Peace (2014). O álbum marca a estreia da vocalista Angélica Burns. Completam a formação Renan Campos (guitarra e backing vocal), Felipe Modesto (baixo) e Thomás Martin (bateria). A excelente produção é de João Milliet, que já assinou trabalhos de bandas como Angra, Gloria e Raimundos.

O que temos nas nove faixas de Red Eyes é um death metal melódico que bebe na escola sueca do gênero, principalmente em nomes como In Flames, Soilwork e Arch Enemy. Aliás, para facilitar o entendimento do que o ouvinte encontrará no CD, pode-se dizer que o Hatefulmurder é uma espécie de Arch Enemy brasileiro, trilhando o mesmo caminho sonoro da banda de Michael Amott.

É um disco muito bem feito, com um belo trabalho de guitarra e uma ótima interação entre baixo e bateria, responsáveis por manter a música da banda sempre pulsando. E os vocais de Angélica são a cereja do bolo, tornando tudo ainda mais agressivo. Me incomodou um pouco a inserção, em algumas faixas, da voz limpa do guitarrista Renan Campos, que ao meu ver não casa com a proposta apresentada. Não há problema nenhum em explorar o conceito “beauty and the beast” (mesmo que de maneira inversa, com os vocais femininos sendo os responsáveis pelas vozes guturais), mas o problema é que Campos, como vocalista, é um ótimo guitarrista. Quando a interação se dá com Mayara Puertas, do Torture Squad, em “Time Enough at Last”, por exemplo, a coisa toda vai para outro nível.

Red Eyes é um ótimo disco, que me surpreendeu muito positivamente. Suas nove faixas trazem pouco mais de 30 minutos de um metal forte, violento e cativante, que demonstra toda a capacidade deste quarteto carioca. 

Ah, quase esqueço: não posso encerrar esse review sem comentar a bela capa. 

Recomendadíssimo, principalmente se você curte Arch Enemy e afins.






Review: Weakless Machine - Manipulation (2017)

 


~


Quando você coloca pra rodar um CD de uma banda que nunca ouviu falar e ele te surpreende positivamente, a sensação é incrível. Sério, é gratificante quando seus ouvidos descobrem algo novo e com qualidade intrínseca. E foi esse sentimento que tive ao dar play em Manipulation, primeiro álbum do trio gaúcho Weakless Machine.

A banda foi formada em Porto Alegre em 2015 e acaba de lançar o seu primeiro disco. O CD foi produzido por Renato Osório, guitarrista do Hibria, e traz nove faixas próprias. Jonathan Carletti (vocal), Fernando Cezar (guitarra) e Gustavo Razia (baixo) contaram com a participação de Luke Santos na bateria neste primeiro álbum.

Mas o que sai das caixas de som? Um thrash metal repleto de groove, com algumas influências de NWOBHM nos solos, muito peso e inspiração. Fica clara a influência de nomes como Machine Head, Chimaira, DevilDriver e outros nomes da escola norte-americana dos anos 1990 e 2000 na sonoridade do Weakless Machine. E isso quer dizer que os gaúchos executam um thrash moderno e atual, sem nada de retrô em seu som.

Competente pra caramba e repleto de boas músicas, Manipulation é um disco que merece chegar a mais ouvidos. O trabalho do Weakless Machine é legal pra caramba e todo fã de metal deveria ouvir - sério! Destaque para o vocal de Jonathan, agradável e agressivo ao mesmo tempo. As guitarras de Fernando cospem riffs que incitam o bate cabeça, enquanto nos solos, como já dito, trazem muita melodia e uma certa influência do metal britânico do início dos anos 1980. E a cozinha é groove o tempo todo, com blast beats ocasionais, bumbo duplo e ritmo pulsante.

Manipulation é um grande disco. Não há outra conclusão possível após o final da audição. Com uma sonoridade cativante, timbres atuais e uma produção exemplar, é sem dúvida um dos grandes álbuns de metal lançados por uma banda brasileira em 2017. Ouça já!







Review: Gustavo Telles & Os Escolhidos - Gustavo Telles & Os Escolhidos (2017)

 




Mesmo com o retorno das atividades da Pata de Elefante, Gustavo Telles, integrante do trio de rock instrumental, prossegue firme em sua hiperatividade artística. Depois de elogiada estreia solo em Do Seu Amor, Primeiro é Você Quem Precisa (2010) e da boa sequência em Eu Perdi o Medo de Errar (2013), Telles solidificou sua incursão pelo folk/country/rock/blues. Um retrospecto dessa linhagem está em Gustavo Telles & Os Escolhidos Ao Vivo no Theatro São Pedro (2017), testemunho do caminho construído por um repertório coerente e original. Porém, se no segundo disco o tempero soul foi uma surpresa, já no álbum homônimo Gustavo Telles & Os Escolhidos (2017) o espírito soul parece ter vingado forte em suas músicas. O lançamento oficial está programado para outubro, via 180 Selo Fonográfico, apenas para plataformas digitais, entre elas o Spotify,  iTunes, Google Play e ONErpm.

Aproximando a lupa um pouco mais, na verdade visualizamos um gene rock ‘n’ soul como palheta de cor predominante nas 11 canções inéditas, assim como reluz frente aos nossos olhos a bonita imagem da capa captada pelo fotógrafo Rodrigo Marroni, com arte de Leo Lage. E para executar o novo trabalho, ao contrário de uma legião de músicos e convidados (algo que teve seu ponto alto no show ao vivo no Theatro São Pedro, com 16 artistas no palco), dessa vez os Escolhidos são poucos:  “Antes, a formação era flutuante e eu contava com diversos músicos colaboradores. Agora, pela primeira vez, consegui manter uma formação fixa. Isso implica em uma nova sonoridade”, relata Telles.

A produção musical é de Daniel Mossmann (Pata de Elefante), velho parceiro do músico e que também é o guitarrista do álbum. E Gustavo Telles e Murilo Moura assinam a co-produção. Murilo Moura ainda está nos teclados e vocal, Felipe Kautz (Dingo Bells) no baixo e o próprio Telles mais Alexandre "Papel” Loureiro dividem a bateria. Por último, Paulo Arcari, responsável pela gravação, mixagem e masterização no Studio Rock, participa também como percussionista em várias passagens do disco. E essa escolha de fechar um time, um grupo menor e co-protagonista de todo o processo, certamente é dos fatores que contribuem para o sentimento de conexão e coesão nesse conjunto de músicas. 

De início, ao desembrulhar o pacote, topamos de cara com “Vem Comigo”, um tema que coloca o pé na porta e deixa claro que estamos ouvindo um disco de rock and roll cantado em português. “É um som pegado com alma soul”, afirma o compositor. Sotaque stoneano com identidade do rock daqui. “A coragem vem do medo”, diz a letra, ritmada como se estivéssemos emaranhados no trânsito caótico de um fim de tarde em qualquer metrópole do mundo. “Temporal” relembra um dos temporais mais devastadores que passaram pela Capital gaúcha nos últimos anos. Telles faz o serviço completo: “Em Porto Alegre, 29 de janeiro de 2016”, canta em um dos trechos da música. E um cíclico riff de guitarra empurra o tema ladeira acima. Participação da cantora gaúcha Marina Garcia e do trio Dingo Bells nas vozes de apoio. 

“Não, Não Sei, Enfim” é uma canção de amor que poderia ser regravada por Odair José. O embalo romântico de fim de festa, ora nos joga de volta pros anos 1950/60, outras vezes flerta com o clima de uma banda de rock enfurnada num boteco apertado. Trilha sonora adequada para uma garçonete recolher os copos sujos do balcão enquanto um segurança se ocupa em expulsar o último bêbado desse inferninho. “Deixe-me Ir” nos empresta aquela sensação de movimento, um sentimento de que a vida não pode parar. Parida em linhagem soul, com direito a corinhos de “uhh-uhh” e arejada pelo clima de improviso, o tema ainda conta com participação especial de Vicente Guedes nas percussões. “Sempre Mais” nos convida a sacolejar ao balanço de uma guitarra limpa que caminha lado a lado com um teclado Hammond. Perceptível a evolução do protagonista como cantor. 

“E Depois o Que Já Vivi” é um blues repleto de espaços vazios, onde nos emaranhamos às nuanças de cada instrumentista. Dá pra imaginar o ar circulando entre os músicos. Apesar do recado otimista “Ser feliz, por que não / E assim, ele resolveu ir fundo”, somos aos poucos tomados por um sentimento de estafa a contaminar letra e sonoridade – abatidos pela experiência de um sofrimento vivido, como todo o bom blues deve estar impregnado. “Outra Vez”, única piano song do álbum, foi captada ao vivo no velho modo ‘menos é mais’. Essa economia mostra a força das composições de Telles, fácil também de imaginá-las em outras vozes. A instrumental “Dormindo no Sofá” é resquício do espólio da Pata de Elefante, música composta para um projeto abandonado que reencarna como único libelo country do novo disco e elo a nos conectar com a lembrança do country-rock de Do Seu Amor Primeiro é Você Quem Precisa.  

Um dos pontos altos do álbum está em "A Vida é Breve", com destaque para o iluminado solo de guitarra de Mossmann. A meu ver uma perfeita alusão ao som do supergrupo inglês Blind Faith, formação que conseguiu reunir Eric Clapton e Steve Winwood. “Muitos Dizem que Têm Razão” nos revela o viés político de Telles. “Eu escrevi essa música quando o pedido de impechament de Dilma estava sendo julgado”. Sim, o verdadeiro artista precisa saber separar o joio do trigo e deve assumir seu posicionamento frente à dura realidade que todos nós vivemos. E finalizando os trabalhos, “Que Seja pra Valer”, espécie de música emblema daquilo que Gustavo Telles & Os Escolhidos nos propõem com suas canções: boa música pra arejar os ouvidos! 

Apesar de aparentemente percorrer trilhas perseguidas por muitos músicos que se inspiram no rock difundido por bandas/artistas atuantes na segunda metade dos anos 1960 e primeira metade dos anos 1970, Telles não sofre de um mal comum em muitos de seus coirmãos: não vejo a obsessão pelo retrô ou uma busca desenfreada pelo vintage. Pelo contrário, o espírito dessas canções me parece estar ligado com o bom rock dos dias de hoje. E por mais que o Santo Graal de boa parte dos ídolos do compositor esteja cimentado na música de um tempo passado, só os tolos (ou surdos) não irão perceber que claramente estamos a ouvir um trabalho que tem uma marca de talento do nosso tempo.






Review: Arch Enemy - Will to Power (2017)

 





É inegável que o Arch Enemy passou por uma transformação. E isso não se deu apenas devido à troca de Angela Gossow por Alissa White-Gluz. O processo havia começado muito antes. A fórmula de death metal melódico do grupo liderada pelo guitarrista Michael Amott já apresentava sinais de desgaste em Rise of the Tyrant (2007) e Khaos Legions (2011), sintomas esses que foram deixados para trás com o consistente War Eternal (2014), disco que marcou a estreia de Alissa.

Em Will to Power, décimo trabalho do quinteto sueco e que foi lançado dia 08/09 pela Century Media, temos outra estreia. O álbum é o primeiro a contar com Jeff Loomis, ex-guitarrista do Nevermore e integrante do Arch Enemy desde novembro de 2014. E confesso que esperava uma participação mais efetiva de Loomis nas composições, o que não aconteceu, já que ele não assina nenhuma das doze músicas do disco, em sua grande maioria parcerias do trio Amott, Alissa e Daniel Erlandsson (bateria). Além disso, Loomis, um música extremamente técnico (ouça qualquer disco do Nevermore ou os seus trabalhos solo) parece sub aproveitado em Will to Power, sem mostrar tudo o que é capaz de fazer.

Produzido por Michael Amott e Daniel Erlandsson, Will to Power intensifica um aspecto que tem crescido bastante no Arch Enemy desde a entrada de Alissa White-Gluz: o apelo pop. E por mais estranha que a citação da palavra pop possa parecer em um texto que analisa um álbum repleto de vocais guturais, peso e andamentos rápidos, não consigo pensar em outra palavra mais apropriada. O Arch Enemy deixou de lado o death metal com os dois pés ficados no som de Gotemburgo e levou a sua música para uma seara onde as melodias são mais simples e grudentas, onde as soluções são menos desafiadoras e muito mais fáceis, e onde a agressividade deu lugar a uma música pasteurizada e com pouco (ou nenhum, dependendo do caso) impacto.

“Blood in the Water”, por exemplo, soa como uma espécie de “Leader of the Rats” 2.0, tamanha a semelhança estrutural com a canção presente em Anthems of Rebellion (2003). “The World is Yours”, o primeiro single, tem uma melodia de guitarras que beira o constrangimento antes do refrão ao ser comparada a tudo o que o Arch Enemy já produziu em sua carreira - ainda que o dueto entre Amott e Loomis na parte central coloque um sorriso no rosto deste velho fã do Iron Maiden.

Ouvimos em Will to Power uma banda que soa como sombra do que já foi. É tudo muito bem gravado, muito bem mixado, os instrumentos estão todos ali no lugar e soando de maneira divina, mas a banda parece ter perdido muito de sua essência. De modo geral, Will to Power é um trabalho que está muito mais próximo, em termos de conceito e daquilo que representa, de um disco do BebyMetal do que de um álbum vindo da sempre rica escola sueca. 

No final das contas, o maior momento de Will to Power acaba sendo uma canção que não se encaixa em nada do que o Arch Enemy fez antes. “Reason to Believe” é uma balada power pop onde Alissa alterna trechos com vocal limpo e gutural, e que vem com um arranjo crescente com explosões sonoras no refrão.

Muito pouco para uma banda que já foi consideravelmente mais inovadora e corajosa no passado.






Review: Elizabethan Walpurga - Walpurgisnacht (2017)

 



Em um cenário saturado de fórmulas que se repetem à exaustão, a banda pernambucana Elizabethan Walpurga consegue se destacar por trazer uma boa dose de originalidade ao seu som. Na estrada há mais de dez anos, o grupo lançou somente agora o seu primeiro disco, e ele merece a sua audição.

O que torna a música do quinteto bastante original é a mistura entre black metal e metal tradicional. Nada que nomes como Tribulation já não tenham feito, mas que sempre soa agradável quando bem executado e com ótimas referências. A parcela black do som do Elizabethan Walpurga fica por conta dos vocais guturais de Leonardo Alcântara e, principalmente, pela inspiração lírica. O próprio título do disco entrega o jogo: Walpurgisnacht é uma data mítica celebrada em vários países europeus no dia 30 de abril. Segundo a lenda, nesta noite as portas do submundo se abrem e atraem energias renovadoras e estimulantes. Já para os adeptos do vampirismo, um texto do escritor Bram Stocker, autor de Drácula, classifica a data como o momento em que as bruxas se reuniam nas montanhas para uma orgia demoníaca. 

No aspecto instrumental, o que temos é uma música que bebe bastante na rica tradição do metal britânico, com a onipresença de duetos de guitarra e uma enorme quantidade de melodia. Esse contraste entre luz e sombra faz o Elizabethan Walpurga soar de maneira agradável, em uma dicotomia que funciona de maneira eficiente.

Walpurgisnacht traz nove músicas e foi lançado pela Shinigami Records. A produção poderia ser melhor, mas não compromete o resultado final. A energia que brota das caixas de som é forte e constante, e mostra um grupo de músicos com boas ideias e que tem tudo para alcançar um público maior com o passar dos anos.

Um belo trabalho, e que deixa claro mais uma vez que o metal brasileiro tem representantes de qualidade em todas as regiões do país.






Masters Apprentices - Choice Cuts

 




Excelente hard psych rock do melhor ano para a música de todos os tempos... 1971. Um bom riff de guitarra solo é o principal atrativo deste lançamento, mas a banda toda é boa. Se você gosta do som hard rock do começo dos anos 70, vai gostar disso.
Descanse em paz Jim Keyys

Rock pesado e descontraído, estilo Sabbath, com uma concessão pop bem-sucedida (pelo menos na Austrália) dessa banda australiana. A balada, "Because I Love You" foi um grande sucesso na Austrália, mas, apesar disso, este LP ainda é monumentalmente raro (..e caro) lá em sua prensagem original em vinil. Eles realmente fizeram um péssimo acordo com sua gravadora australiana, que se recusou a dar a eles uma quantia decente de dinheiro para financiar adequadamente as sessões de gravação (no Reino Unido). No entanto, este é um ótimo trabalho de heavy rock do início dos anos 70, com "Our Friend Owsley Stanley III" em particular sendo um heavy rock arrasador.

Uma obra muito poderosa e dinâmica que se situa entre a crueza e a ressonância do chamado "embrião progressivo". O álbum se mostra autêntico, camaleônico e lisérgico. A banda evoluiu, o caminho já está traçado e a fórmula é repensada, endurecida e reinventada. Sem dúvida, um álbum colossal que cheira a "obra-prima" já que a banda é ampliada e o "jogo" da fusão faz o seu trabalho (cada peça tem um eco diferente). Há muita faísca aqui, mas também há amor, resistência e harmonia, é um álbum equilibrado, mas também áspero, devo dizer que é um dos meus favoritos dentro da escola de ácido australiana. Uma obra que leva a experiência da Psicodelia a outro patamar, já que a performance dos Aprendizes destrói qualquer visão garantida. É uma obra que busca superar o CULT e se firma como um emblema em seu país.


Apresentação da banda no programa GTK transmitido pela ABC Television

Minhas impressões são bastante aceitáveis, este trabalho é uma rica explosão de melodias onde você pode saborear peças ácidas carregadas de elementos psicodélicos, ressonâncias de Blues/Boogie e leves ecos progressivos. Um trabalho muito interessante, peculiar e muito envolvente. Não há mais nada a dizer sobre esses australianos; A base de sua música é marcada pelo Blues e a forte presença do "combo" Guitarra/Baixo (ambos os instrumentos conseguem produzir um som furioso) casa muito bem com a bateria, conseguindo produzir músicas com mudanças violentas de ritmo e "flashes metálicos primitivos" que por vezes contêm nuances melódicas muito ligadas às baladas de Powers do início dos anos 70. Na minha opinião, um álbum magnificamente psicodélico, "eclético", pesado e com uma atmosfera ácida que fará seus ouvidos colapsarem. Um álbum altamente recomendado para fãs de rock psicodélico do final dos anos 60.  Sem dúvida, foi uma experiência agradável pelo desempenho que tem e pelo sabor antigo das insurgências de sua época. Um álbum com um sabor de transição do começo ao fim. Até mais.

Curiosidades:
*A banda foi formada em Adelaide, Austrália, no início de 1965, com o nome The Mustangs.

 *O LP inteiro foi gravado, mixado e masterizado em um mês, e a banda ficou encantada com os resultados. A escolha para o primeiro single foi "Because I Love You", uma canção de amor, separação e independência, que se tornou um hit popular e duradouro.

 *A capa do álbum mostra uma cadeira elegante e estofada em uma sala com painéis, com uma misteriosa mão desencarnada segurando um cigarro pairando acima dela. Foi o grupo de design inglês Hipgnosis o responsável pelas capas do Pink Floyd, 10cc e Led Zeppelin. Apesar das perspectivas para seu novo LP, a banda foi pega de surpresa após sua conclusão quando Wheatley revelou que eles estavam quase falidos.


01.Rio De Camero
02.Michael
03.Easy To Lie
04.Because I Love You
05.Catty
06.Our Friend Stanly Owsley III
07.Death Of A King
08.Song for a Lost Gypsy
09.Satisfier
10.Song for Joey Part I





Destaque

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