terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

BIOGRAFIA DE Tozé Brito


 Tozé Brito

António José Correia de Brito, conhecido por Tozé Brito (Porto, 25 de Agosto de 1951) é um cantorletristacompositor, produtor, editor, adminstrador e mentor de projetos musicais português. Foi executivo das editoras Universal Music Portugal (sucessora da PolyGram) e BMG. Presentemente é director e administrador da Sociedade Portuguesa de Autores.

Biografia

Nasceu em Ermesinde mas cresceu no Porto. Em 1959 inicia os estudos de piano que abandona três anos depois.

Forma o seu primeiro grupo aos quatorze anos. [Começou como guitarrista dos Grupo 4]. Com os Duques subiu a um palco pela primeira vez. Com 15 anos é um dos membros fundadores do grupo Pop Five Music Incorporated como viola baixo e vocalista. O primeiro EP do grupo inclui um original da sua autoria ("You'll See").

Aos 18 anos vai viver para Lisboa para tocar, como músico profissional, no Quarteto 1111. Em 1971 actua com José Cid no conhecido Festival Yamaha - World Popular Song Festival, em Tóquio.

A solo lança, em 1972, o EP "Liberdade" (1972). Participa no Festival RTP da Canção de 1972 com "Se Quiseres Ouvir Cantar".

Quarteto 1111 na homenagem a Tozé Brito, em Cascais, no mês de Agosto de 2011.

Os Green Windows, grupo paralelo ao Quarteto 1111, começaram em 1972 no Festival dos Dois Mundos. O grupo era composto por José Cid, Tozé Brito, Moniz Pereira, Mike Sergeant e as mulheres de alguns deles. Cantam em inglês porque há uma tentativa de internacionalização que não chega a ser bem sucedida.

Ainda em 1972 é chamado para fazer a recruta à espera de ingressar no "Alerta Estar" onde eram colocados os artistas. Como o Quarteto 1111 tinha discos proibidos pela censura não consegue entrar nesse serviço e decide partir para Inglaterra. Aí trabalha como tradutor e faz dois anos de Psicologia no Birbeck College da Universidade de Londres. Casa-se e aí nasce a sua primeira filha.

Grava um disco com a cantora Daphne (ex-Música Novarum) no projecto Som Dois que chega a lançar um single com os temas "A um Amigo" e "Irmão na Cor da Alma".

Regressa a Portugal após o 25 de Abril de 1974. É obrigado a fazer a tropa, onde passa todo o ano de 1975. Intensifica o seu trabalho como compositor e autor.

Os Green Windows duraram até 1976 quando decide formar os Gemini com Mike Sergeant e Teresa Miguel. "Pensando Em Ti", a primeira canção do grupo, foi editada em Dezembro de 1976. O álbum atingiu o galardão de disco de ouro, o mais alto da altura. Foi considerado, tendo em conta as vendas, o compositor português do ano para a revista Billboard.

Em 1977 lança a solo, pela Phonogram, os singles "2010 DC" e "Eu, Tu e o Tempo". Cândido Mota colabora num dos discos.

Os Gemini são os vencedores do Festival RTP da canção, em 1978. O grupo acabará por terminar no ano seguinte.

Participa no Festival RTP da Canção de 1979 com Novo Canto Português. É editado um single em conjunto com um tema das Cocktail. Lança, com Paulo de Carvalho, o álbum "Cantar de Amigos". "Olá, então como vais?" foi um dos maiores sucessos deste disco. Entra para A & R da editora discográfica Polygram.

No ano seguinte, "Cantar de Amigos" é transformado num programa de televisão. "(Mi amor por) Ana", em co-autoria com Paulo de Carvalho e o seu irmão Pedro Correia Brito, é apresentado no Festival de Viña del Mar, no Chile, em 1980.

"Bem Bom" das Doce vence o Festival RTP da Canção em 1982. Edita o disco "Adeus Até Ao Meu Regresso (Apenas oito Canções de Amor)" no ano seguinte. Colabora como autor em vários programas de Herman José.

"Penso em ti, eu sei" de Adelaide Ferreira vence o Festival em 1985. O disco "As noites íntimas de um hotel com estrelas", álbum que assinala os 20 anos de carreira, foi editado em Outubro de 1986. Das onze faixas incluídas só quatro são cantadas. O disco foi feito a lembrar um filme com direito a argumento, realização e diálogos (estes em colaboração de António Tavares Teles). Nas vozes aparecem Adelaide e .

Em 1990 sai da Polygram para dirigir a filial portuguesa da editora BMG Ariola. Foi administrador até Setembro de 1998. Saiu porque os seus patrões estrangeiros lhe exigiram a liderança do mercado nacional a curto prazo, o que julgou irrealista. Em 1999 fundou a Mar, uma estrutura de A&R e produção criada em parceria com a EMI. Lança, numa lista muito desigual, nomes como Lúcia MonizAyamonteFrancisco Mendes e Darrasar.

É convidado para Presidente do Conselho de Administração da Universal Portuguesa (ex-Polygram).

Comemora 35 Anos de Canções com a compilação "... Mas o Mais Importante É o Amor" com nomes como Lúcia MonizMarta PlantierAdelaide FerreiraPaulo de CarvalhoJosé CidQuarteto 1111Carlos do CarmoSimone de OliveiraVictor EspadinhaDoceGemini e Green Windows.

Em 2007, celebra 40 anos de carreira e lança o CD "Vida, canções e amigos" que reúne um conjunto de 40 canções, com música ou letra assinadas por ele ou das quais é co-autor. No final de 2007 deixa a Universal Music Portugal após uma fusão entre a Universal espanhola e a portuguesa, e a passagem da administração para [Madrid].

Desde 2008, Tozé Brito é Administrador da (Sociedade Portuguesa de Autores) e sócio fundador da "MUV"-Movimento de Ideias Criativas, Lda.

Em 2010 foi editado, pela Assírio & Alvim, o songbook "40 Canções - Partituras, letras, Cifras".

Em Maio de 2011 recebeu da Câmara Municipal de Coimbra, enquanto elemento do Quarteto 1111, a medalha de mérito cultural, tendo sido agraciado com nova medalha de mérito cultural a título individual em Junho, pela Câmara Municipal de Cascais. Foi posteriormente homenageado, num espectáculo durante as Festas do Mar, perante 40.000 pessoas, por muitos dos intérpretes que durante mais de 40 anos gravaram e cantam canções de sua autoria.

A comemorar 45 anos de carreira é lançada em 2013 uma compilação da Universal que inclui o inédito "Apenas Mais Um Caso" e canções de outros intérpretes que gravaram canções da sua autoria.

Em 2021 é homenageado no álbum tributo “Tozé Brito (de) Novo”, editado pela Sony, no qual participaram Benjamim, B Fachada, Ana Bacalhau, Mitó, Tiago BettencourtMiguel GuedesRita Redshoes, Selma Uamusse, Catarina Salinas, CamanéSamuel ÚriaJoana EspadinhaAntónio Zambujo e Tomás Wallenstein, pelos seus 55 de carreira e 70 de vida.

Discografia

Álbuns

  • Cantar de Amigos (LP, Polygram, 1979) (com Paulo de Carvalho)
  • Adeus Até Ao Meu Regresso (LP, Polygram, 1983)
  • As Noites Íntimas de um hotel com estrelas (LP, Polygram, 1986)
  • Outrora (CD, Polygram, 1995)
  • A Memória do Amor (CD, 2018)
  • Tozé Brito (de) Novo (CD 2021)

Singles e EPs

  • Liberdade (EP, Decca,1971)
  • Se Quiseres Ouvir Cantar (Single, Decca, 1972)
  • Palhaços/Já Se Faz Tarde (Single, Mel, 1975)
  • Palhadacos/Anacronismos (Single, Mel)
  • 2010 DC/Palavras Cruzadas (Single, Polydor, 1977) 2063020
  • Eu, Tu e o Tempo/Duas cartas, Um Sentir (Single, Polydor, 1977) 2063026
  • Novo Canto Português (Single, Polygram, 1979)

Compilações

  • 20 Canções de Tozé Brito (2LP, Polygram, 1982)
  • Mas o mais importante é o amor...(CD, Universal Music,2002)
  • A Arte e a Música de Tozé Brito (CD, Universal Music, 2004)
  • Vida, canções e amigos (CD, Farol, 2007)
  • Canções de Tozé Brito (CD, Universal Music, 2012)

Grupos musicais

Ao longo da sua carreira de cantor, fez parte dos seguintes grupos:

Compositor

Tózé Brito iniciou a sua carreira de compositor aos 17 anos, destacando-se a parceria com o poeta Ary dos Santos, que na sua opinião constituiu uma das experiências mais gratificantes.

"Muito mais, embora tenha gravado, como intérprete, três álbuns a solo e vários singles. O que quer dizer que, das 400 canções que eu tenho inscritas na SPA, se calhar umas 100 cantei-as eu e as outras 300 cantaram-nas os tais meus amigos. Aquilo que eu escrevi para outros foi o que teve mais sucesso e há uma meia dúzia de canções minhas que toda a gente neste país conhece e canta". (in SPAautores)

As suas canções foram cantadas por intérpretes como Carlos do Carmo, Ana Moura, Luís Represas, Doce, Anjos, Cândida Branca FlorSimone de OliveiraPaulo de CarvalhoTonichaFrancisco JoséTony de MatosJosé CidMarco PauloAntónio Pinto BastoHerman JoséAdelaide FerreiraDulce Pontes e Lúcia Moniz, entre muitos outros. Escreveu em parceria com autores como José Carlos Ary dos SantosJoaquim PessoaCésar de Oliveira, António Tavares Teles, António Avelar PinhoMike Sergeant, entre outros. Escreveu música para teatro de revista, comédias musicais, cinema e televisão. É autor de vários textos para programas de humor de Herman José.

Comentários

"Estava preparado, como todos os músicos em Portugal, para me aguentar uns anos e acabar num casino qualquer." (in DNA)

"Nunca senti que tivesse grande vocação para cantor. Como músico ainda me diverti um bom bocado."

Eu nunca fiz censura estética. Acho que este é o termo exacto. Nunca tive a preocupação de pensar "não vou escrever coisas para esta pessoa porque aquilo que ela faz não me agrada". Não. Vi sempre as coisas ao contrário, isto é, não abdico duma determinada linha, que é a minha, e se a pessoa conseguir adaptar-se à minha canção, muito bem. Ou seja: escrevi algumas canções para pessoas com que não me identifico de todo, em termos estéticos, em termos musicais. No entanto, aceitei esses pedidos, sempre. (...) Foi o que se passou com o Clemente, com o Dino Meira... Eram pessoas que, desde que me pedissem uma canção, eu era incapaz de os tratar de uma forma diferente da maneira como tratei os outros. (in SPA)

"Há dias em que me apetece pegar na guitarra e compor. Ou pegar numa folha de papel e escrever uma letra”, impulsionado sabe-se lá porquê:“Às vezes a ver um filme, uma simples frase de um actor, é o suficiente para me fazer levantar como uma mola. E quantas vezes aconteceu..."

Os Pop Five antes de gravar discos andavam na estrada, a tocar em bailes, festas de finalistas, queimas das fitas - era o circuito que havia. E um dia alguém nos achou graça e convidou-nos para gravar um disco na Arnaldo Trindade - uma editora que tem responsabilidades sérias na promoção da boa música portuguesa.





Transatlantic – “The Absolute Universe”


 

Esta é uma das revisões mais complicadas que tive que fazer. Estou analisando duas versões do mesmo álbum. Como você provavelmente sabe, o Transatlantic gravou “The Absolute Universe” como um único álbum e então decidiu ei, vamos fazer um duplo, MAS vamos mudar partes dele para que os lançamentos sejam diferentes uns dos outros.

Portanto, temos "O Universo Absoluto: O Sopro da Vida (Versão Resumida)" e "O Universo Absoluto: O Sopro da Vida (Versão Resumida)". Também há outra versão chamada “The Absolute Universe – The Ultimate Edition” que reúne ambos e adiciona mais a ele. Olha, isso é definitivamente uma grana. Não tenho problemas com isso, mas vamos ser honestos. Não há razão para que eles não pudessem ter feito um conjunto de 3 discos com ambas as versões.

Infelizmente você precisa comprar o “Ultimate Edition” que tem vinil e blu ray e todo tipo de merda e sim é caro pra caramba. Mas eu discordo. E as duas versões? Quão diferentes eles são? Ambos são muito semelhantes, com muitas músicas com letras ou melodias diferentes ou pequenas adições a elas. Honestamente, é difícil lembrar qual é qual quando você os ouve juntos. Eles se misturam.

E para ser claro, “The Absolute Universe” é um ótimo álbum em qualquer comprimento. Mesmo ouvindo “The Breathe of Life”, não sinto que perdi nada. Você apenas chega ao destino um pouco mais rápido. “The Breathe of Life” tem 14 faixas e 65 minutos de duração, enquanto “Forevermore” tem 18 faixas e 91 minutos de duração. Se eu for escolher entre eles, eu escolheria “Forevermore” porque você consegue mais músicas. E também não tem enchimento.

Você presumiria que esticar um álbum após o fato pode causar inchaço, mas não é o caso. Este é um de seus melhores álbuns e, honestamente, pode ser meu álbum favorito do Transatlantic. Portanto, é uma pena que seja uma maldita grana também! Mas, honestamente, os fãs devem comprar o que puderem. Vale a pena ter os dois, eu acho que sim. Mas eu amo versões alternativas de todos os tipos. Se você só conseguir um, pegue o mais longo e pronto.

As músicas se sucedem, os temas retornam e o fluxo é perfeito. Em suma, este é o Transatlântico clássico. Se você ama a banda, vai adorar o álbum. Se ao menos houvesse uma versão absoluta de “The Absolute Universe” que não quebrasse o banco!

Avaliação: 9/10

Gravadora: InsideOut Music

Data de lançamento: 5 de fevereiro de 2021


Iotunn – “Access All Worlds”

 

Já se foram os dias em que uma pessoa comprava um CD ou álbum sem primeiro ouvir algo dele? E eu quero dizer zero air-play de rádio. Comprei o Blueprint of the World de Enchant em 1993 porque parecia interessante e as durações das músicas eram promissoras; o mesmo com Morningrise do Opeth. Um golpe duplo via Columbia House do qual estou muito orgulhoso, descobri Nothingface do Voivod (1989) e, assinado com a Metal Blade, Songs for Insects da Thought Industry (1992). Mergulhar em sons inéditos é um exercício subestimado. (para ser justo, passei horas no Cheapo em Minneapolis ouvindo CDs usados ​​para ter certeza de que o que comprei valeu meu dinheiro, mas esses achados raros são especiais).

Eu me senti como aquela pessoa novamente mergulhando em uma nova descoberta misteriosa quando ouvi o álbum de estreia “Access All Worlds” de Iotunn. Encontrei uma repostagem no Instagram do CEO da Metal Blade, Brian Slagel, de alguém afirmando que este CD é “a coisa mais refrescante ouvida em décadas”. Achei que era hora de “comprar” o CD sem ouvir e ver se quase 30 anos depois Metal Blade ainda arrasa.


Com sede em Copenhagen, Dinamarca, Iotunn é composto pelos irmãos Jesper e Jens Nicolai Gras na guitarra, Jón Aldará em todos os vocais, Eskil Rask no baixo e Bjørn Wind Andersen na bateria. Um CD de estreia tão polido, composto por vários épicos, e que chama a atenção de um dos maiores nomes da indústria do metal, começa a fazer sentido como uma postagem em uma mídia social chegou à minha consciência. Os vocais de Jón Aldará vão ser impactantes independentemente da opinião de cada um: ele tem rosnados, gritos, tenor poderoso e tudo mais (ele também é vocalista do Barren Earth de 2014 até o presente). Eu me lembro de Katatonia e Solitude Aeternus no que diz respeito aos vocais limpos.


A música é uma mistura potente de muitos gêneros de metal. As características tradicionais recebem uma atualização contemporânea e as diferentes proporções de metal tornam a audição não apenas agradável em um nível visceral, mas estou me divertindo muito escolhendo quais influências estão aparecendo onde. A receita é Death/Extreme Metal (guitarras, seção rítmica, vocais guturais), Power Metal (vocais limpos, energia eufórica), Doom Metal (andamento, deliberação), Metal Progressivo (arranjos, conceito, pacote total) mas isso está sujeito a mudar dependendo de onde alguém pode estar em uma música.


Estou intrigado sobre quem escreve e faz os arranjos para a banda e como dois irmãos na guitarra impactam o todo (ou seja, os irmãos gêmeos Robby e Joey Baca tocam guitarra e bateria, respectivamente, para o The Contortionist).
Bottom line # 1: Iotunn é o negócio real!
Linha de fundo # 2: Metal Blade ainda mata!

Divulgação completa: recebi esta música como um download gratuito para analisá-la. Então enviei $ 7,77 para comprar o download via Bandcamp porque apoiar músicos: esse é o caminho.

Classificação: 8.5/10

Bandcamp: https://iotunn.bandcamp.com/album/access-all-worlds
Rótulo: Metal Blade
Data de lançamento: 26 de fevereiro de 2021

Tracklist:

Voyage of the Garganey I
Access All Worlds
Laihem’s Golden Pits
Waves Below
The Tower of Cosimc Nihility
The Weaver System
Safe Across The Endless Night


Liquid Tension Experiment – “LTE3”


O tão esperado terceiro álbum do supergrupo, Liquid Tension Experiment, finalmente chegou. “LTE3” vem 22 anos depois de seu segundo e aparentemente último álbum. Obviamente, muita coisa aconteceu desde então. O especialista em teclados Jordan Rudess se juntou ao Dream Theater após o segundo álbum e, em 2010, o baterista Mike Portnoy saiu do Dream Theater. Com bastante animosidade, parecia duvidoso que a banda se reagrupasse, mas ninguém contava com uma pandemia global.

O surto de COVID cancelou os planos de turnê e permitiu que todos os 4 membros (incluindo também o baixista Tony Levin e o guitarrista John Petrucci) tivessem um bom tempo livre. Foi isso que permitiu a Portnoy ser convidado no álbum solo de Petrucci e para a LTE se reformar mais uma vez.

“LTE3” vai soar muito familiar para os fãs. O álbum começa como se 22 anos não tivessem passado. Vá para o que você sabe. O único número um tanto duvidoso para mim é o abridor “Hypersonic”, que basicamente atola em tantas notas quanto humanamente possível. A maior parte da música em si é boa, mas algumas são um pouco demais.
O álbum continua as tradições dos dois primeiros álbuns com duetos de Levin e Portnoy em "Chris & Kevin's Amazing Odyssey", que é o melhor deles até agora. “Shades Of Hope” continua a tradição Rudess/Petrucci. Embora não feche o álbum como as músicas anteriores.

A faixa final é a épica muito melódica “Key to the Imagination” , que tem muitos grandes momentos e transições. Definitivamente uma das melhores músicas que o LTE já fez. Uma das canções mais intrigantes é o segundo single "Beating the Odds", que é quase cativante se não fosse pelo compasso muito estranho. Grande canção embora. A faixa “Liquid Evolution” me lembra um pouco “Liquid Dreams” por ser mais jazzística e ter mais espaço entre as notas.

Uma das músicas mais interessantes é o cover do clássico de Gershwin “Rhapsody In Blue”, que fez parte dos shows ao vivo do LTE em 2008. Agora a música recebe o tratamento completo de estúdio e, como qualquer coisa LTE, você pode dizer que é o cover (bluesy e elegante), mas vai a muitos lugares que o original nunca foi. Realmente mostra a musicalidade geral dos membros do LTE.

“LTE3” não vai decepcionar os fãs deste supergrupo. É um acompanhamento lógico, independentemente de quanto tempo levou. Tony Levin ainda é um gênio e os outros 3 ainda têm uma ótima química. Mas os bajuladores de Portnoy deveriam aproveitar o reencontro. DT tem seu novo álbum em andamento com o mestre Mike Mangini atrás do kit. As coisas funcionaram de muitas maneiras. Um novo álbum do Liquid Tension Experiment é uma dessas maneiras!

Avaliação: 9/10

Gravadora: InsideOut Music

Data de lançamento: 15 de abril de 2021


Nad Sylvan – “Spiritus Mundi”

 

Já é bastante difícil escrever a letra de uma música. Às vezes, você precisa alterar uma palavra aqui ou ali para se adequar à música ou ao clima que está tentando transmitir.

Mas e se você não pudesse alterar as letras porque elas fazem parte de uma herança nacional?

Nad Sylvan assumiu a tarefa de criar canções a partir da obra do poeta irlandês WBYeats.

(Com uma música, You've Got To Find A Way, incluída como faixa bônus, a letra é do próprio Nad.)

A obra do poeta que conheço relaciona-se com a experiência e a curiosidade humana. Esses são ótimos assuntos para musicar. O simbolismo pode ser descoberto nas linhas. Há também uma ponte entre o mundo humano e o místico. As letras das músicas, afinal, são um estilo de poesia.

O título do álbum do Sr. Sylvan, Spiritus Mundi, também é tirado de Yeats, e o conceito do poeta sobre a alma coletiva do universo que contém as memórias de toda a humanidade.

Sylvan é conhecido por muitos como a voz do projeto Genesis Revisited de Steve Hackett, mas Nad tem sua própria carreira solo, sendo este o sexto lançamento.

Este trabalho contém toques de acústico, sinfônico, folk, prog e palavra falada. Os sons do mundo natural podem ser ouvidos em um ponto. A música é trazida de forma moderna, com toques de tradições passadas contidas nos fios. A voz de Nad, aos meus ouvidos, sempre remetia a outro tempo, e se encaixa maravilhosamente com a poesia e a música.

Fãs de folk e rock progressivo devem curtir o Spiritus Mundi. Os fãs de WB Yeats também devem ouvir este álbum e fazer uma descoberta musical no processo.

Uma tarefa assustadora rendeu uma experiência de audição maravilhosa e alegre.

Assista ao vídeo de The Hawk, postado aqui no final da crítica.

 

Avaliação: 9/10

Lista de músicas:

  1. The Second Coming
  2. Sailing to Byzantium
  3. Cap and Bells
  4. The Realists
  5. The Stolen Child
  6. To An Isle In The Water
  7. The Hawk
  8. The Witch and The Mermaid
  9. The Fisherman
    Bonus Tracks
  10. You’ve Got To Find A Way (lyrics by Nad)
  11. To A Child Dancing In The Wind


Subterranean Masquerade – “Mountain Fever”


O Subterranean Masquerade de Israel teve uma série de álbuns muito bons ao longo dos anos. A consistência deles me fez questionar por que o líder da banda, Tomer Pink, dispensaria os vocalistas de classe mundial Kjetil Nordhus e Paul Kuhr. Em parte foi que cada um tem prioridades nas outras bandas. Ainda assim, abalos como esse podem ter consequências terríveis.

Embora eu ache que o novo vocalista Davidavi Dolev cante bem, não gosto necessariamente de muitas das coisas que ele faz com a voz. Isso inclui as partes mais silenciosas na abertura “Snake Charmer”, onde expõe algumas fraquezas em sua voz e o vocal da morte em “Diaspora, My Love”, que simplesmente não soa tão bem quanto seu predecessor Kuhr. A vantagem é que a música é muito boa e tem todos os elementos usuais do Oriente Médio misturados com prog metal.

A seção de metais na faixa-título é uma boa adição. Dolev soa melhor em sua faixa intermediária (a maioria das pessoas o faz). No entanto, não gosto muito dos backing vocals, então mesmo essa faixa não está certa. Essa parece ser a minha impressão geral. Há muitos momentos realmente bons nessas músicas que, infelizmente, perdem algo ao longo do caminho. “Inwards” tem ótimos riffs por toda parte... mas eles tentam misturar pausas mais suaves e vocais de morte, e a música perde seu ímpeto.

“Ascend” é o primeiro single e eu não gostei do riff principal. A parte de direção da pista faz as coisas acontecerem. Os vocais são excessivamente dramáticos e irritantes. A música em si é boa, mas não é excessivamente memorável. A longa faixa “For The Leader, With Strings Music” vai cheia de death metal para começar com o que soou realmente forçado. Também soa realmente fora do lugar. Depois de um tempo, a música decide seguir uma direção completamente diferente aaaaaa e de repente é um número acústico. Embora eu goste de músicas com partes diferentes, as partes precisam fazer sentido quando colocadas juntas. Mas eles soam colados e não deveriam estar em uma faixa.

Acho que muitos fãs de prog metal ainda vão gostar de “Mountain Fever” porque tem todos os elementos que a maioria procura, além de uma ótima mixagem. Infelizmente, parece que Subterranean Masquerade está tentando provar que eles pertencem ao invés de apenas serem eles mesmos. Mas com uma formação mais recente, eles podem não saber disso ainda. A consistência deles diminuiu, assim como meu interesse. Posso revisitar “Mountain Fever” em algum momento, mas duvido.

Classificação: 5/10

Marcador: Registros Sensoriais

Data de lançamento: 14 de maio de 2021 


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