sábado, 1 de fevereiro de 2025

Blitz é uma banda de rock brasileira, formada em 1981 no Rio de Janeiro

Blitz é uma banda de rock brasileira, formada em 1981 no Rio de Janeiro, sendo uma das precursoras do rock nacional. Originalmente formada por Evandro Mesquita (vocal, violão e gaita), Ricardo Barreto (guitarra), Guto Barros (guitarra), Júnior Homrich (baixo), Zé Luís (saxofone) e Lobão (bateria).
A formação clássica do Blitz consistia em Evandro Mesquita, Ricardo Barreto, Lobão, Fernanda Abreu (vocal de apoio), Marcia Bulcão (vocal de apoio), Antônio Pedro Fortuna (baixo) e Billy Forghieri (teclados). Em 1981, o Evandro Mesquita, através de sua namorada na época, conseguiu convite para tocar no Caribe, bar que o empresário Mauro Taubman, dono da grife Company, e estava inaugurando no bairro de São Conrado. Embora na época ele tocasse apenas por passatempo e alguns conhecidos como Ricardo Barreto e Lobão, aceitou e recrutou mais alguns músicos para completar a banda e fazer a apresentação na estreia do bar, em 21 de fevereiro. Devido às constantes blitz que músicos passavam para ir ao ensaio, baterista Lobão deu a ideia de batizar a banda de Blitz. O primeiro show realizado pela Blitz gerou grande repercussão nos dias seguintes entre os banhistas. Passado algum tempo,
Zé Luís e Guto deixaram a banda e Júnior foi substituído por Arnaldo Brandão, que por sua vez deu lugar a Cláudia Niemeyer. Descontente com os atrasos de Lobão nos ensaios e com o então amadorismo da banda, Cláudia deixou o grupo, tendo o seu lugar ocupado por Antônio Pedro Fortuna.
Com o objetivo de manter a interação durante as canções nos shows, o conjunto decidiu que seria bom ter backing vocals femininas. Assim, a formação se estabilizou em janeiro de 1982, Fernanda Abreu e Marcia Bulcão nos backing vocals, Ricardo Barreto na guitarra, Antônio Pedro no baixo, William "Billy" Forghieri nos teclados, além do próprio Evandro no vocal e Lobão na bateria.
Em 15 de janeiro de 1982 o Blitz sobe no palco do Circo Voador, maior casa de shows carioca da época. A repercussão chamou atenção da EMI, que assinou contrato com a banda e, em 20 de julho, é lançado o primeiro single, "Você Não Soube Me Amar".
Em três meses o compacto com apenas essa faixa vendeu 100 mil cópias, se tornando a canção de maior sucesso deles. Na sequência foi lançado o primeiro álbum, As Aventuras da Blitz 1, e vendeu 300 mil cópias e gerou grande repercussão a mistura de músicas humoradas e figurinos futuristas.
As divergências artísticas de Lobão e Evandro cresciam descontroladamente e, dias depois do lançamento do disco, Lobão decidiu deixar a banda, sendo substituído por Roberto Gurgel "Juba" na bateria. A banda se tornou uma das pioneiras do movimento do rock brasileiro da década de 1980. O segundo single lançado, "Mais Uma de Amor (Geme Geme)", se tornou
o segundo maior sucesso da banda, embora tenha esbarrado na censura pela composição com teor sexual. "Cruel Cruel Ezquizofrenético Blues" foi lançada como terceiro single.
Em junho de 1983 é lançado o novo single do grupo, "Dois Passos do Paraíso", trazendo uma temática mais leve para que não fosse barrada pela censura. Na sequência é lançada "Betty Frígida", a canção mais ácida da banda, que contava a história de uma relação sexual que foi ruim para ambos os lados.
Em 10 de setembro é lançado segundo álbum, Radioatividade, com a grande festa organizada na sede da EMI Records, e que reuniu grandes artistas como Caetano Veloso e Paulo Cézar Lima. A turnê da banda, dirigida por Patrícya Travassos, alcançou um público recorde e os primeiros shows bateram 50 mil pessoas. O terceiro e último single lançado foi "Weekend".[18] O álbum foi o 46º mais vendido no Brasil em 1983, de acordo com a Nopem.
Em 23 de março de 1984, o grupo participou
do especial infantil Plunct, Plact, Zuuum... 2,
da Rede Globo, onde também interpretaram uma nova faixa, "A Verdadeira História de Adão e Eva", incluída na trilha sonora do programa.
Em 7 de julho o Blitz realiza seu show de maior repercussão na Praça da Apoteose, e arrastou 30 mil pessoas.
Em 14 de setembro o Blitz estrela seu próprio especial na Rede Globo, Blitz contra o Gênio do Mal, misturando dramaturgia e musical.
Logo após é lançado o novo single, "Egotrip".
O terceiro álbum, Blitz 3, é lançado em 15 de dezembro, tendo três formatos com capas diferentes, produzidas pela empresa de design A Bela Arte. Em 1985, a banda se apresentou em duas datas da primeira edição do Rock in Rio: 13 de janeiro, para um público de 110 mil pessoas, e 20 de janeiro, para 200 mil pessoas. Logo após, "Eugênio" e "Louca Paixão" foram lançados como segundo e terceiro singles do álbum, respectivamente. Na época, tocaram na União Soviética, durante 12ª Encontro Mundial da Juventude Democrática, o show transmitido pela rádio estatal soviética. A superexposição e a demanda exagerada de trabalho geraram conflitos internos e os integrantes entenderam que era hora de dar um hiato nos trabalhos, e anunciando que o trabalho seguinte, intitulado O Último da Blitz, seria o último. No entanto, o álbum nunca chegou ser gravado, uma vez que Ricardo e Márcia deixaram a banda no final de 1985, e em 3 de março de 1986, anunciou sua separação oficial. Em 1994, canção "Mais Uma de Amor (Geme Geme)" fo incluída na trilha sonora da novela A Viagem, da Rede Globo.
Em 1994, alguns ex-integrantes do Blitz se reuniram por 5 anos e gravaram os álbuns Blitz ao Vivo em 1994 e Línguas em 1997, e nesse período onde trocam de gravadora duas vezes. A Formação durante período da turnê de 1994 - 95: Evandro Mesquita, Juba, Ricardo Barreto, Antônio Pedro, Billy Forghieri, os estreantes Zero Telles na percussão (músico de apoio) e Hannah Lima nos vocais, ao lado da veterana Márcia Bulcão. Em 2006, se reúniu novamente
e lançou os álbuns Blitz ao Vivo e a Cores e Eskute Blitz, e apenas com Evandro Mesquita, Juba e Billy Forghieri como os membros remanescentes. Em 2017, o álbum Aventuras II, lançado em 2016, foi indicado ao Grammy Latino de Melhor Álbum de Rock Brasileiro.
Origem: Rio de Janeiro, RJ, País: Brasil
Gêneros: Rock, pop rock, new wave
Período em atividade: 1981 – 1986, 1994 - presente
Gravadoras: EMI, Eldorado, Performance, CD Promo, Universal, Radar, Deck
Integrantes:
Formação atual:
Evandro Mesquita: vocal, violão, guitarra
(1981 - 1986; 1994 - presente)
Billy Forghieri: teclados
(1982 - 1986; 1994 - presente)
Juba: bateria e vocal de apoio
(1982 - 1986; 1994 - presente)
Andréa Coutinho: vocal de apoio
(2003 - presente)
Rogério Meanda: guitarra e vocal de apoio (2005 - presente)
Nicole Cyrne: vocal de apoio (2014 - presente)
Sara Rosemback: baixo e vocal de apoio
(2024 - presente).
Ex-integrantes:
Guto Barros: guitarra (1981; morreu em 2018)
Júnior Homrich: baixo (1981)
Zé Luís: saxofone (1981)
Arnaldo Brandão: baixo (1981)
Katia B: vocal de apoio (1981)
Lobão: bateria (1981 - 1982)
Fernanda Abreu: vocal de apoio (1982 - 1986)
Márcia Bulcão: vocal de apoio (1981 - 1985; 1994 - 1995)
Hannah Lima: vocal de apoio (1994 - 1995)
Eliane Tassis: vocal de apoio (1997 - 1998)
Ricardo Barreto: guitarra e vocal de apoio (1981 - 1985; 1994 - 1999)
Antônio Pedro: baixo e vocal de apoio
(1982 - 1986; 1994 - 1999)
Carla Moraes: vocal de apoio (1997 - 1999)
Germana Guilhermme: vocal de apoio
(1997 - 2000)
Fábio Lessa: baixo (1999 - 2000)
Patrícia Mello: vocal de apoio (2000)
Leonardo Lira: guitarra (2000)
Maíra Charken: vocal de apoio (2003 - 2004)
Lancaster Pinto: baixo (2003 - 2004)
Fernando Monteiro: guitarra (2003 - 2005; substituto 2001)
Luciana Spedo: vocal de apoio (2004 - 2010)
Mari Salvaterra: vocal de apoio (2010 - 2012)
Giovanna Cursino: vocal de apoio (2012 - 2014)
Cláudia Niemeyer: baixo (1981, 2005 - 2022)
Alana Alberg: baixo (2022 - 2024) e vocal de apoio (2023 - 2024).
Discografia:
Álbuns de estúdio:
(1982) As Aventuras da Blitz 1
(1983) Rádio Atividade
(1984) Blitz 3
(1997) Línguas
(2009) Eskute Blitz
(2016) Aventuras II
(2023) Supernova.
DVDs e álbuns ao vivo:
(1994) Blitz ao Vivo
(2007) Blitz ao Vivo e a Cores
(2010) Eskute & Veja Blitz
(2013) Multishow Registro: Blitz 30 Anos - Ipanema
(2017) Blitz no Circo Voador.

 



ROCK ART


 


Discografias Comentadas: Overkill – Parte I

 

Bobby Gustafson, DD Verni, Rat Skates e Bobby “Blitz” Ellsworth
 
Surgido das cinzas da banda punk Lubricunts, o Overkill foi formado em Nova York no início da década de 80. Depois de ter sua formação estabilizada com D.D. Verni (baixo), Bobby Gustafson (guitarra), Rat Skates (bateria) e Bobby “Blitz” Ellsworth (vocal), a banda gravou algumas demos, um EP independente e teve a música “Death Rider” incluída no volume V da famosa série de coletâneas Metal Massacre. Com a boa repercussão destes lançamentos, o grupo foi contratado pela gravadora Megaforce, a mesma que havia lançado os discos de estréia do Metallica e do Anthrax, e começou uma longa e sólida carreira, se tornando uma das principais bandas de thrash metal da costa leste americana.
Feel the Fire [1985]
O primeiro disco do Overkill mostra uma banda em sintonia com o thrash metal da época, mas também com muita influência do heavy metal mais tradicional de bandas como o Manowar e Iron Maiden, como a faixa-título do disco comprova. O vocal de Bobby “Blitz” causou estranheza, com seu timbre pessoal e incomum, às vezes esganiçado como Bon Scott, às vezes agudo como Bruce Dickinson. Várias faixas viraram clássicos da banda, como a já citada faixa-título, a pesada “Hammerhead” e a espetacular “Overkill”, mas foi “Rotten To The Core” que se tornou obrigatória em todos os shows da banda. Também é impossível não destacar o trabalho de bateria de Rat Skates, criativo e sempre surpreendente, e o guitarrista Bobby Gustafon, dono de um estilo único, agressivo e caótico, mas ao mesmo tempo melódico e preciso. Há ainda uma homenagem ao passado punk da banda com o cover de “Sonic Reducer”, dos Dead Boys, que também ficou sensacional. Tudo isso faz de Feel The Fire um disco obrigatório para os fãs do estilo.
Taking Over [1987]
Mais pesado que o anterior, Taking Over mostrava o Overkill mergulhando de cabeça no thrash metal. Ainda que faixas como “Fear His Name” e “In Union We Stand” fossem mais tradicionais e épicas, foi a agressividade e potência das pesadas e rápidas “Deny The Cross”, “Wrecking Crew” (que anos depois batizaria o website da banda, www.wreckingcrew.com) e “Electro-violence” que mais se destacaram neste álbum. As performances de Skates e Gustafson continuaram espetaculares, mas foi o baixista D.D. Verni que roubou boa parte da cena no disco, como nas excepcionais “Powersurge” e “Overkill II”, que tem riffs sensacionais e um trabalho esplêndido do baixista. Apontados por muitos como o melhor álbum da banda, Taking Over é outro disco que todo amante do thrash metal deveria ter em sua coleção.
Fuck You [1987]
Apesar de apenas conter uma faixa inédita e cinco músicas ao vivo, este pequeno EP se torna um item obrigatório por dois motivos: primeiro, a presença da faixa-título, cover da banda punk canadense The Subhumans e que se tornaria uma espécie de hino para a banda, passando a fechar todas as suas apresentações desde então. O segundo é que este é o único registro ao vivo da banda com a sua formação original, com Rat Skates e Bobby Gustafon, visto que o primeiro sairia logo após o lançamento do EP e o segundo mais alguns anos à frente.
Em 1996, Fuck You foi relançado tendo como título Fuck You And Then Some, trazendo como bônus o primeiro EP lançado pela banda, de forma indenpendente, e duas faixas gravadas ao vivo em 1989, “Evil Never Dies” e “Hole In The Sky”, cover do Black Sabbath.
Under The Influence [1988]
A entrada do baterista Sid Falck afetou diretamente o som do Overkill. Enquanto Rat Skates sempre encaixava alguma surpresa às músicas, o estilo do novo integrante era mais tradicional, direto e, consequentemente, previsível. Ainda assim, Under The Influence tem diversos bons momentos, apesar de não ser tão bom quanto os dois discos anteriores. A produção, assinada por Alex Perialas, teve um salto qualitativo enorme, deixando o som mais limpo e cristalino. A pesada “Shred”, a tradicional “Hello From The Gutter”, “Drunken Wisdom” e a maravilhosa “End Of The Line” são os principais destaques do disco, que mais uma vez tem performances esplendorosas de D.D Verni e Bobby Gustafson, mas infelizmente tem algumas músicas consideradas filler.
The Years Of Decay [1989]
Se o disco anterior havia sido um tanto decepcionante, The Years Of Decay foi um retorno em grande forma. A produção de Terry Date é espetacular, e o produtor confessou que Diamond Darrel queria um som de guitarra como o de Bobby Gustafson nesse disco quando gravou Cowboys From Hell com o Pantera, alguns anos depois. Todas as músicas são destaques, e o disco expandiu o universo musical do Overkill, tendo uma maior variedade de estilos, mas sem perder um pingo de identidade. “Time To Kill” abre o disco com um riff maravilhoso e uma pegada bem thrash metal, que continua na música que se tornaria a mais conhecida da carreira da banda, “Elimination”. “I Hate” mostra um pouco da influência de punk, e apesar de ser curta e direta, tem um trabalho maravilhoso de guitarra. Em “Skullcrusher”e “Who Tends The Fire”, lentas e soturnas,  a banda presta homenagem a outra de suas principais influências, o Black Sabbath. A faixa-título inicia lenta, e apesar de ficar mais pesada, é o mais próximo que a banda havia chegado de uma balada. O disco termina com “Evil Never Dies”, cujas inicias formam a palavra “end” (fim), que encerrava a saga “Overkill”, presente em todos os discos até então. Após a turnê deste disco, Bobby Gustafson saiu da banda, e o primeiro capítulo da historia do grupo terminaria aqui, deixando a dúvida de como a banda soaria sem a presença de um integrante tão importante.
Horrorscope [1991]
Com a saída de Bobby Gustafson, os fãs ficaram na dúvida sobre quem poderia substituí-lo. Apesar de não ser considerado um guitarrista extremamente virtuoso, Gustafson sempre teve um estilo próprio e muita personalidade, além de participar ativamente do processo de composição da banda. A saída foi recrutar não apenas um guitarrista para o seu lugar, mas dois: Merrit Gant (ex-Faith or Fear) e Rob Cannavino. Com os novos membros, a banda lançou o seu disco mais maduro e variado até então, Horrorscope. Mais uma vez produzido por Terry Date, o disco mostra o som da banda revigorado e mais técnico. “Coma” se tornaria uma das favoritas dos fãs, assim como “Thanx For Nothing”, cujo clip passava com certa freqüência no finado Fúria Metal”. A influência do Black Sabbath mais uma vez aparecia na faixa-título e na balada melancólica “Soulitude”. Outro destaque é “Blood Money”, onde o trabalho de baixo de D.D. Verni chama a atenção. Quando se pergunta qual o melhor disco do Overkill, alguns dizem Taking Over, outros The Years Of Decay, mas muitos também escolhem este Horrorscope como tal.
I Hear Black [1993]
Após lançarem dois discos espetaculares em seqüência, o Overkill decepcionou um pouco seus fãs com o lançamento de I Hear Black. A influência do Black Sabbath, já perceptível nos dois álbuns anteriores, foi levada a um novo patamar pela banda, que investiu em mais músicas lentas e menos no thrash metal neste disco. Enquanto algumas faixas, como “Spiritual Void”, funcionavam muito bem, outras eram longas e cansativas. Ainda assim, a rápida “Weight of the World” e a pesada “Dreaming in Columbian” se destacam, assim como a maravilhosa “World Of Hurt”, que tem um dos melhores riffs da história da banda. Mas, no geral, um disco que não empolga.
W.F.O. [1994]
Se o disco antecessor foi criticado por ser demasiadamente lento, o Overkill voltou à velocidade total em W.F.O., como já fica claro na faixa de abertura, “Where It Hurts”, que remete diretamente ao The Years Of Decay e ao Horrorscope. O restante do disco é igualmente rápido e pesado, e certa influência do Pantera pode ser percebida em faixas como “Under One” e “The Wait – New High In Lows”. Outras faixas que se destacam são a direta “Fast Junkie”, a climática “Gasoline Dream” e “Bastard Nation”, que soa como um retorno ao metal tradicional mais épico presente nos dois primeiros discos da banda. A instrumental acústica “RIP (Undone)” é uma homenagem a Criss Oliva, guitarrista do Savatage morto em um acidente automobilístico em 1993. Após a turnê deste disco, que rendeu o ao vivo Wrecking Your Neck Live, os dois guitarristas, Merrit Gant e Rob Cannavino, deixaram a banda, encerrando mais um ciclo na história da mesma.

Discografias Comentadas: Overkill – Parte II

 

Bobby Blitz, D.D. Verni, Derek Taylor, Ron Lipnicki e Dave Linsk
 
Em 1995, mais uma vez o Overkill passou por uma reformulação. Com a saída dos guitarristas Merrit Gant e Rob Cannavino, a banda recrutou os dois guitarristas do desconhecido grupo Ramrod: Joe Comeau, que já havia sido vocalista do Liege Lord, e Sebastian Marino, que havia tocado no Anvil. Com os dois, mais o baterista Tim Mallare e os dois membros fundadores Bobby “Blitz” Ellsworth (vocal) e D.D. Verni (baixo), a banda voltou à ativa com toda a força.
The Killing Kind [1996]
Com o lançamento deste disco, o Overkill passou dar uma ênfase maior ao groove e menos à velocidade, destacando ainda mais o baixista D.D. Verni, como a faixa de abertura, “The Battle”, deixa claro. Ainda assim, músicas como “Godlike” e “Certifiable” mostravam a faceta thrash da banda. O disco ainda tem a quase doom “Burn You Down to Ashes”, a balada “The Mourning After/Private Bleeding”, e fecha com a excelente “Cold Hard Fact”, que tem ótimos riffs e solos.
From the Underground and Below [1997]
Mantendo a mesma formação do disco anterior, o Overkill lançou o seu disco mais pesado e menos comercial. A produção de Colin Richardson e os backing vocals mais guturais de Joe Comeau certamente contribuíram para isto, assim como os riffs monstruosos e a sonoridade mais moderna. Apesar de menos refinadas do que nos lançamentos anteriores, as músicas do disco têm uma força e rispidez gritantes. Mais uma vez apostando no groove, o baixo de D.D. Verni brilha, mas a ausência de solos decepciona um pouco. As faixas de mais destaque são “It Lives”, “Long Time Dying”, que se tornaria frequente nos shows, e “Genocya”, todas com riffs inspirados e peso descomunal.
Necroshine [1999]
Terceiro lançamento seguido com a mesma formação, Necroshine segue a fórmula dos dois discos anteriores, repletos de groove e experimentação, mas com uma sonoridade ainda mais moderna. A faixa-título se tornou um clássico, mas há outras músicas interessantes, como “Let Us Prey” e “Stone Cold Jesus”. No geral, a sonoridade se afastava cada vez mais do som clássico da banda, mas na música “Black Line” a pegada thrash se faz presente. Ao fim da turnê deste disco Sebastian Marino deixou a banda, e logo em seguida Joe Comaeu saiu para se tornar o vocalista do Annihilator. E assim, mais uma fase da história da banda se encerrava.
Coverkill [1999]
Interessantíssima coletânea contendo todos os covers gravados pela banda até então, e que só eram encontrados em singles ou versões japonesas dos discos. Destaque para “Overkill” (Motorhead), “Space Truckin'” (Deep Purple), “Death Tone” (Manowar), “Never Say Die” (Black Sabbath) e “I’m Against It” (Ramones), tocada pela formação original com Bobby Gustafson e Rat Skates.
Bloodletting [2000]
Mais uma década, mais um guitarrista, mais uma formação. A banda gravou Bloodletting apenas com o guitarrista Dave Linsk, mas na turnê o guitarrista Derek “The Skull” Taylor também ingressou. Bloodletting mostra a banda misturando a pegada thrash do inicio da carreira com o groove dos discos mais recentes, e isso fica claro nas duas primeiras faixas, a quebrada “Thunderhead” e a direta “Bleed Me”. No geral, o disco apresenta um resultado melhor que o anterior, e “What I’m Missing”, “Death Comes Out To Play” e “Can’t Kill a Dead Man” são os seus melhores momentos. Na turnê deste disco a banda gravou seu primeiro DVD ao vivo, Wrecking Everything Live.
Killbox 13 [2003]
Apesar de vir de uma seqüência de bons álbuns, desde The Killing Kind o Overkill não lançava um disco tão marcante. Killbox 13, apesar de ainda ter muitas músicas com groove, dava uma ênfase maior ao thrash metal, obtendo excelentes resultados. “The One” poderia estar no Horrorscope, enquanto “The Sound Of Dying” é ainda mais direta e agressiva. “Struck Down” e “Unholy” são ainda mais old school, e lembram o estilo adotado em Taking Over. A performance de Dave Linsk também é digna de nota, repleta de riffs e solos inspirados. Um dos melhores discos da banda.
ReliXIV [2005]
Após o inspirado Killbox 13, o Overkill retornou com o mediano ReliXIV. Voltando a investir mais no groove, a banda gravou uma coleção de músicas pouco inspiradas e pouco marcantes. As exceções são a faixa de abertura, “Within Your Eyes”, e “Old School”, uma música totalmente punk que relembra o início da carreira da banda e os bares onde ela costumava tocar. 
Immortalis  [2007]
Apesar de apresentar uma melhoria em relação ao disco anterior, Immortalis também não chega a ter destaque na discografia do Overkill. Estreando o novo baterista Ron Lipnicki (ex-Hades), poucas músicas do disco chegam a empolgar. “Skull and Bones”, que teve a participação do vocalista do Lamb of God, tem bons riffs, assim como “Overkill V – The Brand”, que retoma a saga iniciada no primeiro disco. Mas o principal destaque é a inesperada “Walk Through Fire”, que tem uma pegada mais rock ‘n’ roll e é espetacular, lembrando um pouco o Exodus da fase Fabulous Disaster. Ainda assim, muito pouco para o poder de fogo do grupo
 
Ironbound [2010]
Depois de dois discos razoáveis, confesso que não esperava muito deste álbum quando seu lançamento foi anunciado. Entretanto, para a minha surpresa, o Overkill retornou com força total! Deixando o lado groove totalmente de lado, a banda apostou no thrash metal que a consagrou e obteve um resultado espetacular. Ironbound soa como a continuação de discos como Taking OverThe Years Of Decay e Horrorscope. Rápido, pesado, direto e agressivo. O trabalho de guitarras então, é um show à parte. A produção de Peter Tägtgren também é sensacional, deixando todos os instrumentos claros sem perder o peso e a sujeira. É até difícil apontar destaques, mas a faixa-título e “Bring Me the Night” poderiam estar facilmente em qualquer um dos discos clássicos, e a última até lembra “Hello From the Gutter”. Um dos melhores discos da banda e um dos melhores lançamentos de 2010.

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