terça-feira, 31 de maio de 2022

As melhores letras da música Portuguesa parte 12

Cuca Roseta

 

Cuca Roseta

Amor Ladrão

 

Ele chega de sorriso gingão
E no guião traz a vergonha no bolso
Se a coragem fosse uma condição
Ele era chefe da patrulha-ladrão
Ela não sonha não quer sequer sonhar
Ele tem um segredo pra contar
Ela hesita sempre a desconfiar
Ele acredita isto vai dar que falar

O que será que ele tanto me quer
E se quiser mas não quer
De onde vem e quem é
Se é cigano só se for adorado
Esse que tem encantado
Será que é ou não é?

Eu vim pra roubar o teu coração
Mas quem roubou o meu foi a paixão
Dizem que ladrão que rouba ladrão
Tem direito a cem anos de perdão
Se o teu bom Deus me vai perdoar
Diz-lhe que cem anos hei-de-te amar
E quem sabe um dia acreditar
Que foi ele quem nos fez encontrar

O que será que ele tanto me quer
E se quiser mas não quer
De onde vem e quem é
Se é cigano só se for adorado
Esse que tem encantado
Será que é ou não é?






Os AZeitonas

Os Azeitonas

Quem és tu miúda ?

Quando passas a minha rua
Como um anjo que flutua
Os teus pés, nunca pisam o chão

E a cada passo teu
Sem saber, eu troco o meu
Como se pisasses o meu coração
E até as flores do jardim
Mudam de cor, ao ver-te assim
Eu já não posso mais conter
Esta ansiedade de te ver

Quem és tu?
Quem és tu, miúda?
Nesse sobressalto, desse salto alto
Quem és tu, miúda?
Que me atormentas, em câmara lenta
Quem és tu, miúda?
Miúda quem és?

Há certos momentos em que eu acho
Que não passas de um golpe baixo
Fantasia, de um pobre coração
Cá vou eu de sentinela
Pôr-me à espreita, na janela
Nem sequer, sei se existes ou não
E até os velhos do jardim, mudam de tom ao ver-te assim

Eu já não posso mais conter
Esta ansiedade de te ver

Quem és tu, miúda?
Quem és tu, miúda?
Nesse sobressalto, nesse salto alto
Quem és tu, miúda?
Que me atormentas, em câmara lenta
Quem és tu, miúda? ( uuu, miúda, uuuu aaaaaa,
Uuuu aaaa )
Quem és tu, miúda?
Miúda, quem és, miúda?
Miúda, quem és tu, miúda?
Miúda, quem és, miúda?
Miúda, quem és tu, miúda?
Miúda, miúda, miúda





Os Azeitonas



Os Azeitonas

Anda Comigo Ver os Aviões 

Anda comigo ver os aviões levantar voo
A rasgar as nuvens
Rasgar o céu

Anda comigo ao porto de Leixões ver os navios
A levantar ferro
A rasgar o mar

Um dia eu ganho a lotaria
Ou faço uma magia
Mas que eu morra aqui
Mulher tu sabes o quanto eu te amo,
O quanto eu gosto de ti
E que eu morra aqui
Se um dia eu não te levo à América
Nem que eu leve a América até ti

Anda comigo ver os automóveis à avenida
A rasgar nas curvas
A queimar pneus

Um dia vamos ver os foguetões levantar voo
A rasgar as nuvens
Rasgar o céu…

Um dia eu ganho o totobola
Ou pego na pistola
Mas que eu morra aqui
Mulher tu sabes o quanto eu te amo
O quanto eu gosto de ti

E que eu morra aqui
Se um dia eu não te levo à lua
Nem que eu roube a lua,
Só para ti

Um dia eu vou jogar à bola
Ou vendo esta viola
Nem que eu morra aqui
Mulher tu sabes o quanto eu te amo,
O quanto eu gosto de ti.
E que eu morra aqui
Se um dia eu não te levo à América
Nem que eu leve a América até ti.







Ana Moura

Ana Moura

Dia de folga

Manhã na minha ruela, sol pela janela
O Sr. jeitoso dá tréguas ao berbequim

O galo descansa, ri-se a criança
Hoje não há birras, a tudo diz que sim

O casal em guerra do segundo andar
Fez as pazes, está lá fora a namorar

Cada dia é um bico d’obra
Uma carga de trabalhos, faz-nos falta renovar
Baterias, há razões de sobra
Para celebrarmos hoje com um fado que se empolga
É dia de folga!

Sem pressa de ar invencível, saia, saltos, rímel
Vou descer à rua, pode o trânsito parar

O guarda desfruta, a fiscal não multa
Passo e o turista, faz por não atrapalhar

Dona Laura hoje vai ler o jornal
Na cozinha está o esposo de avental

Cada dia é um bico d’obra
Uma carga de trabalhos, faz-nos falta renovar
Baterias, há razões de sobra
Para celebrarmos hoje com um fado que se empolga
É dia de folga!

Folga de ser-se quem se é
E de fazer tudo porque tem que ser
Folga para ao menos uma vez
A vida ser como nos apetecer

Cada dia é um bico d’obra
Uma carga de trabalhos, faz-nos falta renovar
Baterias, há razões de sobra
Para a tristeza ir de folga e o fado celebrar

Cada dia é um bico d’obra
Uma carga de trabalhos, faz-nos falta renovar
Baterias, há razões de sobra
Para celebrarmos hoje com um fado que se empolga
É dia de folga

Este é o fado que se empolga
No dia de folga!
No dia de folga!






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