sábado, 28 de maio de 2022

As melhores letras da música Portuguesa parte 7


 

Amália Rodrigues

Foi Deus

(letra)

Não sei, não sabe ninguém
Porque canto o fado,
Neste tom magoado
De dor e de pranto…
De dor e de pranto.

Não sei, não sabe ninguém
Porque canto o fado,
Neste tom magoado,
De dor e de pranto.

E neste tormento, todo sofrimento
Que sinto na alma,
Cá dentro se acalma,
Nos versos que canto.

Foi Deus, que deu luz aos olhos
Perfumou a rosa,
Deu oiro ao Sol
E prata ao Luar.

Foi Deus, que me pôs no peito
Um rosário de penas
Que vou desfiando
E choro a cantar.

Pôs as estrelas no céu,
Fez o espaço sem fim,
Deu o luto às andorinhas
Ahhh …
E deu-me esta voz a mim.

Se canto, não sei o que canto
Misto de ventura, saudade,
Ternura ou talvez amor.

Só sei que cantando,
Sinto o mesmo quando,
Se tenho um desgosto
E o pranto no rosto, nos deixa melhor.

Foi Deus, que deu voz ao vento,
Luz ao firmamento,
E pôs o azul, nas ondas do mar.

Foi Deus, que me pôs no peito,
Um rosário de penas,
Que vou desfiando
E choro a cantar.

Fez poeta o rouxinol,
Pôs no campo o alecrim,
Deu as flores à primavera …
Ahhh …
E deu-me esta voz a mim!

(Alberto Janes)




Rui Veloso

Bairro do Oriente

Letra

Tenho à janela
Uma velha cornucópia
Cheia de alfazema
E orquídeas da Etiópia

Tenho um transístor ao pé da cama
Com sons de harpas e oboés
E cantigas de outras terras
Que percorri de lés-a-lés

Tenho uma lamparina
Que trouxe das arábias
Para te amar à luz do azeite
Num kama-sutra de noites sábias

Tenho junto ao psiché
Um grande cachimbo d’água
Que sentados no canapé
Fumamos ao cair da mágoa

Tenho um astrolábio
Que me deram beduínos
Para medir no firmamento
Os teus olhos astralinos

Vem vem à minha casa
Rebolar na cama e no jardim
Acender a ignomínia
E a má língua do código pasquim
Que nos condena numa alínea
A ter sexo de querubim

(Carlos Tê / Rui Veloso / 1980)






Paulo de Carvalho

Nini dos meus 15 anos

 

Chamava-se Nini
Vestia de organdi
E dançava (dançava)
Dançava só pra mim
Uma dança sem fim
E eu olhava (olhava)
E desde então se lembro o seu olhar
É só pra recordar
Que lá no baile não havia igual
E eu ia para o bar
Beber e suspirar
Pensar que tanto amor ainda acabava mal
Batia o coração mais forte que a canção
E eu dançava (dançava)
Sentia uma aflição
Dizer que sim, que não
E eu dançava (dançava)
E desde então se lembro o seu olhar
É só pra recordar
Os quinze anos e o meu primeiro amor
Foi tempo de crescer
Foi tempo de aprender
Toda a ternura que tem o primeiro amor
Foi tempo de crescer
Foi tempo de aprender
Que a vida passa
Mas um homem se recorda sempre assim
Nini dançava só pra mim
E desde então se lembro o seu olhar
É só pra recordar
Os quinze anos e o meu primeiro amor
Foi tempo de crescer
Foi tempo de aprender
Toda a ternura que tem o primeiro amor
Foi tempo de crescer
Foi tempo de aprender
Que a vida passa
Mas um homem se recorda, é sempre assim
Nini dançava só pra mim





Dany Silva

Branco, Tinto e Jeropiga

(letra)

Branco velho
Tinto e jeropiga
Com peixe frito

Branco velho
Tinto e jeropiga
Com peixe frito

Branco velho
Tinto e jeropiga
Com peixe frito

Branco velho
Tinto e jeropiga
Com peixe frito

Já rompia a manhã
Na taberna do João
Onde a malta se abancou
Para beber um carrascão
Bacalhau não
Havia é claro
Sardinha não Faltou
De conserva
Tinto e jeropiga
Fizeram companhia à malta
João pagou uma rodada
João é bom rapaz
Gonçalo deu cravos à malta
Gonçalo é bom rapaz
E assim nós chegámos
Ao que nos queríamos
Acabar a noitada
Esquecendo as brigas com

Branco velho
Tinto e jeropiga
Com peixe frito

Branco velho
Tinto e jeropiga
Com peixe frito

Branco velho
Tinto e jeropiga
Com peixe frito

Branco velho
Tinto e jeropiga
Com peixe frito

Branco velho
Tinto e jeropiga
Com peixe frito

Branco velho
Tinto e jeropiga
Com peixe frito

Branco velho
Tinto e jeropiga
Com peixe frito

Branco velho
Tinto e jeropiga
Com peixe frito

Já rompia a manhã
Na taberna do João
Onde a malta se abancou
Para beber um carrascão
Bacalhau não havia
É claro
Sardinha não faltou
De conserva
Tinto e jeropiga
Fizeram companhia à malta
João pagou uma rodada
João é bom rapaz
Gonçalo deu cravos à malta
Gonçalo é bom rapaz
E assim nós chegámos
Ao que nós queríamos
Acabar a noitada
Esquecendo as brigas com

Branco velho
Tinto e jeropiga
Com peixe frito

Branco velho
Tinto e jeropiga
Com peixe frito

Branco velho
Tinto e jeropiga
Com peixe frito

Branco velho
Tinto e jeropiga
Com peixe frito

Branco velho
Tinto e jeropiga
Com peixe frito









Resistência

Nasce Selvagem

(letra)

 

Mais do que a um país
Que a uma família ou geração
Mais do que a um passado
Que a uma história ou tradição
Tu pertences a ti
Não és de ninguém
Mais do que a um patrão
Que a uma rotina ou profissão
Mais do que a um partido
Que a uma equipa ou religião
Tu pertences a ti
Não és de ninguém
Vive selvagem
E para ti serás alguém
Nesta viagem
Quando alguém nasce
Nasce selvagem
Não é de ninguém
Quando alguém nasce
Nasce selvagem
Não é de ninguém
De ninguém
Bem vindos ao nosso concerto
Onde nós espalhamos o nosso horizonte
E onde a primeira peça desse horizonte, apareceu já
Aqui para fazer renascer a assistência
E teve como título
Não é mais, Do Que Vai Sem Medo
E é mesmo essa que nós vamos tocar

(Fernando Cunha / Delfins)









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