Você conhece a História de Cafi, o criador de capas famosas da MPB?
O fio condutor da longa-metragem é o depoimento do próprio Cafi, filmado em lugares que marcaram a sua vida, entre Pernambuco, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
As suas falas e a dos outros entrevistados se misturam às imagens de arquivo de seu acervo pessoal, além de vídeos antigos de cidades por onde passou. Tudo isso embalado por uma trilha-sonora de belas canções da MPB. “Eu literalmente me apaixono todo dia, todo dia me apaixono por alguém”, revela ele, que se dizia um apaixonado pela vida.
Diante do olhar sensível dos diretores Lírio Ferreira e Natara Ney, Cafi relembra seu passado e reencontra parceiros e amigos, como Alceu Valença, Lô Borges, Jards Macalé, Ronaldo Bastos e a coreógrafa Deborah Colker, sua ex-mulher.
Ele, que participou ativamente da vida cultural do Brasil, era entusiasta do Maracatu, manifestação cultural típica da Zona da Mata pernambucana, foi um dos fundadores do coletivo de poesia Nuvem Cigana, além de ter sido parte da história do Circo Voador.
O artista coleciona histórias por trás de sua obra e conta boa parte delas durante o documentário. Relembra, por exemplo, como surgiu a capa do disco “Clube da Esquina”:
“Quando a gente voltou da fazenda do Ronaldo, eu vi aqueles dois meninos. Eu pedi: Ronaldo, para o carro agora. Ronaldo parou, e eu bati aquela foto de dentro do carro, bati com o vidro na frente. E o mais importante, para mim, é que tinha o arame farpado passando em cima dos dois meninos. Então, era disso que eu gostava nessa foto. Não tinha o nome do disco ainda. Quando passei essa foto, Milton disse: é essa a capa. (…) Recebi por aquela capa uma viagem de ônibus para Recife (de ida) e voltando”.
“Salve o Prazer” é um documentário da Luni Produções.
Sinopse oficial do documentário “Salve o Prazer” sobre Cafi
“Salve o Prazer” é um telefilme documental, dirigido por Lírio Ferreira e Natara Ney e realizado pela Luni Produções.
Um mergulho na vida e obra do fotógrafo, cenógrafo e artista plástico Carlos Filho, conhecido como Cafi. Pernambucano radicado no Rio de Janeiro, ele participou da vida cultural brasileira durante quatro décadas, desde os anos 1960 até sua morte no réveillon de 2019.
Entre os seus trabalhos, estão muitas capas históricas de discos de grandes nomes da música brasileira. Foram quase 300 no total, começando com o icónico “Clube da Esquina”. O próprio Cafi conduz a narrativa do filme, relembrando histórias, encontrando velhos parceiros e revelando novos olhares.
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