A banda Saga, apesar de ter sido uma das mais originais bandas portuguesas dos anos 70, teve um percurso bastante efémero, tendo gravado apenas um disco, com o título de “Homo Sapiens”. Devido a esse carácter efémero o nome da banda é hoje praticamente desconhecido dos portugueses, facto para o qual contribuiu o estilo menos comercial que a banda adoptou, de acordo com a nova vaga de rock que paulatinamente se começava a instalar um pouco por todo o mundo.
Liderada por José Luis Tinoco, os Saga lançam com “Homo Sapiens” um dos discos mais aclamados pela crítica nesse ano, com temática centrada em torno da criação do Mundo e da sua quase destruição pela Segunda Guerra mundial, com especial destaque para o lançamento das primeiras bombas atómicas. Trata-se de mais um álbum de rock progressivo sinfónico, numa vertente bastante experimental à imagem de muitos registos musicais dos anos 70, com temas ora cantados ora narrados, transformando este conjunto de canções num trabalho literário e musical muito forte, como se de um autêntico cenário auditivo se tratasse. Os temas “Invasão” e "Hiroshima" são disso um exemplo, roçando a fronteira do teatro musical acompanhado por excelentes instrumentalizações plenas de dramatismo.
Apesar da contemporaneidade que se quis retratar com aquele trabalho musical, para além das letras escritas por José Luis Tinoco, foram adaptados muitos poemas de poetas da portugueses da Alta Idade Média, como é o caso de Nicolau Tolentino e Sá de Miranda, que se uniram ao dramatismo deste trabalho musical corporizado no seu expoente máximo através dos poemas declamados por Sinde Filipe.
Apesar de estarmos perante um dos mais importantes discos já alguma vez gravados, não existe ainda por parte de qualquer editora portuguesa, a sua reedição em cd. Este disco foi reeditado apenas por uma editora coreana em 2001, sendo hoje um dos discos de vinil portugueses mais procurados no mundo inteiro. O facto de as editoras estrangeiras aproveitarem o que de melhor se faz em Portugal, impedindo assim o esquecimento geral de bons trabalhos musicais, já começa a ser recorrente, tendo aliás ocorrido com imensas bandas portuguesas da década de 70. Para os que não conhecem este trabalho, deixamos aqui um excerto do disco.
Liderada por José Luis Tinoco, os Saga lançam com “Homo Sapiens” um dos discos mais aclamados pela crítica nesse ano, com temática centrada em torno da criação do Mundo e da sua quase destruição pela Segunda Guerra mundial, com especial destaque para o lançamento das primeiras bombas atómicas. Trata-se de mais um álbum de rock progressivo sinfónico, numa vertente bastante experimental à imagem de muitos registos musicais dos anos 70, com temas ora cantados ora narrados, transformando este conjunto de canções num trabalho literário e musical muito forte, como se de um autêntico cenário auditivo se tratasse. Os temas “Invasão” e "Hiroshima" são disso um exemplo, roçando a fronteira do teatro musical acompanhado por excelentes instrumentalizações plenas de dramatismo.
Apesar da contemporaneidade que se quis retratar com aquele trabalho musical, para além das letras escritas por José Luis Tinoco, foram adaptados muitos poemas de poetas da portugueses da Alta Idade Média, como é o caso de Nicolau Tolentino e Sá de Miranda, que se uniram ao dramatismo deste trabalho musical corporizado no seu expoente máximo através dos poemas declamados por Sinde Filipe.
Apesar de estarmos perante um dos mais importantes discos já alguma vez gravados, não existe ainda por parte de qualquer editora portuguesa, a sua reedição em cd. Este disco foi reeditado apenas por uma editora coreana em 2001, sendo hoje um dos discos de vinil portugueses mais procurados no mundo inteiro. O facto de as editoras estrangeiras aproveitarem o que de melhor se faz em Portugal, impedindo assim o esquecimento geral de bons trabalhos musicais, já começa a ser recorrente, tendo aliás ocorrido com imensas bandas portuguesas da década de 70. Para os que não conhecem este trabalho, deixamos aqui um excerto do disco.
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