terça-feira, 22 de novembro de 2022

CRONICA - MILLER ANDERSON | Bright City (1971)

 

O guitarrista/cantor inglês Miller Anderson é conhecido por ter feito parte da Keef Hartley Band do baterista de mesmo nome onde muito contribuiu na composição. Depois de quatro álbuns com este último, Miller Anderson tenta carreira solo lançando o LP Bright City pelo selo Deram . Para a ocasião, ele se cerca de alguns membros da Keef Hartley Band, como o baixista Gary Thain, os organistas Dino Dines e Mick Weaver, bem como o flautista Lyn Dobson. Também participam deste projeto o baterista Eric Dillon (ex Fat Mattress), o guitarrista Neil Hubbard e o buglist Harry Beckett.

Feito de 7 títulos, Bright Cityafasta-se do blues com grande reforço de cobre que caracteriza a Keef Hartley Band ainda que se reconheça bem a voz de Miller Anderson. Este vinil cheira ao ar livre para um folk rock rústico com aromas country e prog. Provavelmente inspirados pela experiência em Woodstock (Keef Hartley Band estava na lista), os fãs do solo de Neil Young ou com o CSN&Y encontrarão algo do seu agrado aqui. O disco começa com os 6 mn “Alice Mercy (To Whom it May Concern)” com órgão pesado e cavernoso para um clima dramático. Mas este título varia os andamentos e as atmosferas onde do pesado passamos ao folk rural através de uma flauta sonhadora. Terras “The Age Of Progress”, uma balada bastante nostálgica pontilhada com belos coros femininos dando lugar ao nervoso “Nothing in This World”. Regresso à balada mas com uma atmosfera outonal com o título homónimo assim como a orquestrada “Grey Morning Broken” e o seu melancólico flugelhorn. Voltamos ao estilo mais nervoso com a celestial e blueseira "High Tide, High Water" com cerca de 8 minutos de duração, feita de longas jams entre as guitarras, o órgão e o piano. As 33 voltas terminam com os silenciosos 6 minutos de "Shadows 'Cross My Wall" conduzidos por delicadas harmonizações de violões, uma flauta encantadora e percussão com sabores orientais. Em suma, um excelente álbum para guardar entre As 33 voltas terminam com os silenciosos 6 minutos de "Shadows 'Cross My Wall" conduzidos por delicadas harmonizações de violões, uma flauta encantadora e percussão com sabores orientais. Em suma, um excelente álbum para guardar entre As 33 voltas terminam com os silenciosos 6 minutos de "Shadows 'Cross My Wall" conduzidos por delicadas harmonizações de violões, uma flauta encantadora e percussão com sabores orientais. Em suma, um excelente álbum para guardar entre“  Déjà Vu” da CSN&Y e “Harvest” de Neil Young.

Após este teste, Miller Anderson se juntará novamente a Keef Hartley no combo Dog Soldier. Com o guitarrista dos Ckiken Shack Stan Webb, vai tentar a aventura no grupo Broken Glass e vai editar um álbum com The Duke em 1979 antes de relançar a sua carreira a solo em 1998.

Títulos:
1. Alice Mercy (To Whom It May Concern)
2. The Age Of Progress        
3. Nothing In This World     
4. Bright City
5. Grey Broken Morning      
6. High Tide, High Water     
7. Shadows ‘Cross My Wall

Músicos:
Miller Anderson: Vocais, Guitarra
Gary Thain: Baixo
Eric Dillon: Bateria
Harold Beckett: Flugelhorn
Lyn Dobson: Flauta
Neil Hubbard: Guitarra
Peter Dines: Órgão, Piano
Mick Weaver: Órgão, Piano, Percussão

Produção: Neil Slaven


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