Para além dos diversos cargos políticos de destaque que o deputado do Partido Socialista José Lello ocupou no passado recente, que lhe deram alguma notoriedade pública, o seu nome esteve também associado nos últimos dias a uma polémica ocorrida no palco de muitos confrontos: A Assembleia da República. Falamos, naturalmente, do ataque de nervos que José Lello teve quando um jornalista focou a sua objectiva para o monitor do seu computador de trabalho, facto que levou o deputado a queixar-se, visivelmente furioso, de tal violação de privacidade, segundo o seu entendimento. A cena assumiu contornos naturais de Youtube, não tivesse José Lello fechado a tampa do monitor com tamanha força no final da sua intervenção, atitude que levou o presidente da Assembleia da Républica, Jaime Gama, a chamar a atenção do deputado, advertindo-o de que o seu computador não era de uso particular mas sim da Assembleia da República. A menos que o ilustre deputado estivesse a consultar sites duvidosos ou a trocar e-mails de conteúdo obsceno com outros ilustres deputados, a reacção de José Lello, por ser manifestamente despropositada acabou por relançar (nem que seja apenas por uma ou duas mediáticas semanas) o seu nome para as luzes da ribalta e para o mundo do espectáculo, tal como o fizera há já muitos anos atrás.
É que na verdade, já há muitos anos, José Lello foi o vocalista da famosa banda de yé yé , Os Titãs , conjunto que ganhou alguma notoriedade entre 1963 e 1969. Antes dos Titãs, formação para a qual terá entrado apenas em 1967, José Lello pertenceu ainda ao grupo “Os Cinco Académicos” e também ao Conjunto de Sousa Pinto. Como era característica da época, os grupos de Yé Yé portugueses, tinham todos uma duração efémera ou então mudavam radicalmente de formação (para muito contribuindo a obrigatoriedade de cumprimento de serviço militar no Ultramar), tendo sido sem surpresa que em 1969 tivesse ocorrido dissolução do grupo. No entanto, o percurso musical de José Lello não se ficaria pelos Titãs, tendo o mesmo gravado em 1969, o primeiro de dois E.P.'s para a etiqueta Alvorada, com letras e música de sua autoria (com excepção da Balada do Emigrante e Pescador, com música de Carlos Frias de Carvalho). Não fugindo da linha musical que lhe precedeu, José Lello através deste registo, conforme bem realça Ribeiro de Almeida (autor do pequeno texto de apresentação constante na contracapa do disco), mostra a sua escrita poética através de uma voz correctamente bem timbrada e plena de juventude.
Os arranjos e acompanhamento musical pertencem à Orquestra de Italo Caffi, notando-se na grande maioria dos temas a ausência de acompanhamento rítmico (ao arrepio da nota predominante nas orquestras), encaminhando o ouvinte mais para a escuta da letra, do que para a música propriamente dita, talvez com o propósito de acentuar no género balada a mensagem de dramas humanos que especialmente naquela época ocupavam a mente do povo português e de José Lello em particular.
Contrariamente ao seu percurso político já de longa duração, o percurso de José Lello terminou pouco depois (pelo que sabemos) após o lançamento do seu segundo disco, frustrando-se assim o augúrio de sucesso que lhe fora destinado por Ribeiro de Almeida, quando escreveu que José Lello era "Alguém" que surge e de que havia muito a esperar.
É que na verdade, já há muitos anos, José Lello foi o vocalista da famosa banda de yé yé , Os Titãs , conjunto que ganhou alguma notoriedade entre 1963 e 1969. Antes dos Titãs, formação para a qual terá entrado apenas em 1967, José Lello pertenceu ainda ao grupo “Os Cinco Académicos” e também ao Conjunto de Sousa Pinto. Como era característica da época, os grupos de Yé Yé portugueses, tinham todos uma duração efémera ou então mudavam radicalmente de formação (para muito contribuindo a obrigatoriedade de cumprimento de serviço militar no Ultramar), tendo sido sem surpresa que em 1969 tivesse ocorrido dissolução do grupo. No entanto, o percurso musical de José Lello não se ficaria pelos Titãs, tendo o mesmo gravado em 1969, o primeiro de dois E.P.'s para a etiqueta Alvorada, com letras e música de sua autoria (com excepção da Balada do Emigrante e Pescador, com música de Carlos Frias de Carvalho). Não fugindo da linha musical que lhe precedeu, José Lello através deste registo, conforme bem realça Ribeiro de Almeida (autor do pequeno texto de apresentação constante na contracapa do disco), mostra a sua escrita poética através de uma voz correctamente bem timbrada e plena de juventude.
Os arranjos e acompanhamento musical pertencem à Orquestra de Italo Caffi, notando-se na grande maioria dos temas a ausência de acompanhamento rítmico (ao arrepio da nota predominante nas orquestras), encaminhando o ouvinte mais para a escuta da letra, do que para a música propriamente dita, talvez com o propósito de acentuar no género balada a mensagem de dramas humanos que especialmente naquela época ocupavam a mente do povo português e de José Lello em particular.
Contrariamente ao seu percurso político já de longa duração, o percurso de José Lello terminou pouco depois (pelo que sabemos) após o lançamento do seu segundo disco, frustrando-se assim o augúrio de sucesso que lhe fora destinado por Ribeiro de Almeida, quando escreveu que José Lello era "Alguém" que surge e de que havia muito a esperar.
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