sábado, 10 de dezembro de 2022

Disco Imortal: Queen – Innuendo (1991)

 Disco Inmortal: Queen – Innuendo (1991)

Parlophone / Hollywood Records, 1991

Ser o último álbum com Freddie Mercury já o torna diferente e especial. Foi precedido pelo bom "The Miracle" (1989) e foi publicado apenas dez meses antes da morte de Freddie. A sua gravação, portanto, foi condicionada pela saúde cada vez mais debilitada do artista, e é por isso que em cada música, em cada nota, temos a figura omnipresente do génio em despedida, porque isso é "Innuendo", o adeus de um dos cantores mais importantes da história do rock.

Musicalmente, o álbum se assemelha a “The Miracle”, com canções pop, outras genéricas e rockers poderosos, uma mistura de estilos e solos sublimes. Tudo isso matizado com os sintetizadores da época e que foram muito bem utilizados, alcançando verdadeiras épicas. As letras são surpreendentes porque em nenhum outro álbum do Queen esses temas foram notados com tanta emoção: “I'm Going Slightly Mad”, “These Are the Days of Our Lives” e “The Show Must Go On” dão a “Innuendo” um mais que nenhum outro álbum da banda tem.

O jogo nos arrebata e nos remete ao Queen mais complexo, com uma “Bohemian Rhapsody” dos anos 1990. Com suas letras dramáticas, o esplendor do flamenco (cortesia de Steve Howe do Yes) e explosão de rock, com Brian May retomando o comando, “Innuendo” te despedaça. Mesmo em seus esforços mais recentes, o Queen pode ser original e brilhante. “I'm Going Slightly Mad” é cantada em um tom baixo incomum para Freddie, acompanhada apenas por sintetizadores sombrios. A atmosfera é sutil e é complementada pelo misterioso solo de May. O álbum também traz canções de rock que lembram o Queen dos anos 70, como “Headlong” e a guitarra muito boa de Brian; “Ride the wild Wing” e “The Hitman”, mas também se destaca por apresentar outros paradigmas, como “I Can't Live With You”, uma peça pop repleta de melodias sensacionais. “Don't Try So Hard”, uma balada solene acompanhada pela voz extremamente comovente de Freddie e “These Are the Days of Our Lives”, um pop forte, com instrumentação genérica mas melancólica, evocativa, que combina na perfeição com a tristeza que exala em todos os lugares. As letras são comoventes, lembrando os bons velhos tempos de sua juventude. Embora Freddie não tenha escrito, ele sente e dá tudo para interpretá-lo como deveria ser. Um presente de Roger, que junto com Deacon sempre puxaram um ás na manga na hora de compor letras. As letras são comoventes, lembrando os bons velhos tempos de sua juventude. Embora Freddie não tenha escrito, ele sente e dá tudo para interpretá-lo como deveria ser. Um presente de Roger, que junto com Deacon sempre puxaram um ás na manga na hora de compor letras. As letras são comoventes, lembrando os bons velhos tempos de sua juventude. Embora Freddie não tenha escrito, ele sente e dá tudo para interpretá-lo como deveria ser. Um presente de Roger, que junto com Deacon sempre puxaram um ás na manga na hora de compor letras.

“Bijou” é um luxo graças à aura Pink Floyd de “The Division Bell”, muito suave e celestial. Com seu Red Special, May criou esta obra de calibre extraordinário. Mas dedicar versos a “The Show Must Go On” é difícil, já que deve ser a música mais comovente da história e em palavras não há conceitos que a descrevam completamente; Só se falarmos de épico, de música arrepiante, de ser avassalador ao máximo, que te deixe sem palavras, poderíamos estar perto. A guitarra de May está mais solene do que nunca, o refrão é tremendo, com aquela ponte maravilhosa que diz "Minha alma é pintada como as asas de borboletas". Musicalmente é perfeito, mas o que importa mesmo é a letra, porque é a despedida de Freddie, sua última música. “The Show Must Go On” é o último grande hino do século XX.

Por isso mesmo, não se deve perder tempo discutindo se "Innuendo" é uma obra-prima ou se é melhor ou pior que outro álbum do Queen. Só tem que ficar feliz porque o final da banda foi extremamente digno, muito mais do que o de outras bandas nos anos 80. E sobretudo porque nos permitiu aplaudir de pé Freddie nos seus últimos momentos, em que nunca deixou de acreditar na força da sua música. “Innuendo” foi criado com a certeza de que o fim estava chegando, engrandecendo ainda mais a lenda de Mercury e reivindicando para o Queen o cetro de uma das melhores bandas da história.

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