Joe Satriani: merece ser mais valorizado

Joseph “Joe” Satriani é um caso raro. É um daqueles poucos instrumentistas que compõe discos primariamente instrumentais – obviamente focados em sua guitarra – que consegue fazer sucesso, pagar suas contas, ser admirado por massas de rockeiros e músicos e continuar relevante dentro do estilo depois de 3 décadas. E não há sinais de que o músico já sexagenário (mas que aparenta não ter mais que 40 anos) irá parar tão cedo.

De certa forma, eu sempre olhei com curiosidade a carreira do guitarrista e a forma como ele compõe suas músicas. Mesmo com uma discografia longuíssima, seus discos mantém um alto patamar de qualidade, podendo não ser revolucionários mas que nem de longe soa decepcionante a seus fãs.

Mas e quanto ao título desta matéria? O que queremos dizer com isso?

AUSTIN, TEXAS – OCTOBER 21: Musician Joe Satriani performs onstage during the Experience Hendrix Tour at ACL Live on October 21, 2019 in Austin, Texas. (Photo by Rick Kern/WireImage)

A questão é que Satriani, mesmo sem lá grandes holofotes em cima de si desde que integrou o Chickenfoot, conseguiu soar original, com sua guitarra facilmente reconhecível e suas músicas fazem uso de algo que vejo poucas bandas e mesmo outros instrumentistas solo fazendo: é o seu instrumento cantar. A guitarra de Satriani canta melodias. Canta refrãos. Todo guitarrista que tem contato e aprende a tocar suas músicas se torna um músico diferenciado. Não a toa, também podemos dizer que o cara foi um dos melhores professores de guitarra do mundo porque sob sua tutela, saiu caras como Steve Vai, Alex Skolnick (Testament), Kirk Hammett (Metallica), Rick Runolt (Exodus) entre tantos outros que fizeram bandas de sucesso.

O guitarrista mesmo fazendo um rock instrumental longe de agradar as grandes massas, ainda assim conseguiu emplacar vários de seus discos nos anos 80 e 90 nos principais charts de vendas de vários países. Por sinal, ele é um instrumentista solo que mais vendeu discos da história da música com mais de 10 milhões de unidades vendidas.

E por fim, ele é um cara legal e, ao menos que eu saiba, sem muitas polêmicas envolvendo o seu nome. O mundo precisa de mais caras legais como ele.

Não quis fazer algo muito elaborado dessa vez ou dissecando seus discos e trabalhos. Apenas dando alguns argumentos e abrindo discussões sobre um músico que gosto bastante. Dá um play aí no vídeo e curta o melhor que ele compôs ao longo de todos esses anos.