quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

Recomendação Semanal - Troubled Mind


De Móstoles, Espanha, vem o Troubled Mind, banda que surgiu em 1992 pelas mãos de David Fernández e Carlos Aguilera. Até por volta do ano 2000, vários outros foram feitos, variando do metal clássico ao metal progressivo direto. Devido a diferentes projetos dos integrantes da banda, esta foi separada até a chegada de 2013 onde a formação da banda finalmente estaria completa. Uma última mudança de baterista em 2016 seria necessária para ter a formação atual e catapultar os espanhóis para lançar seu primeiro EP autoproduzido chamado Timeless.

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O referido EP de aproximadamente 22 minutos de duração é composto por 4 músicas variadas que detalharemos uma a uma.
Começamos com a música homônima do EP, Timeless. Desde o início, nota-se um frescor composicional que atribuo à mistura de diferentes gêneros dentro do metal, alimentando a criatividade e dando lugar a um início vertiginoso que me lembra os primórdios do que é o metal progressivo. De mãos dadas com o teclado chegamos ao tema principal da música para que a guitarra e o baixo sejam os protagonistas durante o primeiro verso. Um pré-refrão marcado e um refrão com o tema principal já descrito dão ao EP um vigoroso arranque. Uma parte instrumental onde a guitarra e o teclado executam alguns solos bastante técnicos que culminam no refrão. Um começo poderoso e cativante.
Continuamos com Travel, um corte mais simples em termos de estrutura onde a voz traz todo o seu destaque. Uma música alegre e bem rock, com um solo de guitarra mais que memorável que dá um toque épico à faixa. Muito boa música, simples e até o osso.
Com backing vocals e uma moeda giratória, entra The Winner, outro corte bem rock, com guitarra e órgão entrelaçados até a entrada da banda completa. O 'órgão de rock' conduz os versos. Uma pausa onde o teclado mais uma vez traz à tona sua técnica para dar lugar a uma parte mais calma e harmoniosa. O solo de guitarra não tem nada a invejar aos míticos solos extensos e completos que existem na indústria. Voltamos a algumas últimas seções vocais e nos despedimos com as mesmas vozes do início.
Em um piscar de olhos, chegamos à última música do EP, DragonLady. Um início frenético e técnico deixa clara a força da última música de Timeless. O frenesi não para nos teclados e com força entramos nos versos iniciais. A voz cumpre o papel de reafirmar a força que os instrumentos evocam. No que penso ser o refrão é onde a voz é mais valorizada e um dos momentos primorosos do EP. A parte instrumental que segue é simplesmente perfeita, onde cada instrumento coloca uma parcela de criatividade e genuinidade para que a soma seja maior que as partes separadamente. Um novo refrão nos encanta e uma pausa de piano continua a adicionar componentes positivos à mistura. Percebe-se uma espécie de construção que leva a um último refrão e ao final do EP.

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Em retrospecto, Timeless é um EP que joga pelo seguro, sem dúvida. Mas quem não faria isso se quiser divulgar sua música para gerar pessoas interessadas? E acredite, eles conseguem, com 22 minutos deixam uma essência clara e poderosa capturada. Caminhando do tecnicismo do progressivo à força do hard rock, Troubled Mind deixa-nos à espera do que conseguiriam com um LP, tomando as precauções que todo disco exige: não recair nas mesmas ideias, dar criatividade e significado único a cada música e gerar um fio condutor coerente e preciso. Se o fizeram com 4 canções (e da forma como o fizeram), não tenho dúvidas que o vão conseguir de longe, explorando o melhor que cada uma das suas influências lhes dá.
Um ponto separado é a produção do álbum. Como dito anteriormente, eles mesmos foram os responsáveis ​​pela produção de Timeless e apesar de o resultado final ser mais do que bom, ainda há muito o que trabalhar para que o frescor venha não só da composição, mas também de como essas composições são entregues a nós. .
Atemporal:
1. Timeless
2. Travel
3. The Winner
4. DragonLady

Adolfo García-Gutiérrez (Popy): Vozes
Carlos Aguilera: Teclados
David J. Fernández: Guitarras
Nacho Loras: Baixo
Javi Soriano: Bateria

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