domingo, 18 de dezembro de 2022

Resenha - Aardvark – Aardvark

 


Aardvark
Aardvark
1970
Deram

Faixas:
1. Copper Sunset – 3’17
2. Very Nice Of You To Call – 3’39
3. Many Things To Do – 4’22
4. Greencap – 6’04
5. I Can’t Stop – 5’28
6. Outing – 9’50
7. Once Upon A Hill – 3’03
8. Put That In Your Pipe – 7’13

Integrantes:
Dave Skillin – voz
Stan Aldous – baixo
Frank Clark – bateria
Steve Milliner – teclados/gravador e vibrafone

Resenha:

01. Copper Sunset
Um ótimo inicio, esse teclado inicial, Steve Milliner sabia um bocado da coisa, mais pesado que muita guitarra ‘rockeira’ por ai. Acho que herança direta das doideras de Keith Emerson (Emerson, Lake & Palmer) que sempre pesquisou essas coisas. A melodia após isso é bem 60’s com uns teclados mais ‘calminhos’ mais um baixo tocado por Stan Aldous sensacional. O vocal de Dave Skillin e a bateria de Frank Clark, não são tão virtuosos, mas são bons de qualquer maneira. A parte final me lembrou um pouco The Doors.

02. Very Nice Of You To Call
Essa daqui é totalmente psicodelica (não no sentido doido da coisa), me lembrou o Love e o Strawberry Alarm Clock, com melodias muito legais e aquela coisa que os 60’s tinham meio ‘alegre’. Um belo solo de piano no meio da canção, esse refrão que gruda na mente, e um final que, infelizmente, acaba em fade out. Grande som!

03. Many Things To Do
Cara, isso é Iron Butterfly na última, aqueles riffs que deveriam ser tocados por guitarras, mas que os tecladistas o fazem e com orgulho. Acho isso sensacional! Riff em cima de riff os caras vão construindo uma faixa com clima pesado e interessante.

04. Greencap
Senti uma ponta de Keith novamente nesses teclados, e é genial o ‘efeito’ na voz pra cantar o primeiro verso, sensacional. No segundo verso temos uma coisa mais ‘romântica’. Os solos acabam tendo uma pontinha de guitarra no som incialmente, só depois é que prestamos atenção de verdade. Depois de uma parte totalmente instrumental e digamos bem ‘estranha’, voltam os vocais com efeitos do começo, deveriam ter aparecido mais pela faixa.

05. I Can’t Stop
O teclado viagem do começo entrega influências quase clássicas por aqui (como era de se esperar de qualquer tecladista que s preza). Vários teclados geniais por aqui. Quando o verso começa de verdade os teclados são festeiros, cheio de riffs e onomatopéicos.

06. Outing
Depois da contagem se prepare pro Rock And Roll. Vários vocais cômicos e muito legais. Na verdade essa é a mais viagem do disco. Cheia de barulhos, passagens e muita loucura. Inclusive de todos os músicos envolvidos.

07. Once Upon A Hill
Emendada na loucura de Outing, Once Upon A Hill é bonita, me lembrou o Family. Calma e com vocais bem emocionais a música segue num estilo Lullaby (Canção de Ninar). No final órgão de igreja pra alegrar o dia e…

08. Put That In Your Pipe
Fechar contrato com a última faixa do disco, que segue com o órgão de maneira bem organizada até que…. Um riff dos infernos, rápido e louco toma conta da faixa, com um destaque gigantesco para o baixista Stan Aldous, ele é simplesmente genial na base que criou, totalmente insana! Enquanto isso no outro corner Steve Milliner sola como um doido em suas teclas cheias de sons, são as suas várias variáveis. Alguns duelos de melodias são sempre muito bem vindos, legal mesmo é o bumbo sem-parar de Frank Clark (que nomezinho hein!). Essa faixa é um instrumental dos infernos, e olha, muito bom.

Essa banda é totalmente desconhecida e vá lá, não é bem prog, mas pra quem gosta de um som late 60’s early 70’s pode vir sem medo.


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