A segunda obra da potência alemã é lançada dois anos após o lançamento do álbum homônimo. É preciso dizer que muita coisa aconteceu em dois anos. O baterista Andreas Hohmann deixou o navio. Nesse ínterim, chegam o guitarrista Michael Rother e o baixista Eberhardt Krahnemann. No entanto, Ralf Hütter quer fazer uma pausa. Quando ele retorna, Eberhardt Krahnemann decola. Quanto a Michael Rother e o baterista Klaus Dinger, eles vão tentar a sorte com o Neu!.
Ralf Hütter e Florian Scnheider-Esleben encontram-se sozinhos nos controles para colocar Kraftewek 2 em 1972 no selo Phillips com Conny Plank, o apóstolo do krautrock, nos consoles.
Este segundo teste é como seu antecessor, experimental. Começa com os 17 minutos de “Klingklang” em três partes e que acabará por ser a atracção deste disco. Começa com ruídos metálicos incomuns que lembram um relógio quebrado. Seguem-se ritmos motorizados no xilofone que vestem bem a flauta de Florian Scnheider-Esleben até esta degenerar.A suite dá lugar a um metrónomo metalóide que acompanha uma flauta sonhadora. Para finalizar, o ambiente é mais ritmado com uma pitada de exotismo onde ruidosos solos de guitarra cinzelam.
O restante do LP é composto por faixas mais curtas. A dupla tenta ocupar espaços sonoros explorando as possibilidades do violão. Mas essas peças oferecem pouco interesse, com exceção talvez de "Spule 4" e "Wellenlänge", com passagens muito flutuantes que oscilam entre 5 e 9 minutos.
Note-se que este disco está na origem do nome que a dupla vai escolher para batizar o seu estúdio de gravação localizado em Düsseldorf: Kling Klang!
Títulos:
1. Klingklang
2. Atem
3. Strom
4. Spule 4
5. Wellenlänge
6. Harmonika
Músicos:
Ralf Hütter: Órgão, Eletrônica, Baixo, Rhythm Box, Glockenspiel, Gaita.
Florian Schneider-Esleben: Flautas, Violino, Guitarra, Efeitos Sonoros, Glockenspiel
Produção: Ralf Hütter, Florian Schneider-Esleben, Conrad Plank
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