Numa área pra receber 250 mil pessoas, a primeira Cidade do Rock nascia e inaugurava o festival musical mais tradicional do Brasil até os dias atuais.
A mais relevante e também a mais romantizada edição do festival carioca, a de estreia, teve a sua primeira tarde/noite numa sexta-feira, 11 de janeiro de 1985, com as apresentações de Ney Matogrosso, Erasmo Carlos, Pepeu/Baby, Whitesnake, Iron Maiden e Queen.
Para não se alongar demais na velha discussão que nessa época o festival era "realmente de rock" enquanto as edições deste século deixaram de ser", reconheço que de fato e obviamente o evento do empresário e idealizador Roberto Medina nunca foi propriamente 100% rock desde a sua concepção.
Por outro lado, como natural e morador da Cidade Maravilhosa à época, posso garantir que naquele tempo toda a atmosfera e expectativa da cidade era em torno das atrações pertinentes ao estilo que nasceu na década de 50.
Especialmente porque até a década de 80 não era muito comum termos shows internacionais de grande porte pelo país, muito menos concentrados num grande evento que duraria dias.
Era o tempo em que isso vinha crescendo aos poucos, com shows ainda na década de 70 de nomes como Alice Cooper, Genesis e Rick Wakeman e no ínicio dos 80s, como Queen e KISS.
Porém havia uma gama gigantesca de monstros já sagrados do rock que jamais haviam pisado sequer na América do Sul.
Era o caso de Ozzy Osbourne, Yes, Scorpions, AC/DC, por exemplo, além de um emergente Iron Maiden, que vivia um grande momento em 1985, com uma grande turnê mundial divulgando seu álbum então recém-lançado "Powerslave".
Tais nomes eram os que geravam grande ansiedade no público, para enfim vê-los pela primeira vez, ou no caso do Queen, pela segunda no Brasil (em 1981 a banda se apresentou em São Paulo), mas faltava os memoráveis primeiros concertos nas terras cariocas e nada melhor do que o grande palco do Rock in Rio, como headliners da noite de 11 de janeiro de 1985.
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