Sam Smith, Everything But the Girl, Gorillaz, Pink, Van Morrison, Lana Del Rey ou os Metallica prometem animar o mercado com novos álbuns.
Cada ano é um carregamento de nova música. E não vale a pena fingirmo-nos de videntes com uma bola de cristal à mesa. O calendário de lançamentos é fácil de alinhavar. Basta ir ordenando as oficializações de lançamentos num documento e esperar pelas ditas obras.
Com o feroz Iggy Pop, foi sempre a abrir. É esse o verbo do ex-Stooges. E é mesmo ele que abre o ano discográfico com o seu 19º álbum em seu nome, "Every Loser", que sai a 6 de janeiro. A eletricidade à solta das novas canções promete embriagar o cantor para mais umas diabruras no meio da multidão, quando cumprir a sua próxima digressão internacional. Iggy Pop é provavalmente o mais traquinas dos septuagenários em todo o mundo e é isso vai relembrar a quem tiver a sorte de o ver em palco. Na sexta-feira seguinte, a 13 de janeiro, é a vez de Margo Price lançar "Strays", ou mais um punhado de canções em que tenta encaixar o country noutros géneros como se fossem peças da Lego. Nesse dia, Gaz Coombes edita o seu quarto disco a solo "Turn the Car Around", deixados para trás novamente os Supergrass, onde se tinha projetado a meio dos anos 90. Quando será que o mundo lhe dará o devido valor?, perguntam as suas arejadas canções, que fintam os lugares comuns sonoros.
A partir do dia 20 de janeiro, o mercado discográfico já está a trabalhar em pleno. As novidades são em peso, a começar desde logo pelos excêntricos rockers Måneskin, que colocam no mundo "Rush"! (o terceiro longa-duração dos italianos). Tal como os ABBA, a vitória do Festival da Eurovisão abriu-lhes caminho para uma carreira à escala planetária, que está para continuar. Nessa sexta-feira, sai o primeiro álbum em sete anos do veterano galês John Cale, "Mercy", que é um observatório ao mundo que o rodeia: mudanças climáticas, ascensão da extrema-direita, a antiga presidência de Donald Trump ou os efeitos da pandemia da covid-19. O disco agregou vários artistas indie, como Weyes Blood, Actress ou os membros dos Animal Collective. O baterista dos Blur, Dave Rowntree, lança o seu disco de estreia a solo, "Radio Songs", a saltitar entre sons, como quem procurava outra estação do éter na telefonia. Nesse dia, os Ladytron mostram mais sonhos de synthpop em "Time's Arrow", enquanto os indie-rockers Guided by Voices do ultra-produtivo Robert Pollard colocam mais um disco cá fora, "La La Land". Também a 20 de janeiro, os Wilco publicam em edição física "Cruel Country", no mundo digital há já vários meses. Na última sexta-feira de janeiro, no dia 27, Sam Smith edita "Gloria", onde põe cá fora todos os seus conflitos pessoais, ou o seu modo de pôr à prova a ginástica flexível da pop.
Em fevereiro, o mercado ainda vai fervilhar mais com os novos discos, no dia 3, de Ellie Goulding, "Higher Than Heaven", Shania Twain, "Queen of Me", os Young Fathers, "Heavy Heavy", e The Go! Team, "Get Up Sequences Part Two". No dia 10, estão marcados os lançamentos dos discos dos Paramore, "This Is Why", dos Yo La Tengo, "This Stupid World", dos Quasi, "Breaking Balls of History", e ainda o ao vivo (duplo CD + DVD + blu-ray) dos Rolling Stones, "Grrrr". Na sexta-feira, dia 17, podemos contar com os discos de regresso de Pink, "Trustfall", e dos Orbital, "Optical Delusion". Na sexta-feira final do mês nº2 do ano, dia 24, entramos na megalomania animada dos Gorillaz, em "Cracker Island", na indiscrição de Adam Lambert, em "High Drama", mas também na energia irrequieta e pós-punk dos Shame, "Food for Worms", e no romantismo outonal dos históricos The Church, "The Hypnogogue".
Há já alguns lançamentos garantidos para março, como os casos da fértil Lana Del Rey, "Did You Know That There's a Tunnel Under Ocean Blvd", da vanguardista eletrónica Fever Ray, "Radical Romantics", e do veteraníssimo norte-irlandês Van Morrison, "Moving On Skiffle". Todos estes discos estão calendarizados para dia 10. Já em abril, no dia 14, esperam-nos discos dos Metallica, "72 Seasons", e de Caroline Polachek (ex-Chairlift), "Desire, I Want to Turn Into You". Uma semana depois, a 21, os Smashing Pumpkins fecham a trilogia "Atum: A Rock Opera in Three Acts", com o terceiro volume, e com a edição no seu todo desta obra conceitual tão ao gosto do seu líder Billy Corgan.
Ainda sem data marcada, já com todas as certezas, serão lançados os novos álbuns dos Depeche Mode, "Memento Mori" (em março) e dos Killers (no início do ano). Pode também enriquecer o ano o primeiro álbum deste século dos recém-reformulados Everything But the Girl. A viver o seu maior interregno de sempre (sete anos), PJ Harvey promete voltar este verão às secções de novidades discográficas com nova obra. Quem também vai sair de um longo hiato em nome próprio é, ao fim de oito anos, Jennifer Lopez, através de "This Is Me... Now".
Concluimos esta previsão do ano que começou com futuros discos que ainda estão na esfera cinzenta das especulações. Kylie Minogue, Ed Sheeran (com um disco que tudo indica se chamará de "Subtract") e Noel Gallagher (através da sua banda High Flying Birds) já deram sinais de que vão publicar novos álbuns este ano.
Cada ano é um carregamento de nova música. E não vale a pena fingirmo-nos de videntes com uma bola de cristal à mesa. O calendário de lançamentos é fácil de alinhavar. Basta ir ordenando as oficializações de lançamentos num documento e esperar pelas ditas obras.
Com o feroz Iggy Pop, foi sempre a abrir. É esse o verbo do ex-Stooges. E é mesmo ele que abre o ano discográfico com o seu 19º álbum em seu nome, "Every Loser", que sai a 6 de janeiro. A eletricidade à solta das novas canções promete embriagar o cantor para mais umas diabruras no meio da multidão, quando cumprir a sua próxima digressão internacional. Iggy Pop é provavalmente o mais traquinas dos septuagenários em todo o mundo e é isso vai relembrar a quem tiver a sorte de o ver em palco. Na sexta-feira seguinte, a 13 de janeiro, é a vez de Margo Price lançar "Strays", ou mais um punhado de canções em que tenta encaixar o country noutros géneros como se fossem peças da Lego. Nesse dia, Gaz Coombes edita o seu quarto disco a solo "Turn the Car Around", deixados para trás novamente os Supergrass, onde se tinha projetado a meio dos anos 90. Quando será que o mundo lhe dará o devido valor?, perguntam as suas arejadas canções, que fintam os lugares comuns sonoros.
A partir do dia 20 de janeiro, o mercado discográfico já está a trabalhar em pleno. As novidades são em peso, a começar desde logo pelos excêntricos rockers Måneskin, que colocam no mundo "Rush"! (o terceiro longa-duração dos italianos). Tal como os ABBA, a vitória do Festival da Eurovisão abriu-lhes caminho para uma carreira à escala planetária, que está para continuar. Nessa sexta-feira, sai o primeiro álbum em sete anos do veterano galês John Cale, "Mercy", que é um observatório ao mundo que o rodeia: mudanças climáticas, ascensão da extrema-direita, a antiga presidência de Donald Trump ou os efeitos da pandemia da covid-19. O disco agregou vários artistas indie, como Weyes Blood, Actress ou os membros dos Animal Collective. O baterista dos Blur, Dave Rowntree, lança o seu disco de estreia a solo, "Radio Songs", a saltitar entre sons, como quem procurava outra estação do éter na telefonia. Nesse dia, os Ladytron mostram mais sonhos de synthpop em "Time's Arrow", enquanto os indie-rockers Guided by Voices do ultra-produtivo Robert Pollard colocam mais um disco cá fora, "La La Land". Também a 20 de janeiro, os Wilco publicam em edição física "Cruel Country", no mundo digital há já vários meses. Na última sexta-feira de janeiro, no dia 27, Sam Smith edita "Gloria", onde põe cá fora todos os seus conflitos pessoais, ou o seu modo de pôr à prova a ginástica flexível da pop.
Em fevereiro, o mercado ainda vai fervilhar mais com os novos discos, no dia 3, de Ellie Goulding, "Higher Than Heaven", Shania Twain, "Queen of Me", os Young Fathers, "Heavy Heavy", e The Go! Team, "Get Up Sequences Part Two". No dia 10, estão marcados os lançamentos dos discos dos Paramore, "This Is Why", dos Yo La Tengo, "This Stupid World", dos Quasi, "Breaking Balls of History", e ainda o ao vivo (duplo CD + DVD + blu-ray) dos Rolling Stones, "Grrrr". Na sexta-feira, dia 17, podemos contar com os discos de regresso de Pink, "Trustfall", e dos Orbital, "Optical Delusion". Na sexta-feira final do mês nº2 do ano, dia 24, entramos na megalomania animada dos Gorillaz, em "Cracker Island", na indiscrição de Adam Lambert, em "High Drama", mas também na energia irrequieta e pós-punk dos Shame, "Food for Worms", e no romantismo outonal dos históricos The Church, "The Hypnogogue".
Há já alguns lançamentos garantidos para março, como os casos da fértil Lana Del Rey, "Did You Know That There's a Tunnel Under Ocean Blvd", da vanguardista eletrónica Fever Ray, "Radical Romantics", e do veteraníssimo norte-irlandês Van Morrison, "Moving On Skiffle". Todos estes discos estão calendarizados para dia 10. Já em abril, no dia 14, esperam-nos discos dos Metallica, "72 Seasons", e de Caroline Polachek (ex-Chairlift), "Desire, I Want to Turn Into You". Uma semana depois, a 21, os Smashing Pumpkins fecham a trilogia "Atum: A Rock Opera in Three Acts", com o terceiro volume, e com a edição no seu todo desta obra conceitual tão ao gosto do seu líder Billy Corgan.
Ainda sem data marcada, já com todas as certezas, serão lançados os novos álbuns dos Depeche Mode, "Memento Mori" (em março) e dos Killers (no início do ano). Pode também enriquecer o ano o primeiro álbum deste século dos recém-reformulados Everything But the Girl. A viver o seu maior interregno de sempre (sete anos), PJ Harvey promete voltar este verão às secções de novidades discográficas com nova obra. Quem também vai sair de um longo hiato em nome próprio é, ao fim de oito anos, Jennifer Lopez, através de "This Is Me... Now".
Concluimos esta previsão do ano que começou com futuros discos que ainda estão na esfera cinzenta das especulações. Kylie Minogue, Ed Sheeran (com um disco que tudo indica se chamará de "Subtract") e Noel Gallagher (através da sua banda High Flying Birds) já deram sinais de que vão publicar novos álbuns este ano.
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