Selecionamos dez excelentes álbuns lançados em 2021 para você ouvir.
A ordem da lista não segue nenhum critério especial de preferência.

WEEZER – OK HUMAN
Ao contrário dos trabalhos anteriores, marcados pelo power pop conduzido pelos riffs de guitarra de Cuomo, Ok Human surpreende ao seguir uma direção em que arranjos orquestrais, piano e outros instrumentos de teclas assumem o protagonismo em todas as faixas.
O resultado da empreitada é um disco repleto de belas melodias que remetem ao pop praticado pelos Beach Boys (fase Pet Sounds), The Zombies e Harry Nilsson.
A mudança de sonoridade revigorou a banda e mostrou que Rivers Cuomo e companhia podem ir além do rock básico regado à power chords dos discos anteriores. Afinal, um pouco de imaginação e ousadia não fazem mal a ninguém.
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JON BATISTE – WE ARE
Jon Batiste é um multi-instrumentista e vocalista norte-americano que ficou conhecido inicialmente como diretor musical do programa The Late Show with Stephen Colbert, além de, anos mais tarde, ter composto a premiada trilha sonora da animação Soul em parceria com Trent Reznor e Atticus Ross (dupla do Nine Inch Nails).
WE ARE é o oitavo álbum de estúdio gravado pelo artista. Recentemente o trabalho causou alvoroço ao receber onze indicações ao Grammy, dentre elas a de “Álbum do Ano”. A cerimônia de premiação está prevista para acontecer em 14 de março do ano que vem. O tracklist é composto por treze canções que reúnem elementos do jazz, R&B, soul, pop contemporâneo, funk, rap e hip-hop. Aliás, Batiste transita por esses estilos com bastante autoridade, demonstrando grande fluência musical.
WE ARE é um álbum alto astral que atualiza com maestria tradicionais gêneros da música negra norte-americana para a contemporaneidade. Tudo é feito com grande apuro técnico e sofisticação, mas sem perder de vista o apelo pop ou soar maçante aos ouvidos.
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ROBEN FORD – PURE
Com mais de cinquenta anos de carreira, Robben Ford é um guitarrista fluente em vários estilos musicais como jazz, blues, soul, rock, funk e fusion. Pure é o primeiro álbum integralmente instrumental lançado por Ford desde o excepcional Tiger Walk, lançado em 1997. Ao todo são nove faixas originais que transitam entre o blues rock e o fusion.
Pure é um trabalho impecável em termos de composição e execução. Aqui, Ford destila sua técnica afiada nas seis cordas, aliando virtuosismo, sentimento e bom gosto na escolha dos timbres dos instrumentos (principalmente da guitarra, é claro!).
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JOANNE SHAW TAYLOR – THE BLUES ALBUM
A guitarrista e vocalista britânica Joanne Shaw Taylor começou a despontar no cenário musical aos dezesseis anos de idade, quando foi “descoberta” por Dave Stewart (Eurythmics). The Blues Album é o sexto disco de estúdio lançado pela artista.
A produção do ficou a cargo da dupla Joe Bonamassa e Josh Smith.O repertório do disco é composto por onze regravações. Taylor presta tributo a nomes como Albert King, Otis Rush, Peter Green, Little Richard, Magic Sam, Aretha Franklin e outros. Além de ser uma guitarrista muito talentosa, Taylor também chama atenção pelas excelentes interpretações vocais, repletas de emoção e intensidade.
Em The Blues Album, Joanne Shaw Taylor vai muito além das convenções tradicionais do blues e mergulha de cabeça na soul music. O resultado é um trabalho inspirado que honra cada regravação presente no tracklist.
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DAVID CROSBY – FOR FREE
O veterano David Crosby (The Byrds, Crosby, Stills & Nash e Crosby, Stills Nash & Young), cantor, compositor e guitarrista, vem lançando excelentes álbuns desde que retomou sua carreira solo em Croz (2014). Em For Free, o artista mantém a pegada com seu pop rock suave regado à folk, jazz e blues.
For Free foi produzido em parceria com James Raymond, músico e filho de Crosby. O álbum conta com participação especial de Donald Fagen (Steely Dan), Michael McDonald (Doobie Brothers), Abe Laboriel Jr. (Paul McCartney) e Steve DiStanislao (David Gilmour).
Ao todo são dez faixas que demonstram toda a competência de Crosby como cantor e compositor. For Free é um disco belo, honesto e sentimental. A julgar pela qualidade do trabalho, o octogenário artista ainda tem muita lenha para queimar.

JOE BONAMASSA – TIME CLOCKS
O prolífico guitarrista, vocalista e produtor Joe Bonamassa, um dos principais nomes das seis cordas na atualidade, dá prosseguimento em sua discografia solo pouco mais de um ano após o lançamento do excelente Royal Tea. Desta vez, o músico apresenta ao ouvinte Time Clocks, décimo quinto álbum gravado em estúdio.
Trata-se de um petardo de blues rock recheado de riffs e licks de guitarra executados com maestria. É preciso dizer que as letras compostas pelo artista melhoram significativamente a cada disco. Em Time Clocks elas ganharam contornos reflexivos discorrendo com maturidade sobre a passagem do tempo.
Joe Bonamassa é um artista que surpreende pela regularidade superior apresentada em cada trabalho em que põe as mãos, e Time Clocks é mais um exemplo cristalino dessa constatação.
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GOV’T MULE – HEAVY LOAD BLUES
O Gov’t Mule é uma banda americana que transita por variadas vertentes do rock e de outros gêneros musicais. Suas apresentações são marcadas por longas improvisações musicais, seguindo a escola de bandas como Grateful Dead e The Allman Brothers Band.
Heavy Load Blues é o primeiro da banda integralmente dedicado ao blues. O repertório apresenta uma mescla de canções originais e versões para clássicos de artistas como Tom Waits, Howlin’ Wolf, Elmore James, Junior Wells, Ann Peebles, “Bobby Blue” Bland e The Animals.
O álbum é direto e orgânico como um disco de blues autêntico deve ser. Ponto para Warren Haynes e sua trupe.
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ROBERT PLANT & ALISON KRAUSS – RAISE THE ROOF
Após 14 anos do lançamento do premiado Raising Sand (2007), Robert Plant, o lendário vocalista do Led Zeppelin, retoma a parceria com a cantora Alison Krauss em Raise the Roof.
O tracklist é composto por 12 faixas que transitam por diversos gêneros musicais (folk, soul, spiritual, blues e country). Estão presentes regravações para canções de artistas diversificados como Merle Haggard, Allen Toussaint, Everly Brothers, Anne Briggs, Geeshie Wiley, Bert Jansch, Bobby Moore, Lucinda Williams e outros. A produção de T-Bone Burnett e as vocalizações afiadíssimas de Plant e Krauss conferem ao trabalho um clima atmosférico e lúgubre.
Mais uma vez a dupla proporciona uma rica imersão pela música de raiz norte-americana. Um trabalho profundo e emocionante.
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STING – THE BRIDGE
A versatilidade sempre foi um dos pontos de destaque na carreira solo do veterano Sting, e The Bridge explora exatamente esta faceta. Ainda que predominantemente pop, há espaço para jazz, rock, R&B e folk.
Atento ao que acontece no cenário musical e disposto a apresentar novidades, o artista recrutou o produtor Martin Kierszenbaum (Lady Gaga, Madonna, Sheryl Crow, Samantha Fish e outros) para auxiliá-lo na produção do álbum e na composição de algumas faixas.
The Bridge é um trabalho delicado, recheado de canções com letras inteligentes e soluções melódicas intrigantes. O artista prova novamente que há vida inteligente na música pop.
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NEIL YOUNG & CRAZY HORSE – BARN
O veterano cantor e compositor canadense acrescenta mais um álbum em sua extensa e sólida discografia. A bola da vez é Barn, trabalho de inéditas concebido durante o período de lockdown e gravado num celeiro reformado construído no século XIX, localizado no alto das Montanhas Rochosas, porção do estado norte-americano do Colorado.
As dez novas faixas de Barn capturam um artista inspiradíssimo, atento à causa ambiental e disposto a explorar um lado sentimental repleto de memórias afetivas, paisagens bucólicas e amor. A sonoridade é crua e as letras são diretas. Young alterna momentos elétricos e distorcidos com outros acústicos e brandos, algo habitual em sua carreira.
Barn capta toda a essência criativa de Neil Young e seu talento inigualável para compor rocks crus e belas baladas que passam longe da cafonice.
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