
Resenha
A Farewell To Kings
Álbum de Rush
1977
CD/LP
Depois do sucesso que foi "2112" e o lançamento do ao vivo "All the World's a Stage", reunindo os quatro primeiros álbuns do trio de Toronto, Rush se preparava para iniciar uma nova era, a era progressiva, que vai de "A Farewell To Kings" até "Moving Pictures". Essa nova fase, em uma suposição de minha autoria se deve a um fato. O primeiro sendo a banda inglesa King Crimson, pois em entrevistas, Alex Lifeson diz que ouviu muito King Crimson no final de 1976.O disco começa com "A Farewell To Kings", que começa de uma forma acústica, com um violão \(um pouco rápido e agressivo), xilofones (Neil Peart) e sintetizadores tocados por Geddy Lee. Mas aproximadamente cinquenta segundos depois, entram uma guitarra pesada, baixo bem "baixo" (piadas sem graça, mas ele vai crescendo com o decorrer, até que no refrão, ele ganha um mini protagonismo durante aproximadamente de dois segundos) e uma bateria que eu diria "Alan White está aí?". (Isso não é uma crítica, é um elogio). O solo de guitarra é pulsante e eletrizante. Uma ótima abertura de álbum. Seguimos para a melhor faixa do álbum (as outras são boas, mas essa mexeu comigo de uma maneira impactante) "Xanadu". A musica começa com um clima no estilo do Pink Floyd, com até sons de pássaros com tambores, sinos e sintetizador imitando um instrumento de sopro. Mas aproximadamente dois minutos depois, entra uma guitarra (Gibson Double Neck creme) e uma explosão super calculada de bateria e um baixo também explosivamente calculado. No refrão, temos xilofone, sinos e sintetizador. O solo, que vai para o final da canção é impactante e lendário. Pelo que eu entendi, a musica tem duas explicações, a primeira é que retrata uma civilização muito antiga e a segunda fala sobre um mundo pós apocalíptico. "Closer To The Heart" é de longe a musica que fez mais sucesso do Rush (até que veio "Tom Sayer" do Moving Pictures). A musica agradou muito os estadunidenses por conta de ritmo e a duração que não chega a três minutos. Também destaco a harmonia entre o trio, principalmente Alex Lifeson como violonista e guitarrista. "Cinderella Man" é uma musica mais puxada para o hard rock. "Madrigal" é uma faixa puxada para o folk, mas com elementos de eletrônica principalmente no inicio. Por fim, temos "Cygnus X-1: "Book I: The Voyage", que é um épico de pouco mais de dez minutos que narra um universo (bem na onda de "2112", mas ampliando de um planeta para um universo). A primeira musica fala sobre um buraco negro, conhecido como Cygnus X-1 (uma fonte de raios-X que se acredita ser um buraco negro real), fica na constelação de Cygnus. Um explorador a bordo da espaçonave Rocinante viaja em direção ao buraco negro, acreditando que pode haver algo além dele. Conforme ele se aproxima, torna-se cada vez mais difícil controlar a nave e ele acaba sendo atraído pela força da gravidade. A continuação da musica é no inicio do álbum seguinte "Hemispheres" (1978). "A Farrewell To Kings" é um dos melhores álbuns do trio canadense. Tendo uma excelente variação de comercial e o típico do progressivo, musicas longas e de qualidade absurda. Um incrível inicio de uma fase maravilhosa.
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