segunda-feira, 6 de fevereiro de 2023

A Farewell To Kings Álbum de Rush 1977

 

Resenha

A Farewell To Kings

Álbum de Rush

1977

CD/LP

Depois do sucesso que foi "2112" e o lançamento do ao vivo "All the World's a Stage", reunindo os quatro primeiros álbuns do trio de Toronto, Rush se preparava para iniciar uma nova era, a era progressiva, que vai de "A Farewell To Kings" até "Moving Pictures". Essa nova fase, em uma suposição de minha autoria se deve a um fato. O primeiro sendo a banda inglesa King Crimson, pois em entrevistas, Alex Lifeson diz que ouviu muito King Crimson no final de 1976.

O disco começa com "A Farewell To Kings", que começa de uma forma acústica, com um violão \(um pouco rápido e agressivo), xilofones (Neil Peart) e sintetizadores tocados por Geddy Lee. Mas aproximadamente cinquenta segundos depois, entram uma guitarra pesada, baixo bem "baixo" (piadas sem graça, mas ele vai crescendo com o decorrer, até que no refrão, ele ganha um mini protagonismo durante aproximadamente de dois segundos) e uma bateria que eu diria "Alan White está aí?". (Isso não é uma crítica, é um elogio). O solo de guitarra é pulsante e eletrizante. Uma ótima abertura de álbum. Seguimos para a melhor faixa do álbum (as outras são boas, mas essa mexeu comigo de uma maneira impactante) "Xanadu". A musica começa com um clima no estilo do Pink Floyd, com até sons de pássaros com tambores, sinos e sintetizador imitando um instrumento de sopro. Mas aproximadamente dois minutos depois, entra uma guitarra (Gibson Double Neck creme) e uma explosão super calculada de bateria e um baixo também explosivamente calculado. No refrão, temos xilofone, sinos e sintetizador. O solo, que vai para o final da canção é impactante e lendário. Pelo que eu entendi, a musica tem duas explicações, a primeira é que retrata uma civilização muito antiga e a segunda fala sobre um mundo pós apocalíptico. "Closer To The Heart" é de longe a musica que fez mais sucesso do Rush (até que veio "Tom Sayer" do Moving Pictures). A musica agradou muito os estadunidenses por conta de ritmo e a duração que não chega a três minutos. Também destaco a harmonia entre o trio, principalmente Alex Lifeson como violonista e guitarrista. "Cinderella Man" é uma musica mais puxada para o hard rock. "Madrigal" é uma faixa puxada para o folk, mas com elementos de eletrônica principalmente no inicio. Por fim, temos "Cygnus X-1: "Book I: The Voyage", que é um épico de pouco mais de dez minutos que narra um universo (bem na onda de "2112", mas ampliando de um planeta para um universo). A primeira musica fala sobre um buraco negro, conhecido como Cygnus X-1 (uma fonte de raios-X que se acredita ser um buraco negro real), fica na constelação de Cygnus. Um explorador a bordo da espaçonave Rocinante viaja em direção ao buraco negro, acreditando que pode haver algo além dele. Conforme ele se aproxima, torna-se cada vez mais difícil controlar a nave e ele acaba sendo atraído pela força da gravidade. A continuação da musica é no inicio do álbum seguinte "Hemispheres" (1978). "A Farrewell To Kings" é um dos melhores álbuns do trio canadense. Tendo uma excelente variação de comercial e o típico do progressivo, musicas longas e de qualidade absurda. Um incrível inicio de uma fase maravilhosa.

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