Luiz Gonzaga do Nascimento (Exu, 13 de dezembro de 1912[2] – Recife, 2 de agosto de 1989) foi um compositor e cantor brasileiro.[3] Também conhecido como o Rei do Baião, foi considerado uma das mais completas, importantes e criativas figuras da música popular brasileira.[4]
Cantando acompanhado de sua sanfona, zabumba e triângulo (conjunto básico dos cantores de baião, que ele mesmo definiu[5]), levou para todo o país a cultura musical do nordeste, como o baião, o xaxado, o xote e o forró pé de serra. Suas composições também descreviam a pobreza, as tristezas e as injustiças de sua árida terra, o sertão nordestino.
Luiz Gonzaga ganhou notoriedade com as antológicas canções "Asa Branca" (1947), "Juazeiro" (1948) e "Baião de Dois" (1950). Pai adotivo do músico Gonzaguinha, Gonzagão influenciou outros artistas da MPB como Geraldo Vandré, Gilberto Gil e Caetano Veloso.[6][3][7]
Primeiros anos
Nasceu na sexta-feira, dia 13 de dezembro de 1912, numa casa de barro batido na Fazenda Caiçara (povoado do Araripe), a 12km da área urbana do município de Exu, extremo noroeste do estado de Pernambuco,[2] cidade localizada a 610 km do Recife.
Foi o segundo filho de Ana Batista de Jesus Gonzaga do Nascimento, conhecida na região por ‘Mãe Santana’, e oitavo de Januário José dos Santos do Nascimento, um roceiro e sanfoneiro. O padre José Fernandes de Medeiros o batizou na matriz de Exu em 5 de janeiro de 1920.[8][9][10]
Seu nome, Luiz, foi escolhido porque 13 de dezembro é o dia da festa de Santa Luzia, Gonzaga foi sugerido pelo vigário que o batizou, e Nascimento por ser dezembro, mês em que o cristianismo celebra o nascimento de Jesus.[1]
A cidade de Exu fica no sopé da Serra do Araripe, e inspiraria uma de suas primeiras composições, "Pé de Serra". Seu pai trabalhava na roça, num latifúndio, e nas horas vagas tocava acordeão; também consertava o instrumento. Foi com ele que Luiz aprendeu a tocá-lo. Muito jovem ainda, já se apresentava em bailes, forrós e feiras, de início acompanhando seu pai, mas com 13 anos já era convidado para shows individuais.[11] Autêntico representante da cultura nordestina, manteve-se fiel às suas origens mesmo seguindo carreira musical no sudeste do Brasil.[6] O gênero musical que o consagrou foi o baião.[3] A canção emblemática de sua carreira foi "Asa Branca", composta em 1947 em parceria com o advogado cearense Humberto Teixeira.
Antes dos dezoito anos, Luiz teve sua primeira paixão: Nazarena, uma moça da região.[12] Foi rejeitado pelo pai dela, o coronel Raimundo Deolindo, que não o queria para genro, pois ele não tinha instrução, era muito jovem e sem maturidade para assumir um compromisso. Revoltado com o rapaz, ameaçou-o de morte. Mesmo assim Luiz e Nazarena namoraram às escondidas por meses e planejavam se casar. Januário e Ana, pais de Luiz, lhe deram uma surra ao descobrirem que ele se envolveu com a moça sem a permissão da família dela, e ainda mais por Luiz tê-la desonrado: os dois disseram isto propositalmente, com o intuito de serem obrigados a se casar. Na época, a moça tinha que casar virgem e se houvesse relação sexual antes do matrimônio o homem era obrigado a casar-se ou morreria. Nazarena revelou ao pai o ocorrido e foi espancada por ele; no entanto Nazarena não engravidou. O coronel Raimundo ficou enfurecido e tentou matar o rapaz, que o enfrentou na luta. Raimundo revelou que, mesmo desonrada, iria arrumar um casamento para a filha com um amigo mais velho que já sabia da situação dela, ou a internaria num convento, mas com Luiz ela não se casaria. Revoltado por não poder casar-se com Nazarena, e por não querer morrer nas mãos do pai dela, Luiz Gonzaga foi para Crato, no Ceará, e depois para a capital daquele estado, Fortaleza,[11] onde ingressou no exército em julho de 1930.[13]
Lutou no sertão nordestino, combatendo cangaceiros, coiteiros e coronéis.[13] Apesar disso, alimentou grande admiração pelo líder dos cangaceiros, Virgulino Ferreira (o "Lampião"), passando a adotar uma vestimenta inspirada nele ao se profissionalizar.[13]
Durante nove anos viajou por vários estados brasileiros, como soldado, sem dar notícias à família. Passou por, entre outros locais, Teresina (Piauí), onde ajudou a prender o batalhão local, que se recusara a aderir à Revolução de 1930; e Campo Grande, então Mato Grosso (hoje em território correspondente ao Mato Grosso do Sul), onde ajudou a proteger as fronteiras brasileiras de reflexos da Guerra do Chaco.[14] Em agosto de 1932 foi para Belo Horizonte, onde ficou por quatro meses. Nesse mesmo ano mudou-se para Juiz de Fora, onde viveu por cinco anos e teve a oportunidade de aprimorar sua habilidade com a sanfona. Em seguida, foi para Ouro Fino, também em Minas Gerais, onde permaneceu por dois anos. Deu baixa em 27 de março de 1939, no Rio de Janeiro.[15][16][17]
Carreira
Em busca do reconhecimento
Antes de ser o rei do baião, conheceu Domingos Ambrósio, também soldado e conhecido na região pela sua habilidade como acordeonista. A partir daí começou a se interessar pela área musical.
Depois da baixa do exército, Luiz pretendia voltar ao Recife de navio. porém, recebeu ordens para permanecer no Rio até que a viagem (ainda sem data) acontecesse. Passava o tempo no quartel limpando e tocando sanfona. Um colega seu um dia lhe recomendou que fosse tocar no Mangue, zona de meretrício do Rio onde bares e ruas ficavam cheios de músicos.[15]
Lá, Luiz fez sucesso e tornou-se amigo de Xavier Pinheiro, que o guiou pelo submundo das zonas do Rio.[18] Estando decidido a se dedicar à música, Luiz escolheu permanecer no Rio de Janeiro, então capital do Brasil, onde a rádio e a música aconteciam na época.[18] Ficou tocando em bares, cabarés e programas de calouros. Nessa época, tocava músicas de Manezinho Araújo (emboladas), Augusto Calheiros (valsas e serestas) e Antenógenes Silva (xotes e sambas), que o ensinou a tocar alguns tangos.[9][18] Apresentava-se com o típico figurino do músico profissional: paletó e gravata.
Para ganhar atenção no meio artístico,[18] Luiz foi se apresentar nos dois principais programas de calouros da época no Brasil: Calouros em Desfile, de Ary Barroso, e Papel Carbono, de Renato Murce. Recebeu notas médias em ambos.[19][20]
Por essa época, passou a frequentar uma república de jovens do Ceará (incluindo Armando Falcão, então futuro político e Ministro da Justiça do governo Ernesto Geisel), onde se apresentava em troca de refeições. Um dia, Armando lhe perguntou por que ele não tocava músicas nordestinas, e foi a partir daí que Luiz passou a integrar canções de sua terra natal em suas apresentações, e percebeu uma resposta positiva do público.[19]
Em 1941, de volta ao programa de Ary, foi vitorioso executando "Vira e Mexe", com sabor regional, de sua autoria.[21][19][22]
Primeiras gravações
O sucesso da apresentação, presenciado pessoalmente por Henrique Foréis Domingues,[19] valeu-lhe um contrato com a gravadora RCA Victor, pela qual lançou mais de cinquenta instrumentais.
Sua primeira atuação em estúdio, contudo, foi como músico de apoio na canção "A Viagem de Genésio", da dupla Genésio e Januário; o registro aconteceu em 5 de março de 1941.[23] No dia 14 do mesmo mês, gravou seus primeiros discos de fato: "Véspera de São João" / "Numa Serenata" (ambas de sua autoria, sendo a primeira coescrita por Francisco Reis) e "Saudades de São João del Rei" / "Vira e Mexe" (a primeira por Simão Jandi, o Turquinho). Ambos foram sucesso entre o público e a crítica.[23]
Ainda em 1941, gravou outros dois discos: "Nós Queremos uma Valsa" (Nássara e Frazão) / "Arrancando o Caroá" (dele mesmo) e "Fariluto (Agustin Lara) e "Segura a Polca" (Xavier Pinheiro).[24] De 1941 a 1945, gravou um total de 32 discos com duas músicas cada, cantando em quatro delas.[25]
Paralelamente aos discos, cortejava uma carreira no rádio, e conseguiu sua primeira oportunidade por meio de Renato Murce, que o levou à Rádio Clube para substituir Antenógenes Silva no programa Alma do Sertão. De lá, logo foi para a Rádio Tamoio, cujo diretor artístico, Fernando Lobo, ele conhecera ao se apresentar numa casa noturna.[24]
Lá, Luiz tentou cavar uma carreira como cantor, mas Fernando o vetou, a ponto de afixar avisos pela emissora permitindo que Luiz se apresentasse somente como sanfoneiro. Luiz driblou a proibição oferecendo-se para substituir cantores quando estes faltavam ao trabalho; ao descobrir a manobra, Fernando pediu ao diretor-geral da rádio, Roberto Martins, que demitisse o sanfoneiro, o que se concretizou. Anos mais tarde, Fernando se diria arrependido de sua atitude, que atribuiu à sua "juventude e incapacidade de ser flexível".[24] Um radialista da emissora, Átila Nunes Pereira, chegou a lhe oferecer espaço como cantor, argumentando que quem mandava em seu programa era ele, mas a saída de Luiz foi ordenada antes que a chance pudesse ser aproveitada.[25]
Mais tarde, Luiz buscou um parceiro para ajudá-lo a escrever as músicas que cantaria. Tentou primeiro Lauro Maia Teles, mas este não se sentia adequado para o posto e acabou lhe indicando Humberto Teixeira, que viraria, efetivamente, seu parceiro.[26] Com ele, compôs 27 músicas entre 1947 e 1952.[27]
Outros parcerias notáveis foram a com o médico Zé Dantas, que rendeu 46 composições, entre elas "A Dança da Moda" e "O Xote das Meninas";[27] e a com João Silva, que rendeu mais de 30 canções.[28]
Luiz traçava também uma carreira em cassinos. Apresentou-se no Cassino da Urca e realizou temporada de 45 dias no Cassino Ahú, em Curitiba, no estado do Paraná.[24]
Veio depois sua primeira contratação, pela Rádio Nacional. Lá conheceu o acordeonista catarinense Pedro Raimundo, que usava trajes típicos da sua região. A partir de então, surgiu a ideia de apresentar-se vestido de vaqueiro, figurino que o consagrou como artista.
Em 11 de abril de 1945, gravou sua primeira música como cantor, no estúdio da RCA Victor: a mazurca Dança Mariquinha, em parceria com Miguel Lima.
Entre 1951 e 1952 a marca Colírio Moura Brasil celebrou um contrato de teor promocional com o cantor, custeando-lhe uma excursão por todo o país, fato este registrado por Gilberto Gil.[29]
A partir do final dos anos 1950, com a chegada da bossa nova e, mais tarde, da Jovem Guarda, Luiz caiu no ostracismo, embora ainda fosse respeitado e reconhecido pelos cantores mais modernos,[30] retornando ao sucesso nos anos 70 e 80, inclusive com parcerias com seu filho Gonzaguinha, com destaque, com a música A Vida do Viajante.
Vida pessoal e familiar
Em 1945 conheceu em uma casa de shows da área central do Rio uma cantora de coro e samba, chamada Odaléia Guedes dos Santos, conhecida por Léia. A moça estaria supostamente grávida de um filho ao conhecer Luiz. Foram morar em uma casa alugada, e Luiz assumiu a paternidade da criança, dando-lhe seu nome: Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior, que acabaria também seguindo a carreira artística, tornando-se o cantor Gonzaguinha.[25]
A relação entre o casal era boa no início, mas depois começou a se desestabilizar e tornar-se conflituosa,[25] levando Odaléia a sair de casa com o filho, com menos de dois anos de convivência. Luiz a buscou na pensão onde ela voltou a viver, e não aceitava que ela saísse de casa, mas depois decidiu deixá-la lá com o filho. Léia, então, voltou a trabalhar como dançarina e cantora, e criou o filho sozinha, mas Luiz a ajudava financeiramente e visitava o menino.[3] Algum tempo depois, quando Léia adoeceu, Luiz a levou para um sanatório e entregou o filho para Xavier e Dina
Em 1946, Luiz voltou pela primeira vez à sua cidade natal Exu, e reencontrou seus pais, que havia anos não tinham notícias do filho. O reencontro com seu pai é narrado em sua composição Respeita Januário, em parceria com Humberto Teixeira. Ele ficou meses vivendo com os pais e irmãos, mas logo voltou ao Rio de Janeiro.
Ao chegar ao Rio, ainda em 1946, conheceu a professora pernambucana Helena Cavalcanti, em um show que fez, e começaram a namorar. Ele precisava de uma secretária para cuidar de sua agenda de shows e de seu patrimônio financeiro, e antes de a pedir em namoro, a convidou para ser sua secretária. Helena precisava de um salário extra para ajudar os pais, já idosos, com quem ainda morava, e aceitou. Nos dias em que não dava aula para crianças do primário, cuidava das finanças de Luiz em um escritório que ele montara. Eles noivaram em 1947 e casaram-se em 1948, permanecendo juntos até o fim da vida de Luiz. Não tiveram filhos. Helena não conseguia engravidar e o casal adotou uma criança, uma menina recém nascida, a quem batizaram de Rosa Cavalcanti Gonzaga do Nascimento.[31]
Ainda em 1947, a sua primeira companheira Léia morreu de tuberculose, quando seu filho Gonzaguinha tinha dois anos e meio. Luiz queria levar o menino para morar com ele e pediu para Helena criá-lo como se fosse dela, mas ela não aceitou, assim como sua mãe Marieta. O casal na época ainda não tinha adotado Rosa, e Helena queria uma filha, não um filho, e também não queria nenhuma ligação com o passado do marido, mandando-o escolher entre ela ou a criança. Luiz decidiu manter o casamento, e entregou Gonzaguinha para que fosse criado por seus compadres, os padrinhos de batismo da criança, Leopoldina, apelidada de Dina, e Henrique Xavier Pinheiro.[26] Este casal, apesar de muito pobre, criou o menino com seus outros filhos no Morro do São Carlos. Luiz sempre visitava Gonzaguinha e o sustentava financeiramente. Xavier o considerava como a um filho e lhe ensinava a tocar viola. O menino também os considerava como seus pais.[31]
Os anos se passaram e Gonzaguinha jamais aceitou que Luiz não o tivesse criado. Luiz passou a visitar cada vez menos o rapaz, e, sempre que se encontravam, discutiam. Dina e Xavier tentavam aproximar os dois, mas Helena revelou que Luiz era estéril e não era o pai do rapaz. Isso acarretava brigas entre ele e Helena, que usava a filha Rosa, dizendo que se ele não parasse de visitar o filho, Luiz não veria mais a menina. Luiz Gonzaga ficava furioso com os ataques de ciúme e chantagem de Helena, e sempre desmentia para todos a história da paternidade de Luizinho, já que não queria que ninguém soubesse que o menino era seu filho somente no registro civil. Amava o menino de fato, independente de não ser seu filho de sangue.[31]
Gonzaguinha tornou-se rebelde e não aceitava o pedido do pai para ir morar com ele, mesmo que para isso tivesse que se separar da esposa. Tudo piorou quando chegaram até ele os boatos sobre a paternidade, e acabou por ouvir a confissão de Luiz de este não era seu pai verdadeiro. Gonzaguinha revoltou-se e parou de falar com o Luiz. Apesar da infância pobre, cresceu feliz ao lado dos irmãos de criação e dos pais de acolhimento. Nesta época Gonzaguinha contraiu tuberculose aos catorze anos, e quase morreu. O tempo passou e aos dezesseis anos, Luiz o levou à força para morar com ele na Ilha do Governador. Havia muitas brigas entre o rapaz e Helena, e Luiz o mandou para um internato. Entre idas e vindas, Gonzaguinha só deixou definitivamente o internato aos dezoito anos. Depois de vencer o vício do álcool, Gonzaguinha conseguiu concluir a universidade (nessa época ele morava na Tijuca, zona norte da cidade do Rio de Janeiro), tornando músico como Luiz Gonzaga. Os dois passaram a se entender e ficaram mais unidos, chegando a viajar pelo Brasil em 1979 e a compor juntos.[31]
Últimos anos e morte
Luiz Gonzaga sofreu de osteoporose por anos. Em 2 de agosto de 1989, morreu vítima de parada cardiorrespiratória no Hospital Santa Joana, na capital pernambucana.[6] Outra fonte diz que ele foi vítima de um câncer de próstata.[32] Seu corpo foi velado na Assembleia Legislativa de Pernambuco, no Recife e posteriormente sepultado em seu município natal.[33]
Homenagens e legado
Em 2003, o então governador de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos, sancionou lei que denomina “Rodovia Luiz Gonzaga” o trecho da BR-232 que liga as cidades de Recife e Caruaru. O trecho foi estadualizado e recebeu, à época, a importante obra de duplicação.[carece de fontes]
A Usina Hidrelétrica Luiz Gonzaga, localizada no município de Petrolândia, no sertão pernambucano, foi assim denominada em homenagem ao cantor.[34]
Em 2008, a edição nacional da Revista Rolling Stone publicou a Lista dos 100 maiores artistas brasileiros de todos os tempos. A listagem foi construída a partir da opinião de críticos e estudiosos da cultura do país. Luiz Gonzaga ficou na 13ª posição, a frente de nomes como Vinicius de Moraes e Heitor Villa-Lobos.[35]
Em 2012, Luiz Gonzaga foi tema do carnaval da GRES Unidos da Tijuca, no Rio de Janeiro, com o enredo "O Dia em Que Toda a Realeza Desembarcou na Avenida para Coroar o Rei Luiz do Sertão", fazendo com que a escola ganhasse o carnaval carioca daquele ano.[36]
Ana Krepp, da Revista da Cultura escreveu: "O rei do baião pode ser também considerado o primeiro rei do pop no Brasil. Pop, aqui, empregado em seu sentido original, de popular. De 1946 a 1955 foi o artista que mais vendeu discos no Brasil, somando quase 200 gravados e mais de 80 milhões de cópias vendidas. 'Comparo Gonzagão a Michael Jackson. Ele desenhava as próprias roupas e inventava os passos que fazia no palco com os músicos', ilustra [o cineasta] Breno [Silveira, diretor de Gonzaga — De pai para filho]. Foi o cantor e músico e também o primeiro a fazer uma turnê pelo Brasil. Antes dele, os artistas não saíam do eixo Rio-SP. Gonzagão gostava mesmo era do showbiz: viajar, fazer shows e tocar para plateias do interior."[37]
Em 2012, o filme de Breno Silveira, Gonzaga: de Pai pra Filho, narrou a relação conturbada de Luiz com o filho Gonzaguinha. Em três semanas de exibição o longa metragem alcançou a marca de um milhão de espectadores.[38]
Em 2015, foi inaugurado em Recife o painel do artista Eduardo Kobra em homenagem à Luiz Gonzaga. A obra possui 77 metros de altura e é a maior já feita por Kobra, além de ser o maior painel da América Latina com essas características. Localizado na fachada lateral do prédio da Prefeitura de Recife, o painel já é um símbolo da cidade e marcou a passagem dos 478 anos da capital pernambucana.[39]
Filatelia
Em 13 de dezembro de 2012 o Correio Brasileiro, seguindo uma tradição filatélica, emitiu um selo postal em homenagem ao centenário de nascimento de Luiz Gonzaga.
Discografia
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