Tito Paris, nome artístico de Aristides Paris ComM (Mindelo, Cabo Verde, 30 de maio de 1963), é um músico, compositor e cantor cabo-verdiano, radicado em Lisboa. É um dos maiores responsáveis pela divulgação da música das ilhas da Morabeza pelo mundo, além de uma figura de relevo da comunidade africana na capital.
Biografia
Nasce no seio de uma família dedicada à música. Aprendeu os primeiros acordes na guitarra com a sua irmã, foi tocando com os irmãos e com o primo Bau, que também se viria a tornar célebre e recebeu a influência de músicos como o clarinetista Luís Morais e o pianista Chico Serra. Aos 19 anos, ruma a Lisboa, a convite de Bana, para integrar a sua banda “A Voz de Cabo Verde”.
Já em Lisboa, cedo começa a conquistar o seu espaço então na florescente cena da capital portuguesa, ao acompanhar Bana, Dany Silva, Paulino Vieira, Paulo de Carvalho, Celina Pereira e Vitorino Salomé. Como compositor, começa a escrever para vários artistas como Bana e Cesária Évora e é aí que começa a seguir uma carreira em nome próprio. Aos poucos, torna-se num dos maiores embaixadores da música de Cabo Verde em Portugal.
Em 1987, lança e produz o seu primeiro álbum, “Fidjo Maguado”, um trabalho que destaca principalmente o seu virtuosismo à guitarra e mais tarde, em 1994, grava o disco "Dança Ma Mi Criola”, pela editora MB Records de Boston, EUA. Em 1996, “Graça de Tchega”, o seu terceiro disco de originais, leva-o a atuar um pouco por todo o mundo e a promover a sua música e a de Cabo Verde. Em 2002, regressa a estúdio e lança “Guilhermina”. A sua música torna-se sinónimo das pontes culturais entre o mundo lusófono, o semba e a coladeira juntam-se à sua voz rouca e que chega agora um pouco a todos os quatro cantos do mundo.
Em 2012, comemoraram-se os seus 30 anos de carreira, com um grande concerto em Roterdão, com a Orquestra Metropolitana da Holanda, com o lançamento de uma fotobiografia acompanhada de documentário, com um concerto esgotado no Coliseu dos Recreios de Lisboa e ainda a atribuição da medalha da cidade de Lisboa.
Em 2017, é um dos maiores marcos culturais de Cabo Verde. As pontes que tem criado entre os países de língua portuguesa levaram-no a ser agraciado com o grau de Comendador da Ordem do Mérito pelo Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, em 6 de abril de 2017.[1] O ano fica ainda marcado pelo regresso do músico aos discos, com o lançamento do álbum “Mim ê Bô” que conta com a participação especial do falecido rei da morna Bana, com Boss AC e o músico brasileiro Zeca Baleiro.
Discografia
1987 | Fidjo Maguado |
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1994 | Dança Ma Mi Criola |
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1996 | Graça De Tchega |
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1998 | Ao vivo no B.Leza |
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1999 | Ao Vivo |
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2002 | Guilhermina |
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2005 | Acústico (Edição Africana) |
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2007 | Acústico (Edição Europeia) |
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2017 | Mim ê Bô |
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