segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

Diana Krall: a voz que aproximou o público do jazz

 


Estamos a 16 de novembro de 1964, na Colúmbia Britânica, no Canadá. É aí, no seio de uma família musical, que nasce uma pequena bebé que anos mais tarde seria consagrada como uma talentosa artista, talvez a mais brilhante da sua família. Neste post, é de Diana Krall que falamos, recontando a história desta artista de jazz que tem conquistado o mundo com a sua voz talentosa.

Não é de admirar que Diana Krall tenha começado a tocar piano aos quatro anos. A sua mãe era professora do ensino primário e o pai um contabilista. À partida, estas são carreiras que têm em si pouco de musical. No entanto, a verdade é que muita música se fazia no lar dos Krall. O pai, para começar, costumava tocar piano regularmente no piano lá em casa. Entretanto, a mãe fazia parte de um coro comunitário. Raízes musicais não faltaram a Diana Krall.

Aos quinze anos, começou a tocar regularmente em vários restaurantes de Nanaimo. Terá sido assim que a técnica de Diana Krall chamou a atenção do guitarrista Ray Brown, que a apresentou a diversos professores e produtores. Aos 17 anos, a jovem artista canadiana ganha uma bolsa para estudar no Berklee College Of Music em Boston, Massachusetts. Passado algum tempo, muda-se para Los Angeles, Califórnia, passando a estudar com Jimmy Rowles, com quem começou a cantar.

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Diana Krall: uma carreira cada vez mais sólida

De Los Angeles Krall passou brevemente por Toronto, mas em 1990 instala-se em Nova Iorque e incia um fase determinante da sua carreira. É neste meio que integra um trio mas que, mais importante ainda, encontra a oportunidade para gravar o seu primeiro álbum Steppin’ Out, editado pela Justin Time Records. No ano seguinte sai Only Trust Your Heart, mas sob a tutela da GRP.

Em 1995 uma nova mudança e um novo álbum: Diana Krall assina pela Impulse! e edita All for You, um disco de homenagem a Nat King Cole. Dois anos depois segue-se Love Scenes, um álbum que incluí alguns dos mais preciosos standarts de jazz. E, já no final de 1998, é a vez de Have Yourself a Merry Little Christmas, um EP alusivo à quadra natalícia. Em 1999 Diana regressa com When I Look in Your Eyes, o seu trabalho mais aclamado até então e que lhe vale um Grammy.

As expectativas eram grandes quanto ao sucessor de When I Look in Your Eyes e ele surge em 2001 com o nome The Look of Love. O álbum, gravado com a Orquestra Sinfónica de Londres, chega ao Disco de Ouro em Portugal aquando da sua edição e, duas semanas mais tarde, alcança mesmo o número um do top de vendas nacional. Facto inédito para uma artista de jazz no nosso país.

Em 2004, o álbum The girl in the other room revela o lado mais intimista e sedutor de Diana Krall, que recorre a um grande leque de compositores, desde Tom Waits até ao seu marido.

O início do milénio foi também agitado para a artista mas por motivos mais pessoais. Em 2002, a sua mãe morre, vítima de cancro. No ano seguinte, a artista casa com o britânico Elvis Costello. E não muito depois, em 2006, tem dois gémeos, Dexter Henry Lorcan e Frank Harlan James. A maternidade, ainda por ciam dupla, afasta-a do mundo da música durante os três anos que se seguem.

O regresso acontece com Quiet Nights. A partir daí, o ritmo de lançamento de um novo álbum deixa de ser anual e, até ao momento, acontece de três em três anos. 

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