Vivi a guerra brutal
Que ecoou no meu país
Sem ter feito nenhum mal
Menina triste, infeliz
Ouvi um dia uma voz / Que sem perceber sentia
Parecia falar de nós / Da gente que mais sofria
Era Amália que cantava / Lá longe em Portugal
E que em mim despertava / Na minha vida, um sinal
Quis ir ver a sua terra / Aprender o português
E o fado que em mim encerra / Que hoje canto p’ra vocês
Que ecoou no meu país
Sem ter feito nenhum mal
Menina triste, infeliz
Ouvi um dia uma voz / Que sem perceber sentia
Parecia falar de nós / Da gente que mais sofria
Era Amália que cantava / Lá longe em Portugal
E que em mim despertava / Na minha vida, um sinal
Quis ir ver a sua terra / Aprender o português
E o fado que em mim encerra / Que hoje canto p’ra vocês
Quadras variadas
De Henrique Rego
Transcritas do livro *Poetas Populares do Fado-Tradicional* de
Daniel Gouveia e Francisco Mendes
Por mais pérolas que citem
Transcritas do livro *Poetas Populares do Fado-Tradicional* de
Daniel Gouveia e Francisco Mendes
Por mais pérolas que citem
Tu não julgues minha louca
Que hajam pérolas que imitem
Que hajam pérolas que imitem
As pérolas da tua boca
Não existem bailarinas / Nem nos confins da Europa
Que bailem como as meninas / Desses teus olhos, cachopa
Tantas mentiras empregas / Sempre que falas comigo
Que às vezes até me negas / As mentiras que eu te digo
Se entrasse no teu alcouce / Conforme pedes que eu entre
Ia trair quem te trouxe / Nove meses no seu ventre
Se juras, malmequer branco / Que o meu amor bem me quer
Eu juro que não te arranco / Nem uma folha, sequer
Recordar com devoção / Um pretérito bendito
É conter o infinito / No espaço dum coração
Numa vertigem tão forte / A vida vai tão depressa
Que à vezes perto da morte / É que a vida então começa
Santo António milagreiro / Pelo amor que te dedico
Enfeita-me o céu inteiro / Com vasos de manjerico
Ao meu querido São João / Meu devotado patrono
Vou-lhe dar meu coração / Para lhe servir de trono
Meu amor, no bailarico / De saia verde, a bailar
Faz lembrar um manjerico / Regado e posto ao luar
Não existem bailarinas / Nem nos confins da Europa
Que bailem como as meninas / Desses teus olhos, cachopa
Tantas mentiras empregas / Sempre que falas comigo
Que às vezes até me negas / As mentiras que eu te digo
Se entrasse no teu alcouce / Conforme pedes que eu entre
Ia trair quem te trouxe / Nove meses no seu ventre
Se juras, malmequer branco / Que o meu amor bem me quer
Eu juro que não te arranco / Nem uma folha, sequer
Recordar com devoção / Um pretérito bendito
É conter o infinito / No espaço dum coração
Numa vertigem tão forte / A vida vai tão depressa
Que à vezes perto da morte / É que a vida então começa
Santo António milagreiro / Pelo amor que te dedico
Enfeita-me o céu inteiro / Com vasos de manjerico
Ao meu querido São João / Meu devotado patrono
Vou-lhe dar meu coração / Para lhe servir de trono
Meu amor, no bailarico / De saia verde, a bailar
Faz lembrar um manjerico / Regado e posto ao luar
Meus irmãos
Letra de João de Freitas
Escrita para Ercília Costa reaparecer no Brasil”
Letra publicada no jornal Guitarra de Portugal em Setembro de 1938
Desconheço se esta letra foi gravada.
Publico-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Meus irmãos, voltei de novo
A visitar este povo
Grande e de rara beleza
E a trazer-vos as saudades
Das aldeias e cidades
Da terra mãe, Portuguesa
Ai, como andava ansiosa
De ao Brasil, nação ditosa / De novo poder voltar
P’ra vos cantar outra vez
O fado bem português / Que eu sinto e canto a rezar
Corri Portugal inteiro
E neste fado altaneiro / Pedi às vossas mãezinhas
Que sempre vos escrevessem
Porque vocês nunca esquecem / Aquelas lindas velhinhas
Todas me queriam beijar
Pedindo para vos dar / Seus beijos, mas eram tantas
Que eu guardei no coração
P’ra vos dar nesta canção / Os beijos daquelas santas
Escrita para Ercília Costa reaparecer no Brasil”
Letra publicada no jornal Guitarra de Portugal em Setembro de 1938
Desconheço se esta letra foi gravada.
Publico-a na esperança de obter informação credível
Letra transcrita do livro editado pela Academia da Guitarra e do Fado
Meus irmãos, voltei de novo
A visitar este povo
Grande e de rara beleza
E a trazer-vos as saudades
Das aldeias e cidades
Da terra mãe, Portuguesa
Ai, como andava ansiosa
De ao Brasil, nação ditosa / De novo poder voltar
P’ra vos cantar outra vez
O fado bem português / Que eu sinto e canto a rezar
Corri Portugal inteiro
E neste fado altaneiro / Pedi às vossas mãezinhas
Que sempre vos escrevessem
Porque vocês nunca esquecem / Aquelas lindas velhinhas
Todas me queriam beijar
Pedindo para vos dar / Seus beijos, mas eram tantas
Que eu guardei no coração
P’ra vos dar nesta canção / Os beijos daquelas santas
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